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Os principais partidos de oposição do Japão planejam apresentar hoje moções de censura contra dois ministros no Parlamento, o que representa mais uma nova dor de cabeça para o governo do primeiro-ministro Yoshihiko Noda, que tomou posse há sete meses, informou o "Kyodo News".

O Partido Liberal Democrático (PLD) vai apresentar as moções no Senado contra o ministro da Defesa, Naoki Tanaka, criticado por sua inabilidade em uma série de questões de segurança, e o ministro dos Transportes, Takeshi Maeda, acusado de se intrometer em uma recente eleição local. O PLD espera contar com o apoio dos demais partidos oposicionistas, em particular de seu aliado Novo Komeito.

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As moções devem ser aprovadas pelo plenário do Senado, que é controlado pela oposição, nesta quinta-feira. Um alto dirigente do PLD, contudo, sugeriu que a votação possa ocorrer na sexta-feira.

Noda e seu Partido Democrático do Japão querem manter os ministros. Porém, o PLD disse que se Tanaka e Maeda permanecerem em seus cargos, mesmo depois da aprovação das moções de censura, ele irá rejeitar as deliberações parlamentares de interesse do governo.

A censura aos ministros vem num momento em que Noda tenta avançar nas conversações com a oposição sobre um possível aumento do imposto sobre o consumo. O bloco governista tem maioria confortável na Câmara dos Representantes, mas o primeiro-ministro precisa da cooperação dos partidos de oposição no Senado para conseguir a aprovação do projeto de lei de taxação sobre o consumo.

Ministros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vão se reunir na quarta-feira, em Bruxelas, para discutir uma estratégia para a retirada de suas tropas do Afeganistão.

A reunião de dois dias, que envolverá ministros da Defesa e das Relações Exteriores, será uma prévia de uma conferência de líderes da Otan, marcada para 20 e 21 de maio, em Chicago.

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O encontro desta semana também discutirá o espinhoso assunto do financiamento a ser concedido ao exército e polícia afegãos após a retirada dos soldados da Otan, com conclusão prevista para o fim de 2014.

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, defendeu nesta terça-feira que a parceria de longo prazo que está sendo negociada com os Estados Unidos especifique o volume de recursos financeiros que Washington destinará às forças afegãs nos próximos anos.

A exigência de Karzai pode complicar a assinatura de um pacto, em um momento em que os países pareciam estar chegando a um consenso. O chamado acordo de parceria estratégica é considerado fundamental para a retirada dos soldados americanos do território afegão.

Na Austrália, o primeiro-ministro Julia Gillard afirmou que os soldados do país deverão deixar o Afeganistão um ano antes do previsto. Gillard atribuiu a antecipação a "melhorias na segurança" afegã e às mortes de Osama bin Laden e de vários dos principais líderes da Al-Qaeda. Segundo Gillard, a maioria dos soldados australianos deverá ter voltado para casa no final de 2013.

A Austrália conta hoje com 1,55 mil soldados no Afeganistão, o maior efetivo de um país não membro da Otan. As informações são da Associated Press.

Alvo da faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi (PDT) perdeu o cargo há quatro meses, mas manteve parte da renda salarial dos tempos de governo.

Mesmo depois de ser demitido pelo Planalto após denúncias de irregularidades no ministério, o presidente nacional do PDT continua desfrutando de pró-labore no valor de R$ 6.002 por participar de reuniões do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Lupi não é o único caso de ex-ministro beneficiado com rendimentos extras após deixar a Esplanada dos Ministérios. Titular da Ciência e Tecnologia no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, ganha mais de R$ 25 mil por mês como conselheiro de duas estatais.

Além de participar do colegiado do BNDES, o ex-ministro integra o Conselho de Administração da Itaipu Binacional, considerado um dos conselhos de estatais mais disputados, com um jetom de R$ 19,4 mil.

Não bastasse turbinar os salários dos atuais ministros, os conselhos de empresas estatais e públicas também funcionam como cabide de emprego, e não só para antigos ocupantes da Esplanada.

O ex-governador e ex-deputado federal Alceu Collares (PDT), por exemplo, é contemplado pelo polpudo pró-labore do conselho de Itaipu Binacional. Mesmo privilégio tem o sindicalista e bancário João Vaccari Neto, secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, é outro que engorda seus vencimentos com o jetom pago pelo Conselho de Administração do BNDES. Ao lado de ex-ministros e sindicalistas, os conselhos de administração servem ainda para acomodar apadrinhados políticos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Artifício largamente empregado em governos passados para proporcionar uma remuneração de mercado a integrantes do primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios, os conselhos de administração e fiscal de estatais e empresas públicas continuam a ser usados para turbinar os salários de ministros de Estado.

Levantamento feito pelo Estado nos 38 ministérios do governo da presidente Dilma Rousseff aponta que um terço dos ministros integra hoje uma elite do funcionalismo com supersalários que ultrapassam o teto salarial de R$ 26.723,15. São 13 ministros que engordam seus rendimentos com jetons por participação em conselhos de empresas.

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O campeão é o ministro da Defesa, Celso Amorim, que acumula seu salário com o pró-labore de R$ 19,4 mil pagos pela participação no Conselho de Administração da Itaipu Binacional. São R$ 46,1 mil mensais brutos de remuneração.

A renda do ministro poderia ainda ser maior, se não houvesse o abate teto, mecanismo que impede Amorim de acumular na integralidade seus vencimentos de ministro da Defesa com a aposentadoria do Itamaraty. Diplomata de carreira, Amorim é aposentado do Ministério das Relações Exteriores desde 2007.

No comando da área econômica do governo, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, estão empatados na segunda posição do ranking dos mais bem pagos da Esplanada, com renda mensal bruta de R$ 41,5 mil.

Ambos são conselheiros da Petrobrás e da BR Distribuidora, com jetons que alcançam quase R$ 15 mil mensais. Miriam Belchior poderia ganhar ainda mais: como titular da pasta do Planejamento, ela é obrigada a fazer parte do Conselho de Administração do BNDES mas, segundo sua assessoria, abriu mão de receber o pró-labore de R$ 6 mil por essa participação.

O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) engorda o salário com jetons de dois conselhos: é presidente do Conselho de Administração do BNDES, onde ganha R$ 6 mil mensais brutos, e integra também o BNDESPar, recebendo R$ 5,3 mil.

Braço direito de Dilma, Pimentel usufrui de R$ 38,1 mil por mês de renda. O vencimento do ministro da Ciência e Tecnologia é inferior ao do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que acumula o salário de ministro com os jetons de duas empresas: BrasilPrev e BrasilCap, chegando a ganhar R$ 38,7 mil mensais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), apresentou hoje requerimento para convidar os ministros das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, para que participem de audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle da Casa. O tucano quer que os ministros prestem esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades em um programa que previa oferecer internet gratuita e sem fio a todos os moradores de João Pessoa (PB).

Uma reportagem exibida ontem pelo programa Fantástico, da Rede Globo, revelou que o projeto Jampa Digital não está funcionando a contento, mesmo após dois anos desde que foi lançado. A reportagem mostrou que em diversos pontos da cidade não há conexão sem fio. Há ainda indícios de superfaturamento na compra dos equipamentos e pagamento de propina por parte de uma empresa que venceu a licitação para a prefeitura.

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Aguinaldo Ribeiro era o secretário de Ciência e Tecnologia da capital paraibana quando o programa foi lançado, no início de 2010. "Isso (a denúncia) é lamentável porque o governo, apesar de todos os mecanismos que dispõe para avaliar o currículo dos indicados, continua de olhos vendados para nomear ministros", criticou Alvaro Dias.

Os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho; de Minas e Energia, Edison Lobão; e de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, vão cumprir missões fora do País esta semana. Na edição de hoje do Diário Oficial da União foram publicados despachos da presidente Dilma Rousseff autorizando o afastamento dessas três autoridades.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, viajará para Nova York, nos Estados Unidos, com afastamento no período de 27 a 30 de março. Segundo o Diário Oficial, ela vai proferir palestra na "Brazilian-American Chamber of Commerce" sobre o desenvolvimento do Programa de Aceleração do Crescimento no Brasil e o seu provável impacto na economia da América Latina.

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Já o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, estará amanhã, 27, em Montevidéu, Uruguai, onde participará de reunião com o ministro da Indústria, Energia e Mineração uruguaio, Roberto Kreimerman. Serão debatidos temas relacionados à energia elétrica, petróleo e gás natural, informa o Diário Oficial.

Mendes Ribeiro teve afastamento autorizado no período entre 23 e 31 de março, com missão em quatro locais. Segundo o Diário Oficial, o primeiro destino do ministro da Agricultura é Tirana, na Albânia, para tratar de assuntos relacionados à exportação de carne suína. Hoje, inclusive, o ministro da Agricultura já assinou em Tirana termo de memorando de entendimento entre Brasil e Albânia, com o objetivo de estreitar os laços comerciais entre os dois países e aproximar a cooperação em pesquisa e desenvolvimento técnico e comercial no segmento agrícola. Mendes Ribeiro foi recebido pelo primeiro-ministro albanês, Sali Berisha, e esteve reunido com ministro da agricultura albanês, Genc Ruli.

O segundo destino de Mendes Ribeiro será Budapeste, na Hungria, onde discutirá assuntos relacionados à cooperação agrícola entre a Hungria e o Brasil. Mendes Ribeiro também irá a Moscou, na Rússia, para tratar de temas relacionados ao comércio agrícola entre o Brasil e a Rússia. O ministro ainda irá a Londres, na Inglaterra, para proferir palestra no Seminário sobre "Desenvolvimento Sustentável na Agricultura". Ele terá reuniões com os ministros de agricultura de cada país visitado.

Mais três ministros foram autorizados a sair de férias a partir de hoje. São os titulares das pastas das Comunicações, Paulo Bernardo; da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, e das Cidades, Mário Negromonte. A data de retorno varia entre 16 e 21 de janeiro.

Nas duas últimas edições do Diário Oficial, em 2011, despachos da presidente Dilma Rousseff já haviam autorizado as férias, a partir de hoje, dos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence e do Esporte, Aldo Rebelo. Também foram autorizadas a sair de férias as ministras da Cultura, Ana de Hollanda, do Planejamento, Miriam Belchior, da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, além dos ministros do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência,José Elito Siqueira e da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sairá de férias amanhã e retornará dia 16. Hoje ele ainda despacha em São Paulo. A presidente Dilma está em férias na Bahia e só deverá retornar a Brasília no dia 9 ou 10 de janeiro.

As ministras do Planejamento, Miriam Belchior, e da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foram autorizadas a tirar 16 dias de férias a partir de 31 de dezembro. Os despachos da presidente Dilma Rousseff foram publicados hoje no Diário Oficial da União.

Os ministros do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, José Elito Siqueira, e da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, também foram autorizados a descansar, mas por um período menor, de quatro dias, entre 2 e 6 de janeiro. Os despachos também foram publicados hoje no Diário Oficial. A presidente, que descansa na Bahia, só deverá retornar a Brasília no dia 9 ou 10 de janeiro.

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O ex-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, disse hoje que é preciso responsabilizar a presidente Dilma Rousseff pela escolha dos ministros que recentemente deixaram o governo sob suspeita de corrupção. "Há uma tendência de jogar tudo nas costas do Lula. Não é que o Lula não tenha responsabilidade, mas não é ele sozinho. É o governo dele e o novo governo", afirmou hoje à Agência Estado.

Na opinião de Serra, o número de ministros envolvidos em suspeita de corrupção é muito alto para um governo que tomou posse há menos de um ano. "Para um governo recém-formado, do total de ministérios, que são pouco mais de 20, quase um terço já foi comprometido", afirmou. "Houve algo errado nas nomeações. E quem os elegeu foi a Dilma, foi ela quem os escolheu. Ela tem a responsabilidade pelo que está ocorrendo. Ninguém é obrigado a aceitar de um governo anterior a nomeação de futuros ministros."

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Serra participou hoje da cerimônia de posse da nova diretoria do Núcleo Sindical do PSDB em São Paulo. O partido organizou neste ano formalmente 15 núcleos sindicais, numa tentativa de intensificar sua relação com os trabalhadores. Questionado se essa iniciativa era uma tentativa de reaproximação com os sindicatos, Serra negou que tenha ocorrido um afastamento entre o PSDB e os trabalhadores. "Criou-se um mito de que houve afastamento, mas isso é bobagem", afirmou.

Os ministros das Finanças do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) se reunirão em dezembro para discutir o aumento dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para combater a turbulência econômica, afirmou o vice-ministro das Finanças da Coreia do Sul, Choi Jong-ku. Choi disse que a reunião, que estava prevista para ser realizada em fevereiro, foi antecipada como parte do esforço do G-20 para tratar da crise da dívida soberana da zona do euro. Ele disse que os Estados membros vão discutir em quanto os recursos do FMI serão elevados.

Os membros do G-20 são favoráveis ao aumento da capacidade de financiamento do FMI em US$ 1 trilhão, afirmou o vice-ministro, mas outros Estados membros estão relutantes se comprometer com um número específico. Segundo ele, a reunião de dezembro será realizada em parte para discutir qual será o valor da contribuição de cada Estado membro, agora que eles alcançaram um amplo consenso sobre a necessidade aumentar os recursos do FMI. As informações são da Dow Jones.

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Os ministros das finanças do Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e os principais países emergentes do mundo) encerraram neste sábado uma reunião de dois dias, em Paris, defendendo que os riscos à economia global "precisam ser enfrentados com determinação para restaurar a confiança, estabilidade financeira e crescimento" e apelando aos líderes europeus que apresentem um amplo plano de combate à crise fiscal da zona do euro.

Os participantes do encontro disseram esperar que a União Europeia chegue a um acordo de plano decisivo para superar os problemas da região na reunião de cúpula marcada para o dia 23 de outubro.

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O plano que está em discussão se baseia em três pilares: mais ajuda financeira à Grécia, capitalização dos bancos atingidos pela crise europeia e mais recursos para o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.

"Nós continuamos comprometidos a tomar todas as medidas necessárias para preservar a estabilidade dos sistemas bancários e mercados financeiros", afirmou o G-20, no comunicado final de sua reunião na capital francesa. "Nós garantiremos que os bancos sejam capitalizados adequadamente e tenham acesso suficiente a financiamentos para lidarem com os riscos atuais".

Ainda no comunicado, os ministros do G-20 disseram que os bancos centrais vêm tomando medidas firmes e estão prontos para suprir liquidez aos bancos quando necessário. "As políticas monetárias manterão a estabilidade dos preços e continuarão a apoiar a recuperação econômica", dizia o comunicado.

Os ministros afirmaram também ter avançado numa proposta de "plano de ação coordenada" do G-20 para impulsionar o crescimento global e superar a crise internacional.

O G-20, no entanto, deixou em aberto o debate sobre o aumento de recursos para o Fundo Monetário Internacional, que seriam direcionados aos países mais afetados pela crise. Algumas das principais economias emergentes defendem que o FMI necessita de mais recursos para conter a crise fiscal europeia, ideia esta rejeitada pelos Estados Unidos, Canadá e outras nações desenvolvidas.

"Recursos adicionais do FMI não podem substituir o compromisso da zona do euro de alocar recursos seus para sustentar sua própria moeda", afirmou o ministro britânico das Finanças, George Osborne. As informações são da Dow Jones.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se autoconcederam um aumento no auxílio-moradia pago pela corte. Numa sessão administrativa ocorrida ontem, eles aumentaram em 59,19% o valor do benefício, passando dos atuais R$ 2.750 para R$ 4.377,73. É provável que a decisão leve a um efeito cascata no Judiciário, pois outros órgãos também pagam auxílio moradia a seus juízes e auxiliares.

No caso do STF, o benefício é concedido a ministros e juízes auxiliares que não têm residência em Brasília e não ocupam imóveis funcionais. Em relação aos juízes auxiliares, o aumento foi de 23,06%, subindo de R$ 2.750 para R$ 3.384,15. Dos oito ministros presentes à reunião administrativa na qual foi discutido o assunto, apenas Marco Aurélio Mello votou contra.

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A decisão de reajustar substancialmente o benefício ocorreu no mesmo dia em que juízes e integrantes do Ministério Público fizeram uma mobilização em Brasília pela valorização das carreiras e por mais segurança. Magistrados, promotores e procuradores defendem a aprovação pelo Congresso de projetos de lei que reajustariam o salário dos ministros do STF dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 32 mil.

De acordo com informações divulgadas ontem pelo STF, o impacto mensal do aumento do auxílio moradia no tribunal será de R$ 78.829,03 e o anual, de R$ 945.948,36. A assessoria do Supremo informou que atualmente dos 11 ministros que integram o tribunal apenas Luiz Fux recebe auxílio moradia. Os outros moram em imóveis funcionais ou têm residência própria.

Para aprovar o reajuste no auxílio moradia, o STF se baseou em benefícios pagos a outras autoridades de Brasília. Ministros de Estado recebem atualmente auxílio moradia de R$ 6.680,76, senadores ganham R$ 3,8 mil e deputados federais, R$ 3 mil.

'Não sou JK'

Magistrados e integrantes do Ministério Público que participaram da mobilização ontem em Brasília estiveram no STF. Uma comitiva foi recebida pelo presidente, Cezar Peluso. Centenas de autoridades bem vestidas esperaram do lado de fora do tribunal pelo resultado da reunião.

Um dos líderes do movimento que estava no gabinete da presidência da Corte sugeriu a Peluso que acenasse para os manifestantes. Ele reagiu: "Não sou JK." Encerrada a movimentação, muitas das autoridades que participaram da mobilização foram embora em carros oficiais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Imaginem que o Brasil seja uma empresa privada comandada por Dilma, a principal executiva. Esta empresa é composta por 37 diretores e milhares de acionistas. Os diretores exigem lealdade de Dilma. E os acionistas esperam lucros da empresa. Pressionada, a executiva Dilma toma decisões equivocadas. E...

“Em nove meses, o Brasil S/A perdeu cinco diretores. Os diretores ocupavam posições importantes, inclusive, o segundo executivo da empresa, em razão das circunstâncias, solicitou demissão. Ou melhor: foi demitido. Mas a principal executiva, Dilma, não confirmou isto. Os acionistas, até o instante, não exigem explicação de Dilma, pois estão anestesiados com os lucros da gestão passada - Lula. Dilma, em nenhum instante, admite erros na condução da gestão. A saída de Palocci, o segundo executivo da empresa, possibilitou a vinda de uma executiva sem experiência no mercado. É possível que os acionistas comecem a reprovar a gestão de Dilma. Eles, em algum instante, sofrerão conseqüências em razão da queda do lucro da empresa - corte de investimentos e diminuição do poder de compra. Dilma, a principal executiva, não diz nada. Aliás, se encontra com os outros diretores e pedem para eles indicarem outro diretor. Os diretores não admitem que o novo membro da diretoria seja um técnico reconhecido do mercado. Sugerem uma pessoa do circulo de amizades deles. O tempo passa. Clientes somem. A Brasil S/A quebra. Mais uma empresa vai a falência no país do futuro”.   

Se o Brasil fosse uma empresa, certamente, Dilma já teria deixado o cargo de principal executiva. Ou, visão mais otimista: estaria com o cargo ameaçado. Mas o Brasil não é uma empresa. E os eleitores não são acionistas, apesar deles esperarem boas ações do governo. Em razão de o sistema político brasileiro ser presidencialista, os eleitores esperarão por cerca de três anos para decidir o que fazer com Dilma. Enquanto isto, novos ministros cairão. Só não irá ocorrer uma coisa: o Brasil não quebrará, mas poderá deixar de se desenvolver. 

Espero que Dilma faça um bom governo. Mas as conjunturas política e econômica me trazem pessimismo.

Apesar de não terem visto nem ouvido os manifestantes da Marcha Contra a Corrupção, as autoridades que estavam em Brasília no desfile do 7 de Setembro, ao lado a presidente Dilma Rousseff, consideraram o protesto como parte do jogo democrático. Blindados pelos tapumes que tomaram todo o quarteirão em frente ao palanque oficial, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), e o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, classificaram o ato como "legítimo" e "ocorrência natural em uma democracia".

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, cuja pasta foi um dos alvos da "faxina" e dos manifestantes, esquivou-se de falar sobre o protesto alegando que "não viu nada". Ele disse que não estava constrangido com a manifestação. Passos, que ocupou o cargo de secretário-executivo da pasta durante todo o governo do ex-presidente Lula (2003-2010), disse que "as questões internas do ministério já estão encaminhadas e sendo cuidadas pela Controladoria Geral da União (CGU), pelas auditorias, pelas comissões de sindicância e processos administrativos e disciplinares". A CGU deve divulgar amanhã um primeiro balanço das auditorias feitas nos contratos do Ministério dos Transportes.

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Marco Maia lembrou que já participou de muitas manifestações pelo país afora e que a marcha de hoje, na Esplanada dos Ministérios, era "importante para a democracia brasileira" e, por isso, deveria ser "respeitada e apoiada". Pelo fato de o desfile e o protesto dividirem a mesma avenida, mas em sentidos diferentes, o presidente da Câmara disse que isso era um exemplo de convivência pacífica e democrática. "Que bom que vivemos em um país democrático, onde as pessoas podem expressar suas opiniões e posições de forma livre, respeitando a segurança e a liberdade de ir e vir das pessoas", disse Marco Maia.

Para Maia, não há nenhum constrangimento para o governo da presidente Dilma. "O governo tem sido o maior batalhador no combate aos malfeitos, que as denúncias sejam investigadas. Não vejo nenhum constrangimento, ao contrário, reforça a politica que o governo tem feito de combate à corrupção", afirmou. José Eduardo Cardozo, da Justiça, compartilha da mesma opinião de Marco Maia. "É um dever dos nossos governantes, de todas as pessoas que atuam no mundo público, ter respeito pela coisa pública e combater a corrupção".

No primeiro desfile de 7 de setembro sob comando da primeira mulher a chegar à Presidência da República, Dilma Rousseff, foram notadas duas diferenças em relação aos últimos anos. A primeira mudança saltava aos olhos: o palanque presidencial reuniu quase todo o ministério do governo Dilma.

A segunda alteração foi a ausência do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), que foi passar o feriado em Natal. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), também marcou presença.

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Os ministros ficaram na cidade para prestigiar o primeiro 7 de setembro da primeira mulher presidente. Ao todo, com meia hora de desfile, estavam no palanque pelo menos 32 ministros - o governo tem hoje 38 autoridades com status ministerial. No palanque, os ministros das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, e da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, ficam mais próximos da presidente por serem os dois ministérios mais antigos.

 

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Diante de novas denúncias envolvendo desvio de dinheiro público em ministérios, a Casa Civil voltará a ter papel mais político. Por determinação da presidente Dilma Rousseff, a ministra Gleisi Hoffmann já começou a cobrar pessoalmente dos colegas explicações para cada acusação. Depois da "faxina" nos Transportes, que derrubou 22 pessoas, a estratégia consiste em impedir que a crise bata à porta do gabinete de Dilma.

Na volta das férias parlamentares, o governo não quer esticar a corda com sua base de sustentação no Congresso. Nos últimos dias, Dilma ouviu ponderações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem é importante fazer uma repactuação com os aliados. Com estilo discreto, a petista Gleisi - que substituiu Antonio Palocci, abatido por denúncias de enriquecimento ilícito - será agora uma espécie de "facilitadora" na Esplanada.

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Longe dos holofotes, a chefe da Casa Civil - batizada de "Dilma da Dilma" - fará a triagem dos assuntos espinhosos para encaminhar à presidente. Além disso, o site da Casa Civil abrigará, nos próximos dias, um espaço com perguntas e respostas sobre programas e projetos do governo federal. A ordem é afastar a turbulência do Planalto e diminuir os "ruídos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse ter pedido desculpas à presidente Dilma Rousseff pelas acusações feitas pelo seu irmão, Oscar Jucá Neto, de que há corrupção no Ministério da Agricultura. Após a conversa com Dilma, o líder do governo disse ter ouvido dela que o ministro Wagner Rossi (Agricultura) continua e terá a responsabilidade de verificar se há irregularidades na área.

"Na conversa com a presidente, eu dei explicações e pedi desculpas, disse que não concordo com o que ele (Oscar) fez. Ela, comigo, deu o assunto como encerrado e disse que o ministro Wagner Rossi vai verificar se houve alguma irregularidade", disse Jucá.

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O peemedebista disse não ter conhecimento se as acusações do irmão são ou não verdadeiras, mas criticou o fato de ele ter feito as denúncias após perder o cargo na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "O que ele disse não tem pé nem cabeça. Eu não conheço os dados da área, mas não concordo com a postura dele de sair atirando no ministro, no Michel Temer (vice-presidente da República)".

Em entrevista à revista Veja, o irmão de Jucá afirmou haver um esquema de corrupção no Ministério da Agricultura tendo como foco a Conab. O esquema beneficiaria o PMDB e o PTB. O ministro Wagner Rossi participaria do esquema. Ele foi indicado pelo vice-presidente Michel Temer.

Segundo Oscar, a estatal estaria adiando o repasse de R$ 14,9 milhões à empresa de alimentos Caramuru para barganhar uma comissão de R$ 5 milhões, que seriam acrescentados ao valor da dívida de forma fraudulenta. Ele denunciou, ainda, a venda de um terreno da empresa em uma área nobre de Brasília por R$ 8 milhões, um quarto do valor estimado de mercado, em favor de uma pequena imobiliária, que seria laranja de um influente político do PTB.

O irmão de Jucá foi demitido da Conab na semana passada após uma denúncia de que autorizara um pagamento irregular de R$ 8 milhões a uma empresa de armazenagem, sem aval do presidente da estatal, Evangevaldo Pereira dos Santos, e do ministro. Segundo Jucá, Oscar garante que o pagamento foi legal e se deu em cumprimento a uma ordem judicial.

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