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A cidade do Recife tem o melhor de desemprenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), de anos iniciais, na Região Metropolitana. O dado é baseado na última análise do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que teve o resultado divulgado na última sexta-feira (16) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

No Ideb, a Rede Municipal do Recife alcançou a média de 5,30, o que levou a capital pernambucana a sair do terceiro lugar, apontado na última análise em 2019, para a primeira colocação. Além disso, a cidade avançou nas séries dos anos finais, que alcançou na mostragem cinco pontos. Em 2019, a média foi 4,7.

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“Comemoramos mais um avanço da Educação do Recife, que agora chega ao topo da Região Metropolitana. Deixo aqui minha felicitação e reconhecimento a todos os professores, gestores, coordenadores, demais profissionais, estudantes e todos nas nossas escolas. É dentro das salas de aula que construímos, dia a dia, uma educação de qualidade para as crianças da nossa cidade. Os resultados apresentados demonstram que o trabalho está no caminho certo, mas queremos continuar avançando”, celebrou Fred Amâncio, secretário de Educação do Recife, por meio da assessoria.

Desde 2019 na terceira posição no ranking nacional, Pernabuco atingiu média 4,4 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ano passado, o que o coloca acima da média nacional, que foi de 3,9.  

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta sexta-feira (16), o Paraná recebeu o primeiro lugar no Ideb 2021, com (4,6). Já o segundo ficou com Goiás (4,5). No Ensino Fundamental Anos Finais, a média passou de 4,7 em 2019 para 4,8 em 2021.  

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Além disso, a rede pública estadual de Pernambuco registrou uma participação de 91,3% na aplicação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) do Ensino Médio e de 92,5% no Ensino Fundamental Anos Finais. A média nacional de participação foi de 71,3% e a meta estabelecida pelo Inep havia sido de 80%. 

“A taxa de participação nas provas do Saeb e o resultado do Ideb refletem o esforço coletivo de toda a rede estadual, tanto durante o período de suspensão das aulas remotas quanto no processo de busca ativa dos nossos estudantes, e de reforço das aprendizagens com a retomada do ensino presencial. Um trabalho contínuo que envolve todos os profissionais da educação”, ressaltou o o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Marcelo Barros. 

Os dados por instituição de ensino no Ideb apontam que a Escola de Aplicação do Recife ocupa, mais uma vez, o primeiro lugar no ranking das escolas públicas do Ensino Médio de todo o Brasil, com média 7,6.

Na classificação do Ensino Fundamental Anos Finais, os três melhores resultados entre as escolas estaduais são de Pernambuco. O primeiro lugar também ficou com a Escola de Aplicação do Recife, com 7,9; seguido pela Escola de Aplicação Professora Ivonita Alves Guerra, em Garanhuns, com nota 7,8; e a Escola Tomé Francisco da Silva, em Quixaba, com 7,5.

Foi iniciada, nesta sexta-feira (16), pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a divulgação dos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2021 e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021. Essas avaliações são realizadas a cada dois anos para um diagnóstico educacional do Brasil em Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.

Na coletiva, o ministro da Educação, Vitor Godoy, apontou que o Saeb obteve a participação de mais cinco milhões de estudantes em cerca de 250 mil turmas de ensinos fundamental e médio, em aproximadamente 75 mil escolas.

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Nesta edição, o Inep alterou o critério mínimo de participação adotado no Saeb para a divulgação das notas dos municípios, retornando ao mesmo padrão adotado na edição de 2019, o que acarretou o aumento de cidades com acesso às pontuações, principalmente, do 5º ano do ensino fundamental, etapa predominante no Saeb. Antes da medida, o resultado seria acessível a 77% dos municípios. Com a mudança, o percentual subiu para 95%.

Os dados apresentaram um rendimento abaixo do esperado pelo Ministério, não alcançando a meta estipulada para esse ano.

Os resultados obtidos no Saeb apontaram um crescimento no índice de alunos que não dominam a leitura, por exemplo no 2º ano do ensino fundamental, se comparado ao índice de 2019.  A taxa que era de 15% aumentou para 22% de estudantes que não leem palavras isoladas.

Para os anos iniciais do ensino fundamental, que contemplam do 2º ao 5º ano, o índice de aprovação alcançado foi de 5,8. Já nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, a meta esperada era de 5,5, enquanto a alcançada, porém, foi 5,1.

No Ensino Médio, esperava-se um índice de sucesso na faixa de 5,2, mas o alcançado foi 4,2.

Segundo o MEC, ao se analisar os dados apontados, a pandemia global vivida entre os anos de 2020 e 2021 deve ser levada em consideração, já que, de acordo com a pasta, 90% das escolas adotaram o sistema remoto ou híbrido.

Por Joice Silva

Nesta quarta-feira (18), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, se reuniu com secretários e gestores de educação do Estado no encontro do 'Pacto Pela Educação'. Durante a reunião, foram firmadas as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para 2021.

Os objetivos para os ensinos fundamental e médio são atingir os níveis de antes da pandemia do novo coronavírus, que eram 4,7 e 4,5, respectivamente. O chefe do executivo estadual avalia que as expectativas são altas, e que é preciso trabalhar com determinação. “Somos o único Estado do Brasil que, desde que começou a medir o Ideb, sempre avançou. A meta é não cair, e nós não vamos”, afirmou Paulo Câmara.

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Marcelo Barros, secretário de Educação e Esportes, analisa que os objetivos devem ser alcançados mesmo com a crise sanitária ainda presente para a população escolar. “É neste encontro que conversamos sobre os nossos resultados do ano anterior e os projetos, estratégias e metas para este ano, quando temos um desafio ainda maior, pois ainda estamos enfrentando um cenário de pandemia e as aulas ainda acontecem de maneira híbrida. Mas, temos acompanhado o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas nossas escolas e estamos confiantes de que seguiremos conquistando bons índices”, disse Barros.

Pagamento de servidores

O Governador ainda informou que os pagamentos da Folha de Eventuais Atrasados (FEA), voltada para servidores ativos e inativos, começarão a ser feitos entre os meses de agosto e setembro de 2021. O planejamento anterior era de que as quitações seriam feitas até dezembro de 2024.

Aumentos

Durante a reunião, também foi anunciado um aumento de 40% no valor do programa estadual de transporte escolar (Pete), direcionado para auxiliar a logística de transporte dos estudantes. O repasse será de R$ 58,8 milhões, enquanto que antes era de R$42,5 milhões. Com isso, o Estado pretende instituir o programa em todos os municípios.

Além do Pete, foi divulgado um aumento de 85,14% no repasse anual do suprimento institucional, que era de R$ 20,7 milhões, e passa a ser de R$3 8,4 milhões. Câmara ainda informou que a licitação da nona edição do Programa Ganhe o Mundo (PGM) está em curso, e que se planeja beneficiar mais de mil estudantes.

Na manhã desta quarta-feira (23), o Governo de Pernambuco, divulgou os dados e realizou a entrega dos prêmios do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco (Idepe), que permite analisar e avaliar o desenvolvimento das escolas estaduais e municipais ano a ano. Na ocasião, também é feita a premiação de escolas, municípios e Gerências Regionais de Educação (GRE) que atingiram os melhores índices.

A solenidade contou com a presença do governador do Estado, Paulo Câmara (PSB), do secretário de Educação, Fred Amancio, do prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, e de Natanael José da Silva, secretário de Educação de Belém de Maria (PE) e Presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) de Pernambuco. 

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Segundo o secretário Fred Amancio, o Idepe, realizado apenas no estado, segue a mesma metodologia de avaliação que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é realizado a cada dois anos e teve os dados de 2019 divulgados na última semana. A aplicação da prova estadual é feita nos 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental, e também no 3º ano do ensino médio. 

Considerando o índice do estado inteiro, o Idepe passou de 2,6 no ano de 2008 para 4,7 em 2019. O índice, lembra o secretário Fred Amancio, é levemente mais alto que o obtido pelo estado na avaliação nacional do Ideb, que foi de 4,5. “Foi um resultado extraordinário, um dos maiores avanços da nossa história em todo o Ideb. Pernambuco novamente se posiciona entre os principais estados do Brasil no Ideb, único que evoluiu e bateu metas em todos os anos”, disse ele. O secretário também destacou o fato de que a escola estadual com o melhor resultado do país no Ideb foi a Escola de Aplicação do Recife FCAP/UPE.

No que diz respeito às escolas estaduais, também foi percebida uma tendência de evolução no Idepe: o número de escolas com índice abaixo de 3 caiu de 575 em 2008 para 13 em 2019, uma redução de 98%. O número de escolas com nota acima de 6 também se elevou, passando de apenas uma em 2014 para 49 em 2019. Na faixa acima da nota 7, há oito escolas. 

As taxas de aprovação no Ideb e abandono escolar também têm apresentado melhora na série histórica. Em 2007 a aprovação de alunos era de 68% e passou para 93.6%. No mesmo ano, a porcentagem de evasão era 24%, e caiu para 1,5% em 2019, a menor do país. 

Premiação 

Os prêmios entregues na cerimônia também forneceram informações importantes sobre a situação educacional do estado, como por exemplo uma maior distribuição das escolas com melhores índices por diferentes regiões do estado. A Zona da Mata e o Sertão tiveram destaque, e também há escolas do Agreste com índices entre os primeiros lugares do Estado. 

Este fato é refletido, por exemplo, pelo prêmio de “Municípios - Anos Iniciais do Ensino Fundamental”, que teve o município de Machados, no Agreste, em primeiro lugar com nota 7,75 no Idepe, e Carnaíba, no Sertão do Alto Pajeú, em segundo com 7,47. Bonito, na Zona da Mata, em terceiro. Além disso, as GRE’s com melhores índices são a do Sertão Alto Pajeú, Submédio São Francisco e Vale do Capibaribe, em 1º, 2º e 3º lugar, respectivamente.

O governador Paulo Câmara parabenizou todas as escolas, professores, gestores e prefeitos pelos resultados conquistados e afirmou ser “possível implantar sementes e em pouco mais de 10 anos ter os frutos que Pernambuco tem colhido com muita satisfação”, e completou dizendo que “nossos objetivos ainda são bem maiores para a educação pública do nosso estado”. 

No que diz respeito à pandemia de Covid-19, que forçou o fechamento de escolas, Paulo afirma que foi feito um esforço quanto a questões sanitárias, “mas também de dar condições para que os alunos mesmo que remotamente tivessem condições de buscar na educação os valores necessários para o desenvolvimento de Pernambuco. Mesmo com aulas remotas a gente sabe que não é a mesma coisa”, disse o governador.

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--> Pernambuco atinge meta na educação no Ideb

Com 7,7, o Colégio de Aplicação (CAp) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) obteve, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019, divulgado nessa terça-feira (15), a nota mais alta do Brasil em relação ao ensino médio. Já na avaliação dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, o CAp e a Escola de Aplicação do Recife, ligada à Universidade de Pernambuco (UPE), tiveram a maior nota do Ideb em Pernambuco (8,3) entre todas as escolas públicas e privadas.

O Ideb é calculado com base no fluxo escolar, ou seja, pela taxa de aprovação, reprovação, abandono e no desempenho de estudantes nas disciplinas de português e matemática. O CAp possui 30 alunos por turma com taxas de evasão e retenção muito próximas de zero.

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Para o diretor do colégio, Erinaldo Carmo, a colocação no índice se deve a uma preocupação com a formação geral do estudante. “Essa colocação na avaliação nacional não é resultante de um trabalho voltado especificamente para isso. Quero dizer, o colégio não forma para essas avaliações de larga escala. Não tem uma preparação para isso. As disciplinas que são cobradas na Prova Brasil (Língua Portuguesa e Matemática) não recebem mais incentivos que as aulas de dança, música, teatro, etc”, comenta, por meio de nota, Carmo.

De acordo com o diretor estratégico de Planejamento, Avaliação e Gestão da UFPE, Jansen Campos, o Ideb do Colégio de Aplicação para os anos finais do ensino fundamental (8,3) ficou um pouco abaixo de sua meta para 2019, que era de 8,7, e bem acima das médias nacional (5,7), nordestina (5,2) e pernambucana (5,1). Já o Ideb do CAp para o ensino médio (7,7) ficou próximo da meta para 2021, de 7,8, e bem acima das médias nacional (4,2), nordestina (3,9) e pernambucana (4,5).

Nesta terça-feira (15), o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara fez pronunciamento sobre o Estado ter maior avanço do Brasil na educação  ao longo dos anos. Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foram divulgados nesta manhã em coletiva do Ministério da Educação (MEC).

O levantamento mostra um grande avanço do estado Pernambuco no ensino médio, com a rede estadual de educação alcançando a média de 4,5, superando até mesmo a meta estabelecida pelo MEC, que é de 4,3. 

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“A evolução constante de Pernambuco no Ideb tem colocado o nosso Estado em posição de destaque nacional. Hoje estamos entre as três melhores do Brasil, com a maior rede estadual de ensino em tempo integral do Brasil, modelo no qual fomos pioneiros, e os maiores índices de aprovação. Tudo isso é resultado da prioridade máxima que temos dado à educação desde o Governo Eduardo Campos e em todos os anos da nossa gestão, com a colaboração de professores, diretores, funcionários e, principalmente, dos estudantes da rede pública, que têm feito história na educação do País. Vamos continuar mantendo esse ritmo, porque sabemos que só com educação vamos garantir o futuro dos nossos jovens”, comemorou o governador Paulo Câmara. 

O resultado inclui, nesta edição da amostragem, as escolas técnicas estaduais. Nessa modalidade, é importante enfatizar que Pernambuco vem registrando crescimento contínuo desde 2007, num índice de aproximadamente 67%. Além disso, foi o único Estado a atingir a meta estabelecida pelo MEC em todos os anos.

Atualmente, Pernambuco tem  438 escolas que ofertam ensino integral no Ensino Médio, totalizando 62% das matrículas de estudantes que acessaram os 1º, 2º e 3º anos. O índice supera a meta do Plano Nacional de Educação, prevista para o ano de 2024. Ainda no contexto do Ensino Médio, Pernambuco também se destaca por possuir a maior taxa de aprovação nesta etapa (93,6%), segundo informações da assessoria do Governo de Pernambuco. 

“Ficamos muito contentes em ver esses avanços, tanto no Ensino Médio quanto nos anos finais do Ensino Fundamental. É um crescimento contínuo, resultado de acertos na estratégia, dedicação e esforços para superar grandes desafios de um Estado que possui contexto social e econômico adversos. Tudo isso resulta em um Pernambuco que prima por oferecer educação pública de qualidade e com equidade aos seus estudantes”, afirmou o secretário de Educação e Esportes, Fred Amâncio, frisando, ainda, que, no caso do Ensino Médio, especificamente, Pernambuco se mantém nacionalmente destacado diante dos demais Estados. “Isso nos mostra como estamos no caminho certo”, completou.

O levantamento do MEC mostra que a Rede Estadual de Pernambuco também registrou crescimento nos anos finais do Ensino Fundamental, subindo de 4,5 para 4,7, e também superando a meta estabelecida pelo MEC para 2019, de 4,1. O Estado ainda obteve o melhor resultado do Nordeste para a rede, juntamente com o Ceará. Nessa etapa, é importante destacar que Pernambuco possui o maior crescimento acumulado (95,8%) desde a criação do Ideb.

Os dados divulgados também apontam que Pernambuco registrou mais uma vez a menor taxa de abandono escolar do País (1,5%) no Ensino Médio. É a sétima vez que o Estado ocupa a liderança. Desde 2013, Pernambuco se mantém na primeira colocação, tornando a escola da Rede Estadual a mais atrativa do Brasil.

O ensino médio teve, em 2019, o maior salto no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) desde 2005. O Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. Apesar do avanço, no entanto, a etapa não alcançou a meta prevista para o ano. Os dados do Ideb foram divulgados hoje (15) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O ensino médio é tido historicamente como a fase escolar mais crítica da educação básica, pela alta taxa de abandono e pelo baixo nível de aprendizagem. Desde 2013, o ensino médio não atinge a meta do Ideb.

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O avanço de 0,4 ponto obtido entre 2017 e 2019, de acordo com os dados divulgados pelo Inep, foi o maior em toda a série histórica. Em 2005, o Ideb foi 3,4, passando para 3,5 em 2007 e para 3,6 em 2009. Entre 2011 e 2015, o Ideb do ensino médio ficou estagnado em 3,7. Em 2017, avançou para 3,8 e, no ano passado, para 4,2. A meta para o ano, no entanto, era 5.

O Ideb é calculado a cada dois anos para o ensino fundamental e para o ensino médio, com base em dados de aprovação nas escolas e de desempenho dos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O Saeb avalia os conhecimentos dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O índice final varia de 0 a 10.

O índice tem metas diferentes para cada ano de divulgação e também metas específicas nacionais, por unidade da federação, por rede de ensino e por escola. A intenção é que cada instância melhore os índices para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em termos numéricos, segundo o Inep, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6 em 2022, ano do bicentenário da Independência. Para o ensino médio, a meta final é 5,2. Esta é, portanto, a penúltima divulgação do Ideb antes do fim das metas previstas. A próxima será em 2022, referente a 2021. 

Escolas públicas e privadas

A maior parte das matrículas do ensino médio está na rede pública. Entre essas escolas, aquelas que são geridas pelos estados concentram 97% dos estudantes. O Ideb das públicas estaduais aumentou 0,4, passando de 3,5 em 2017 para 3,9 em 2019. Mesmo assim, a rede estadual ficou abaixo da meta, em 4,6. Apenas dois estados alcançaram a meta de 2019 para as escolas estaduais, Pernambuco e Goiás.

Já entre as escolas particulares, que concentram 12,2% das matrículas do ensino médio no país, o Ideb passou de 5,8 em 2017 para 6, em 2019, tendo um desempenho 2,1 pontos superior ao obtido pela rede estadual. A meta do Ideb para essas escolas era 6,8. Nenhum estado alcançou a meta proposta para o ano de 2019. Houve uma queda de desempenho nas escolas do Amapá. Os maiores resultados foram obtidos pelas escolas privadas de Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.

Considerando as redes de ensino, públicas e particulares, todos os estados apresentaram aumento no valor do Ideb no ensino médio, exceto Sergipe, que se manteve estável. Espírito Santo e Goiás são os estados com melhor desempenho no país, ambos com Ideb 4,8. Apenas Goiás atingiu a meta para o estado.

Mudanças no cálculo

No estudo, o Inep ressalta que desde 2017 houve uma mudança no cálculo do Ideb do ensino médio. Até 2015, os resultados do ensino médio, diferentemente do ensino fundamental, eram obtidos a partir de uma amostra de escolas. A partir de 2017, o Saeb passou a ser aplicado a todas as escolas públicas e assim, pela primeira vez, o Inep passou a calcular Ideb para as escolas de ensino médio.

Até 2017, as chamadas escolas de ensino médio integrado à educação profissional não foram incluídas no cálculo do Ideb. Na última divulgação, governantes contestaram a exclusão. A inclusão dessas escolas poderia aumentar o desempenho dos estados. Na publicação divulgada nesta terça-feira, o Inep não esclarece se essas escolas foram consideradas em 2019.

Em coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira, o Inep esclareceu que os resultados das escolas de ensino médio integrado à educação profissional não entraram no cálculo do Ideb 2019. 

Ideb 2019

O Brasil avançou no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em todas etapas de ensino, mas apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, cumpriu a meta de qualidade estabelecida para 2019. O Ideb registrado nos anos iniciais no país foi 5,9, índice que superou a meta nacional de 5,7 considerando tanto as escolas privadas quanto as públicas. Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, o Ideb alcançado no país foi 4,9, inferior à meta fixada para a etapa, 5,2.

O Brasil avançou no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em todas etapas de ensino, mas apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, cumpriu a meta de qualidade nacional estabelecida para 2019. Os resultados foram divulgados hoje (15) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Medido a cada dois anos, o Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. Oíndice registrado nos anos iniciais no país passou de 5,8 em 2017 para 5,9, em 2019, superando a meta nacional de 5,7 considerando tanto as escolas públicas quanto as particulares. Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, avançou de 4,7 para 4,9. No entanto, ficou abaixo da meta fixada para a etapa, 5,2. No ensino médio, passou de 3,8 para 4,2, ficando também abaixo da meta, que era 5. 

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O Ideb é calculado com base em dados de aprovação nas escolas e de desempenho dos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O Saeb avalia os conhecimentos dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O índice final varia de 0 a 10.

O índice tem metas diferentes para cada ano de divulgação e também metas específicas nacionais, por unidade da federação, por rede de ensino e por escola. A intenção é que cada instância melhore os índices para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em termos numéricos, segundo o Inep, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6 em 2022, ano do bicentenário da Independência. Para os anos finais do ensino fundamental, a meta nacional é 5,5 e, para o ensino médio, 5,2. Esta é a penúltima divulgação do Ideb antes do fim das metas previstas. A próxima será em 2022, referente a 2021. 

Desigualdades

Mesmo tendo cumprido a meta de 2019 e estando muito próximo de atingir a meta nacional de 2021, até mesmo os dados dos anos iniciais do ensino fundamental mostram que o país ainda tem uma série de diferenças educacionais quanto analisados os dados regionais, estaduais e municipais.

Na Região Norte, apenas 36,4% dos municípios atingiram a meta para a rede pública, que concentra a maior parte das matrículas na etapa de ensino. O que significa que cerca de seis a cada dez municípios não atingiram a meta. Nessa região, apenas 4,9% das redes públicas municipais têm um índice 6 ou maior. Na Região Sudeste, 73,9% das redes municipais têm Ideb 6 ou mais. A maior porcentagem de redes municipais com Ideb 6 ou mais está no estado de São Paulo, 91,3%. 

O Ceará tem a maior porcentagem de municípios que atingiram a meta do Ideb 2019 para as escolas públicas municipais, de 98,9%, seguido por Alagoas, com 92,1%. Por outro lado, no Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins menos da metade dos municípios alcançou a meta esperada.

As diferenças seguem pela trajetória escolar. Nos anos finais do ensino fundamental, na rede pública, 631 municípios alcançaram ideb igual a 5,5 ou mais, maior nível considerado. Um a cada três desses municípios está no estado de São Paulo. No outro extremo, 373 municípios têm o índice até 3,4, o nível mais baixo. Desses, 28,7% são municípios da Bahia.

No ensino médio, apenas 9,3% das escolas públicas estaduais, que concentram a maior parte das matrículas na etapa, têm Ideb 5,2 ou mais, nível mais alto considerado para a etapa. Norte e Nordeste estão abaixo da média nacional com, respectivamente, 2,6% e 7,6% das escolas públicas com os maiores índices.

Municípios abaixo da meta

Com o avanço do tempo, as metas ficam também mais ambiciosas e mais escolas acabam ficando para trás. No ano passado, menos municípios conseguiram cumprir as metas sugeridas. Considerando as metas para os anos iniciais do ensino fundamental para as escolas públicas municipais, em 2017, 3,6 mil municípios cumpriram a meta, o equivalente a 70%. Em 2019, esse número caiu para 3,2 mil, ou 62%.

Nos anos finais do ensino fundamental, 1,2 mil, o equivalente a 23% dos municípios conseguiram alcançar a meta para 2019 para as escolas públicas. Em 2017, foram 2,1 mil, o equivalente a 38,5%. Esses dados não foram disponibilizados para o ensino médio. 

Avanços na escola pública

Embora o Ideb da rede pública seja, em todas as etapas de ensino, inferior ao da rede particular, foi entre as públicas que o ele apresentou mais avanços. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o índice passou, na rede pública, de 5,5 em 2017 para 5,7 em 2019, extrapolando a meta de 5,5 para o ano. Nas privadas, permaneceu 7,1, inferior à meta para essas escolas, que era 7,4 para o ano.  

Nos anos finais do ensino fundamental, a rede privada também manteve, em 2019, o Ideb de 2017, que era 6,4 e ficou abaixo da meta de 7,1. Já as públicas passaram de 4,4 para 4,6. Também não cumpriram a meta, que era 5.

O ensino médio foi a única etapa que apresentou avanço também entre as escolas particulares, cujo Ideb passou de 5,8 para 6. O índice ficou, no entanto, abaixo da meta, que era 6,8. Entre as públicas estaduais, índice teve um aumento maior, de 0,4, passando de 3,5 em 2017 para 3,9 em 2019. Mesmo assim, a rede estadual ficou abaixo da meta 4,6.

Na manhã desta terça-feira (15), foi divulgado o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019 e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2019. O pronunciamento foi feito em coletiva de imprensa promovida pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes. Segundo o levantamento, Pernambuco alcançou a meta na educação básica.

De acordo com os dados apresentados, com 10,2 milhões de alunos, a rede municipal tem uma participação de 67,6% no total de matrículas dos anos iniciais do nível fundamental e concentra 83,7% dos alunos da rede pública. Nesta etapa de ensino, 19,2% dos alunos frequentam escolas privadas. Avaliação foi com base em 15 milhões de alunos e 109 mil escolas. 

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De acordo com o Inep, a meta do Ideb para os anos iniciais do ensino fundamental no ano de 2017 era de 5,5 e foi alcançado 5,8. Já em 2019 o indicador de rendimento e a meta de aprendizagem foram bem mais satisfatórios. A meta do Ideb para o ano de 2019 foi de 5,7 e chegou a 5,9. No estado de Pernambuco, a meta era de 5,2 e foi alcançado 5,6.

Confira, abaixo, o gráfico em forma de mapa indicando o desempenho do Ideb de cada município brasileiro durante o ano. As áreas em vermelho indicam um desempenho até 3,7; amarelo de 3,8 a 4,9; verde claro de 5,0 a 5,9 e verde escuro de 6,0 ou mais.

 O Inep também informou que com 6,3 milhões de alunos, a rede estadual tem uma participação de 83,9% no total de matrículas e concentra 95,9% dos alunos da rede pública. No ensino médio, 1,3 milhão de alunos (17,8%) estudam no período noturno e 934 mil (12,5%) frequentam escolas da rede privada. Para o ensino médio, a meta de desempenho aplicada pelo Inep para o ano de 2019 foi de 5,0 e chegou a 4,2. Já em 2017 a meta foi de 4,7 e chegou a 3,8. Pernambuco ficou entre os estados que obtiveram bons resultados nessa etapa, com 4,5 de desempenho.

Durante coletiva também foi informado que o Saeb passará a avaliar todos os âmbitos do conhecimento. Além disso, terá o novo Saeb para o ensino médio que vai compor um proficiência que será intitulado de Enem Seriado, então a partir da aplicação do Saeb para o ensino médio os jovens brasileiros vão ter mais um oportunidade de ingressar no ensino superior. O Saeb poderá ser aplicado nas próprias escolas. Para mais informações sobre os resultados do Ideb e Saeb consulte os gráficos disponibilizados na página do Inep.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta quinta-feira (10), informou que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, divulgará os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019 e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2019 na próxima terça-feira (15). O anúncio será feito em Brasília. 

O Ideb é um indicador criado pelo Governo Federal para medir a qualidade do ensino nas escolas públicas. Já o Saeb é um conjunto de sistemas de avaliação do ensino brasileiro. O resultado será anunciado em coletiva de imprensa a ser realizada às 9h30, na sede na sede do Inep. A cerimônia terá transmissão ao vivo nas redes sociais do Inep e do Ministério da Educação (MEC).

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Dos 16 governadores que tentam a reeleição, 7 registraram piora em suas redes de ensino entre 2015 e 2017. Isso aconteceu em Minas Gerais, Bahia, Roraima, Amapá, Maranhão, Amazonas e no Distrito Federal. Segundo tabulação feita pelo Estado, as redes estaduais tiveram queda no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ensino fundamental ou médio. O Ideb, divulgado semana passada, é o principal indicador de qualidade do ensino brasileiro e junta notas de Português e Matemática com índice de alunos aprovados de cada Estado.

Especialistas em educação e em direito defendem o conceito de responsabilidade educacional, para que governantes sejam punidos em caso de retrocesso na área durante sua gestão. Um projeto de lei sobre o assunto está parado no Congresso.

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"É muito injusto com crianças e jovens que políticos sejam reeleitos entregando a educação pior do que receberam", diz a presidente executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz. Ela defende que haja proibição de reeleição quando um Estado piora no Ideb. "A política social deveria estar no mesmo patamar da econômica. Da mesma forma que temos responsabilidade fiscal no País, precisamos ter responsabilidade educacional."

O Ideb prevê também a progressão das redes e, por isso, o Ministério da Educação (MEC) estipula metas bianuais. No ensino médio, apenas Pernambuco, em que o governador Paulo Câmara (PSB) tenta a reeleição, atingiu todas as metas. O Estado também aumentou o Ideb nos três níveis. Câmara é o favorito nas intenções de voto, segundo o Datafolha.

Amapá e Maranhão, além de piorarem no Ideb, não atingiram as metas em nenhuma das etapas. No primeiro, Waldez Góes (PDT) aparece em segundo lugar nas pesquisas. Em nota, o governo do Amapá reconhece que os alunos "não aprenderam o suficiente". Informa também que, entre outras políticas, assinou um convênio com o Ceará para assessoria em programa de alfabetização. O Estado nordestino, em que Camilo Santana (PT) tenta a reeleição, tem o melhor Ideb dos 16 Estados no ciclo do 1º. ao 5º. Ano.

Já o maranhense Flávio Dino (PCdoB) tem 43% das intenções de voto no Ibope e é o primeiro colocado. Neste ano, ele aumentou os salários dos professores e o Maranhão tem o maior piso do País, de R$ 5.740. O valor nacional é de cerca de R$ 2.400; em São Paulo, de R$ 2.585. Procurado, o governo informou que há poucos alunos em escolas estaduais de 1º a 5º ano, onde se deu a piora no Ideb. A maioria está na rede municipal.

"Falta no Brasil uma cultura de cobrar resultados dos gestores do setor público, como existe no privado", diz a advogada e presidente executiva do Instituto Articule, Alessandra Gotti. Ela lembra que o Brasil assinou tratados internacionais em que se compromete com a progressão nas áreas sociais. "O retrocesso no Ideb é motivo para exigir questionamento sobre a má aplicação do piso em educação. Tem de haver qualidade do gasto mínimo", completa a procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo Élida Graziane Pinto.

'Pânico'

Em campanha, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), declarou que quer a educação como "a grande marca do segundo mandato". Mas o Estado tem o pior Ideb entre os 16 analisados no ciclo de 6º ao 9º ano e no ensino médio. "O governo Temer está semeando pânico, relevando os aspectos negativos para justificar a desastrada reforma do ensino médio. É uso eleitoreiro de um problema histórico", disse Costa. Ele o outros governadores reclamaram de o MEC não ter incluído a nota das escolas técnicas - em geral, com melhor desempenho - no Ideb do ensino médio. O ministério alegou que isso impediria a comparação com o ano anterior.

Em meio a uma crise imigratória na fronteira com a Venezuela, a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), enfrenta taxa de rejeição de 62% e, agora, uma queda no Ideb do ensino médio. Em nota, o governo afirmou que há "dificuldade em todo o País em manter a frequência dos jovens, tendo em vista um problema social, e não apenas educacional."

O Distrito Federal, além de cair no médio, não atingiu a meta do 6º ao 9º ano. Rodrigo Rollemberg (PSB) subiu na última pesquisa Datafolha e está empatado em primeiro lugar com Eliana Pedrosa (PROS). Em nota, o governo diz que, mesmo com a queda, ainda tem umas das melhores notas do País. Entre as redes de governadores que tentam a reeleição, tem o 6º melhor Ideb.

O governo de Amazonino Mendes (PDT) informou que está há 10 meses no cargo e que encontrou um "cenário de professores desestimulados e desvalorizados" no Amazonas. Ele assumiu o cargo depois de novas eleições, convocadas porque José Melo (PROS) foi cassado.

Drogas e falta de professores em MG

A Escola Estadual Tancredo Neves, em Belo Horizonte, convive com violência, falta de estrutura, professores com salários atrasados e consumo de drogas. A instituição é uma das que contribuíram para a queda do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em Minas Gerais.

Nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), o Estado registrou Ideb de 4,5 em 2017, ante 4,6 em 2015. A meta do governo estadual era subir a nota para 5,0. Já a escola viu seu indicador cair de 4,2, para 3,0.

Estudantes e professores apontaram a violência e as greves como principais problemas da escola. Foram 48 dias de paralisação em 2018. "Estamos bem deslocados com essa greve. A gente não vai ter tempo para ver todas as matérias do ano", afirmou a aluna do 9º ano Bruna Fonseca, de 13 anos. Ela diz que os casos de bullying são frequentes.

Um estudante que não quis se identificar disse que foi alvo de pedradas por ser homossexual. Outros relataram que, além das brigas, é comum o tráfico de drogas. "Tem muita briga e a escola não faz nada", relatou o aluno Taironi Nascimento Silva, de 15 anos, do 7º ano.

Alunos reclamam de ventiladores estragados a falta de professores. A docente de história havia faltado no dia em que a reportagem visitou a escola. A funcionária Iara Oliveira reclama que o governo tem atrasado os salários e faz críticas à gestão do governador Fernando Pimentel, que tenta a reeleição pelo PT. "Fizemos duas greves e ele nem olhou para a nossa causa", diz. Apesar dos atrasos, a professora Quézia Faria afirmou que os salários aumentaram em relação à gestão de Antonio Anastasia, antecessor de Pimentel, e que tenta retornar ao governo pelo PSDB.

O diretor da escola, Itamar Martins, aponta o alto índice de reprovação, que chega a 50%, como uma das razões para a queda no Ideb, que atende 16 comunidades carentes na região. Martins reconhece que problemas com violência são frequentes e diz que convive com facções dentro da escola. Para o diretor, a tendência para os próximos anos é que o Ideb na escola continue caindo. "Está todo mundo desmotivado, tanto aluno como professor. Até para manter a disciplina dentro de sala é difícil". O diretor mostrou à reportagem um punhado de maconha que havia tirado de um aluno de 13 anos.

Apesar de fazer muitas críticas à gestão Pimentel, a coordenadora pedagógica da Tancredo Neves, Andreia Leal, lembrou que na gestão de Anastasia muitos benefícios dos professores foram retirados. "Ele disse que a gente receberia um bônus ao final de cada ano e nunca recebemos". No governo petista, a coordenadora reclamou que não há investimento na formação dos professores. "Não recebemos nenhum apoio para fazer um curso de capacitação."

Mesmo com muitas dificuldades, ela mostra com orgulho a biblioteca reformada pela escola. "Tudo que a gente fez aqui precisou da nossa iniciativa e do nosso bolso".

Por meio de nota, o governador Fernando Pimentel afirmou que, apesar da redução do Ideb nos anos finais do fundamental, Minas teve aumento nos anos iniciais e ensino médio, além de reduzir evasão. Disse ainda que, desde 2016, o Estado implantou um acompanhamento pedagógico para estudantes do 4º ao 9º ano com dificuldade em leitura e escrita.

O candidato do PSDB Antonio Anastasia fez críticas a Pimentel. "É com tristeza que vemos indicadores cada vez piores para a educação em Minas", afirmou, por meio de nota. De acordo com o senador, durante sua gestão, Minas esteve "no topo do ranking em qualidade da educação no País".

Queda no Ideb em SP

O Estado de São Paulo, que tem o ex-governador Geraldo Alckmin concorrendo à Presidência, piorou seu Ideb no ensino médio (passou de 3,9 para 3,8). A rede estadual não atingiu a meta nem no médio nem do 5º ao 9º ano. O melhor resultado foi de 1º ao 5º ano, em que o Ideb subiu e atingiu a meta. Mesmo assim, ficou abaixo de Ceará e Goiás. Alckmin disse que as notas das escolas técnicas deveriam ter sido incluídas no Ideb no médio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) estabelecida para 2017 foi cumprida apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, etapa que vai do 1º ao 5º ano. A etapa alcançou 5,8 (em uma escala que vai de 0 a 10), quando a meta estipulada era de 5,5.

No ensino médio, etapa mais crítica, o índice avançou 0,1 ponto, após ficar estagnado por três divulgações seguidas, chegando a 3,8. A meta para 2017 era 4,7.

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Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, a meta foi descumprida pela primeira vez em 2013 e não atingiu mais o esperado. Em 2017, com Ideb 4,7, o país não alcançou os 5 pontos esperados.

“Apesar do crescimento observado, o país está distante da meta projetada”, avalia o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Ideb.

Divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério da Educação (MEC), o Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. O índice avalia o ensino fundamental e médio no país, com base em dados sobre aprovação nas escolas e desempenho dos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O resultado do Saeb foi divulgado na semana passada pelo MEC.

Desde a criação do indicador, em 2007, foram estabelecidas diferentes metas (nacional, estadual, municipal e por escola) que devem ser atingidas a cada dois anos, quando o Ideb é calculado. O índice vai de 0 a 10. A meta para o Brasil é alcançar a média 6 até 2021, patamar educacional correspondente ao de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

 Nos Estados

O ensino médio é a etapa mais crítica, com a meta descumprida em todos os estados. Além de não terem alcançado o índice esperado, cinco estados tiveram redução no valor do Ideb entre 2015 e 2017: Amazonas, Roraima, Amapá, Bahia e Rio de Janeiro. O estado com melhor Ideb, o Espírito Santo, obteve 4,4 pontos, não atingindo a meta de 5,1 para o estado.

 Nos anos finais do ensino fundamental, sete estados alcançaram ou superaram a meta proposta para 2017: Rondônia, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso e Goiás. A situação melhorou em relação a 2015, quando cinco estados alcançaram a meta. No ano passado, Alagoas e Rondônia somaram-se à lista. Minas Gerais foi o único Estado que teve queda do Ideb na etapa de ensino em 2017.

 Já nos anos iniciais do ensino fundamental, apenas os estados do Amapá, Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul não alcançaram as metas para 2017. Oito unidades federativas alcançaram Ideb igual ou maior que 6: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal. Na etapa, a maior diferença positiva em relação à meta ocorreu no Ceará que, com um Ideb 6,2, superou a meta 4,8 para o estado em 1,4 ponto.

 Na análise do Inep, os números mostram avanços importantes, sobretudo nos anos iniciais do ensino fundamental, mas também, algumas preocupações que precisarão ser discutidas no âmbito das escolas.

 A autarquia ressalta que será necessário “indispensável apoio e colaboração dos níveis mais elevados de gestão nos municípios, nos estados e no Ministério da Educação, para que o desempenho dos estudantes brasileiros possa seguir uma trajetória de melhoria”.

A Prova Brasil, que avalia os conhecimentos dos alunos em matemática e português e serve de base para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), já tem datas confirmadas. Pela primeira vez, o exame irá englobar os alunos do ensino médio da rede privada e está marcada para o período que vai do dia 23 de outubro a 3 de novembro. A data e as novas diretrizes do Sistema Avaliação Educação Básica (Saeb) 2017 foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25). 

Com a mudança na avaliação – que antes era censitária e ocorria para estudantes de 5º a 9º anos –, a estimativa é de que 2,4 milhões de estudantes do ensino médio realizem a prova. Veja os detalhes:

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Em 2017 serão avaliadas:

- Escolas públicas em zonas urbanas e rurais que tenham dez ou mais alunos matriculados em cada uma das etapas de 5º e 9º anos (4ª e 8ª séries) do ensino fundamental;

- Escolas públicas localizadas em zonas urbanas e rurais que tenham pelo menos dez alunos matriculados em cada uma das etapas de 3ª ou 4ª série do ensino médio, quando for a série de conclusão do ensino médio;

- Escolas privadas localizadas em zonas urbanas e rurais que tenham pelo menos 10 alunos matriculados em cada uma das etapas de 5º e 9º anos (4ª e 8ª séries) do ensino fundamental e de 3ª ou 4ª séries do ensino médio, quando essa última for a série de conclusão do ensino médio, distribuídas nas 27 unidades da Federação;

- privadas localizadas em zonas urbanas e rurais que tenham pelo menos dez alunos matriculados na 3ª série ou na 4ª série do ensino médio, quando essa última for a série de conclusão do ensino médio.

As escolas particulares que aderirem ao sistema terão que arcar com o custo de aplicação, que varia conforme o número de matriculados. O valor fixado é de R$ 400 para escolas que tenham entre 10 e 50 alunos matriculados em turmas de 3ª ou 4ª série de ensino médio, R$ 2 mil para as que tiverem entre 51 e 99 alunos; e R$ 4 mil para as que tiveram a partir de 100 alunos matriculados. Só ficará isenta da taxa a escola privada de Ensino Médio que for sorteada para participar da amostra. O Inep entrará em contato com essas instituições entre 29 de maio e 2 de junho. 

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O desempenho do País nas séries finais do ensino fundamental (6.º ao 9.º ano) melhorou, mas um quarto das redes municipais (24,7%) não saiu do lugar ou está pior. Isso é o que mostra o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) anteontem.

Das 3.015 redes municipais com metas no Ideb para essa etapa de ensino, 746 tiveram em 2015 um Ideb igual ou mais baixo do que na edição anterior, em 2013, além de não terem alcançado as metas. O levantamento foi feito pela Meritt Informação Educacional, a pedido do Estado.

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Bianual, o Ideb é o principal indicador de qualidade do ensino básico. Para o cálculo da nota, que vai de zero a dez, são usadas provas em Matemática e Língua Portuguesa, além das taxas de aprovação e abandono.

Em 63 municípios, a maioria no Norte e no Nordeste, já há estagnação ou piora pela terceira vez seguida, desde 2009. Um exemplo é Porto das Pedras, em Alagoas, que só avançou no Ideb uma vez desde 2005, quando o índice foi criado. Essa rede tem nota 2,1. Outros partiram de um patamar mais alto e perderam o fôlego. São João Nepomuceno, em Minas, tinha nota 5,7 em 2009 e agora caiu para 4,9.

O MEC projetou metas no Ideb até 2021, segundo cada realidade local. Com isso, o município mineiro está acima da média nacional para a etapa (de 4,5), mas abaixo de seu próprio objetivo para 2015, de 6,3. Já nos anos iniciais, o mesmo município teve avanço expressivo.

Para especialistas, o recuo ou estagnação permanente reforça a necessidade de políticas públicas específicas para cidades de nota mais fraca. Nas séries iniciais do fundamental (1.º ao 5.º ano), a situação é menos grave: 8,7% (422) das 4.827 redes municipais avaliadas estacionaram ou recuaram no Ideb.

Ajuda

Aléssio Costa Lima, da União dos Dirigentes Municipais de Educação, destaca que a maioria das redes locais avançou, mesmo em cenário de redução de investimentos. "Em alguns municípios menores, o impacto do não aumento de verba pode ter sido mais acentuado."

Alexandre Oliveira, especialista em educação da Meritt, defende mais apoio técnico e financeiro às prefeituras. "Dificilmente vão melhorar por conta própria. Nesses casos, é preciso atuação do governo federal."

No Congresso, tramita um projeto de lei de responsabilidade educacional, que discute as possibilidades de suspensão de repasses federais e crime de responsabilidade do prefeito nos casos de piora do Ideb. O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares afirma que ainda analisa as propostas de responsabilização.

"Temos de ter cuidado. Pode haver outros fatores para que haja baixa, como queda na arrecadação." Serão desenvolvidas, segundo a pasta, estratégias de atenção especial para os municípios com pior nota no Ideb. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na Escola Estadual Carlos Maximiliano Pereira dos Santos, na Vila Madalena, zona oeste da capital, já é quase 2021. Mais bem avaliado no Ideb entre as unidades da rede estadual de ensino, o colégio está a apenas 0,2 ponto para atingir a meta que havia sido estabelecida para daqui a cinco anos. Nesta edição, esperava-se um 4,9.

O resultado foi 5,8. Para os diretores, a evolução é resultado de uma metodologia de ensino implementada em 2013, com um programa de tutoria em que cada aluno é acompanhado por um pedagogo e também oferta de disciplinas diversificadas.

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O colégio é de modelo integral, com aulas das 7 horas às 15h30. Nele, os 386 alunos do 6.º ao 9.º ano do ensino fundamental fazem disciplinas do currículo tradicional e também as chamadas "diversificadas", que têm como objetivo aperfeiçoar algumas habilidades. Além de aulas de nivelamento, há, por exemplo, oficinas de teatro, com ênfase em leitura e interpretação de texto. A média é de 34 estudantes por classe.

No último Ideb, a Carlos Maximiliano havia sido avaliada com 4,6. "Foi no começo do programa, as turmas ainda não estavam adaptadas", justifica o diretor da unidade, Antônio Roberto Ramos. Na opinião dele, o sistema de tutoria representou "a grande virada" no ensino da escola. "Cada um pegou o seu aluno e disse: 'Vocês são capazes'."

O estudante escolhe um pedagogo, seja professor ou integrante da direção, para orientá-lo nas atividades no colégio. Com ele, o aluno pode tratar de dificuldades no ensino ou até mesmo de problemas pessoais e conflitos familiares.

Uma vez por mês, também há uma "tutoria coletiva" para discutir problemas no colégio. "Isso aproxima o aluno do professor. É a pedagogia da presença: ouvir o estudante, perceber as angustias dele, o que deseja, quais as dificuldades. Verificar olho a olho", diz o vice-diretor Marcelo Clementino, que tem 16 tutorandos.

Aluno do 6.º ano, Lex Allison, de 11 anos, entrou na unidade em 2016, após passar por outras três escolas. Para ele, "a escola é boa por causa da tutora". "Sempre dá conselho, procura ajudar com os problemas", conta.

O sistema também tem agradado ao pai do garoto, o técnico de refrigeração Joselito Alves, de 50 anos. "Os professores têm um vínculo com as crianças, conversam diretamente com elas e conseguem observar as dificuldades. Fica mais fácil resolver os problemas", diz.

Pior escola

A Escola Estadual Professor Gualter da Silva, na Vila Moinho Velho, na zona sul, teve a nota mais baixa da rede estadual na capital. O Ideb da unidade foi de 2,7 nesta edição, a menor desde 2005, quando o colégio registrou 3,5. Funcionários da unidade dizem que o mau desempenho está relacionado aos alunos carentes - o colégio atende estudantes da região da favela de Heliópolis. "O resultado na escola é reflexo da sociedade no entorno", diz um professor.

Vizinhos reclamam que os alunos ficam do lado de fora da escola, alguns usando droga. "Há muito tráfico de drogas por aqui. Ninguém cuida direito e os meninos ficam largados", reclamou um vizinho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos alunos brasileiros do ensino médio está estagnado desde 2011 e abaixo da média estipulada pelo Ministério da Educação (MEC). Dados divulgados na quinta-feira (8) pelo ministro Mendonça Filho revelam, ainda, que o ensino médio da rede privada teve o pior desempenho desde o início da série histórica do indicador, iniciada em 2005.

O Ideb é o principal índice de desempenho da educação básica brasileira. É formado por dois componentes: a aprendizagem em Matemática e em Língua Portuguesa e a taxa de fluxo (aprovação, reprovação e abandono escolar). Divulgado a cada dois anos, avalia alunos do ensino fundamental e do médio públicos e privados. Foram projetadas metas para cada edição, até 2021, segundo o ponto de partida de cada rede.

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Em 2015, apesar de 18 Estados terem aumentado seu índice em relação a 2013 (contando rede pública e privada), apenas Amazonas e Pernambuco conseguiram alcançar a meta estabelecida pelo MEC. Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rondônia, Sergipe e Tocantins mantiveram a mesma nota, enquanto Goiás, Minas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina registraram piora.

Vergonha

Considerando todo o Brasil, o indicador está em 3,7 no ensino médio, configurando o maior gargalo do ensino básico no País. Em 2013, o objetivo era alcançar 3,9; no ano passado, 4,3. "São índices absolutamente vergonhosos para o Brasil", resumiu o ministro. Ainda assim, ele garantiu que o governo não cogita diminuir as metas e emendou uma piadinha, parodiando a ex-presidente Dilma Rousseff. "Não vamos diminuir nem dobrar a meta."

De acordo com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), um dos braços de cálculo do Ideb, o desempenho em Matemática é o pior desde 2005. Os avanços na área de Língua Portuguesa também andaram a passos lentos da última década para cá.

No recorte da rede estadual de ensino médio, que inclui 6,8 milhões de alunos (mais de 85% do total do País nessa etapa), o índice aumentou pouco: de 3,4 para 3,5. Outros dois Estados - além de Amazonas e Pernambuco - tiveram rendimento satisfatório: Goiás e Piauí. O restante ficou aquém do esperado.

Apesar de, no geral, concentrar alunos com maior nível socioeconômico, o que costuma levar a desempenho escolar mais alto, a rede privada também teve mau resultado. A nota geral dos alunos de escolas privadas recuou de uma avaliação para outra, de 5,4 para 5,3. Nesse universo, só um Estado bateu a meta: Roraima.

Desafios

O presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), Eduardo Deschamps, defende flexibilização do currículo, expansão dos colégios com jornada integral e integração com a educação técnica. "Isso já é feito no mundo inteiro. Precisamos começar logo no País porque demora para ter resultado", diz. "Não é um problema de gestão pública ou privada. É uma dificuldade estrutural por causa do modelo do ensino médio", avalia.

Amábile Pacios, da Federação Nacional de Escolas Particulares, também atribui a nota fraca ao currículo engessado. "São conteúdos extensos. Para dar conta de tudo, seria necessário trabalhar em todas as escolas em período integral." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ideb é o principal índice de desempenho da educação básica brasileira. É formado por dois componentes: a aprendizagem em Matemática e em Língua Portuguesa e a taxa de fluxo (aprovação, reprovação e abandono escolar). Divulgado a cada dois anos, avalia alunos do ensino fundamental e do médio públicos e privados. Foram projetadas metas para cada edição, até 2021, segundo o ponto de partida de cada rede.

Em 2015, apesar de 18 Estados terem aumentado seu índice em relação a 2013 (contando rede pública e privada), apenas Amazonas e Pernambuco conseguiram alcançar a meta estabelecida pelo MEC.

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Alçado à ponta das escolas públicas, o governo de Pernambuco atribuiu o bom desempenho no indicador ao alto investimento em escolas técnicas e integrais nos últimos anos. O levantamento anterior, divulgado em 2014, mostrava o Estado em 4º lugar, com índice de 3,6. Em 2015, o índice subiu para 3,9. A conquista, de acordo com o governo do Estado, não se restringe apenas à nota de proficiência e de frequência. Segundo o governo, ao todo são 335 unidades no Estado atuando nestas modalidades, incluindo 300 Escolas de Referência em Ensino Médio (Erem) e mais 35 Escolas Técnicas Estaduais (ETEs).

Além do alto Ideb, a distorção idade-ano para o ensino médio e o abandono escolar foram reduzidos. Pernambuco saiu da 26ª colocação em 2005 para se tornar o Estado com uma das menores taxas de abandono escolar do Brasil. "Agradeço a todos que trabalharam e se dedicaram muito para este resultado: gestores, professores, estudantes, famílias e equipes comprometidas. Temos ainda muito trabalho pela frente, mas continuamos avançando em nossa luta por uma educação pública de qualidade", disse o secretário estadual de Educação, Fred Amancio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A reforma educacional feita pela gestão Fernando Haddad (PT) - que incluiu a revisão do currículo e aumento das possibilidades de repetência - não conseguiu elevar o Ideb nos anos finais do ensino fundamental na capital paulista. A nota nessa etapa foi de 4,3 - 0,1 a menos do que em 2013 e a mesma do que em 2011.

Já nos anos iniciais do ensino fundamental, houve melhora expressiva. A nota subiu de 4,8 em 2011 (último ano com dados disponíveis para essa etapa no Município) para 5,8. A tendência de melhora mais acentuada na fase 1 do fundamental também é observada pelo País.

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Apesar da melhora nos anos iniciais, não é possível comparar a nota da rede municipal com 2013, como em outras redes. Naquele ano, o então secretário da Educação da capital, Cesar Callegari, fez um alerta ao governo federal, afirmando que, como a cidade ainda não tinha se adaptado ao ensino fundamental de 9 anos, era possível que a nota fosse "distorcida" por um grupo de alunos que "pulou" o primeiro ano ou eram repetentes, o que diminuiria o desempenho. A nota, portanto, não foi divulgada naquele ano.

Já nos anos finais a redução na nota tem relação direta com a maior repetência dos alunos. Trata-se da segunda variável do Ideb: a primeira é a nota dos alunos na Prova Brasil. É ao se verificar a lista de reprovação que a rede paulistana viu piora: o indicador de rendimento dos alunos era de 0,94 em 2013 e caiu para 0,88 em 2015. Isso ocorreu porque, em 2013, o governo municipal aumentou o número de séries em que é possível reprovar um aluno, passando para cinco (3.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º).

Já as notas melhoraram: em Matemática, houve avanço de 241,19 para 248,54; em Língua Portuguesa, o aumento foi de 238,6 para 246,84.

A superintendente do Centro de Estudos e pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Anna Helena Altenfelder, criticou a mudança na rede municipal. "Acho um equívoco repetir. O principal é garantir a aprendizagem. De nada adianta o aluno voltar à mesma série, se não houver uma política de progressão continuada que possa garantir a aprendizagem. É preciso que esses alunos tenham apoio pedagógico."

Futuro

A secretária municipal de Educação, Nádia Campeão, afirma que o fim da aprovação automática não foi um erro. "O aluno da rede aprende um pouco mais e melhor, apesar de alguns retidos." Os bons resultados do ensino fundamental 1, para ela, devem melhorar a nota do ensino fundamental 2 em 2017 e 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pernambuco foi um dos dois estados brasileiros que conseguiu cumprir a meta estabelecida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), em 2015, para o terceiro ano do ensino médio. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (8), por meio de coletiva de imprensa com o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Ao lado apenas do Amazonas, Pernambuco teve resultado de quatro pontos e alcançou a expectativa planejada para o ano passado, que era de 3,9. Já o estado da região Norte do Brasil atingiu 3,7 pontos, enquanto era esperado  uma pontuação de 3,3. 

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Já em relação ao ensino fundamental 2, que avalia os estudantes do nono ano, antiga oitava série, Pernambuco alcançou os 4,1 pontos, superando a meta prevista, que era de 3,9. Entretanto, a meta atingida pelo Estado foi a menor em relação aos outros que também alcançaram as expectativas. Foram eles: Amazonas (4,4), Ceará (4,8), Goiás (4,9) e Mato Grosso (4,6).

Na avaliação proposta aos alunos do sexto ano do ensino fundamental 1, correspondente à quinta série, mais uma vez Pernambuco superou o índice projetado, com seus cinco pontos. Apenas Amapá, Distrito Federal e Rio de Janeiro não conseguiram atingir as metas.

 

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