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Os juros elevados, que encarecem o crédito e desmotivam investimentos, derrubaram o desempenho dos setores industriais mais tecnológicos no segundo trimestre deste ano. Apenas a indústria de média-baixa tecnologia, que inclui ramos da extrativa, registrou aumento de produção no País no período, segundo levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

"Aqueles setores que dependem muito de financiamento continuam muito restringidos, e eles estão super-representados na indústria de alta e média-alta tecnologia", explicou Rafael Cagnin, economista responsável pelo estudo do Iedi.

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O levantamento do Iedi separa os ramos industriais em quatro faixas de intensidade tecnológica, seguindo uma metodologia difundida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): alta, média-alta, média e média-baixa.

A produção da indústria de alta tecnologia recuou 1,7% no segundo trimestre de 2023, ante o segundo trimestre de 2022, com destaque para as perdas no complexo eletrônico, especialmente a menor fabricação de equipamentos de rádio, TV e comunicação.

Já a média-alta registrou um tombo de 7,6% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, segunda queda consecutiva, impactada pelos bens de capital mecânicos e elétricos e produtos químicos, apontou o Iedi.

"O quadro de juros é bastante elevado, os juros básicos, mas também os juros finais. Nesse período de relativo endividamento, também as garantias e contrapartidas finais (para concessão de crédito) tendem a ser mais rígidas. Em 2023, ainda teve o problema da crise das Americanas, que aumentou o spread dos mercados de capital e piorou as condições de financiamento das empresas", disse Cagnin.

VALOR

Esses segmentos industriais mais tecnológicos são importantes não apenas pela geração de valor de seus produtos, mas também por replicar seus ganhos na economia, movimentando o restante da cadeia produtiva, e por ofertar empregos de maior qualidade no mercado de trabalho, mais qualificados, e, consequentemente, mais bem remunerados e formais, disse Cagnin.

"Têm efeitos multiplicadores maiores. O exemplo mais indiscutível é a indústria automobilística, de média-alta tecnologia, que esparrama muito o crescimento, porque congrega uma diversidade muito grande de serviços e de componentes e insumos industriais, que vai da siderurgia, borracha, plástico, tecido, eventualmente couro, cada vez mais eletrônicos embarcados."

A produção dos setores de média intensidade tecnológica caiu 1,8% no segundo trimestre de 2023, completando sete trimestres seguidos de perdas. A última vez que houve expansão foi há dois anos, no terceiro trimestre de 2021, quando subiu 6,6%.

O que salvou a indústria de um desempenho ainda pior no segundo trimestre foram os avanços de produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,9%) e derivados de petróleo (4,9%), na faixa de média-baixa tecnologia, que cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2023, ante o segundo trimestre de 2022.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cidade do Recife tem o melhor de desemprenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), de anos iniciais, na Região Metropolitana. O dado é baseado na última análise do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que teve o resultado divulgado na última sexta-feira (16) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

No Ideb, a Rede Municipal do Recife alcançou a média de 5,30, o que levou a capital pernambucana a sair do terceiro lugar, apontado na última análise em 2019, para a primeira colocação. Além disso, a cidade avançou nas séries dos anos finais, que alcançou na mostragem cinco pontos. Em 2019, a média foi 4,7.

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“Comemoramos mais um avanço da Educação do Recife, que agora chega ao topo da Região Metropolitana. Deixo aqui minha felicitação e reconhecimento a todos os professores, gestores, coordenadores, demais profissionais, estudantes e todos nas nossas escolas. É dentro das salas de aula que construímos, dia a dia, uma educação de qualidade para as crianças da nossa cidade. Os resultados apresentados demonstram que o trabalho está no caminho certo, mas queremos continuar avançando”, celebrou Fred Amâncio, secretário de Educação do Recife, por meio da assessoria.

Humberto Martins soltou o verbo sobre a partipação de Jade Picon na novela Travessia, nova trama de Glória Perez. O ator também está escalado para novela e, inclusive, interpretará o pai da influenciadora na história.

Em entrevista para o podcast Papagaio Falante, o ator comentou a polêmica causada no meio artístico com a entrada de uma ex-BBB e influenciadora no elenco de uma novela em horário nobre da Globo.

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"Ela é boa, inteligente, tem talento, é uma menina bacana. Ela pode! Ninguém ia fazer uma escolha [e causar] uma situação constrangedora para a pessoa, a empresa ou o projeto. É claro que viram nela potencial", disse.

Humberto ainda reforçou que não vê problemas em influenciadores migrarem para atuação. E relembrou que, em outra época, isso costumava acontecer com modelos de comerciais.

A diferença do desempenho de meninas e meninos em matemática, na educação básica, diminuiu, segundo revela relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), divulgado esta semana.

Ele analisa as diferenças de gênero em 120 países, entre eles, o Brasil. Segundo a publicação, a disparidade caiu nos últimos 20 anos, mesmo em países mais pobres e, em alguns locais, as meninas superaram os meninos nesta área. 

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Este o caso, por exemplo, da Malásia, onde a diferença é a favor das meninas em matemática: 7%. No Camboja, essa diferença é de 3%, é 1,7% no Congo e 1,4% nas Filipinas.

A publicação Deepening the debate on those still left behind, em português, Aprofundando o debate sobre os que ainda ficam para trás, é um documento de gênero anual da Unesco que analisou dados do ensino fundamental e médio, tanto de desempenho, quanto de permanência na escola. 

"Nos últimos 20 anos, avanços gigantescos foram feitos na educação de meninas e mulheres. Hoje, praticamente tanto meninas quanto meninos podem ter acesso à aprendizagem e completar os estudos – a diferença entre os gêneros é agora inferior a 1%", afirmou, no relatório, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay. 

Em relação à matemática, os dados mostram que, nos primeiros anos do ensino fundamental, os meninos têm um desempenho melhor do que as meninas, mas essa diferença de gênero desaparece ao longo do percurso escolar.

Mesmo com a redução das disparidades, os resultados mostram que preconceitos e estereótipos ainda podem afetar os resultados da aprendizagem. Os meninos ainda têm muito mais probabilidade que as meninas de estarem entre os melhores desempenhos em matemática em todos os países. 

Outra área que evidencia desigualdades é ciências. Em países de renda média e alta, as meninas têm notas significativamente mais altas em ciências, mas elas ainda são menos propensas a optar por carreiras científicas, indicando, de acordo com a publicação, que os preconceitos de gênero ainda podem ser obstáculos para a busca de educação adicional nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. 

"De fato, para que todos os alunos sejam iguais, os atores da educação devem colocar a igualdade de gênero no centro de suas ações", ressaltou Audrey.  

Em leitura, o desempenho das meninas é superior em relação à matemática e ciências. Além disso, mais meninas atingem proficiência mínima em leitura do que meninos.

A maior lacuna na educação primária está na Arábia Saudita. Enquanto 77% das meninas atingem proficiência mínima em leitura na 4ª série, esse número é de 51% entre os meninos. Na Tailândia, as meninas superam os meninos em leitura em 18%, na República Dominicana em 11% e no Marrocos, em 10%.

Mesmo em países onde meninas e meninos estão no mesmo nível de leitura nas séries iniciais, como na Lituânia e na Noruega, a diferença em favor das meninas aumenta para cerca de 15% aos 15 anos.

O relatório apontou ainda violência de gênero, gravidez e casamento precoces como motivos para mulheres abandonarem ou atrasarem os estudos. Cerca de uma a cada cinco adolescentes na Nigéria e 10% das adolescentes em Serra Leoa estão afastadas da educação por conta de casamentos ou gravidez precoces. 

A pandemia de covid-19 pode também agravar as desigualdades. "Meninos e meninas não enfrentaram as mesmas consequências em todos os países em termos de acesso e uso de dispositivos e riscos de gravidez precoce", destacou o levantamento. 

Segundo ele alguns pais ou responsáveis em Bangladesh, Jordânia e Paquistão estavam relutantes em dar às meninas acesso a smartphones. Além disso, pesquisas por telefone com jovens de 19 anos durante a pandemia mostraram que, enquanto 70% das mulheres jovens na Etiópia passaram a dedicar mais tempo a tarefas domésticas, entre os homens esse percentual era 35%. No Peru, 42% das mulheres adolescentes passaram dedicar mais tempo ao cuidado de crianças, enquanto entre as mulheres e entre os homens jovens esse percentual foi 26%. 

Para a Unesco, o combate às desigualdades de gênero deve ser feito considerando os diversos dados disponíveis e envolvendo diversos atores sociais, como políticos, pais, comunidades, empresas e líderes religiosos.

"A reforma da igualdade de gênero na educação não pode ser feita apenas pelo governo sozinho, ela requer a atenção de todos os atores", assinalou a organização. 

Um estudo publicado pelo Journal Of International Business Studies constatou que a presença feminina no conselho administrativo das empresas oferece benefícios para o desempenho corporativo. De acordo com a pesquisa, uma única mulher consegue promover cerca de 2% de melhorias e mudanças positivas no ambiente de trabalho.

Além disso, a liderança feminina tem forte impacto no aumento da responsabilidade social da empresa, já que entre as características, as mulheres tendem a ser mais empáticas, filantrópicas e preocupadas em solucionar questões éticas.

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O estudo foi realizado por duas universidades dos Estados Unidos, a Universidade de Illinois e a Universidade da Carolina do Sul, que reuniram informações de mais de 3 mil empresas, em 38 países de 2007 a 2015. De acordo com o resultado, há qualidades femininas importantes para as corporações, que não são replicadas por homens.

Estudantes que realizaram o Sistema Seriado de Avaliação (SSA 3), da Universidade de Pernambuco (UPE), poderão consultar o listão com os aprovados nesta quarta-feira (2), a partir das 15h, por meio do site do vestibular. A divulgação dos selecionados foi antecipada em dois dias.

O acesso ao desempenho individual é realizado por meio do login e senha cadastrados no ato de inscrição. Por conta da pandemia, mais uma vez, não haverá a tradicional listagem dos aprovados no processo seletivo na reitoria da instituição, localizada no bairro de Santo Amaro.

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De acordo com a Comissão Permanente de Concursos Acadêmicos (CPCA), da UPE, às 14h30 serão divulgados, de forma remota, os candidatos aprovados nos primeiros lugares, ampla concorrência e sistema de cotas. Nesta edição, o Sistema Seriado de Avaliação (SSA 3) contou com 9.567 candidatos e 1740 vagas em cursos de graduação ofertados pela instituição de ensino superior.

O ano de 2021 fecha com o pior resultado de Jair Bolsonaro (PL) diante das pautas enviadas ao Congresso Nacional em 2021, de acordo com o estudo mais recente do Observatório Legislativo Brasileiro (OLB). O mandatário aprovou apenas 27,7% dos projetos enviados à Casa, o pior desempenho de um presidente da República desde a redemocratização do Brasil. O melhor ano do mandato foi 2020, quando o centrista alcançou 42,9% das propostas aprovadas. A pesquisa foi divulgada pelo Congresso em Foco. 

O estudo atribui o resultado do ano passado à aprovação de pautas urgentes em razão da pandemia, como a criação do Auxílio Emergencial e do orçamento de guerra. Já em 2019, primeiro ano de governo, somente 30% das pautas enviadas pelo Planalto foram aprovadas no Legislativo, um desempenho ainda inferior ao do ano passado. No entanto, o ano passado apresentou demandas mais urgentes e repentinas. 

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Segundo a pesquisa, os dois presidentes que mais tiveram aprovação no Congresso ao longo da história foram Lula (PT) em 2007, com 90,5% de êxito, seguido de Itamar Franco, em 1993, quando os parlamentares aprovaram 84,6% das propostas enviadas pelo governo. Antes de Bolsonaro, o pior desempenho era da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que aprovou somente 33% de suas proposições em 2014. 

Elaborada pelo OLB do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP), vinculado à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a pesquisa levanta os projetos apresentados pelo Executivo à Câmara dos Deputados, e avalia a proporção entre todos os textos os aprovados naquele ano pelo Congresso. 

 

De acordo com um estudo científico publicado na última semana no jornal Cérebro, a qualidade de sono de um determinado indivíduo impacta diretamente no desempenho cognitivo e neural, esteja ele na infância, adolescência, fase adulta, ou fase idosa.

Além disso, um dos envolvidos na pesquisa, Brendan Lucey, que trabalha no Centro de Medicina do Sono na Universidade de Washington, informou que existe um horário ideal de sono, que pode estabilizar os processos neurais a longo prazo.

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A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma análise envolvendo mais de 100 adultos, e a partir disso, foi descoberto que apenas aqueles que dormiam entre seis a oito horas diárias mantinham uma boa qualidade de função cerebral.

Já aqueles que costumam dormir menos de cinco horas por dia, foram diagnosticados com desempenho cognitivo prejudicado. Vale lembrar que o mesmo malefício também se aplica a pessoas com longa duração de sono, geralmente acima de sete horas e meia por dia.

O resultado final da pesquisa também reforça a orientação dada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos: crianças em idade escolar devem dormir entre nove e 12 horas por dia, e adolescentes entre oito  e dez horas.

 

 

Uma pesquisa realizada no Ceará pelo Paraná Pesquisas, divulgada nesta quinta-feira (16), mostra que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é considerado, por 60,4% dos cearenses, "ruim" ou "péssimo".

O governo é avaliado como "ótimo" ou "bom" para 20,8% das pessoas entrevistadas, enquanto 17,3% consideram como "regular". Apenas 1,6% das pessoas ouvidas não soube ou não quis responder.

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A pesquisa ouviu 1.540 eleitores de 86 cidades do Ceará, por telefone, entre os dias 11 e 15 de setembro. A margem de erro é de 2,5% e o grau de confiança é de 95%.

O Colégio de Aplicação, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), alcançou o seu melhor desempenho durante a participação na 13ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Nesta edição, a instituição conquistou cinco medalhas, sendo uma de outro, duas de prata e duas de bronze. O resultado foi divulgado no último domingo (12).

Este ano, a Olimpíada foi realizada de forma remota e Pernambuco recebeu 17 premiações, sendo o Estado com o maior número de medalhas entre os participantes do projeto. Por meio da assessoria, o professor-orientador, Diego Carvalho da Silva, ressaltou a importância desse reconhecimento. “É importantíssimo neste momento de tantos cortes na educação”, frisa. 

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A ONHB  recebeu inscrições de 9,3 mil equipes nesta edição. A competição , que teve início em maio, contou com a a realização de seis fases on-line (questões de múltipla escolha e realização de tarefas).

 

O Brasil, atual potência olímpica da América Latina, encerrou neste domingo sua participação nos Jogos de Tóquio-2020 com um total de 21 medalhas, sete de ouro, o recorde do país.

A delegação brasileira (301 atletas de 35 modalidades) deixa a capital do Japão com sete medalhas de ouro, seis de prata e oito de bronze, superando a marca histórica de 19 pódios (7-6-6) alcançada quando foi a sede dos Jogos Rio-2016.

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Com o desempenho, o Brasil terminou o quadro de medalhas na 12ª posição, uma colocação acima do resultado das Olimpíadas no Rio de Janeiro.

No último dia de competições, o país conquistou mais duas medalhas de prata: a boxeadora Beatriz Ferreira perdeu a final do peso leve (57-60 kg) para a irlandesa Kellie Anne Harrington e a seleção feminina de vôlei foi derrotada na disputa de ouro pelos Estados Unidos (3-0).

O sábado, no entanto, marcou o melhor dia do Brasil na história das Olimpíadas, quando o país conquistou três medalhas de ouro: a seleção masculina de futebol venceu a Espanha na final por 2-1 e faturou o bi olímpico, o boxeador Hebert Conceição conquistou o título do peso médio (69-75 kg) com um nocaute incrível sobre o ucraniano Oleksandr Khyzhniak e com o triunfo do canoísta Isaquias Queiroz na prova C1 1.000 metros.

O 12º lugar no quadro de medalhas deixa o Brasil na liderança entre os países da América Latina pela segunda Olimpíada consecutiva.

O Brasil conseguiu aproveitar a entrada de novas modalidades como o skate (três medalhas de prata) e surfe (uma medalha de ouro). Também registrou um avanço no desempenho das mulheres, responsáveis por nove medalhas em Tóquio-2020, contra cinco pódios nos Jogos Rio-2016.

E o país conseguiu seu melhor resultado nos Jogos Olímpicos mesmo com alguns resultados que ficaram abaixo do esperado, casos do surfista Gabriel Medina, das equipes de vôlei de praia e da seleção de vôlei masculino. Agora o desafio é manter o ritmo para os Jogos de Paris-2024.

Lista de medalhas do Brasil nos Jogos de Tóquio:

OURO

Boxe: Hebert Conceição (Peso Médio, até 75 kg)

Canoagem: Isaquias Queiroz (C1 1.000 metros)

Futebol: Seleção masculina

Ginástica Artística: Rebeca Andrade (Salto)

Maratona Aquática: Ana Marcela Cunha

Surfe: Ítalo Ferreira

Vela: Martine Grael e Kahena Kunze (classe 49erFX)

PRATA

Boxe: Beatriz Ferreira (Peso Leve, 57kg-60kg)

Ginástica Artística: Rebeca Andrade (Individual Geral)

Skate: Pedro Barros (Park)

Skate: Kelvin Hoefler (Street)

Skate: Rayssa Leal (Street)

Vôlei: Seleção feminina

BRONZE

Atletismo: Alison dos Santos (400 metros com barreiras)

Atletismo: Thiago Braz (Salto com vara)

Boxe: Abner Teixeira (Peso Pesado, até 91 kg)

Judô: Daniel Cargnin (Categoria até 66 kg)

Judô: Mayra Aguiar (Categoria até 78 kg)

Natação: Bruno Fratus (50 metros livre)

Natação: Fernando Schffer (200 metros livre)

Tênis: Laura Pigossi e Luísa Stefani (Duplas)

O programa Pátria Voluntária, coordenado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, distribuiu pouco mais de 27 mil cestas básicas e 38,5 mil quilos de alimentos desde que foi criado, em julho de 2019. Os dados foram informados pela Casa Civil e pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência após o Estadão revelar que o programa praticamente não recebe novas doações desde julho do ano passado. O número de cestas básicas distribuídas até agora corresponde a 1,93% do que a ONG Ação da Cidadania doou apenas no período da pandemia de Covid-19, de março de 2020 até o dia 30 de abril.

Fundada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, a Ação da Cidadania entregou, sozinha, aproximadamente 14 milhões de quilos de comida - o equivalente a 1,4 milhão de cestas básicas - desde o início da crise sanitária. A ajuda beneficiou mais de 4 milhões de pessoas, segundo a ONG. De fevereiro para cá, a entidade distribuiu 350 mil cestas a 1,5 milhão de famílias.

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Para efeito de comparação, pode-se dizer que, em pouco mais de um ano, no período da pandemia, a ONG ofereceu 50 vezes mais cestas do que o programa de Michelle em toda a sua existência. E, no período de três meses, 12 vezes mais.

Em outra frente, a Força Sindical anunciou que iria distribuir, a partir de 1º de maio, 15 mil quilos de alimentos. A oferta, em um único dia, equivale a mais da metade do que o Pátria Voluntária doou em quase dois anos de existência.

Propaganda, porém, não faltou para que o programa da primeira-dama decolasse. Reportagem do Estadão mostrou que o gasto da ação com publicidade (R$ 9,3 milhões) é maior que as doações destinadas pela iniciativa (R$ 5,8 milhões) até o momento. O governo alocou mais dinheiro para promover a campanha de Michelle, por exemplo, do que para divulgar a importância de combater o mosquito Aedes aegypti.

A Casa Civil justificou a disparidade sob o argumento de que há várias etapas a serem cumpridas no processo. "Os recursos são empenhados à medida que os editais públicos são lançados e todo o processo é devidamente internalizado e concluído, o que exige um tempo maior", informou a pasta, em nota. "O objetivo foi incentivar o voluntariado por meio da divulgação das ações desenvolvidas pelo Pátria Voluntária, evidenciando suas dimensões e impactos positivos na sociedade. É um equívoco tentar comparar a campanha publicitária com a execução de projetos, pois eles diferem quanto ao objeto, método e propósito."

A reportagem deixou claro que os recursos têm origens diferentes: enquanto a verba usada para propaganda sai do Orçamento da União, o dinheiro doado é captado por meio de doações.

A nota do governo diz que quem decide sobre o destino das doações é o "Conselho de Solidariedade", ligado à Casa Civil. Este grupo "não conta com ministros em sua formação, mas, sim, com representantes de ministérios, os quais se reuniram várias vezes ao longo do ano". Já o Conselho do Pátria Voluntária, mencionado no site do programa, é integrado por ministros e representantes da sociedade civil. O colegiado, no entanto, tem caráter consultivo e não toma decisões.

Escândalo

"É uma coisa escandalosa gastar R$ 9,3 milhões em publicidade, arrecadar só R$ 10,9 milhões e somente parte disso ter sido distribuída", disse Daniel Souza, coordenador da Ação da Cidadania. "É muito baixo para um programa que tem a força política da família do presidente e a estrutura do governo federal." Filho de Betinho, Souza afirmou que a ONG doa, na campanha Brasil sem Fome, entre 70 mil e 80 mil cestas básicas por mês. "Esse é o nosso ritmo. Não somos governo e não temos essa estrutura de comunicação. Se tivéssemos, com certeza estaríamos arrecadando muito mais".

Na prática, o Pátria Voluntária derrapa no momento em que mais da metade dos domicílios enfrenta algum grau de insegurança alimentar em consequência da pandemia. A volta da fome no Brasil tem repercutido no mundo. No dia 24 de abril, por exemplo, a capa do jornal The New York Times estampou a foto da enorme fila da doação de sopa, no centro de São Paulo. 

Um estudo recente realizado pelo pesquisador Ythalo Hugo da Silva Santos, do Programa de Pós-Graduação em Demografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGDem/UFRN), indica que os resultados da implementação da Lei de Cotas são positivos. A conclusão a que se chega é de que não há diferenças tão grandes no desempenho de alunos cotistas e dos não cotistas.

Ythalo fez as análises utilizando a base de dados dos alunos da UFRN que ingressaram em 2014. Alguns aspectos foram analisados, como o perfil sociodemográfico dos ingressantes, a permanência dos alunos ao longo da graduação e o desempenho entre os estudantes cotistas e dos ingressantes via ampla concorrência. Ele pôde identificar uma margem inexpressiva no indicador de diferença dos escores na maioria dos cursos. Apenas na área da biomedicina foi apontado um desempenho um pouco melhor nos alunos não cotistas (p-valor=0,003).

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Um dos maiores problemas identificados no estudo é a evasão dos estudantes. Ythalo diz, no entanto, que nos cursos com maior recorrência de abandono, a origem socioeconômica fez diferença para a permanência. “Os auxílios para permanência podem ter contribuído de maneira decisiva para a continuação de alunos cotistas, mas a evasão representa um problema para os dois grupos”, opina.

Segundo a análise do pesquisador, conciliar trabalho e estudo se mostra um fator de difícil solução por parte da maioria dos estudantes. Ele analisa: “Verificamos que os alunos que estavam trabalhando, ao ingressar na universidade, apresentaram maior evasão. E, comparando-se o grupo de cotistas e não cotistas, constatou-se que os cotistas que já trabalharam, mas não estavam trabalhando, permaneceram mais do que os não cotistas, apontando neste caso para um efeito positivo das cotas no grupo de alunos que já trabalharam, mas não estavam trabalhando ao ingressar na UFRN”.

O texto completo da pesquisa pode ser acessado diretamente pelo repositório institucional da UFRN. O trabalho foi apresentado em dezembro de 2020, com a orientação da professora Luciana Lima e coorientação de Iloneide Ramos.

Luciana Lima enfatiza a relevância de discutir as cotas no Brasil: “O tema das cotas para o acesso ao ensino superior no Brasil sempre foi cercado de alguma controvérsia entre diversos setores da sociedade e se torna mais relevante agora, pois a lei que a criou em 2012 prevê a necessidade de sua renovação pelo congresso após 10 anos. Sendo assim, até lá, será preciso entender os impactos sociais e resultados dessa política para subsidiar as discussões fundamentadas com evidências empíricas”, relata.

Com informações da UFRN

A maioria dos brasileiros apoia uma política de avaliação do desempenho para os servidores públicos e defende que todos sejam afetados pelas mudanças na regra de estabilidade, incluindo os que já estão em serviço, mostra pesquisa do Instituto Ideia Big Data sobre a reforma administrativa. A proposta, resgatada na lista de prioridades do novo comando do Congresso, tem o objetivo de reformular o RH do Estado, com novas regras para contratar, promover e demitir os servidores.

Encomendada pelo movimento liberal Livres, a pesquisa entrevistou 1.688 pessoas por telefone celular, entre os dias 6 e 11 de janeiro, com recortes de classe social, faixa etária, gênero, escolaridade e região.

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A reforma administrativa foi enviada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro em setembro do ano passado, mas não andou. Agora, o novo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse que dará prioridade ao texto.

A proposta enviada pelo Executivo não afeta a estabilidade dos atuais servidores da ativa, uma exigência colocada pelo presidente para assinar a reforma preparada pela equipe econômica. A estabilidade é a garantia de que, depois de três anos da posse e de uma avaliação de desempenho protocolar, os chamados servidores estatutários não possam ser demitidos.

A maior parte dos entrevistados quer que as mudanças nessa prerrogativa sejam aplicadas ao funcionalismo que já está na ativa, mas 45% dos ouvidos defendem a manutenção da estabilidade para todos servidores. Outros 13% dizem que apenas algumas carreiras essenciais devem continuar com o benefício e 29% afirmaram que restrições à estabilidade devem atingir todas as categorias.

Avaliação. Sete em cada dez entrevistados disseram ser favoráveis à avaliação de desempenho para servidores públicos. A avaliação de desempenho evita que as progressões na carreira, como aumento salarial, sejam feitas automaticamente e por tempo de serviço como ocorre hoje na maioria dos casos. Na reforma administrativa proposta, esse é um dos poucos pontos em que as mudanças também afetam os servidores da ativa. Ao entregar a proposta, o Ministério da Economia informou que o projeto de lei complementar que regulamenta a possibilidade de desligamento de servidor público por "baixo desempenho" estava em fase de elaboração e que logo seria enviado ao Congresso - ainda não foi. Hoje, a possibilidade de exoneração por mau desempenho não existe.

Segundo análise do Ministério da Economia, o processo de aferição da performance não funciona: numa escala de 0 a 10, a nota média atribuída aos servidores pelos colegas é 9,8. Na prática, a avaliação entre pares foi convertida em mera formalidade.

A pesquisa também quis saber sobre a avaliação da população em relação ao salário. Para 31% dos entrevistados, as remunerações são injustas porque têm valores muito superiores aos rendimentos pagos na iniciativa privada. Outros 21%, no entanto, consideram que os salários são inferiores aos pagos por empresas no setor privado.

O estudo mostra que 48% são a favor da aplicação de provas práticas para servidores, 29% nem a favor nem contra e 6% contra. Para 55% dos entrevistados, servidores em função obsoleta devem manter contrato e salário, mas devem ser transferidos para uma outra função e 44% acham que o servidor deve trabalhar em qualquer lugar que houver necessidade de sua mão de obra e não apenas para onde prestou o concurso.

"A pesquisa mostra que a população é bastante favorável que o servidor público seja avaliado e que tenha flexibilidade para exercer diferentes funções no serviço público, não fique atrelado a uma função que possa ter ficado obsoleta e que faça provas práticas", diz Paulo Gontijo, diretor executivo do movimento. Segundo ele, o objetivo do Livres com a pesquisa é dar subsídio para os parlamentares sobre a reforma administrativa.

"Nós entendemos que deva ser revista, mas não acho que seja viável no Brasil acabar com a estabilidade. E está claro que a população entende que não", afirma o diretor. O Livres é uma associação civil sem fins lucrativos que atua como um movimento político suprapartidário em defesa do liberalismo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A bancada do PSL na Câmara teve o melhor desempenho nas redes sociais em 2020, com quatro bolsonaristas - Eduardo Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP), Bia Kicis (DF) e Filipe Barros (PR) - entre os cinco primeiros parlamentares brasileiros mais influentes no Facebook, Instagram e Twitter, de acordo com o levantamento FSBinfluênciaCongresso, do Instituto FSB Pesquisa.

Eduardo desbancou a colega de partido Joice Hasselmann (SP), que hoje é um desafeto. Primeira colocada no ranking de 2019, ela perdeu influência após romper com o clã Bolsonaro e agora está na 9ª posição.

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Em 2020, a bancada do PSL se manteve como a mais influente nas redes, seguida pela do PT.

Apesar do bom desempenho dos aliados do presidente, o outro filho do mandatário no Congresso caiu de posição: o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que havia sido o 6º mais influente em 2019, está agora em 16º lugar. Ele e o petista Humberto Costa (PE) são os únicos senadores que aparecem entre os 20 primeiros colocados. Em 2020, Flávio foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

Todas as postagens dos deputados e senadores nas redes sociais avaliadas registraram 2,2 bilhões de interações - 6 milhões por dia, em média. Entre 2019 e 2020, o volume de interações (entre curtidas, comentários e compartilhamentos) cresceu 75%. Em 2019, esse total foi de 1,26 bilhão. A maior parte do crescimento foi registrado no Facebook.

Ao todo, os parlamentares reuniram, em 2020, 158,36 milhões de seguidores, um aumento de 19% na comparação com o ano anterior. O Facebook concentra a maioria desses seguidores (51,4%), à frente do Instagram (29,7%) e Twitter (18,8%). Proporcionalmente, porém, a maior alta de seguidores se deu neste último, com crescimento de 40,1%.

O aumento de interações reflete também a alta no volume de publicações: de fevereiro a dezembro de 2020, os congressistas publicaram 1,01 milhão de conteúdos nas redes pesquisadas (116 por hora), 13% mais do que em 2019.

Separados por Estados, os parlamentares de São Paulo são os mais influentes, seguidos pelos do Rio de Janeiro.

Metodologia

O instituto analisou o grau de engajamento em todas as publicações dos parlamentares de 1º de fevereiro a 31 de dezembro de 2020 e comparou com os resultados do mesmo período de 2019. Foram analisadas publicações feitas no Facebook (apenas páginas públicas), no Instagram (apenas contas business) e no Twitter. As notas são atribuídas considerando número de seguidores, quantidade, alcance e engajamento (curtidas, comentários e compartilhamentos) das publicações nas diferentes redes.

CONFIRA O RANKING DOS PARLAMENTARES MAIS INFLUENTES:

1º - Deputado Eduardo Bolsonaro - PSL-SP

2º - Deputada Carla Zambelli - PSL-SP

3º - Deputado Andre Janones - Avante-MG

4º - Deputada Bia Kicis - PSL-DF

5º - Deputado Filipe Barros - PSL-PR

6º - Deputado Marcelo Freixo - PSOL-RJ

7º - Senador Humberto Costa - PT-PE

8º - Deputada Jandira Feghali - PCdoB-RJ

9º - Deputada Joice Hasselmann - PSL-SP

10º - Deputada Gleisi Hoffmann - PT-PR

11º - Deputado Kim Kataguiri - DEM-SP

12º - Deputado Carlos Jordy - PSL-RJ

13º - Deputado Pr. Marco Feliciano - Republicanos-SP

14º - Deputado Helio Lopes - PSL-SP

15º - Deputado José Medeiros - Podemos-MT

16º - Senador Flávio Bolsonaro - Republicanos-RJ

17º - Deputado Carlos Eduardo Martins - PSC-PR

18º - Deputado Daniel Silveira - PSL-RJ

19º - Deputado Otoni de Paula - PSC-RJ

20º - Deputado Sargento Fahur - PSD-PR

Nesta quarta-feira (9), o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram os resultados do Conceito Preliminar de Curso (CPC) 2019, que mensura a qualidade da educação superior. De acordo com as entidades, dos 8.188 cursos de graduação participantes do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019, 91,6% tiveram desempenho entre as faixas 3 a 5 do indicador.

O Inep explica que o cálculo é feito a partir dos cursos de instituições de ensino superior vinculadas ao CPC 2019, que somam 1.215 unidades. “Ao todo, 49,3% (4.034), 39,8% (3.255) e 2,6% (212) dos cursos avaliados ficaram nas faixas 3, 4 e 5 respectivamente”, detalha nota emitida pelo Inep.

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O cálculo do CPC 2019 leva em consideração quatro dimensões da qualidade da educação. São elas: o desempenho dos estudantes avaliado pelo Enade, o valor agregado pelo processo de formação, segundo o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), além de analisar informações referentes à titulação e ao regime de trabalho dos docentes obtidos por meio do Censo da Educação Superior e a percepção dos alunos sobre questões como infraestrutura e recursos didático-pedagógicos oferecidos pela instituição.

Por meio das avaliações, o indicador Conceito Preliminar de Curso (CPC) gera informações para elaboração de políticas educacionais que deverão ser realizadas pelo Governo Federal, além de servir como subsídio para a supervisionar e regular a educação superior. O indicador também é utilizado com requisito para definição das diretrizes de distribuição orçamentária para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT).

Além disso, iniciativas e políticas de financiamento estudantis federais, como a Universidade Aberta do Brasil (UAB), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), também usam este indicador como critérios de participação nos programas ou distinção entre o conjunto de cursos.

O mau futebol apresentado pela equipe dentro de campo, aliado à interminável crise financeira, fizeram com que parte da torcida do Botafogo pichasse, nesta quinta-feira, os muros do Estádio Engenhão. O alvo, mais uma vez, foram dirigentes e jogadores, assim como nos protestos de quarta-feira.

O motivo que fez a torcida perder de vez a paciência foi derrota da equipe por 1 a 0 para o Cuiabá, terça-feira, em pleno Engenhão, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O resultado também causou a queda do técnico Bruno Lazaroni, que estava no cargo havia apenas um mês.

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O time vai levar toda esta crise para o gramado no sábado às 17h, quando vai receber o Ceará, em duelo válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Neste jogo, a equipe será comandada pelo preparador de goleiros, Flávio Tenius.

O time soma apenas 19 pontos e é o 16º colocado, uma posição à frente da zona de rebaixamento. O Botafogo soma três vitórias, dez empates e quatro derrotas. São 17 gols a favor e 20 contra.

Estudantes de universidades públicas federais e de cursos presenciais têm os melhores desempenhos em avaliações que medem a qualidade dos cursos de educação superior no país, de acordo com os resultados divulgados nesta terça-feira (20) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Entre os cursos que entraram na avaliação, estão medicina, enfermagem e engenharias.

Os resultados são do chamado Conceito Enade, calculado com base no desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2019. A cada ano, um conjunto diferente de cursos é avaliado. No ano passado, foram os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

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Levando em consideração o desempenho dos estudantes nas provas, os cursos são classificados seguindo uma escala de 1 a 5. O conceito 3 é uma espécie de média. Aqueles que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2. Já os que obtiveram desempenho superior, recebem os conceitos 4 ou 5.

Conceitos

Entre as federais, 46% dos cursos ofertados conseguiram conceito 4 e 24,1%, conceito 5, que é o mais alto. Já entre as instituições privadas com fins lucrativos, aquelas que concentram o maior número de estudantes matriculados que fizeram a avaliação, 11% dos cursos obtiveram conceito 4 e 1,4%, conceito 5. A maior porcentagem dos cursos em instituições privadas com fins lucrativos obteve conceito 2, ou seja, “abaixo da média”, 40,9%.

Em números, de acordo com o Inep, considerando todas as instituições de ensino avaliadas, públicas e privadas, foram quase 144 mil estudantes se formando em cursos com desempenhos 1 ou 2 no país em 2019.

Os cursos presenciais também obtiveram melhores desempenhos que os cursos a distância. Entre os presenciais, no total, considerando todas as instituições de ensino, 20,7% obtiveram conceito 4 e 6,3%, conceito 5. No ensino a distância, 10,7% alcançaram conceito 4 e 6%, conceito 5. Cerca da metade desses cursos ficou “abaixo da média”, 46% com conceito 2 e 5,3%, com conceito 1.

Os cursos a distância são, no entanto, minoria entre os avaliados em 2019. De acordo com o Inep, a educação a distância representa apenas 2% dos cursos participantes.

Evolução

O Inep divulgou também os resultados do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). Esse indicador considera, além do Enade, o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A meta é avaliar o quanto os estudantes progrediram no curso de ensino superior, verificando como entraram e como deixaram a faculdade.

Por esse indicador, as universidades federais seguem com as maiores porcentagens entre os cursos com os maiores conceitos, concentrando, no conceito 4, 21% dos cursos que oferecem e no 5, 6,2%. Mas, a diferença cai em relação às privadas com fins lucrativos - 14,1% ficaram com conceito 4 e 4,5%, conceito 5.

Na educação presencial, 16,7% alcançaram conceito 4 e 4,8%, conceito 5. Já na modalidade a distância, 14,3%, conseguiram conceito 4 e 3,1%, conceito 5. O Enade é um exame feito por estudantes - ao final dos cursos de graduação - para avaliar conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso.

A prova é composta de 40 questões, divididas em formação geral, que avalia aspectos da formação profissional relativas a atuação ética, competente e comprometida com a sociedade em que vive, e componente específico, voltada para as competências, habilidades e objeto de conhecimento de cada uma das áreas de conhecimento avaliadas.

Os estudantes brasileiros melhoraram o desempenho em matemática em todas as etapas de ensino, de acordo com os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica 2019, a maior avaliação educacional do país, divulgados hoje (15) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os resultados, no entanto, não foram tão bons em língua portuguesa. Após avanços desde 2003, o 5º ano do ensino fundamental ficou estagnado entre 2017 e 2019.

Em matemática, o maior avanço foi no ensino médio. As notas médias dos estudantes passaram de 270, em 2017, para 277 no ano passado. O avanço foi suficiente para tirar o ensino médio do Brasil do nível 2 de proficiência e colocá-lo no nível 3, em uma escala que vai até 10. No nível 3, é esperado, por exemplo, que estudantes consigam resolver problemas utilizando operações fundamentais com números naturais, ou seja, subtrair, somar, dividir e multiplicar para resolver problemas. 

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Nas edições anteriores da avaliação, em 2013 e 2015, o desempenho desses estudantes caiu. Em 2017, começou a subir e, em 2019, teve a maior alta dos últimos anos, igualando-se ao avanço entre 1995 e 1997.

No 5º ano do ensino fundamental, o avanço foi menor. Em média, os estudantes passaram de um desempenho de 224 para 228. O aumento, entretanto, também foi suficiente para que o país avançasse do nível 4 para o nível 5 de proficiência, em uma escala que vai até 10. Isso quer dizer que os estudantes são capazes, por exemplo, de converter mais de uma hora inteira em minutos ou converter uma quantia dada em moedas de 5, 25 e 50 centavos e 1 real em cédulas de real, que são habilidades esperadas no nível 5.

No 9º ano do ensino fundamental, o desempenho médio dos estudantes passou de 258 para 263. A etapa segue no nível 3 de 9 níveis de proficiência.

Apesar dos avanços, o país ainda tem uma baixa porcentagem de estudantes nos níveis mais altos de proficiência em matemática. Ao terminar o ensino médio e deixar a escola, menos de 5% dos estudantes do país atingem proficiências 7 ou maior em matemática. 

Entre os estados, a diferença da proficiência média do Amazonas, que é a mais baixa, e a do Espírito Santo, que é a mais alta, é de 51,8 pontos. Isso significa pelo menos uma diferença de quase três anos de aprendizagem entre os estudantes desses dois estados, uma vez que um ano de aprendizagem equivale, segundo pesquisadores, de 12 a 18 pontos no Saeb. 

Língua portuguesa estagnada 

O Saeb mede também o desempenho dos estudantes em língua portuguesa. Os resultados mostraram que após uma sucessão de altas, desde 2003, em média, os estudantes do 5º ano do ensino fundamental ficaram estagnados, obtiveram a mesma nota 215, em 2017 e 2019. Isso os coloca no nível 4 de 9 de proficiência. No 9º ano do ensino fundamental, o desempenho médio passou de 258 para 260, mantendo os estudantes no nível 4 de 8 níveis. 

O ensino médio teve, também em língua portuguesa, o maior avanço, passando de 268 para 278. O aumento no desempenho faz com que, em média, o Brasil passe do nível 2 para o nível 3 de proficiência, de um total de 8 níveis. Ainda assim, isso significa que, no geral, os brasileiros deixam a escola sem saber, por exemplo, identificar ironia em poemas e artigos ou reconhecer a finalidade de reportagens, resenhas e artigos, ambas habilidades esperada no nível 7.

O Saeb é aplicado a cada dois anos, em escolas públicas e privadas. Participaram da edição de 2019 mais de 5,6 milhões de estudantes de mais de 72 mil escolas em todas as unidades da federação. 

Os resultados de aprendizagem dos estudantes, apurados no Saeb, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas por meio do censo escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o principal indicador de qualidade da educação brasileira. 

Os resultados do Ideb também foram divulgados nesta terça-feira.

A avaliação do desempenho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue em queda durante a pandemia. Mesmo com a liberação do auxílio emergencial e a extensão do benefício, a reprovação do gestor continua em alta, aponta a pesquisa do Datafolha.

Entre os que solicitaram e já receberam ao menos uma parcela de R$ 600, 49% compreende que a postura de Bolsonaro no enfrentamento da Covid-19 é ruim ou péssima. Para os que não pediram o auxílio, a taxa de reprovação é de 51%.

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Em relação aos apoiadores, 26% dos que receberam ao menos uma parcela garante que o desempenho é ótimo ou bom e 24% disse que era regular. Já para 27% dos que nem pediram o valor, a atuação é ótima ou boa, enquanto 22% classifica como regular.

Dos populares que receberam o auxílio, 61% acredita que Bolsonaro mais atrapalha do que ajuda no combate à pandemia. Já 33% entende o inverso, que o presidente mais ajuda do que atrapalha.

Economia - A atuação do ministro Paulo Guedes também foi analisada pelos entrevistados e 32% dos que receberam o auxílio disseram que a Economia durante a pandemia é ótima ou boa. Essa foi a mesma resposta para 34% do grupo que não pediu o dinheiro.

O Ministério da Economia foi classificado como ruim ou péssimo por 25% dos beneficiados e por 36% dos que nem tentaram receber o valor.

Para o levantamento, 2.016 pessoas foram entrevistadas por telefone na terça (23) e quarta (24), antes do pagamento da terceira parcela. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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