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O policial militar Jáleson de Santana Freitas, que espancou e matou a tiros a companheira, Simeia da Silva Nunes, foi afastado de suas funções. A decisão da corporação consta no Diario Oficial deste sábado (19).

O caso foi registrado no final de julho, em Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Jáleson agride Simeia dentro de um bar. Em seguida, ele atira contra a mulher e um mototaxista, no momento em que ela chamava o transporte para ir para casa.

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Assinado pelo comandante-geral da PM, coronel Tibério César dos Santos, o texto diz que a decisão pelo afastamento ocorre em razão da prisão temporária do policial. Ele foi levado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Abreu e Lima, no Grande Recife.

Segundo o Estatuto dos Militares do Estado de Pernambuco, durante a agregação, o policial fica afastado temporariamente do serviço ativo, mas permanece no quadro da PM.  Em 2022, Jáleson de Santana Freitas foi condenado pelo assassinato de um homem durante uma abordagem policial. Ele não cumpriu pena pelo crime, pois o processo só foi julgado dez anos após o ocorrido, o que extingue a punibilidade.

 

 Kyle Rittenhouse, que atirou em três homens durante uma manifestação antirracista em Kenosha, nos Estados Unidos, foi inocentado de todas acusações pelo júri, nesta sexta-feira (19). A ação de atirador, ocorrida em 2020, matou Joseph Rosenbaum e Anthony Huber, bem como deixou Gaige Grosskreutz ferido.

Ao júri, a promotoria tinha argumentado que Rittenhouse atirou de forma imprudente nos manifestantes, sem justificativa. Já os advogados do atirador tentaram sustentar a tese de que ele agiu em legítima defesa.

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As manifestações em Kenosha tiveram início depois que Jacob Blake, um homem negro, foi baleado nas costas por um policial branco, durante uma abordagem violenta e filmada por testemunhas. Três meses antes, George Floyd havia sido asfixiado por policiais.

Rittenhouse morava em Antioch, no estado de Illinois, a 33 km de Kenosha, para onde se deslocou com um grupo de pessoas brancas contrárias ao protesto. O grupo alegava considerar que os protestos da população negra causariam depredações e saques.

O atirador utilizou um fuzil AR-15 para tirar a vida de pessoas que tentaram desarmá-lo, depois que a primeira vítima foi atingida. Rittenhouse, então, efetuou disparos à queima-roupa contra seus perseguidores, causando duas mortes.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se manifestou sobre o atirador de 17 anos que matou dois manifestantes em um protesto antirracista em Kenosha, nos Estados Unidos. Para o parlamentar, o jovem, armado com um rifle, estava nas ruas para se defender do “Black Lives Matter”, movimento pró-vidas negras. O atirador, identificado como Kyle Rittenhouse, foi preso na última quarta (26) e responderá por homicídio doloso.

"Este é o atirador que se defendeu do blm (black lives matter). A esquerda o chama de supremacista branco, dá para acreditar?", escreveu Eduardo Bolsonaro, ao compartilhar o vídeo do atirador. Nas imagens, Rittenhouse diz que foi ao local para “proteger o comércio”.

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“Então, as pessoas estão se machucando e nosso trabalho é proteger o comércio, e parte do meu trabalho também é ajudar as pessoas. Então, se tem alguém ferido, eu estou correndo em direção ao perigo”, comenta o atirador na gravação.

O deputado estadual do Rio de Janeiro, Alexandre Freitas (Novo-RJ), também usou o Twitter para elogiar o adolescente. "#FreeKyleRittenhouse momentos antes de ser perseguido e quase morto por supremacistas racistas de esquerda. Um jovem de 17 anos consciente da sua responsabilidade como cidadão. Mesmo agredido, só reagiu quando sua vida estava em risco. Que bom que ele tinha um fuzil”, escreveu o político.

Um tribunal espanhol condenou nesta quinta-feira à prisão perpétua revisável o brasileiro Patrick Nogueira, 22, que, em 2016, esquartejou dois tios e assassinou dois primos, de 1 e 3 anos, um crime que causou comoção na Espanha.

Réu confesso, Patrick recebeu a pena máxima prevista no Código Penal espanhol, uma condenação perpétua que pode ser revista após o cumprimento de 25 anos, de acordo com a decisão lida pela presidente do tribunal de Guadalajara (centro), María Elena Mayor.

O tribunal seguiu a pena solicitada pela promotoria, e, embora tenha pontuado que Patrick sofre de "dano cerebral", no momento dos fatos "ele não tinha limitada sua capacidade de saber e entender o que estava fazendo", segundo a decisão.

O réu agiu, segundo os juízes, com traição e crueldade, motivo pelo qual recebeu três penas de prisão perpétua revisável pelo assassinato de seu tio Marcos Campos (40) e de seus sobrinhos, e uma pena de 25 anos de prisão pelo assassinato de sua tia Janaína Santos Américo (39).

O réu acompanhou a leitura por videoconferência na prisão em que está detido, perto de Madri. Apareceu sentado, com os braços cruzados e impassível.

Patrick, que em um exame psicológico foi descrito com um perfil de personalidade psicopática, manipulador, egocêntrico e sem empatia, chegou à casa dos tios no dia dos crimes com pizzas e uma mochila contendo uma faca afiada, luvas, sacolas plásticas e fita de vedação.

Ele comeu na companhia de sua tia, e, quando a mesma lavava a louça, matou-a com dois cortes no pescoço, na presença das crianças, "aumentando o sofrimento dos menores, que gritaram, abraçaram-se e foram paralisados pelo medo", diz o texto lido pela presidente do tribunal.

Com a mesma faca, matou as crianças com ferimentos no pescoço. Enquanto cometia os crimes, Patrick trocou mensagens por WhatsApp com um amigo no Brasil, Marvin Henriques, a quem "pedia conselhos, relatava o que estava fazendo e enviava fotos dos cadáveres, recebendo de seu interlocutor mensagens de incentivo", afirma um documento judicial.

Por último, Patrick aguardou a chegada de seu tio materno, que matou com 14 cortes no pescoço. Esquartejou os dois adultos com cortes na cintura, guardou os corpos em sacolas de lixo, limpou o sangue e a si mesmo, e, durante a manhã, pegou um ônibus de volta para casa.

Os corpos foram encontrados um mês depois, na madrugada de 18 de setembro de 2016, graças a um funcionário que alertou para o odor procedente da residência

Em virtude da condenação, contra a qual cabe recurso, Patrick terá que arcar com os custos do processo e indenizar com 390 mil euros os pais e irmãos de seus tios. Também terá que indenizar com quase 22 mil euros o dono da casa onde cometeu o crime, para cobrir os gastos com limpeza e pintura.

Logo após a descoberta macabra, Nogueira fugiu em 20 de setembro para João Pessoa. Mas no dia 19 de outubro retornou à Espanha para se entregar, convencido por sua irmã de que seria melhor cumprir a pena na Espanha do que no Brasil.

O julgamento de um jovem brasileiro acusado pelos assassinatos de dois tios e dois primos de 1 e 4 anos em agosto de 2016, para quem a Promotoria pede pena de prisão perpétua com possibilidade de revisão, começará na próxima quarta-feira, na cidade espanhola de Guadalajara.

Conhecido como "o esquartejador de Pioz", François Patrick Nogueira Gouveia, de 21 anos (19 no momento dos crimes), vai prestar depoimento na quarta-feira, primeiro dia do julgamento, que deve demorar uma semana.

Na Espanha desde março de 2016, Patrick Nogueira confessou à polícia que matou, cinco meses depois, estimulado por "uma vontade irrefreável de assassinar", os tios Marcos Campos Nogueira e Janaína Santos Américo, que foram esquartejados e colocados em sacos de lixo.

O jovem, descrito pelos investigadores como solitário, egocêntrico, narcisista e propenso às bebidas, declarou, no entanto, que não recorda ter matado as crianças, que também foram colocadas em sacos.

Enquanto cometia os crimes, ele conversou por WhatsApp com um amigo no Brasil, Marvin Henriques, a quem "pedia conselhos, relatava o que estava fazendo e enviava fotografias dos cadáveres, recebendo por parte de seu interlocutor mensagens de incentivo", afirma um documento judicial.

Henriques está em liberdade provisória e aguarda o julgamento como cúmplice dos assassinatos no estado da Paraíba, de onde é a família de Nogueira.

Os assassinatos aconteceram em 17 de agosto de 2016, mas a cena do crime só foi descoberta um mês depois, graças a um funcionário da manutenção que alertou para o odor procedente de uma residência na localidade de Pioz, 60 km ao leste de Madri.

Após a descoberta macabra, Nogueira fugiu em 20 de setembro para o Rio de Janeiro. Mas no dia 19 de outubro retornou a Espanha para entregar-se voluntariamente.

- A pena mais severa na Espanha -

O brasileiro é acusado de quatro crimes de assassinato com aleivosia, dois deles contra pessoas particularmente vulneráveis, seus primos.

Por estes últimos dois crimes, a Promotoria pede pena de prisão permanente com possibilidade de revisão, além de 20 anos de prisão por cada assassinato dos tios.

A prisão permanente com possibilidade de revisão é a condenação máxima do Código Penal espanhol, prevista para os criminosos mais perigosos. É uma prisão perpétua, que pode ser revista após 25 anos de detenção, que só foi determinada poucas vezes desde que entrou em vigor em 2015.

O julgamento acontecerá na Audiência Provincial de Guadalajara, onde devem prestar depoimentos mais de 30 testemunhas (algumas delas por videoconferência do Brasil) e 20 agentes policiais e peritos.

Os nove membros do júri serão escolhidos na quarta-feira, no início do processo.

A defesa alega "um transtorno mental transitório" de Nogueira e, de fato, solicitou um exame neurológico para determinar se existe uma patologia neuropsiquiátrica. Os resultados serão avaliados durante o julgamento.

A acusação afirma que o jovem atuou com premeditação, pois chegou à residência da família com uma faca muito afiada, a suposta arma dos crimes que não foi encontrada, sacos de lixo e fita de vedação, segundo os documentos judiciais.

Também estava com duas pizzas para ganhar a confiança da família. Quando chegou à residência, a tia e as crianças estavam no local.

Depois de comer as pizzas, matou Janaína quando ela estava lavando os pravos. Depois assassinou os dois meninos, "que estavam paralisados de medo", de acordo com a acusação.

Aguardou a chegada do tio Marcos e o atacou de surpresa. Depois de colocar os parentes em sacos de lixo, limpou a casa, se limpou e esperou para pegar o ônibus de volta na manhã seguinte, de acordo com os documentos.

Patrick, que ao chegar na Espanha morou por quatro meses com os parentes assassinados em outra localidade próxima de Madri, antes que os tios e primos se mudassem para Pioz, seguiu tranquilamente com sua vida após os crimes, de acordo com os investigadores.

O neonazista norueguês Anders Behring Breivik, que matou 77 pessoas em 2011, irá acionar o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos sobre suas condições de prisão, após seus recursos fracassarem na Noruega.

Mantido, por razões de segurança, em regime de isolamento, Breivik se queixa de ser "vítima de tratamento desumano ou degradante". Ele quer que o Estado norueguês seja condenado por violar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos.

A Suprema Corte norueguesa frustrou seus planos ao anunciar nesta quinta-feira que não examinará seu recurso.

"Nenhum dos elementos da apelação (...) tem chances de ganhar", indicou em um comunicado.

"O caso também não levanta qualquer questionamento sobre a interpretação da Convenção Europeia, após ser extensamente esclarecida", acrescentou.

Após esgotar seus recursos na justiça norueguesa, o assassino de extrema direita deve acionar o Tribunal de Estrasburgo, informou seu advogado, Øystein Storrvik. "Estávamos preparados para isso", declarou à AFP.

Em 22 de julho de 2011, disfarçado de policial, Breivik invadiu um acampamento de verão da Juventude Trabalhista norueguesa na ilha de Utoya e matou 69 pessoas.

No mesmo dia, algumas horas antes, Breivik matou oito pessoas ao detonar uma bomba perto da sede do governo em Oslo.

O autor dos ataques mais violentos na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial, que acusou as vítimas de fomentar o multiculturalismo, foi condenado em agosto de 2012 a uma pena de 21 anos, que pode ser prorrogada por tempo indeterminado.

Ele jamais expressou qualquer remorso, justificando seus crimes pelo fato de suas vítimas defenderem o multiculturalismo.

- Alívio -

Na prisão, Breivik, que agora tem 38 anos, dispõe de três celas onde pode assistir televisão, jogar videogame e fazer atividades físicas.

Mas, em uma decisão que surpreendeu e deixou em choque os sobreviventes do massacre e os parentes das vítimas, um tribunal de primeira instância determinou em abril do ano passado que a Noruega violava o artigo 3 da Convenção Europeia de Direitos Humanos que proíbe qualquer tratamento "desumano" ou "degradante".

A decisão da Suprema Corte de rejeitar um novo processo foi recebida com alívio pelo parentes das vítimas e sobreviventes.

"Boa notícia hoje", reagiu o grupo de apoio às famílias das vítimas. "Suas chances de sucesso [em Estrasburgo] são microscópicas", estimou em sua página no Facebook.

Cada processo ligado ao massacre é dolorosamente vivido pelos familiares das vítimas, ainda mais porque o extremista tenta muitas vezes fazer dessas ocasiões uma tribuna para espalhar sua ideologia e multiplicar as provocações.

Quase seis anos depois do massacre, a Noruega pretende fechar este capítulo doloroso e Breivik é raramente mencionado no debate público.

O japonês que confessou ter assassinado 19 pessoas em um centro para portadores de deficiência mental sorriu para as câmeras da imprensa nesta quarta-feira (27), ao ser levado para um interrogatório.

A polícia revistou a casa do homem de 26 anos, que sempre defendeu a teoria de que "pessoas com problemas mentais deveriam desaparecer". Foi isso que o levou na terça-feira a assassinar os pacientes a facadas.

Com um casaco azul cobrindo sua cabeça, Satoshi Uematsu foi escoltado da delegacia de polícia até uma van, ante uma multidão de repórteres. Dentro do veículo, ele tirou o casaco e sorriu abertamente para a imprensa.

Durante a chacina, Uematsu amarrou os funcionários do centro e começou a atacar os deficientes com facas e, depois do massacre, se entregou à polícia, declarando que "todos os deficientes deveriam desaparecer".

As vítimas são nove homens e dez mulheres com idades entre 18 e 70 anos. Entre os 25 feridos, 20 sofreram "cortes profundos no pescoço", segundo um médico. As vítimas foram levadas a seis hospitais diferentes.

A polícia informou que há uma investigação em andamento "para determinar os detalhes" do incidente ocorrido em Sagamihara, cidade de 700 mil habitantes. O agressor, que chegou a trabalhar por um tempo no centro, teria quebrado as janelas para entrar no lugar, onde havia 160 internos.

O autor da matança já havia enviado em fevereiro passado uma carta ao presidente da Dieta, a câmara baixa do parlamento japonês, ameaçando matar 470 deficientes. Na carta, Satoshi Uematsu dizia que essas matanças seriam uma "revolução", que impediriam "a Terceira Guerra Mundial", segundo a imprensa japonesa. Depois disso, ele ficou hospitalizado durante dez dias.

Os japoneses se questionavam um dia após o pior massacre registrado no país por que foi permitido que ele deixasse o hospital sem uma avaliação mental mais profunda. A polícia da localidade de Tsukui não quis fazer comentários sobre a investigação, limitando-se a informar que o agressor foi levado para um tribunal para ser interrogado.

A imprensa local informou que Uematsu teria dito aos policiais que queria pedir desculpas às famílias das vítimas pela perda súbita de seus entes queridos, mas que não se arrependia do que tinha feito. "Eu salvei pessoas com muitas deficiências", teria comentado.

Este foi o ataque interno mais sangrento no Japão desde 1938, quando um homem munido com um sabre e um fuzil matou 30 pessoas antes de tirar a própria vida. Massacres deste tipo são muito raros no Japão, que tem uma legislação de controle de armas muito severa e uma taxa de criminalidade relativamente baixa.

Em junho de 2008, um homem de 28 anos armado com faca e dirigindo um caminhão semeou pânico no bairro de Akihabara, em Tóquio, atropelado pessoas e depois esfaqueando várias outras. Sete pessoas morreram e dez ficaram feridas. O agressor foi condenado à pena de morte.

Em junho de 2001, um homem entrou em uma escola primária de Ikeda, na cidade de Osaka, e matou oito crianças com uma faca.

Mas uma das ocorrências que mais abalou o país aconteceu em 20 de março de 1995, quando um ataque com gás sarin matou 13 pessoas no metrô de Tóquio, em uma ação praticada por membros da seita apocalíptica Aum Shinrikyo.

O gás altamente tóxico afetou ainda 6.300 pessoas, algumas de forma irreversível.

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