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O ministro dos Transportes, Renan Filho, inaugurou nesta terça-feira (21) uma série de reuniões de membros das comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado com ministros das pastas correlatas. 

Aos senadores, além de falar sobre as prioridades do Ministério dos Transportes, o ministro voltou a destacar que a análise do novo arcabouço fiscal pelo Congresso Nacional, previsto para as próximas semanas, deve levar em consideração a necessidade de investimentos do governo, especialmente em infraestrutura rodoviária. Segundo Renan Filho, hoje é mais caro transportar uma carga da fazenda até um porto, do que transportar do porto para China ou para a Europa.

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Ao citar levantamento feito pela Confederação Nacional do Transportes (CNT), Renan Filho disse que 66% da malha rodoviária federal e estadual está em situação regular, ruim ou péssima.  Ele se comprometeu a, em até dois anos, zerar os trechos nessas condições, mas ressaltou a necessidade de recursos.

“Se voltarmos a uma capacidade pré-PEC [da transição], não teremos condição de frear a piora da nossa infraestrutura de transportes”, alertou. O ministro disse ainda que apesar de estarem em estado ruim, 96% das rodovias têm contrato de manutenção, mas não têm recursos para este fim. O orçamento da pasta para este ano, herdado do governo Bolsonaro, foi de R$ 5 bilhões, contra R$ 45 bilhões em 2012. “É um nono!”, criticou. 

Com a aprovação da PEC da transição, o orçamento para 2023 subiu para R$ 21 bilhões, o valor é semelhante ao de 2020. Renan Filho comparou os investimentos em rodovias feitos em 2022 por Brasil e Uruguai. Na avaliação do ministro apesar de ambos terem investido cerca de US$ 1 bilhão cada, se a comparação considerar os aportes por habitante, o país vizinho investiu 50 vezes mais. “Não dá para o Brasil investir menos que o Uruguai”, avaliou. 

Para que o Brasil conquiste a confiança de investidores, o ministro dos Transportes disse que a pasta vai estabelecer, a partir do Plano Nacional de Logística 2035 (PNL), projetos para execução futura. A expectativa é de que o documento técnico com um conjunto de dados, informações e cenários futuros auxilie de forma estratégica nas discussões e no processo de tomada de decisões. 

“O Parlamento precisa discutir se vai ter mais recursos. Vamos eleger com clareza os projetos [prioritários] para garantir qualidade e, por outro lado, mais recursos para esses projetos para evitar que vá para coisas não importantes. Esse é um mecanismo que aplaca os ânimos do mercado, saber o que será feito com os recursos disponibilizados."

100 dias

Como meta para os 100 dias do governo Lula, que serão completados no início de abril, Renan Filho destacou que os esforços estarão concentrados em “obras estruturantes”. Segundo ele, trata-se de um conjunto diversificado de pontos de atenção que podem ser resumidos em “recuperar rodovias, ampliar o transporte ferroviário e salvar vidas”.

No curto prazo, há também a intenção de preparar o país para escoar a próxima safra de grãos e atrair o capital privado com um portfólio robusto de ativos. 

No curtíssimo prazo, o Ministério dos Transportes vai priorizar os principais corredores logísticos do país, por onde se dará o escoamento da safra recorde que o país terá agora. “São rodovias que atravessam vários estados, de Norte a Sul, e impulsionam o desenvolvimento regional”, disse. 

O ministro afirmou que será investido R$ 1,5 bilhão na manutenção das rodovias que conectam os principais corredores a esses portos.

"Temos ainda foco na manutenção do corredor Sul-Sudeste, que terá muita movimentação de caminhões e vai demandar mais R$ 1,2 bilhão. Importante destacar que estamos atuando de forma cirúrgica e, em especial, conseguimos recompor o orçamento para investimentos, que vinha em queda desde 2014".

Ferrovias

Aos senadores, Renan Filho defendeu ainda que o governo tenha fôlego para investir em ferrovias para que a expansão efetiva da malha ocorra de maneira mais célere.

Mesmo reconhecendo que, nesse setor, os projetos demandam tempo para estudos e obras, a pasta está estudando como aprimorar o marco regulatório para ajudar a destravar o investimento privado no setor.

Para o ministro, não há mais tempo a perder: “esse atraso custa dinheiro ao país. Precisamos equilibrar nossa matriz de transportes, modernizar nossa logística o quanto antes, reduzir custos e aumentar a competitividade do nosso agronegócio no mercado internacional”.

Encerrando a primeira semana à frente da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o prefeito Anderson Ferreira (PR) recebeu o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, e anunciou a construção de um viaduto que ligará Cajueiro Seco à BR-101 Sul, além de um binário no mesmo bairro. As propostas foram apresentadas ao ministro que, segundo Ferreira, “garantiu” apoio à construção do viaduto e a análise do projeto sobre o binário. No próximo dia 18, o prefeito e sua equipe técnica irão a Brasília para tratar dos detalhes das obras.

“Durante a campanha eleitoral, me comprometi a aproveitar a boa relação que construí em Brasília para atrair investimentos e recursos para Jaboatão. Recebi a visita do ministro dos Transportes, Maurício Quintella, que já demonstrou total interesse em colaborar com Jaboatão. Também tivemos a notícia do ministro da Educação, Mendonça Filho, de que nosso município será contemplado com duas escolas de ensino em tempo integral. Vou continuar buscando essas parcerias, porque não tenho vaidade e nem vergonha de bater na porta de nenhum ministério. Vamos atrás de mais recursos para fazermos a grande mudança na vida das famílias e da nossa cidade. O que não me falta é humildade e disposição”, disse Anderson Ferreira. 

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Maurício Quintella, por sua vez, pontuou que fez questão de ir pessoalmente à Prefeitura de Jaboatão para conhecer os projetos de interesse do prefeito Anderson Ferreira, por conta da boa relação que os dois construíram em Brasília e da importância de Jaboatão. “Jaboatão é um município importante e terá um olhar com uma atenção especial. Reuniremos as equipes técnicas, em Brasília, no dia 18, para iniciar os estudos e poder começar a obra o mais breve possível”, salientou.

O encontro do prefeito com o ministro aconteceu nessa sexta-feira (6). O viaduto está orçado em quase R$ 74 milhões e o binário em R$ 120 milhões. Este pode ser contemplado via orçamento do Ministério dos Transportes.

O senador Humberto Costa (PT) anunciou, nesta sexta-feira (30), que a licitação do Arco Metropolitano deverá sair em março. A afirmação do petista acontece após um encontro com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, nessa quinta-feira (29), em Brasília. De acordo com o senador, Rodrigues se comprometeu em dar andamento ao projeto e citou a obra como "uma das prioridades da pasta para 2015". 

Dividido em lotes, a primeira licitação do Arco Metropolitano diz respeito ao lote 2, que viabilizará a construção da rodovia no trecho saindo da BR-408, em Paudalho, até a BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho, fazendo conexão com a BR-232 na altura de Moreno. Segundo Costa, a licitação ocorrerá por meio de Regime Diferenciado de Contratação (RDC), fazendo com que o processo seja mais célere. "As obras devem começar já no segundo semestre do ano", afirmou.

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O entrave da intervenção viária é o lote 1, que corta uma Área de Proteção Ambiental (APA) na mata de Aldeia, onde há mananciais e nascentes de rios. Por isso, o projeto original teve que ser refeito por exigências ambientais e o traçado original acabou ampliado em mais de 20 quilômetros. 

No entanto, prefeitos dos municípios que foram excluídos pelo novo projeto manifestaram descontentamento com a medida, alegando que as cidades que governam sofreriam prejuízos econômicos pela exclusão no traçado alternativo. "Esse foi um dos motivos que também nos levou a procurar o Ministério dos Transportes. Queremos trabalhar para conciliar preservação ambiental com desenvolvimento", explicou Humberto.

De acordo com o líder do PT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já está empenhando em resolver a questão. "Na APA, nós temos uma chamada mancha de mata para a qual podemos arrumar uma solução de engenharia viável. Pode-se fazer um viaduto sobre ela, pode-se contorná-la. Enfim, o DNIT está debruçado para encontrar uma solução tecnicamente vantajosa e que não traga nenhum prejuízo ambiental", esclareceu o petista.

​O senador Humberto Costa (PT) se reúne, nesta quinta-feira (29), com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, para levar o pleito do Arco Metropolitano que aguarda a finalização das licitações para iniciar a obra. A intervenção viária pretende desafogar o trânsito na BR-101 e ampliar a circulação das indústrias instaladas no estado. 

"Vamos discutir questões como a BR-104, a BR-423 e, principalmente, o Arco Metropolitano do Recife, os passos que vão ser dados para o projeto final", adiantou o senador. Em dezembro, Humberto esteve no Ministério dos Transportes para encaminhar uma série de pedidos referentes à malha viária federal em Pernambuco. Entre elas, algumas obras na BR-316, que devem começar ainda neste primeiro semestre. A rodovia passará por um rebaixamento de aclive num trecho de 53 quilômetros entre Parnamirim e Cabrobó, no Sertão. 

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Outras solicitações levadas por Humberto para intervenções na BR-408, que chega à Região Metropolitana do Recife, e na BR-232, entre São Caetano e Arcoverde, serão estudadas pelo Ministérios dos Transportes e pelo DNIT, que vão avaliar a adequação e a capacidade orçamentária dos empreendimentos.

Além de Antônio Carlos Rodrigues, Costa também vai se reunir com o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, e da Casa Civil, Aloízio Mercadante.

SENADO 

Na sexta-feira, os 14 senadores petistas vão se reunir pela primeira vez em 2015. No encontro, eles irão decidir quem irá liderar a bancada neste ano e quem serão os dois ocupantes da Mesa Diretora da Casa, além dos dois presidentes de Comissão, vagas que, proporcionalmente, cabem ao PT.

No domingo, dia 1º de fevereiro, o Senado realiza sua primeira sessão da nova legislatura, com nova composição da Casa, em razão do resultado das eleições de outubro passado, bem como das vagas deixadas por senadores indicados ministros pela presidenta Dilma Rousseff. Foram eleitos 22 novos senadores e reeleitos cinco. No mesmo dia, acontece a eleição do presidente do Senado e dois outros seis integrantes da Mesa Diretora para o próximo biênio. 

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