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A Foton Aumark do Brasil vai construir sua montadora de caminhões em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). A protocolo de intenções foi assinado nesta terça-feira, 13, pelo sócio da empresa Luiz Carlos Mendonça de Barros e pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT).

O empreendimento de R$ 250 milhões também era disputado pelo Estado do Rio de Janeiro, mas acabou confirmado para a cidade gaúcha depois de o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) garantir um empréstimo-ponte de R$ 40 milhões para o início das obras. O valor será devolvido quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberar o financiamento de 80% do investimento, em operação que tende a ser finalizada em um ano.

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Segundo fontes do governo gaúcho, a disponibilidade de uma área já terraplenada, no mesmo local onde seria construída a montadora da Ford - que acabou indo para a Bahia - no final dos anos 1990, e a proximidade dos países do Mercosul também foram decisivas.

A empresa brasileira vai montar caminhões de 3,5 toneladas a 24 toneladas com autorização da Beiqi Foton Motor Co Ltd, produtora dos modelos, que tem sede em Pequim, mediante o pagamento de royalties. Segundo Mendonça de Barros, um contrato assinado na Suíça garante ao grupo chinês a prioridade para aquisição de parte ou de todo o negócio brasileiro em um prazo de 12 anos.

Como a Foton Aumark do Brasil será montadora, terá de comprar todos os componentes de seus caminhões. "Um investimento desses não se mede pela cifra e sim pelo impulso que abre para o conjunto da cadeia produtiva e pela integração de sistemistas", comentou Tarso Genro, animado com a perspectiva de atrair fornecedores para o Estado e também de aumentar as vendas da indústria metal-mecânica local.

A montadora será construída em um terreno de 150 hectares, em torno do qual ficará reservada uma área de 50 hectares para a instalação de fornecedores. Depois da preparação do terreno, a obra deve começar em fevereiro de 2014. O início da produção está previsto para o final de 2015 ou início de 2016, com geração de 300 empregos diretos. A capacidade instalada será de 21 mil veículos por ano.

A Ford do Brasil recebeu nova multa, desta vez de R$ 4 milhões, em razão do processo de contratação irregular de 280 funcionários, supostamente deficientes, na unidade de Tatuí (SP). Em fevereiro, a empresa já havia sido multada em R$ 400 milhões pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15.ª Região.

Outra penalidade, no mesmo valor, foi aplicada à Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape). Ambas ainda podem ter de pagar indenização superior a R$ 4 milhões cada uma caso entrem com recursos contra a decisão.

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Após a sentença que estabeleceu a primeira multa, a Ford entrou com embargo de declaração pedindo explicações de pontos que considerava obscuros na decisão do juiz Marcus Menezes Barberino. O juiz entendeu que houve má-fé por parte da montadora ao questionar pontos que estariam claros na sentença. Também que houve intenção da Ford de protelar o andamento do processo. Além de não acatar o embargo, ele determinou a multa extra em decisão publicada no dia 24 de maio.

Barberino teve interpretação similar ao julgar o embargo apresentado pela Avape, também multada em R$ 4 milhões no último dia 3, conforme consta do processo do TRT. O representante da Ford foi procurado na quarta-feira, 31 de julho, mas não comentou o assunto. A montadora tem fábricas de veículos em São Bernardo do Campo (SP) e em Camaçari (BA) e unidade de motores em Taubaté (SP).

A Avape, por meio de nota, informou que “considera controversa as últimas decisões judiciais envolvendo o referido processo, e que tal posicionamento consta em recurso apresentado ao Tribunal Regional do Trabalho; recurso este que a instituição espera que seja acolhido pelo TRT.”

A multa inicial de R$ 400 milhões foi aplicada após conclusão da Justiça de que a Ford contratou irregularmente funcionários terceirizados, supostamente deficientes, para a filial de Tatuí, onde mantém um centro de desenvolvimento e pista de teste de automóveis.

Benefícios

A Avape, responsável pelos serviços de terceirização da montadora, era beneficiada com isenção de tributos federais por ter como atividade a inserção no mercado de pessoas deficientes. Contudo, nenhum dos funcionários do grupo que trabalhavam na Ford tinha necessidades especiais. A denúncia das contratações irregulares foi feita pelo Ministério Público do Trabalho de Tatuí em 2011.

A decisão da Justiça também estabelecia a recontratação, de forma direta, dos 280 funcionários antes terceirizados e que foram afastados no início da ação. Como o processo está em andamento, não há informações se a montadora já os recontratou.

Ao usar esse tipo de mão de obra terceirizada, a Ford estava isenta de recolher direitos trabalhistas previdenciários e, segundo o Ministério Público, agiu de má-fé, além de pagar salário inferior ao dos contratados diretos, disse na época o procurador Bruno Ament. Eles trabalhavam como montadores, mecânicos e motoristas de testes.

A sentença do juiz Barberino estabelece que o valor da multa (agora de R$ 408 milhões somando Ford e Avape) seja revertido à comunidade de Tatuí para ser aplicado em políticas de inserção de pessoas com deficiência, ao Fundo Estadual de Direitos Difusos e ao Fundo Nacional de Promoção aos Direitos Difusos e Coletivos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sergipe terá uma montadora chinesa, nascida em Delware, nos Estados Unidos, mas com capital da Arábia Saudita. Trata-se da Amsia Motors, que investirá R$ 1 bilhão na construção do parque industrial, que ficará no município de Barra dos Coqueiros, região metropolitana de Aracaju. Na quinta-feira, 27, à tarde, foi assinado o protocolo de intenções pelo governador em exercício, Jackson Barreto (PMDB), com o príncipe da Arábia Saudita, Abdul Rahman bin Faisal al Saud, principal acionista da empresa, em Aracaju.

A Amsia Motors é uma montadora especializada em veículos movidos a energia verde (basicamente elétricos e híbridos). Ao investir em Sergipe, a montadora tem como estratégia abastecer os mercados da América do Sul e parte da América Central. “A partir dessa iniciativa e da nossa instalação em Sergipe, passaremos a tentar atrair outros investidores do mundo árabe e da China para se instalarem aqui, mostrando que esse estado tem vocação industrial”, afirmou o presidente da Amsia Motors, Mustafa Zeauddin Ahmed. “Em breve, esperamos que este o Brasil se torne o líder da indústria automobilística mundial.”

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A Amsia Motors produz veículos para 18 países do Oriente Médio e norte da África e tem unidades de projeto na França e na Itália. Além disso, fabrica carros em regime de joint venture com 26 empresas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A montadora Hyundai e o Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba assinam nesta quinta-feira, 23, acordo para a implantação do terceiro turno de produção na fábrica da montadora sul-coreana. Segundo comunicado enviado à imprensa pelo sindicato, com a venda média diária de cerca de 600 unidades do hatch HB20, a produção está no limite.

O acordo, informa o sindicato, prevê a contratação de 700 novos trabalhadores entre os meses de junho, julho e agosto que, além do salário, receberão benefícios e adicional noturno. O salário médio deve chegar a R$ 1.600.

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Ainda de acordo com o sindicato, o número de novos postos pode chegar a 1.700, se forem incluídas as contratações das empresas fornecedoras de peças. "Há doze empresas fornecedoras localizadas no polo automotivo de Piracicaba (SP), que estão atreladas à cadeia de produção da gigante sul-coreana", disse a nota do sindicato. "É como se estivéssemos trazendo uma nova grande indústria para o município", comentou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, José Luiz Ribeiro.

O impacto na economia local do início do terceiro turno, previsto para setembro deste ano, será de cerca de R$ 1,1 milhão mensais, diz o sindicato.

O ex-presidente da Volkswagen do Brasil Wolfgang Sauer morreu na noite desta segunda-feira, 29, em São Paulo, aos 83 anos de idade. Alemão naturalizado brasileiro, Sauer esteve à frente da montadora de 1973 a 1989. A empresa divulgou nota em que lamenta o falecimento e "manifesta sincero agradecimento por todos os frutos de seu trabalho pioneiro e revolucionário, que deixará eternizada sua marca nesta empresa e neste País".

De acordo com a nota, a gestão de Sauer foi marcada pelo empreendedorismo, citando que na década de 70, por exemplo, o executivo levou a Volkswagen do Brasil ao Iraque, em um dos maiores contratos de exportação mundial já feitos de um único modelo de carro, o Passat.

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Sauer também promoveu a internacionalização da companhia brasileira ao levar os veículos da marca produzidos no Brasil a cerca de cem países. O executivo foi o responsável ainda pela criação do Consórcio Nacional Volkswagen e do Banco Volkswagen.

Segundo a nota, durante sua gestão a empresa lançou veículos de sucesso, como o Gol, Voyage, Parati, Saveiro, Santana e o Passat, entre outros. Sauer ainda esteve à frente da implementação da segunda fábrica da marca no Brasil, em Taubaté, em 1976.

A General Motors quer incentivos do governo do Estado e da Prefeitura de São José dos Campos, além de um acordo com trabalhadores, para aprovar um investimento de R$ 2,5 bilhões na produção de um novo carro na unidade do Vale do Paraíba.

Segundo o diretor de relações institucionais da GM, Luiz Moan, trata-se de uma concorrência internacional que será definida pela matriz americana, e a unidade do Vale precisa ser competitiva para disputá-la. Sem revelar nomes, Moan disse que há fábricas do grupo em outros dois países na disputa pelo projeto, que envolve um carro global com chances de ser exportado. “Só posso dizer que três continentes concorrem.”

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Segundo Moan, “essa é a última possibilidade de investimento em São José e, portanto, vital para salvar o complexo inteiro”. Ele assumiu esta semana a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Recentemente, a GM dispensou 600 trabalhadores, além de cerca de outros 400 que aceitaram um programa de demissão voluntária. A fábrica do Vale opera com grande ociosidade após o fim da produção, no ano passado, dos modelos Corsa, Meriva e Zafira. Hoje, a unidade de automóveis, chamada de MVA, produz apenas o Classic, mas essa linha deve ser desativada no fim do ano.

Os veículos que substituíram esses três modelos estão sendo produzidos nas fábricas de São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS). A empresa alegou falta de acordo de flexibilização nas relações trabalhistas com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, o que afastou novos investimentos na unidade.

No dia 6, Moan vai se reunir com dirigentes sindicais para debater a redução dos custos da mão de obra. Do governo estadual e da Prefeitura, a GM espera estímulos fiscais - como isenção de impostos - e infraestrutura, como melhoria no acesso à fábrica, que fica à margem da Rodovia Presidente Dutra. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A montadora italiana Fiat divulgou, nesta quarta-feira (3), que teve lucro líquido de 388 milhões de euros, no quarto trimestre de 2012. O lucro após as participações minoritárias ficou em 102 milhões de euros, uma alta de aproximadamente 137% na comparação com o mesmo período de 2011, quando somou 43 milhões de euros.

Já, o lucro comercial, que é o lucro operacional menos itens extraordinários, saltou 30%, para 987 milhões de euros. A receita no quarto trimestre cresceu para 21,78 bilhões de euros. Analistas esperavam que o lucro após minoritários ficasse em 141,75 milhões de euros e o lucro comercial fosse de 1,04 bilhão de euros. Por volta das 12h55 (horário de Brasília) as ações da Fiat caíam 0,98% na Bolsa de Milão.

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Segundo a Fiat, as fortes vendas no Brasil e nos Estados Unidos, onde a italiana é a controladora da Chrysler, ofuscaram o fraco desempenho da Europa. "As condições na área do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), na América Latina e na Ásia-Pacífico continuam a dar suporte para as projeções de 2013 e, embora os mercados europeus continuem a apresentar níveis significativos de incertezas, o grupo confirma suas previsões para 2013", disse a empresa em comunicado.

As vendas da Fiat na Itália estão no pior nível, em 33 anos, e a empresa planeja usar suas fábricas no país para exportar veículos de suas marcas premium para os EUA e outros mercados.

A montadora também afirmou que seu conselho administrativo aprovou a suspensão do pagamento de dividendos, em função do desejo de manter um alto nível de liquidez. O grupo também citou certas restrições na capacidade da Chrysler de pagar dividendos. A empresa, na qual a Fiat tem uma fatia de 58,5%, divulgou seus resultados mais cedo.

As informações são da Dow Jones.

A montadora alemã Volkswagen anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de 11,29 bilhões de euros (US$ 14,66 bilhões) no terceiro trimestre, 60% maior que o ganho de 7,04 bilhões de euros registrado em igual período do ano passado. A receita cresceu 27% na mesma comparação, para 48,85 bilhões de euros, com uma alta de 13% no volume de veículos, para 2,33 milhões de unidades. Por outro lado, o lucro operacional recuou 19%, para 2,34 bilhões de euros, com o aumento da concorrência na Europa e a pressão exercida por grandes investimentos em tecnologia.

Apesar do lucro, que foi auxiliado pelos resultados da Porsche e Audi, a Volkswagen alertou que a demanda deverá continuar diminuindo até o fim do ano. Em agosto, a Volkswagen assumiu a participação de 50,1% que ainda não controlava na Porsche e integrou o fabricante de carros esportivos à sua linha de 12 marcas de carros, caminhões e motocicletas. As informações são da Dow Jones.

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A General Motors do Brasil colocará 940 funcionários em suspensão temporária (lay-off) por quase quatro meses e abrirá novo programa de demissão voluntária para tentar reduzir o quadro pessoal na fábrica de São José dos Campos (SP).

A empresa informa ter 1.840 funcionários excedentes no complexo que emprega 7,5 mil trabalhadores. A montadora também manterá por quatro meses a produção atual do modelo Classic, que estava ameaçado de sair de linha, como ocorreu no mês passado com o Corsa, Meriva e Zafira. O risco de corte, até o fim do ano, ainda existe.

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"Afastamos o perigo imediato da demissão em massa e vamos continuar brigando para manter todos os postos", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros. A empresa ameaçava demitir entre 1,5 mil e 2 mil funcionários.

O acordo entre as partes foi assinado após reunião que durou 9 horas. Participaram também o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Manoel Messias de Melo, o secretário do Trabalho do Estado, Carlos Ortiz, e o prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB).

O diretor de relações institucionais da GM, Luiz Moan, afirmou que, em quatro meses, o Classic deixará de ser produzido na unidade e até lá somente 900 metalúrgicos serão necessários na linha de montagem chamada de MVA. Ele disse ainda que existe a possibilidade de a fábrica do Vale do Paraíba ser incluída em um novo programa de investimentos, mas vai depender das negociações nos próximos dois meses com o sindicato. "Queremos discutir banco de horas, redução de salários e jornada flexível", citou ele.

O sindicato realizará assembleia na terça-feira para que o acordo seja aprovado pelos trabalhadores. Só a partir da aceitação, as medidas serão colocadas em prática.

O presidente mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, garantiu há pouco que a lucratividade dessas montadoras no Brasil não apresenta nenhum porcentual "excepcional" ante a média obtida pelo grupo nos demais países em que atua. Segundo ele, as margens da Nissan, inclusive, estão abaixo da média, enquanto as da Renault, um pouco acima, mas "nada significativo". "O Brasil é um País atrativo para investimentos, mas não acho que nenhuma montadora está obtendo uma lucratividade muito alta ante Rússia, China e Índia", disse, citando os demais países dos Brics como referência.

Segundo Ghosn, há fundamentalmente dois motivos por trás do fato de o consumidor brasileiro pagar mais caro por um automóvel do que similares em outros países. O primeiro, de acordo com o presidente das montadoras, é porque a carga de imposto incidente sobre os veículos é maior do que em outros países, como o Japão e a Europa.

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O outro é porque há uma concentração muito elevada do mercado fornecedor, na avaliação de Ghosn. "Os fornecedores ainda não estão no nível de reduzir custos como nós queremos. Não vou atirar só sobre uma coisa em particular, mas os preços de algumas commodities no Brasil ainda são acima dos de outros países. Precisamos de mais concorrência entre os fornecedores", considerou. (Célia Froufe e Eduardo Rodrigues)

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