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O dólar teve um dia volátil nesta quarta-feira, 31, primeiro influenciado pelo fechamento do referencial Ptax (usado em contratos cambiais) de julho, que pressionou a moeda americana para baixo, e em seguida pela reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que fez a divisa bater máximas, chegando a R$ 3,82 - valor que não era negociado desde o último dia 5, quando foi a R$ 3,83 durante as operações. No final dos negócios, o dólar à vista fechou em alta de 0,75%, a R$ 3,8199, o maior nível desde o fechamento do dia 3.

Em julho, a moeda acumulou desvalorização de 0,53%, o segundo mês consecutivo de queda. No ano, a queda é de 1,33%.

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"De manhã foi a Ptax que segurou o dólar para baixo, à tarde, foi o exterior", observa o responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem. O final da reunião do Fed, o evento mais esperado da semana no mercado internacional de moedas, acabou fortalecendo o dólar no exterior, com efeito imediato aqui. Primeiro, porque o corte de juros nos EUA, o primeiro em uma década, foi decidido com dois votos contra a redução, sinalizando que os dirigentes estão menos dispostos a reduzir as taxas pela frente. O banco Credit Suisse espera que só haja este corte nos EUA em 2019.

Em seguida, após a divulgação do comunicado, na entrevista à imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o corte anunciado era apenas um "ajuste" e não o início de um ciclo de cortes. Neste momento, a moeda bateu em R$ 3,82. Logo depois, Powell explicou sua fala e disse que se referia a um ciclo longo de cortes, o que fez a divisa perder fôlego. O DXY, que mede o comportamento do dólar ante divisas fortes, bateu sucessivas máximas após a reunião, chegando a 98,683 pontos.

Para o economista de Estados Unidos do banco alemão Commerzbank, Bernd Weidensteiner, a grande questão que ficou após a entrevista de Powell foi sobre a extensão dos cortes de juros nos EUA, se será mesmo só essa redução, corrigindo a alta de juros feita em dezembro, ou se haverá mais pela frente. "Powell parece indicar que o Fed está inclinado na direção de entregar menos acomodação na política monetária do que o esperado", ressalta ele, destacando que o presidente dos EUA, Donald Trump, não deve ter ficado muito feliz com os comentários do presidente do Fed. Trump tem defendido cortes mais agressivos de juros pelo Fed.

"O Fed entregou um corte de juros menos 'dovish' que o esperado", afirma o estrategista de moedas do banco de investimento Brown Brothers Harriman (BBH), Win Thin, em e-mail comentando a decisão do Fed. O comunicado e as declarações de Powell, ressalta ele, sinalizam que o Fed "não parece estar com pressa de cortar os juros de novo", o que ajudou a fortalecer o dólar.

O dólar se fortaleceu em geral nesta sexta-feira, 26, avançando ante rivais como libra e euro e diversas moedas emergentes. A divisa americana ganhou fôlego hoje com a leitura acima do esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. Além disso, as baixas projeções para inflação e crescimento na zona do euro enfraqueceram a moeda europeia, favorecendo a divisa americana.

Próximo ao horário de fechamento do mercado em Nova York, o dólar recuava a 108,70 ienes, enquanto o euro tinha baixa a US$ 1,1130 e a libra caía para US$ 1,2388. O índice DXY, que calcula a força da moeda americana ante uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em alta de 0,20%, aos 98,010 pontos, voltando a se firmar acima da marca psicológica dos 98 pontos. Na comparação semanal, o DXY avançou 0,88%.

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O PIB da maior economia do mundo cresceu à taxa anualizada de 2,1% no segundo trimestre do ano em relação ao trimestre anterior, superando a mediana de 1,9% calculada pelo Projeções Broadcast. No mesmo período, o núcleo da inflação medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla inglês) avançou à taxa anualizada de 1,8%, aliviando parte das preocupações com a resposta fraca da inflação nos últimos meses. Ainda assim, segue abaixo da meta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), de 2%.

Contudo, especialistas ressaltam que o crescimento do PIB foi fortemente sustentado pelos consumidores, e que a lentidão dos investimentos das empresas indica que as tensões comerciais continuam a pesar sobre a economia. Assim, prevalece o cenário de um iminente corte de juros de 25 pontos-base pelo Fed em julho, o que pode pressionar o dólar. "O Fed deve reiterar seu objetivo de 'sustentar a expansão', deixando a porta aberta para mais relaxamento nos próximos meses", avalia a analista Xiao Cui, do Credit Suisse.

Do outro lado do oceano, uma pesquisa do Banco Central Europeu (BCE) com economistas verificou queda das expectativas de inflação na zona do euro neste ano, em 2020 e 2021, além de menores projeções para o crescimento do PIB da região em 2020, enfraquecendo o euro. A piora na perspectiva europeia, junto às sinalizações "dovish" de ontem pelo BCE, fortalece o cenário para um corte de juros em setembro, aumentando ainda mais a pressão sobre a divisa europeia.

Entre as moedas emergentes, o destaque foi a desvalorização do rand sul-africano, depois que a agência de classificação de risco Fitch reduziu a perspectiva da África do Sul de "estável" para "negativa", mantendo o rating BB+. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 14,3005 rands, de 14,0994 rands no fim da tarde de ontem.

No caso da Colômbia, embora o banco central local tenha mantido sua taxa de juros inalterada hoje, especialistas preveem uma tendência de cortes em mercados emergentes, particularmente na América Latina.

O noticiário também contou com declarações do diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, que descartou a possibilidade de uma desvalorização artificial do dólar. Em entrevista à emissora CNBC, Kudlow disse que Trump não necessariamente defende um dólar mais fraco, mas teme que outros países enfraqueçam propositalmente a própria moeda para ganhar vantagem competitiva no comércio.

O mercado de câmbio operou descolado do exterior nesta sexta-feira, 26, ao contrário do resto da semana. O dólar fechou em queda, enquanto se fortaleceu no mercado internacional. Contribuiu para a baixa um leilão de recursos do Banco Central e operadores ressaltam que também houve ingresso de capital externo, além de um movimento de realização de lucros após as altas recentes, que levaram a moeda americana a bater nos negócios de ontem em R$ 3,80.

O dólar à vista fechou a sexta-feira em R$ 3,7725, em queda de 0,25%. A moeda subiu 0,71% na semana, a segunda consecutiva de alta. Mas no mês, o dólar recua 1,77% e no ano, 2,55%.

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Passada a semana relativamente calma no noticiário doméstico e internacional, e com baixa liquidez no mercado, a expectativa é que as mesas de operação fiquem mais agitadas na semana que vem. O evento mais esperado é a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que começa na terça-feira, 30, e termina no dia seguinte e pode ter o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em anos. No mercado local de câmbio, no mesmo dia é a definição da taxa Ptax, usada para contratos cambiais e em balanços corporativos e o Banco Central também inicial sua reunião de política monetária.

"Hoje houve um pouco de realização de lucros, após as altas dos últimos dias", destaca o responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem. "O leilão do BC também deu tranquilidade ao mercado", completa. O Banco Central ofertou US$ 1 bilhão em linha (venda de dólar à vista com compromisso de recompra).

Para a reunião de política monetária do Fed, principal evento para o mercado de moedas da semana que vem, os estrategistas do banco JPMorgan esperam corte de 0,25 ponto porcentual nos juros americanos, em reunião que pode ser marcada por ao menos um voto dissidente. O Fed deve reconhecer ainda que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano mostrou perda de fôlego, ressalta o JP.

Hoje, dados do segundo trimestre mostraram avanço de 2,1% do PIB americano, acima do 1,9% esperado por Wall Street, o que ajudou a fortalecer o dólar no mercado internacional, sobretudo ao ajudar a reduzir as apostas de corte mais intenso de juros pelo Fed, de 0,50 ponto. Para os estrategistas do Rabobank, desde que a tensão comercial entre a China e os Estados Unidos não aumente nas próximas semanas, o corte de juros pelo Fed pode estimular a busca por ativos de risco e a ida de investidores para emergentes no curto prazo, em busca de retorno. Com isso, as moedas de emergentes devem se fortalecer.

O dólar operou em queda durante toda a quarta-feira, 24, mas não conseguiu sustentar na tarde de hoje o ritmo de baixa observado pela manhã, quando chegou a recuar para R$ 3,75. No encerramento do pregão, fechou com leve redução de 0,09%, a R$ 3,7693. Com o Congresso em recesso, o mercado local novamente operou em linha com os movimentos da moeda americana no exterior, dia em que cresceu o otimismo dos investidores com as negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos, que devem ser retomadas na semana que vem. Operadores também reportaram entrada de recursos externos para ofertas de ações. Já a expectativa por eventos dos próximos dias, que inclui a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), amanhã, contribuiu para deixar os investidores cautelosos.

O destaque hoje foi a nova queda do Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, um termômetro do risco-país. No final da tarde, o contrato estava em 124,18 pontos, ante 127 pontos do fechamento de ontem, de acordo com cotações da Markit. O governo anunciou medidas de saque de recursos do FGTS para estimular a economia, mas como já haviam sido antecipadas nos últimos dias, não tiveram impacto no câmbio. Neste momento, o foco maior do mercado cambial é a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na semana que vem, a do BCE amanhã e ainda a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na sexta-feira. Há ainda a reunião do Banco Central brasileiro, na semana que vem.

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"O mercado está em modo de espera", afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. Além dos eventos internacionais, que podem afetar o mercado de moedas de vários países, ele ressalta que os investidores também aguardam a volta do Congresso, e o início das discussões da reforma da Previdência e também da tributária. Essa expectativa aliada ao recesso no Congresso e as férias aqui e lá fora reduziu o ritmo de negócios.

No mercado internacional, o dólar caiu pela manhã, refletindo a divulgação do índice dos gerentes de compra (PMI) industrial dos EUA, que recuou para o menor nível em quase dez anos. Os estrategistas do JPMorgan observam que os PMIs de outros países desenvolvidos também vieram fracos, realimentando preocupações com a desaceleração da economia mundial. Na parte da tarde, o dólar zerou a queda e passou a subir ante a maioria dos emergentes, como Colômbia, Rússia e Indonésia, enquanto os investidores aguardam a reunião do BCE, que deve sinalizar corte de juros e medidas de estímulos adicionais.

O dólar avançou ante outras moedas principais nesta terça-feira, 23, reagindo a uma série de notícias. Nos Estados Unidos, a Casa Branca e o Congresso chegaram a um acordo orçamentário que eleva o teto da dívida pública. Na Europa, investidores especulavam sobre os efeitos da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), marcada para quinta-feira, e também sobre as implicações para o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) com a eleição de Boris Johnson como líder do Partido Conservador, o que significará, consequentemente, a posse dele como premiê do país.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar avançava para 108,27 ienes. Já o euro, na mesma marcação, caía a US$ 1,1154 e a libra recuava para US$ 1,2441. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, registrou avanço de 0,46%, a 97,705 pontos.

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Nesta terça-feira, o mercado repercutiu o acordo firmado entre Executivo e Legislativo americanos, que elevará o teto da dívida pública por dois anos. A moeda americana se fortalece ante o euro, também devido às expectativas por sinalizações "dovish" após a reunião de política monetária do BCE, que acontece na quinta-feira. Acomodações monetárias - que não significam, necessariamente, cortes na taxa básica de juros - tendem a depreciar o câmbio. Nesse quadro, o euro atingiu durante o pregão mínimas desde 30 de maio.

"Vai ser preciso um golpe ousado do BCE para satisfazer os mercados que clamam por flexibilização adicional e fazer a diferença para a economia, enquanto tenta permanecer dentro de seu ambiente institucional e não desestabilizar o sistema financeiro", escreveu o economista-chefe da High Frequency Economics, Carl Weinberg.

O Western Union, por sua vez, diz que "independentemente de o BCE agir esta semana, o mercado está se preparando para o banco reduzir suas preocupações e soar os alarmes 'dovish'".

Já a libra esterlina recuou em relação ao dólar após a já esperada vitória de Johnson na disputa pelo comando do Partido Conservador no Reino Unido. Em seu discurso, o conservador disse que como premiê irá entregar o Brexit em 31 de outubro, com ou sem acordo. "A falta de concessões na postura de Johnson pode tornar as próximas semanas difíceis para a libra esterlina", diz relatório do BK Asset Management enviado a clientes.

O real foi a moeda que mais perdeu valor nesta terça-feira, 23, perante o dólar entre 34 divisas, em dia que a moeda dos Estados Unidos ganhou força no mercado global e operadores relataram saídas de capital externo do Brasil. A moeda americana subiu ante divisas de países fortes e emergentes após Washington fechar acordo para suspender o teto da dívida americana até 2021 e autoridades sinalizarem avanço das conversas comerciais entre a China e os Estados Unidos. O dólar à vista fechou em alta de 0,92%, a R$ 3,7728, nível mais alto desde o último dia 9.

Com a agenda local novamente fraca e as mesas de câmbio aguardando os eventos dos próximos dias, que inclui o anúncio de medidas de estímulo do governo para a economia e a reunião de política monetária do Banco Central Europeu, foi o mercado internacional que guiou as cotações do dólar aqui. A moeda americana chegou a operar em R$ 3,74 na mínima do dia, pela manhã, mas um movimento de saída de recursos acelerou a compra de dólares e levou a moeda para as máximas, em R$ 3,7763.

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"Sem o político, o mercado está se guiando pelo exterior", ressalta o gerente da mesa de câmbio da corretora Tullet Prebon, Italo Abucater. "Com o recesso no Congresso, perdemos também o volume de negócios", acrescenta. Hoje, a liquidez aumentou um pouco, mas ainda ficou abaixo da média de pregões normais. No mercado futuro, o giro estava em US$ 15 bilhões até às 17h15, ante US$ 18 bilhões da média. A expectativa é que o volume volte a crescer na semana que vem, quando vencem os contratos futuros de dólar de agosto e é definido o referencial Ptax do mês. No mercado à vista, o giro foi de somente US$ 712 milhões.

No mercado doméstico, a inflação fraca do mês, medida pelo IPCA-15 divulgado hoje, e que veio abaixo do esperado, também acabou influenciando as mesas de operação de câmbio. Ao reforçar a aposta de corte mais forte de juros, a avaliação dos operadores é que o real pode ser tornar uma moeda ainda menos usada para o chamado "carry trade" (tomar dinheiro em país de juro baixo e aplicar em país de juros alto). "O BC vai cortar os juros em 0,50 pontos", prevê o economista para América Latina da Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia, ao comentar os dados do IPCA-15.

O Bank of America Merrill Lynch revisou as projeções para o câmbio e espera que o dólar fique agora em R$ 3,70 no final deste ano, se mantendo neste nível em 2020. Antes, o banco esperava a moeda americana em R$ 3,80 e 3,90 para este ano e no próximo. Menos incerteza sobre o cenário doméstico, bancos centrais cortando juros na economia mundial e a expectativa de várias ofertas de ações no Brasil devem elevar a entrada de dólares no país, fortalecendo o real. Já a aprovação da reforma da Previdência está precificada nas cotações. Para o real se valorizar mais, é preciso progresso em outras frentes, destaca o banco em relatório nesta terça-feira.

O dólar teve novo dia de queda nesta quinta-feira, 18, puxada principalmente por declarações do presidente da regional de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), John Williams, que recomendou "agressividade" na política monetária americana. A fala do dirigente, que vota nas reuniões de decisão de juros, foi interpretada por Wall Street como sinalização de redução mais agressiva de juros em breve. Com isso, a moeda americana aprofundou a queda no mercado financeiro internacional, ante divisas fortes e de países emergentes. O dólar à vista fechou em baixa de 0,84%, a R$ 3,7290, o menor valor desde 19 de fevereiro deste ano (R$ 3,7164).

A moeda americana caía desde cedo, mas em ritmo moderado e com baixo volume de negócios. Foi após o discurso de Williams, a partir das 15 horas, que a queda se acentuou e o dólar bateu várias mínimas, recuando até R$ 3,7239. O dirigente disse que é preciso "agir mais rápido" para gerar estímulos econômicos em cenários com a taxa de juros próxima de zero. "Deveríamos ser agressivos quando confrontados com cenário adverso."

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Para o estrategista do banco canadense BMO, Ian Lyngen, após a fala de Williams, um corte de 0,50 ponto porcentual de juros pelo Fed não seria mais uma surpresa. Um corte de 0,25 ponto já está precificado, ressalta ele. "William recomendou que o Fed seja agressivo", destaca Lyngen. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar perante uma cesta de divisas fortes, que já caía antes das declarações, aprofundou o ritmo de baixa e testou os menores níveis de julho.

O volume de negócios no mercado doméstico, que estava bem fraco pela manhã, repetindo os dias anteriores desta semana, melhorou na parte da tarde. Mas ainda seguiu mais fraco em relação a dias normais. No mercado futuro, o giro financeiro foi de US$ 15 bilhões. No mercado à vista, o giro foi de US$ 1 bilhão, o maior da semana. O dólar para agosto fechou em baixa de 1,19%, a R$ 3,7220.

Operadores observaram alguma entrada de fluxo externo hoje, em dia de fechamento da venda de ações do IRB Brasil Re, que pode render R$ 8 bilhões. A operação será precificada hoje e os estrangeiros podem ficar com parte importante dos papéis, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Já a Cosan iniciou reuniões com investidores que podem resultar em emissão na casa dos US$ 500 milhões.

O dólar voltou a cair nesta quarta-feira, 17, após subir nos dois primeiros dias da semana. A moeda americana aqui operou em linha com o exterior, dia de enfraquecimento do dólar no mercado internacional após dados fracos do mercado imobiliário americano. Com o noticiário doméstico fraco, esta quarta foi mais um dia de baixo volume de negócios no mercado de câmbio. O dólar à vista fechou em queda de 0,28%, a R$ 3,7604.

Notícias de que o governo prepara medidas para estimular a economia tiveram repercussão positiva em certo papéis na Bolsa, mas no mercado de câmbio foram apenas monitoradas, sem maiores efeitos nas cotações. Por isso, o dólar pouco oscilou hoje, indo da casa dos R$ 3,7555, na mínima do dia, a R$ 3,7680, na máxima.

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O operador de câmbio da CM Capital, Thiago Silêncio, avalia que o dólar deve continuar com essa tendência e ao redor dos R$ 3,75 enquanto o Congresso estiver de recesso e não houver maiores novidades sobre a reforma da Previdência. Assim, notícias externas têm potencial de influenciar muito mais as cotações, ressalta ele. As férias no Brasil e no exterior contribuem para limitar a liquidez.

Hoje, o giro no mercado futuro foi de US$ 12,7 bilhões, abaixo da média de US$ 18 bilhões de dias normais. O dólar futuro recuou 0,16%, para R$ 3,7670. No mercado à vista, o volume de negócios somou apenas US$ 980 milhões.

O fluxo de capital externo hoje foi fraco, segundo operadores, com investidores internacionais já antecipando nos últimos dias os aportes para a oferta de ações do IRB Brasil Re, que será precificada nesta quinta-feira. A demanda dos papéis já superou 1,2 vezes o tamanho da oferta (R$ 8,5 bilhões), segundo a Coluna do Broadcast.

Após subir forte ontem, o dólar teve dia de queda no mercado internacional, ante divisas de países desenvolvidos, como o euro, e alguns emergentes, como o México, Argentina, Rússia e Turquia. Dados do setor imobiliário vieram piores que o previsto e ajudaram a enfraquecer a moeda americana, enquanto prossegue a cautela dos investidores com a temporada de balanços corporativos e as conversas comerciais entre a China e os Estados Unidos. O DXY, índice que mede o dólar ante divisas fortes, cedia 0,18%.

O dólar voltou a subir hoje, após cair nos últimos cinco pregões. Operadores destacam que o movimento foi um ajuste, sobretudo após o real ser a moeda que mais se valorizou no mercado internacional na semana passada, considerando uma cesta de 35 divisas. Nesta segunda-feira, 15, com a agenda doméstica fraca, o mercado local acompanhou o fortalecimento do dólar no exterior, ante moedas de países desenvolvidos e alguns emergentes. O dólar à vista fechou em alta de 0,48%, a R$ 3,7563.

A liquidez foi fraca hoje, com o mercado futuro movimentando apenas US$ 10,4 bilhões, ante média de US$ 18 bilhões. No mercado à vista, o giro também foi fraco, com US$ 760 milhões, abaixo da média de US$ 1,3 bilhão de dias normais. O dólar futuro para agosto fechou em alta de 0,52%, a R$ 3,7610.

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"Na falta de notícias internas, o mercado acompanhou o exterior", afirma o gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini. Apesar da alta de hoje, ele ressalta que a tendência do dólar ainda é de queda e a moeda pode cair abaixo de R$ 3,70 se houver noticiário positivo, sobretudo sobre a Previdência, como a reinclusão de Estados e municípios no texto.

Hoje, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), disse achar "confortável" que os senadores avaliem a reforma em um prazo de 60 dias e não espera muita desidratação do impacto fiscal na tramitação.

Os estrategistas do banco dinamarquês Danske Bank também veem o real ganhando força nos próximos meses. A tendência é que a moeda americana recue para a casa dos R$ 3,64 nos próximos três meses e R$ 3,50 nos próximos 12 meses. A avaliação do Danske é que o dólar deve se enfraquecer também na economia mundial, por conta da expectativa crescente de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). "Os recentes comentários do Fed nos convenceram ainda mais de que os cortes de juros vão começar a partir deste mês", ressaltam em relatório nesta segunda-feira. Outro fator que deve contribuir para manter a moeda americana enfraquecida é a trégua comercial acertada entre Estados Unidos e Pequim.

No exterior hoje, o dólar subiu em meio a indicadores econômicos fracos da China, que teve o menor nível de crescimento em 27 anos, pela cautela com o início de divulgação dos balanços corporativos nos Estados Unidos e também por uma recuperação das quedas da semana passada.

O dólar teve nesta sexta-feira, 12, o quinto dia seguido de queda e acumulou baixa de 2,09% na semana, a maior desvalorização semanal desde maio. A crescente perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos, que enfraqueceu a moeda americana no exterior, e o otimismo com o avanço da reforma da Previdência, mesmo com a demora na votação dos destaques, contribuíram para a queda. Com isso, o real foi a moeda com melhor desempenho esta semana ante o dólar entre uma lista de 35 emergentes. Em julho, a divisa americana recua 2,7% e, no ano, perde 3,3%.

As declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, esta semana no Congresso dos EUA, praticamente confirmaram que haverá corte de juros este ano, o que fez o dólar cair tanto ante divisas fortes, como o euro, como perante emergentes. Os estrategistas do Société Générale ressaltam que a dúvida agora do mercado financeiro é se a redução será de 0,25 ponto porcentual ou de 0,50. "O Fed está caminhando em direção a um ciclo de flexibilização monetária", ressaltam nesta sexta-feira.

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Influenciado pela queda do dólar no exterior, a moeda americana aqui teve comportamento destoante de outros ativos, como o Ibovespa e os juros futuros, que mostraram mais cautela em meio à demora para votar os destaques da reforma e a possibilidade de a votação no segundo turno ficar para agosto. Já o Credit Default Swap (CDS), um termômetro do risco-país, era negociado a 127 pontos-base na tarde de hoje, bem abaixo do nível que começou o mês, 150 pontos.

No câmbio, os investidores seguem otimistas com o avanço da reforma da Previdência. "No Brasil, a dinâmica da reforma parece estar se fortalecendo", afirma o estrategista de moedas do Scotiabank, Shaun Osborne, ressaltando ainda que o dólar tem se enfraquecido no exterior. Operadores reportaram entrada de fluxo externo nesta sexta-feira, em parte recursos para a oferta pública de ações da resseguradora IRB Brasil Re na semana que vem, que pode render R$ 8,5 bilhões.

Hoje, na mínima do dia, o dólar bateu em R$ 3,7304, valor que segundo operadores atraiu compradores da moeda americana e pressionou as cotações para cima. Na máxima, o dólar foi a R$ 3,76. Esses profissionais, porém, veem tendência de dólar em queda pela frente, se os juros de fato caírem nos EUA e as reformas avançarem aqui.

O mercado de câmbio teve um dia volátil nesta quinta-feira, 11, mas acabou fechando com a quarta queda consecutiva, ainda influenciado pelo exterior e perspectiva positiva com a reforma da Previdência, apesar da demora para a votação dos destaques na Câmara. A moeda americana caiu ante a maioria dos emergentes hoje, com os agentes apostando em corte mais forte de juros nos Estados Unidos. Aqui, o dólar à vista fechou em baixa de 0,15%, a R$ 3,7510.

O dólar acumula queda de 2,4% este mês e o real é a moeda com que mais se valoriza em julho, em uma lista de 34 divisas. Mesmo com as quedas recentes, estrategistas de moedas veem tendência de a baixa do dólar continuar. O Morgan Stanley vê a moeda recuando para R$ 3,65 com a aprovação da Previdência.

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"Vemos espaço para apreciação adicional do real", destaca o estrategista em Nova York para mercados emergentes do Crédit Agricole, Italo Lombardi, em relatório recomendando a aposta na moeda brasileira, que pode cair a R$ 3,65. "Temos sido otimistas com os ativos brasileiros desde que retornamos de uma recente viagem ao Brasil. A agenda de reformas tem progredido bem."

Inicialmente nesta quinta-feira, a dificuldade de votação dos destaques na Câmara causou certa apreensão nas mesas de câmbio, mas segundo operadores, a visão é de que poucos devem passar e os aprovados devem ter impacto fiscal pouco relevante. O JPMorgan espera diluição adicional de R$ 27 bilhões no impacto fiscal, por conta do abrandamento das regras para policiais e para aposentadorias das mulheres.

"Não vejo razão para pessimismo com os destaques", afirma o sócio e gestor da Absolute Invest, Roberto Serra. Para ele é possível que o dólar teste níveis perto de R$ 3,70 nos próximos dias se a reforma seguir avançando. Ele ressalta ainda que o otimismo com a Previdência vem em paralelo ao exterior mais positivo, com os agentes esperando um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No mercado doméstico, na mínima do dia, o dólar caiu a R$ 3,73. Operadores comentam que investidores, como tesourarias de bancos e fundos de investimento, aproveitaram a baixa cotação para comprar a moeda e também recompor parte de posições defensivas nos mercados futuros, que haviam sido reduzidas nos últimos dias. Com isso, o dólar passou a subir, chegando a R$ 3,76 na máxima do dia.

O dólar recuou levemente frente a outras moedas principais nesta quinta-feira, 4, marcada por baixa liquidez nos mercados, devido ao feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos. A perspectiva de uma política mais relaxada por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) foi reforçada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar Christopher Waller e Judy Shelton para o conselho de diretores da autoridade monetária.

No fim da tarde, o dólar cedia para 107,79 ienes e para 0,9852 franco suíço, consideradas moedas mais seguras que a americana. Na mesma marcação, o euro se fortalecia a US$ 1,1287, movimento também verificado na libra, que subia para US$ 1,2579.

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Os nomes apresentados pela Casa Branca para o Fed são vistos como "dovish", ao seja, apoiadores de uma política monetária mais frouxa. Cortes nos juros têm o efeito de depreciar o câmbio, o que investidores já projetam com antecedência nas cotações do dólar.

A perspectiva mundial de redução nas taxas básicas de juros também se fortaleceu com a indicação da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, para a presidência do Banco Central Europeu (BCE). A expectativa é que ela, se tiver seu nome aprovado, dê continuidade ou até mesmo intensifique a postura "dovish" do atual comandante da autoridade monetária da zona do euro, Mario Draghi.

O dólar registrou leve baixa em relação a outras moedas principais, com o euro apoiado por relatos de que o Banco Central Europeu (BCE) pode não cortar juros em julho. Além disso, a moeda comum reagiu pouco ao anúncio de nomes que devem ocupar cargos de lideranças na União Europeia, entre eles Christine Lagarde para o comando do BCE, enquanto a libra recuou após um sinal fraco da economia do Reino Unido.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 107,88 ienes, o euro avançava a US$ 1,1293 e a libra tinha queda a US$ 1,2604. O índice DXY registrou baixa de 0,12%, a 96,726 pontos.

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Durante a manhã, o euro bateu máximas em meio a relatos de que o BCE pode não cortar juros em julho, esperando antes disso novos indicadores econômicos para então agir, possivelmente em setembro, quando haverá projeções econômicas atualizadas. Ao longo do dia, contudo, o euro perdeu um pouco de fôlego, mas manteve-se em alta diante do dólar.

O euro ainda reagiu pouco à notícia de que houve um consenso entre os países da União Europeia para indicar futuros líderes do bloco. Até então diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-ministra de Economia, Finanças e Indústria francesa, Lagarde precisa agora ter seu nome aprovado para substituir Mario Draghi em novembro. Analistas especulavam sobre o rumo futuro do BCE, com alguns lembrando declarações anteriores favoráveis a estímulos monetários, enquanto outros viam uma solução de continuidade na política da instituição.

A libra, por sua vez, ficou sob pressão após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de construção do Reino Unido recuar a 43,1 em junho. Na avaliação do MUFG, a libra está cerca de 6,5% subvalorizada ante o dólar atualmente, um sinal de que o mercado leva ainda em conta o risco de não haver acordo na saída do país da UE, o Brexit. / Com informações da Dow Jones Newswires

O dólar operou em alta em relação a outras moedas principais, como iene e franco suíço, nesta segunda-feira, 1º, em um ambiente de apetite por risco renovado desde a trégua comercial firmada entre Estados Unidos e a China durante o fim de semana. O avanço da moeda americana em relação a outras divisas fortes, como euro e libra, ganhou ainda mais força diante da desaceleração da economia global, como indicado pelo índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial global, que caiu ao menor nível desde outubro de 2012, o que tende a favorecer moedas consideradas seguras.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,44 ienes, enquanto recuava a US$ 1,128 e a libra, a US$ 1,2641. O índice DXY, que mede a força do dólar em comparação a uma cesta de outras seis moedas fortes, subiu 0,74%, para 96,844 pontos, voltando a se aproximar da marca simbólica de 97 pontos.

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Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, se reuniram na madrugada de sábado, em Osaka, no Japão, durante a reunião do G20. Os líderes concordaram em evitar novas tarifas bilaterais e a retomarem as negociações de onde pararam, o que indica uma trégua na guerra comercial entre os dois países. Além disso, a Casa Branca autorizou a gigante de telecomunicações asiática Huawei a retomar a compra de produtos americanos sem autorização especial do governo. Com a notícia, o dólar manteve alta frente a moedas como o iene e o franco suíço desde o início dos negócios.

A força da moeda americana diante de outras divisas fortes foi acelerada após a divulgação do PMI industrial global de junho, que caiu para 49,4 pontos, o nível mais baixo desde outubro de 2012, segundo medição da IHS Markit em parceria com o JPMorgan. Estar abaixo da marca de 50 pontos indica contração da atividade.

O acordo provisório entre EUA e China, no entanto, fez o dólar recuar ante moedas emergentes. Perto dos horários de fechamento dos negócios à vista em Nova York, o dólar caía para 42,3735 pesos argentinos e para 19,1473 pesos mexicanos.

O dólar chegou a operar nesta segunda-feira, dia 1º, em R$ 3,81, atingindo os menores níveis desde o final de março, por conta do otimismo gerado pela trégua na tensão comercial acertada no final de semana entre os Estados Unidos e a China em reunião às margens da reunião do G-20 no Japão. Mas a queda da moeda americana perdeu força, em meio à cautela dos investidores com a reforma da Previdência, que terá a leitura do voto do relator nesta terça-feira na comissão especial da Câmara e possível votação das medidas no dia seguinte. Com isso, o dólar à vista acabou fechando em leve alta de 0,10%, cotado em R$ 3,8441.

Pela manhã, o dólar caiu forte no mercado internacional, ante divisas fortes e de emergentes, por conta dos reflexos da reunião entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping. Mas a moeda americana passou a subir perante divisas como o euro e a libra, após a divulgação de indicadores econômicos mostrando fraqueza da atividade econômica dos EUA e ainda a leitura de que um acordo comercial final entre EUA e China vai levar tempo. "A retomada do diálogo entre os dois países é uma boa notícia, mas devemos permanecer cautelosos com a expectativa de se alcançar um acordo final", alertam os estrategistas do banco francês Société Générale.

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O diretor de tesouraria de um banco brasileiro destaca que parte da expectativa da trégua acertada entre EUA e China já havia sido incorporada nos preços do dólar aqui e no exterior na semana passada. Por isso nesta segunda o impacto foi menor e os investidores aproveitaram para realizar lucros na parte da tarde, com o foco se voltando para a reforma da Previdência. Com isso, investidores aproveitaram a moeda americana a R$ 3,81 e foram às compras, disse ele.

Na Previdência, uma das dúvidas que persistem é se Estados e municípios serão incluídos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem reunião nesta terça-feira com governadores do Nordeste para discutir o assunto e falou hoje que a votação deve ocorrer entre quarta e quinta-feira. A S&P Global Ratings avalia que a situação financeira dos governos subnacionais está muito deteriorada e precisa de uma solução.

Na avaliação do diretor de ratings soberanos para as Américas da S&P, Joydeep Mukherji, o avanço da Previdência é necessário para as coisas começarem a se mover no Brasil. "Mas a reforma não é suficiente", disse em conferência nesta terça, destacando que o governo precisa avançar em outras frentes para acelerar a economia, que incluem privatizações, reforma tributária e melhora do ambiente de negócios.

O dólar recuou contra as principais rivais, estendendo a tendência de baixa alimentada pelas previsões de relaxamento monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e pressionado por indicadores da economia americana. O índice do dólar DXY, que mede a divisa contra uma cesta de outras seis fortes, chegou a tocar o menor nível desde 22 de março.

No fim da tarde em Nova York, o dólar ficava estável a 107,33 ienes, o euro avançava a US$ 1,1377 e a libra tinha ganho a US$ 1,2745. O índice DXY fechou em queda de 0,46%, a 96,220 pontos, recuando 1,38% na comparação semanal.

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O tom "dovish" sinalizado pelo Fed nesta semana colocou o dólar numa tendência de queda e "escureceu o sentimento" sobre a moeda americana, pontua o analista sênior de mercado da Western Union, Joseph Marimbo. Para o economista, "a percepção de que os EUA têm maior poder de fogo monetário do que o Banco Central Europeu (BCE) e outros bancos centrais pairam sobre o dólar como uma grande vulnerabilidade".

A moeda americana foi fortemente pressionada, ainda, pelo recuo ao menor nível em mais de nove anos do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar de junho dos EUA, que elevou, para o mercado, o argumento para que o Fed corte juros em breve.

Além do recuo do dólar, o euro foi favorecido nesta sexta-feira por indicadores de atividade econômica da zona do euro que superaram projeções do mercado, alimentando esperanças de um adiamento no relaxamento monetário do Banco Central Europeu (BCE), avalia a diretora-geral de estratégias de câmbio da BK Asset Management, Kathy Lien.

"No mercado de câmbio, as moedas são guiadas pelos últimos eventos", explica Lien. "Enquanto o BCE mencionou cortes de juros pela primeira vez há algumas semanas, a virada mais recente veio do Fed."

Já a libra, embora tenha avançado ante o dólar, teve seu ganho limitado pelo crescente risco de um Brexit sem acordo, afirma Marimbo. A perspectiva de eleição do ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson para primeiro-ministro do Reino Unido fortalece o cenário de saída da União Europeia (UE) de forma desordenada e prejudicial à economia britânica.

Além dos EUA, economias fortes como a Inglaterra e o Japão também sinalizaram chances crescentes de relaxamento monetário ao longo da semana, o que tende a beneficiar moedas de países emergentes. O dólar recuou 1,23% ante o peso argentino e 0,07% contra o peso mexicano nesta sexta-feira.

O dólar recuou em geral hoje, refletindo a sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de que a política monetária dos Estados Unidos pode ser afrouxada ainda este ano.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 107,33 ienes, o euro avançava a US$ 1,1293 e a libra tinha ganho a US$ 1,2705. O índice DXY chegou ao fim do dia em queda expressiva e abaixo da marca psicológica dos 97 pontos.

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Mesmo mantendo a taxa de juros inalterada, o Fed afirmou que irá atuar para sustentar a expansão econômica dos EUA, o que foi percebido por investidores como uma prontidão para cortar juras no futuro próximo. A perspectiva de afrouxamento monetário tende a pressionar o dólar.

Outro fator que pressionou o dólar foi o recuo acentuado do índice de atividade regional medido pelo Fed de Filadélfia, que caiu de 16,6 em maio para 0,3 em junho, bem abaixo da previsão de 9,3 de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

No Reino Unido, a libra recuou ante o euro, após o tom "dovish" adotado pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) na manhã de hoje ser interpretado pelo mercado como uma possibilidade de relaxamento monetário. Assim como o Fed, o BoE manteve sua taxa básica de juros inalterada, mas frisou os riscos das tensões globais ao crescimento da economia britânica e a percepção mais forte da chance de um Brexit sem acordo.

Outra sinalização de possível corte de juros veio do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), cujo presidente, Haruhiko Kuroda, declarou hoje que não hesitará em afrouxar ainda mais a política monetária se necessário. O iene avançou ante o dólar nesta quinta-feira.

O panorama de relaxamento monetário beneficiou moedas emergentes, como o rublo, o peso mexicano e o rand sul-africano, que subiram ante o dólar nos pregões de hoje. O rublo também foi impulsionado pela forte alta do petróleo, que também ajudou a valorizar o dólar canadense.

A moeda americana chegou a operar em alta ante a lira turca, na esteira de ameaças do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de retaliação de possíveis sanções impostas pelos EUA. No entanto, a tendência se inverteu e o dólar chegou ao fim da tarde em queda a 5,7593 liras turcas, de 5,8010 liras turcas no fim do dia de ontem.

O dólar ficou bem próximo da estabilidade diante de uma cesta de divisas fortes, nesta quinta-feira, 13. O iene foi apoiado pelas tensões geopolíticas no Oriente Médio, enquanto a libra, por sua vez, chegou a ganhar força com notícias do processo de escolha do próximo líder do Partido Conservador do Reino Unido, que será consequentemente o próximo primeiro-ministro do país.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 108,37 ienes, o euro caía a US$ 1,1275 e a libra tinha baixa a US$ 1,2676. O índice DXY, que mede o dólar em relação a uma cesta de outras moedas principais, subiu 0,01%, a 97,013 pontos.

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No Reino Unido, o ex-prefeito de Londres e ex-secretário de Relações Exteriores britânico Boris Johnson recebeu 114 dos 313 votos dos conservadores com vagas na Câmara dos Comuns, no processo de escolha do sucessor da premiê Theresa May no comando do partido. Com isso, Johnson parece confirmar o favoritismo dele na disputa. Diante da notícia, a libra chegou a virar para território positivo, mas depois disso oscilou e chegou ao fim da tarde em Nova York em baixa modesta.

Além disso, o aumento das tensões no Oriente Médio, em meio a relatos de ataques contra dois petroleiros, apoiou a busca por moedas consideradas mais seguras nesses contextos, como o iene e o franco suíço.

Entre as moedas emergentes e commodities, o dólar australiano recuou, após dados do mercado de trabalho da Austrália reforçarem a expectativa de um corte de juros mais adiante pelo banco central local. No fim da tarde em Nova York, o dólar australiano caía a US$ 0,6916, de US$ 0,6928 no fim da tarde de quarta.

O peso argentino, por sua vez, se fortaleceu em dia de relatório de inflação ao consumidor do país. O índice de preços ao consumidor da Argentina avançou 3,1% em maio ante abril, quando a previsão dos analistas ouvidos pela Trading Economics era de alta de 3,2%. Na comparação anual, contudo, houve alta de 57,3% em maio, com a inflação anual no maior patamar desde a crise de 1992 no país. O dólar recuava a 43,5177 pesos, de 43,7023 pesos no fim da tarde de quarta.

Ainda entre as notícias do setor, o uso do euro se fortaleceu nas transações internacionais em 2018 e no início deste ano, segundo relatório do Banco Central Europeu (BCE). A moeda única foi escolhida como uma das fontes de reservas globais em 20,7% dos estoques no fim do ano passado, uma alta de 1,2 ponto porcentual em relação ao patamar de um ano antes.

O dólar chegou a mostrar fraqueza mais cedo, após uma leitura modesta da inflação nos Estados Unidos. Ao longo do dia, porém, o euro bateu mínimas de olho na arena política, o que fez a divisa americana ganhar fôlego e subir em relação a uma cesta de outras moedas principais.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,53 ienes, o euro caía a US$ 1,1288 e a libra recuava a US$ 1,2687. O índice DXY fechou em alta de 0,32%, em 97,000 pontos.

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O dólar perdeu força após o Departamento de Comércio informar que o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou abaixo do esperado em maio, na comparação mensal e também na anual. A reação, contudo, teve pouco fôlego e a moeda chegou ao meio do dia em leve alta em relação a uma cesta de outras moedas fortes.

Na Europa, o euro perdeu o patamar de US$ 1,13 à tarde, após o presidente americano, Donald Trump, afirmar que avalia a imposição de sanções contra o gasoduto Nord Stream 2, que liga Rússia e Alemanha. Para Trump, isso seria um modo de proteger a Alemanha dos russos.

Após as declarações do líder americano, o euro ficou pressionado. Com isso, o índice DXY superou a marca de 97 pontos. As tensões comerciais entre EUA e China também foram monitoradas.

Além disso, o dólar avançava a 5,8174 liras turcas, de 5,8023 liras no fim da tarde de terça-feira. A moeda americana chegou a virar ao território negativo diante dessa divisa, após o Banco Central da Turquia decidir manter a taxa básica de juros em 24%, mas depois oscilou. Para a Capital Economics, apesar de não alterar os juros agora, o BC turco deu sinais de que caminha para um relaxamento monetário. A consultoria, contudo, acredita que o escopo para esses cortes de juros é limitado.

O dólar caiu diante de uma cesta de outras moedas principais, sem muito impulso nesta terça-feira, 11. A moeda chegou a ganhar alguma força depois do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, mas oscilou com viés negativo. Além disso, o dia foi de declarações do presidente americano, Donald Trump, sobre o câmbio.

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 108,50 ienes, o euro subia a US$ 1,1329 e a libra tinha alta a US$ 1,2723. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras divisas fortes, recuou 0,08%, a 96,686.

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O dólar chegou a avançar após o PPI dos EUA. O índice subiu 0,1% em maio ante abril e o núcleo do PPI avançou 0,2%, resultados em linha com a expectativa dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Na arena política, Trump reclamou da taxa de juros nos Estados Unidos, novamente afirmando que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a manteria muito "alta". Além disso, afirmou que o euro e outras moedas estariam desvalorizados em relação ao dólar, o que coloca seu país em "grande desvantagem" na arena comercial.

Na Europa, a libra se fortaleceu após a divulgação de dados de desemprego e salários no Reino Unido. O euro, por sua vez, chegou a bater máximas em relação ao dólar à tarde, mas sem impulso e não muito distante da estabilidade.

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