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O presidente deposto do Egito, Mohammed Morsi, foi condenado à morte em julgamento sobre sua participação em um caso de fuga em massa na prisão. O incidente ocorreu em 2011, durante o levante popular que derrubou o também ex-chefe de Estado do país, Hosni Mubarak.

No entanto, o veredicto ainda não é final. Como é de costume no Egito, a pena de morte será apreciada pelo principal teólogo muçulmano do país, para que ele dê sua opinião - que não tem valor legal, mas é levada em consideração. O juiz Shaaban el-Shami marcou nova audiência do julgamento para o dia 2 de junho.

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Morsi foi o primeiro presidente egípcio a ser eleito em votações livres no país, mas foi deposto em julho de 2013 após dias de protestos em massa. Morsi já cumpre pena de 20 anos de prisão pelas acusações de sua ligação com a morte de manifestantes às portas do palácio presidencial em Cairo, em dezembro de 2012.

O ex-presidente havia conseguido evitar a sentença à morte em outro caso, que se refere a acusações de que ele e seus aliados na Irmandade Muçulmana teriam repassado segredos de Estado a grupos estrangeiros, como o Hamas, na Palestina. Fonte: Associated Press.

Promotores do Egito submeteram, neste domingo, o ex-presidente islamita Mohammed Morsi a um novo julgamento sob acusações de insultar o judiciário e difamar os membros do órgão a fim de espalhar o ódio, no quarto caso aberto contra ele desde que foi deposto, em julho do ano passado, afirmou a agência de notícias estatal.

Morsi já enfrenta três julgamentos separados sob variadas acusações, incluindo incitação a assassinatos de seus oponentes, conspiração com grupos estrangeiros e organização de rebeliões em presídios. Todas as acusações podem resultar em pena de morte.

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O novo caso envolve 24 políticos, personalidades da imprensa, ativistas e advogados, acusados por incidentes separados de insultar o judiciário em público na televisão, ou em páginas de mídia social na Internet, durante os últimos três anos. Entre os acusados estão ativistas proeminentes como Alaa Abdel-Fattah, Mostafa el-Naggar, Amr Hamzawy e Amir Salem. Fonte: Associated Press.

Promotores egípcios afirmaram neste sábado, 13, que estão olhando para novas queixas contra o presidente deposto Mohammed Morsi e também contra alguns membros da Irmandade Muçulmana. Segundo um porta-voz do escritório Adel al-Saeed, as denúncias apresentadas incluem a colaboração com órgãos estrangeiros para prejudicar interesses nacionais, a provocação da morte de manifestantes civis, a posse de armas e explosivos e prejuízos à economia do país. Até o momento, não se sabe quem fez as queixas.

Autoridades também disseram que vão prosseguir com as investigações sobre as alegações que Morsi e 30 outros líderes da Irmandade Muçulmana escaparam da prisão em 2011, com a ajuda do grupo militante palestino Hamas. A fuga ocorreu em meio à revolta que derrubou o então presidente Hosni Mubarak.

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Neste sábado, parlamentares islamitas da Câmara Alta do Parlamento do Egito pediram o retorno de Morsi e também clamaram para que outros Parlamentos não reconheçam a liderança militar nomeada recentemente. O pedido foi feito por cerca de 20 membros do Conselho Shura, que era a única Câmara Legislativa do Egito desde que um tribunal ordenou a dissolução da Câmara Baixa no ano passado até a derrubada de Morsi no dia 3 de julho.

Os parlamentares, que participaram de uma manifestação pacífica no leste do Cairo, acusaram os militares de tentarem restaurar um regime "corrupto e ditatorial". Morsi foi o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, sucedendo o governo autocrático de longo prazo de Hosni Mubarak, que renunciou em 2011. O Exército depôs Morsi após milhares de manifestantes tomarem as ruas para exigir sua saída. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Testemunhas disseram que uma dúzia de atacantes mascarados dispararam contra manifestantes que estão acampados desde o mês passado do lado de fora do palácio presidencial do Egito, no Cairo, ferindo várias pessoas.

O paramédico Mohammed Sultan disse que 15 pessoas ficaram feridas no ataque, realizado na tarde deste sábado, incluindo nove membros das forças de segurança.

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Segundo as testemunhas, os atacantes incendiaram tendas. Imagens de canais de TV egípcios mostraram que mais pessoas se juntaram aos protestos.

A manifestação foi iniciada em 4 de dezembro por opositores do presidente islâmico Mohammed Morsi. Eles estão exigindo a anulação da nova constituição no país.

Pelo menos 10 pessoas morreram em confrontos nas ruas fora do palácio no dia 5 dezembro, quando partidários do presidente atacaram os manifestantes. As informações são da Associated Press.

O maior partido político ultraconservador islamita do Egito, al-Nour (luz, em árabe), elegeu nesta quarta-feira seu novo presidente, o dentista Younis Makhyoun, de 58 anos. Ele foi escolhido em uma votação de consenso entre os salafistas, que formam a base do al-Nour. O partido dos salafistas saiu da clandestinidade após a revolução de fevereiro de 2011 que derrubou Hosni Mubarak. Nas eleições parlamentares de 2012, o al-Nour emergiu como a segunda força política mais importante do Egito, atrás apenas do partido da Liberdade e Justiça, que representa a relativamente mais moderada Irmandade Muçulmana.

O al-Nour foi abalado, contudo, por uma disputa entre os radicais políticos e religiosos. Analistas políticos dizem que a disputa interna poderá custar votos aos salafistas na próxima eleição parlamentar. O dentista Makhyoun é considerado o líder da ala religiosa, que derrotou os radicais políticos na disputa interna. O presidente do Egito, Mohammed Morsi, deverá marcar a data das próximas eleições parlamentares no final de fevereiro. No ano passado, o al-Nour capturou cerca de 25% das 270 cadeiras da Câmara Baixa do Parlamento, a Shura. A Câmara Baixa foi dissolvida pela suprema corte.

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Makhoyun fez parte da Assembleia Constituinte do Egito, que redigiu a conservadora Constituição do país, aprovada recentemente em um referendo cujo resultado foi contestado pelos seculares, cristãos e mulheres. Apenas 33% dos eleitores participaram do referendo.

Os islamitas afirmam que a entrada em vigor da Constituição é apenas o primeiro passo para islamizar totalmente a sociedade egípcia. "Queremos libertar o Egito da escravidão e da submissão", disse hoje Makhyoun. Ele tentou acalmar os cristãos e as mulheres, ao dizer que a lei islâmica, a Sharia, "libertará até mesmo as mulheres ocidentais da moral decadente do Ocidente".

As informações são da Associated Press.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, minimizou, neste sábado, os problemas econômicos do país e afirmou que a nova constituição garante a igualdade para todos os cidadãos. As declarações de Morsi foram feitas em discurso ao Senado, que tem assumido responsabilidade pelo poder legislativo até que um novo parlamento seja eleito no período de dois meses.

"Todos são iguais perante a lei nesta constituição", disse o presidente sobre o documento, acrescentado que haverá "liberdade para todas as pessoas, sem exceções". A constituição tem sido severamente criticada por ativistas de direitos humanos e pela oposição secular do país. Segundo eles, o documento fracassou em garantir direitos às mulheres e possui potencial para limitar a liberdade de expressão e religiosa.

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"Indicadores gerais sobre a situação social e econômica têm mostrado um progresso notável", afirmou Morsi, apesar das preocupações com uma crise econômica. Com o enfraquecimento da moeda egípcia e a suspensão de um empréstimo de US$ 4,8 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de semanas de protestos que se tornaram, muitas vezes, violentos, o país está no limite de uma crise, dois anos após o declínio da economia provocada pelo levante que retirou Hosni Mubarak do poder.

As informações são da Dow Jones.

Islamitas egípcios, brandindo cimitarras, atacaram opositores seculares na cidade de Alexandria, no Mediterrâneo, às vésperas da votação do referendo constitucional que deverá acontecer no país no sábado, deixando 19 pessoas feridas nesta sexta-feira. O confronto ocorreu após um clérigo ultraconservador local fazer um discurso e chamar os seculares de "infieis" e ter insuflado fanáticos salafistas. Os egípcios votarão amanhã e no próximo sábado, 22, a Constituição, formada por 234 artigos e baseada "nos princípios" da Sharia, a lei islâmica. Grande parte da população, contudo, é contra as menções à Sharia e defende uma Constituição secular que separe o governo da religião.

Mais de 51 milhões de egípcios estão habilitados a votar amanhã e no próximo sábado. Amanhã, o referendo será feito no Cairo, em Alexandria e em dez províncias, em um total de seis mil seções eleitorais. O voto não é obrigatório. A Constituição de 234 artigos foi redigida por 85 deputados, quase todos islamitas, após os deputados socialistas, cristãos, muçulmanos moderados e seculares deixarem a Assembleia em protesto.

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Existem dúvidas sobre a lisura do referendo. O judiciário egípcio ameaçou boicotar o referendo, mas no decorrer da semana parte dos juízes disseram que irão monitorar as seções. Pelo menos nove mil seções eleitorais serão montadas, seis mil para o dia 15.O Carter Center e a União Europeia não enviaram observadores, em grande parte porque o governo demorou para divulgar as regras de monitoramento do sufrágio.

No Cairo, opositores egípcios voltaram a se manifestar contra o presidente Mohammed Morsi perto do palácio presidencial e também na praça Tahrir, epicentro dos movimentos revolucionários que em fevereiro do ano passado levaram à queda do ditador Hosni Mubarak. Também ocorreram manifestações da Irmandade Muçulmana a favor da aprovação da Constituição, mas não foi registrada a mesma violência que em Alexandria - onde automóveis foram queimados à beira-mar. Os confrontos em grande parte envolveram os islamitas e muçulmanos seculares em Alexandria.

No Cairo, onde as manifestações aparentaram ser mais pacíficas, uma multidão de dezenas de milhares de cristãos egípcios (os coptas) fizeram uma vigília pelo futuro do país perto da Catedral de Samaan el-Kharaz, no bairro de Mokattam.

Autoridades religiosas ordenaram recentemente que as mesquitas não fossem usadas como palanque para o referendo. No entanto, diversos clérigos, especialmente os mais conservadores, aproveitaram para estimular seus eleitores a aprovarem a proposta elaborada por um painel constituinte dominado por islamitas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente Mohamed Morsi concedeu poderes de polícia ao Exército egípcio nesta segunda-feira (10). A medida foi anunciada às vésperas do controverso referendo constitucional, que deu origem a enormes e violentos protestos de rua no país e resultaram na morte de sete pessoas, além de deixar mais de 600 feridos. O referendo constitucional ocorrerá em 15 de dezembro, em momento de profunda divisão na sociedade egípcia, que também enfrenta a crise econômica. Tanto a oposição quanto partidários da Irmandade Muçulmana, grupo que apoia Morsi, marcaram enormes manifestações para a terça-feira no Cairo, Alexandria e Ismaília.

A oposição egípcia rechaça o referendo, mas ainda precisa definir se pedirá que a população boicote a votação ou pedirá que vote pelo "não" nas urnas. "Nós ainda discutimos se vamos boicotar o referendo ou pediremos para a população votar 'não'. Por enquanto, rechaçamos o referendo assim como rejeitamos o rascunho de Constituição", disse Hossam Moanis, porta-voz da Frente de Salvação Nacional, formada por grupos seculares, cristãos, socialistas, muçulmanos moderados e feministas.

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O decreto, publicado hoje (10) no diário oficial, ordena que os militares cooperem com a polícia "para preservar a segurança e proteger as instituições estatais vitais, durante um período de tempo limitado, até o anúncio dos resultados do referendo", de acordo com uma cópia do documento obtida pela agência France Presse (AFP). Morsi também revogou nesta segunda-feira um outro decreto que havia emitido no domingo, o qual aumentava os impostos sobre cigarros, bebidas alcoólicas (legalizadas embora proibidas pelo Islã, mas consumidas por parte da população), telefones celulares e empréstimos bancários.

O judiciário egípcio entrou em greve após Morsi emitir um decreto em 22 de novembro que lhe deu superpoderes e o colocou acima do poder judiciário. Os juízes disseram que não monitorarão o referendo do dia 15. Nesta segunda-feira, o judiciário pareceu suavizar um pouco a sua posição, ao dizer que poderá acompanhar o referendo do dia 15, mas antes os partidários da Irmandade Muçulmana precisam suspender o cerco que fizeram à Corte Constitucional, tribunal máximo do país no Cairo. Desde a semana passada, partidários da Irmandade e os salafitas, mais radicais, cercam o prédio da Corte.

O Exército, que governou o Egito entre a queda do ex-presidente Hosni Mubarak em fevereiro de 2011 e a eleição de Morsi em junho deste ano, tem buscado permanecer neutro em relação à crise política, embora tenha advertido que "não vai permitir" que a situação se deteriore e pediu que os dois lados dialoguem.

Desde quinta-feira, tanques do Exército estão ao redor do palácio presidencial, mas os militares não entraram em confronto com os milhares de manifestantes que se reúnem no local toda noite.

A oposição, formada por seculares, liberais, esquerdistas, cristãos e feministas, afirmou que vai intensificar os protestos para prejudicar o referendo. Para os opositores, a nova Constituição, redigida principalmente por aliados islamitas de Morsi, enfraquece os direitos humanos, os direitos das mulheres, as minorias religiosas e prejudica a independência do Judiciário.

Na noite de domingo, a Frente de Salvação Nacional convocou a realização de enormes protestos no Cairo contra o referendo, marcado para 15 de dezembro.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Em uma aparente concessão para acalmar a oposição, o presidente do Egito, Mohammed Morsi, propôs que o referendo constitucional seja adiado, se a oposição concordar em não desafiar nos tribunais a nova data que será marcada para o referendo. A proposta de adiar o referendo, marcado para 15 de dezembro, foi feita na noite desta sexta-feira pelo vice-presidente Mahmoud Mekki. Líderes da oposição estão reunidos na noite de hoje e agora analisam se aceitarão a oferta de Morsi para o referendo ser adiado. Eles também analisam se aceitarão uma reunião com Morsi no sábado para discutir as divergências.

As informações são da Dow Jones.

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A Assembleia Constituinte do Egito aprovou na manhã desta sexta-feira um rascunho de Constituição, que será levada a referendo, substituindo a Lei magna egípcia que vigorou durante a era de Hosni Mubarak. O anúncio foi feito pelo deputado Hossam el-Ghiriani. A Assembleia, dominada pelos islamitas, aprovou os 234 artigos em uma maratona que começou na quinta-feira. O painel constituinte se apressou em aprovar a Constituição antes da reunião da Corte Constitucional do Egito, a qual poderia dissolver a Assembleia no domingo. A Assembleia passou a ser dominada pelos islamitas após os deputados cristãos e seculares se retirarem em protesto contra menções à lei islâmica (Sharia) incluídas na Constituição.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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O índice EGX-30 da Bolsa Egípcia, que compreende Cairo e Alexandria, fechou em queda forte, de 9,54%, aos 4.917,73 pontos, neste domingo diante dos protestos da população contra a decisão do presidente Mohammed Morsi de ter poderes absolutos no Egito. Por causa disso, Morsi já está sendo chamado na imprensa egípcia e internacional de "o novo faraó".

As negociações na bolsa foram suspensas por 30 minutos nessa primeira sessão após o anúncio do presidente. A queda de hoje foi maior do que a observada no início da Revolução Egípcia em 25 de janeiro de 2011, quando a Bolsa caiu 6,25%.

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Os conflitos continuaram neste domingo entre manifestantes e as forças de segurança perto da Praça Tahrir e sinais de gás lacrimogêneo podiam ser visto no céu da região. Pedras eram jogadas na Embaixada dos Estados Unidos e barreiras foram colocadas para proteger os prédios do governo.

Na última quinta-feira, Morsi emitiu emendas constitucionais que aumentam seu poder, concedem imunidade à maioria parlamentar islâmica e reabrem investigações sobre abusos cometidos pelo regime de Hosni Mubarak. Com as mudanças, o líder egípcio coloca-se acima do monitoramento da Justiça, em parte ainda leal aos militares que comandaram o país por seis décadas. As informações são de jornais do Egito e Dow Jones.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, emitiu nesta quinta-feira emendas constitucionais por decretos que reforçam o próprio poder da presidência e dão imunidade aos parlamentares islamitas que redigem a nova Constituição do país. As emendas blindam qualquer tentativa do judiciário de dissolver o painel constituinte e além disso reabrem os julgamentos dos ex-funcionários públicos do regime de Hosni Mubarak. As medidas de Morsi também blindam de dissolução a Câmara Baixa do Parlamento, a qual também é dominada pelos islamitas.

Vários tribunais egípcios examinam no momento pedidos feitos para a dissolução do painel constituinte e da Câmara Baixa. Morsi também decretou que todas as decisões judiciais tomadas entre junho deste ano e até a entrada em vigor da nova Constituição não poderão sofrer apelos, uma medida que coloca o presidente acima de qualquer supervisão judiciária. O decreto que permite um novo julgamento para Mubarak, bem como para os ex-dirigentes do antigo regime, diz que aqueles que ocuparam cargos de chefia "política ou executiva" na administração derrubada em fevereiro de 2011 poderão ser afetados.

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Grupos de seculares, de defesa dos direitos humanos, das mulheres e da minoria cristã têm se manifestado contra a visão excessivamente islamita que o painel constitucional e a Câmara Baixa têm da sociedade egípcia.

As medidas de Morsi foram criticadas. O prêmio Nobel Mohammed ElBaradei disse que Morsi virou um "novo faraó" ao atribuir a si próprio os amplos poderes por decreto nesta quinta-feira. "Hoje Morsi usurpou todos os poderes do Estado e apontou a si próprio como o novo faraó. Foi um golpe duro na revolução que poderá ter consequências medonhas", escreveu ElBaradei em sua conta no Twitter.

Morsi também demitiu o procurador-geral do Egito, Abdel-Maguid Mahmoud. Em outubro, Morsi tentou demiti-lo pela primeira vez, mas teve que recuar quando descobriu que o poder presidencial não lhe permitiria tal medida. Mahmoud, indicado ainda na era Mubarak, é acusado de ser leniente na apuração de provas contra policiais e militares que atiraram e mataram pelo menos 850 manifestantes entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011, quando caiu o governo de Mubarak. Para o cargo, Morsi nomeou Talaat Ibrahim Abdallah.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse nesta quarta-feira que não descansará enquanto a guerra civil na Síria não chegar a um final. Morsi disse que o conflito na Síria, que segundo grupos opositores já deixou quase 30 mil mortos, é a "tragédia" da era atual. Morsi discursou no plenário da 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e fez um apelo a todos os países que ajudem o conflito sírio a chegar a um fim.

Morsi, um islamita que é da Irmandade Muçulmana, grupo banido no Egito até a revolução de fevereiro de 2011, abriu o discurso ao lembrar que é primeiro presidente democraticamente eleito do Egito, que chegou ao poder após uma revolução "grande e pacífica". Ele afirmou que além da guerra civil na Síria, a primeira questão que a ONU precisa abordar é garantir os direitos do povo palestino.

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"Os frutos da dignidade e da liberdade não devem ficar distantes do povo palestino", disse, ao acrescentar ser uma "vergonha" o fato de as resoluções da ONU sobre o conflito israelo-palestino não serem implementadas.

Morsi também condenou o filme "A Inocência dos Muçulmanos", feito nos EUA e que é ofensivo à religião islâmica. Ele insistiu que a liberdade de expressão não deve permitir os ataques a qualquer religião. Mas ele também condenou a violência que acompanhou os protestos contra o filme, deixando 51 pessoas mortas desde a noite de 11 de setembro, incluído pelo menos um manifestante egípcio.

As informações são da Associated Press.

Ministros das Relações Exteriores do Egito, Turquia, Arábia e Irã começaram nesta segunda-feira, no Cairo, uma reunião que tem como objetivo encontrar uma saída política para a guerra civil na Síria. O encontro no Cairo é o primeiro do chamado "Quarteto Islâmico", uma iniciativa do presidente egípcio Mohammed Morsi, que trouxe às negociações três partidários da oposição síria - Egito, Arábia Saudita e Turquia - e o Irã, aliado do presidente sírio Bashar Assad.

"Ninguém deve esperar que apenas uma reunião resulte em um plano de ação imediata", disse o chanceler da Turquia, Ahmet Davutoglu. "O campo em comum que existe entre nós é maior que nossas diferenças. Encontrar uma solução pacífica é importante", disse o chanceler do Irã, Ali Akbar Salehi.

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Já o chanceler egípcio Mohammed Kamel Amr reconheceu que não foi formado um plano conjunto para a Síria, mas "existem conversas sobre isso".

As informações são da Associated Press.

O presidente eleito do Egito, Mohammed Morsi, tomou posse neste sábado (30) diante da Suprema Corte Constitucional do país e se tornou o primeiro islâmico a assumir a presidência por meio de eleições livres no mundo árabe. Ele sucede Hosni Mubarak, que foi deposto há 16 meses. Morsi é o quinto chefe de Estado do Egito desde o fim da monarquia, há cerca de 60 anos.

Ao discursar como novo presidente, Morsi disse que pretende construir um novo Egito. "Aspiramos um amanhã melhor, um novo Egito e uma segunda república", afirmou aos juízes do tribunal, durante cerimônia solene transmitida pela televisão estatal. "Hoje, o povo egípcio estabeleceu a fundação de uma nova vida: liberdade absoluta, uma democracia genuína e estabilidade", declarou o engenheiro de 60 anos.

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Nessa sexta-feira (29), Morsi fez um discurso simbólico na Praça Tahrir, centro dos protestos que no ano passado despertaram a crise no governo autoritário de Mubarak. O novo presidente prometeu recuperar os poderes do gabinete presidencial, diminuídos pelo conselho militar que controlou o governo depois da queda de Mubarak. No entanto, ao assumir diante da Suprema Corte, e não do Parlamento como é o costume, ele se curvou à vontade dos militares, sinalizando que a disputa por poder deve continuar.

As informações são da Associated Press.

Uma multidão enfurecida ateou fogo no escritório geral da campanha eleitoral de Ahmed Shafiq, ex-primeiro-ministro do Egito na era Mubarak e que agora disputa a presidência como um dos dois candidatos que passaram para o segundo turno das eleições, marcado para 16 e 17 de junho. O fogo foi controlado e a multidão se dispersou com a chegada da polícia.

"Nós estávamos dentro quando fomos atacados", disse um cabo eleitoral de Shafiq, que não se identificou. "Eles botaram fogo na garagem que tinha material de campanha do general", disse a fonte, lembrando inadvertidamente que Shafiq comandou a Força Aérea Egípcia.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Hamdeen Sabahi, que ficou em terceiro lugar na corrida presidencial do Egito, pediu neste sábado uma recontagem parcial da votação, citando violações, disse seu porta-voz Hossam Mounis. Resultados iniciais mostraram que Sabahi ficou na terceira posição por uma margem de cerca de 700 mil votos, o que o deixou de fora do segundo turno das eleições, nos dias 16 e 17 de junho, entre os dois principais candidatos, Mohammed Morsi, do partido Irmandade Muçulmana, e Ahmad Shafiq, um ex-primeiro-ministro de Hosni Mubarak.

Mounis disse que a campanha tinha encontrado evidências de muitas violações durante os dois dias de votação que poderiam afetar os resultados finais. Ele se recusou a dar detalhes sobre as violações, mas disse que apelações serão registradas amanhã. "A evidência que temos e que estamos ainda reunindo mostra um grande número de violações em muitos centros de votação que poderiam afetar os resultados finais", afirmou o porta-voz. As informações são da Associated Press.

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Resultados parciais da eleição presidencial no Egito indicavam nesta sexta-feira a realização de um segundo turno entre o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi, e um dos dois candidatos seculares: ou o ex-premiê Ahmed Shafiq ou o candidato populista da esquerda, Hamedden Sabahi. Contagens parciais divulgadas pelo jornal Al-Masry Al-Youm, que monitora a contagem dos sufrágios em 25 das 27 províncias egípcias, indicam que Morsi está com 26% dos votos, enquanto Shafiq está com 23% e Sabahi está com 20%.

As cidades do Cairo e de Gizé, que contam juntas por 20% do eleitorado total do país, deverão definir quais serão os dois candidatos que passarão ao segundo turno. A contagem dos votos no Cairo e em Gizé deverá ser finalizada na manhã do sábado. "Os resultados dizem que as pessoas estão procurando uma terceira alternativa, elas temem um Estado religioso e também as figuras do antigo regime", disse Hossam Mounis, porta-voz da campanha de Sabahi, que concorre como um nacionalsita inspirado nas ideias seculares e pan-arabistas de Gamal Abdel Nasser, líder egípcio que governou o país de 1956 até sua morte em 1970. Sabahi diz que se Nasser estviesse vivo hoje grande parte das suas ideias não seriam aplicáveis no Egito, mas que se inspira no discurso de secularismo e igualdade social do líder.

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Os resultados oficiais, contudo, ainda não foram divulgados e só deverão ser conhecido no começo da próxima semana.

A minoria cristã do Egito, cerca de 10% dso 82 milhões de habitantes, votou em massa em Shafiq, que se apresenta como um candidato que impedirá que os islamitas cheguem ao poder. Em um vilarejo no sul do Egito, Aziziya, a população inteira de quatro mil pessoas votou em Shafiq, informou a televisão privada Al-Nahar.

"Haverá um segundo turno entre Mohammed Morsi e Ahmed Shafiq," disse mais cedo a Irmandade em seu site, afirmando que 90% dos votos já foram contados em todo o país. O segundo turno está marcado para os dias 16 e 17 de junho.

Cinquenta milhões de eleitores estavam capacitados para votar nos 12 candidatos presidenciais inscritos. Segundo a comissão eleitoral, 50% desses eleitores compareceram às urnas na quarta e quinta-feira.

O segundo turno será realizado apenas duas semanas antes do prazo estabelecido pelo governo militar interino para a transferência de poder para um governo civil. A segunda fase da eleição presidencial vai representar um grande teste para a emergente democracia do Egito. O resultado vai mostrar se a revolução ocorrida no ano passado se transformou num golpe de Estado islâmico ou num mero levante cujos resultados foram frustrados por membros do antigo regime.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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