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O metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) aprovaram, em assembleias realizadas entre terça (20) e quarta-feira (21), um plano de lutas para evitar até 1,6 mil demissões da linha de montagem do Classic, no complexo industrial da cidade paulista. A decisão ocorreu após as declarações do presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila, dadas na semana passada, de que a companhia não tem mais planos para um novo produto na fábrica e de que irá deixar de produzir o Classic na unidade em fevereiro de 2013.

Dos 1,6 mil funcionários da linha de montagem, 824 tiveram os contratos de trabalho suspensos até 26 de janeiro, após o fim da produção dos modelos Meriva e Zafira, e o restante continua na produção do Classic até fevereiro. "O que nos deixa preocupados é a declaração do Jaime Ardila de que não tem plano para a unidade, justamente no meio de um processo de negociação. É uma declaração infeliz, como se fossem certos o fechamento da unidade e as demissões da empresa", disse Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

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O sindicato defende que a GM mantenha a produção do Classic na unidade, que não a transfira para a Argentina e ainda passe a produzir outros modelos, como o Sonic, atualmente importado. "Vamos manter as manifestações e buscar uma nova reunião como o governo, com o objetivo de que a presidente Dilma (Rousseff) proíba a GM de demitir, já que a empresa é uma das mais beneficiadas pelos incentivos fiscais dados às montadoras", disse. "Além disso, a companhia é uma das maiores importadoras do País de veículos que poderiam ser produzidos aqui", completou Macapá.

Além dos funcionários da unidade de São José dos Campos, participaram das assembleias metalúrgicos da GM de outros países, como Alemanha, Argentina, Colômbia, e Espanha, os quais estiveram reunidos para um encontro em São José dos Campos. Do encontro, os metalúrgicos elaboraram uma carta com pontos prioritários que será encaminhada para a GM. Entre os temas está a defesa da união dos sindicatos, a luta contra fechamento de unidades e estabilidade no emprego, melhores condições de saúde e ainda liberdade de organização sindical.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) Cledorvino Belini, afirmou nesta quarta-feira que algumas montadoras já alteraram de dezembro deste ano para janeiro e fevereiro de 2013 as férias coletivas dos funcionários. O objetivo é atender a demanda de veículos num mercado nacional ainda aquecido. "Essa movimentação é um arranjo natural", disse.

Ainda segundo Belini, quase todas as montadoras estarão habilitadas pelo governo para operarem dentro das regras do Novo Regime Automotivo (Inovar-Auto), em 1º de janeiro de 2013, ou seja, poderão ter uma alíquota do IPI até 30 pontos porcentuais menor. "Algumas já foram habilitadas e esperamos que até lá todas estejam, se não, será duro pagar 30 pontos de IPI", disse Belini.

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O presidente da Anfavea avaliou que com o aumento da tecnologia e da eficiência energética previsto até o final de 2017, "todos os produtos brasileiro serão colocados no mesmo nível internacional". No entanto, Belini admitiu dificuldades para que as companhias cumpram a meta de redução até 18,8% no consumo, prevista para o início de 2018. "Não há tecnologia (de eficiência energética) no mundo ainda, mas temos anos à frente para pesquisa e desenvolvimento e chegaremos lá", concluiu.

A indústria automobilística brasileira prepara outra leva de investimentos no País com destaque para novas fábricas, ampliação de capacidade produtiva, projetos de pesquisa e desenvolvimento e lançamentos de carros globais.

A nova onda teve início quando o País entrou na lista dos quatro maiores mercados mundiais, há dois anos. Foi favorecida pela crise na Europa e EUA, onde as vendas estão em queda ou estagnadas. E ganhou reforço com o novo regime automotivo, que protege o País de importados e dá benefícios à produção local.

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A confirmação, na segunda-feira (22), da fábrica da marca alemã BMW, que será construída em Santa Catarina, desencadeou interesse de marcas premium que já atuaram no Brasil e agora querem voltar, como a Audi e a Mercedes-Benz.

A japonesa Honda, seguindo a conterrânea Toyota, tem planos de entrar no segmento de compactos a partir de 2014, o que exigirá uma nova fábrica. Antes disso, a empresa iniciará a produção, em Sumaré (SP), de um utilitário esportivo (SUV) de pequeno porte que se somará à linha dos modelos Fit, City e Civic.

"No longo prazo, vamos entrar no segmento de compactos e estamos planejando a ampliação de nossas instalações", disse na segunda-feira (22) o presidente mundial da Honda, Takanobu Ito. Ele está no País para participar do Salão do Automóvel de São Paulo, que abre ao público na quarta-feira (24). Antes desse passo, a Honda vai ampliar seu centro de pesquisa para desenvolver produtos no Brasil e não depender só da matriz. "Vamos investir mais R$ 100 milhões para fortalecer essa área", anunciou Ito.

A Hyundai, que iniciou a produção do compacto HB20 em setembro, em Piracicaba (SP), inaugurou na semana passada um segundo turno de trabalho para dar conta da demanda. Em janeiro, a empresa lança um segundo veículo, o HB20 X, versão crossover do modelo e, em março, um sedã da mesma família.

A Volkswagen mostrou o Taigun, SUV que o grupo trata como conceito, mas que será fabricado em vários países, incluindo o Brasil. "Pela primeira vez, o grupo escolheu o Brasil para um lançamento mundial", disse o presidente da Volkswagen no País, Thomas Schmall, que ainda faz segredo sobre o plano de produção do modelo global. No domingo, ele anunciou investimentos de R$ 750 milhões para as fábricas de carros de Taubaté e de motores de São Carlos.

Outra estreia mundial foi a do Ford Fiesta sedã, também candidato à produção local.

A Nissan vai inaugurar em janeiro de 2014 sua fábrica em Resende (RJ) com a produção do compacto March (hoje importado do México) e pretende chegar ao fim daquele ano com a produção de quatro modelos. Um deles será um SUV mostrado ontem como conceito.

"O Brasil é o quarto maior mercado mundial e em breve será o terceiro, por isso nossos planos são ambiciosos", disse François Alain, diretor-geral da Nissan. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Fiat liderou as vendas de automóveis e de comerciais leves em agosto, seguida pela Volkswagen e General Motors, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A montadora italiana vendeu 81.460 automóveis, o que representou 25% do mercado em agosto, e 16.752 comerciais leves, ou 21,01% do total de unidades comercializadas no mês passado.

Segunda colocada, a alemã Volkswagen teve 76.495 automóveis vendidos em agosto, o que representou 23,48% do movimento do mercado. Nas vendas de comerciais leves, foram 12.270 unidades vendidas, ou 15,39% do total. A General Motors foi a terceira empresa que mais vendeu automóveis e comerciais leves no mês. Foram 64.251 (19,72%) de automóveis e 11.613 (14,57%) de comerciais leves. A venda de automóveis e comerciais leves em agosto, de acordo com a Fenabrave, foi o melhor mês da história do setor com um total de 405.518 emplacamentos.

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A Ford fechou o grupo das quatro maiores montadoras nacionais com 8,53% do mercado em agosto, o que significou 27.789 automóveis vendidos. Em relação aos comerciais leves, a empresa norte-americana ficou em oitavo lugar em agosto, que 3.289 unidades vendidas (4,13%).

Motos e caminhões

No mercado de motocicletas, a Honda foi responsável por 78,74% dos emplacamentos registrados em agosto, o que representa 110.738 unidades. A Yamaha, segunda colocada no ranking do mês, comercializou 15.138 motos, ou 10,76% do mercado.

No ranking de caminhões, o mercado de agosto foi dominado pela Volkswagen, com 3.120 unidades vendidas, o que representa 27,46% das vendas registradas no mês. A Mercedes-Benz teve um desempenho próximo ao da líder, com 2.868 caminhões emplacados, ou 25,25% do total. As vendas de caminhões em agosto somaram 11.360 unidades, o que, de acordo com a Fenabrave, é o quarto melhor resultado para meses de agosto já registrada pela série histórica.

A Fenabrave informaou ainda que as vendas de ônibus em agosto somaram 3.223 unidades, o que faz do resultado também o melhor para o mês de toda a série histórica. As vendas de ônibus aumentaram 54,88% em relação a julho e 2,58% na comparação com agosto do ano passado.

As vendas registradas em agosto, no entanto, ainda não foram suficientes para levar os emplacamentos de ônibus em 2012 ao terreno positivo. No acumulado do ano até agosto, as vendas ainda apresentam uma queda de 9,31% em relação a igual período do ano passado. Neste ano foram comercializados 20.241 ônibus, ante 22.320 registrados nos oito primeiros meses de 2011.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reunirá na próxima semana com representantes do setor automotivo para avaliar dados que subsidiarão a decisão do governo de prorrogar ou não a redução do IPI para automóveis. Segundo apurou a Agência Estado, o ministro deve receber informações do segmento sobre o período de vigência do benefício fiscal, que começou em maio deste ano e está previsto para terminar em 31 de agosto. Segundo fontes, a análise do ministro levará em conta o repasse do incentivo para os preços, dados de emprego e de produção.

Como está às vésperas do final do prazo da redução do IPI e, nesse período, há um aumento das vendas com os feirões de automóveis espalhados por todo o País, integrantes da equipe econômica mantêm muita cautela em relação às informações sobre a possibilidade de prorrogação do incentivo que podem comprometer esse esforço final de vendas. As montadoras estão fazendo feirões e preveem o melhor mês de vendas da história.

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Há integrantes do governo que defendem a prorrogação como necessária para estimular e acelerar a atividade econômica nos últimos meses do ano. A assessoria do ministério da Fazenda, no entanto, informou que não há definição, até o momento, sobre a questão.

Sindicalistas e representantes da General Motors (GM) deixaram a reunião realizada nesta quarta-feira na prefeitura de São José dos Campos (SP) com o compromisso de elaborarem propostas que evitem o esvaziamento da fábrica na cidade e a demissão de 1.500 funcionários. As duas partes voltam a se reunir no dia 4 de agosto, às 11 horas, e até lá a montadora se comprometeu a não tomar nenhuma decisão em relação a dispensas, de acordo com assessores da montadora e do sindicato.

Na madrugada dessa terça-feira, a GM suspendeu a produção e deu dispensa remunerada a todos os funcionários, levantando o temor de demissões. A montadora não divulgou nenhuma informação a respeito de corte de funcionários e alegou que a dispensa visa proteger os empregados. O sindicato local classificou a atitude da empresa como locaute.

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A GM de São José dos Campos produz os modelos Corsa, Classic, Meriva, Zafira e S10, além de motores e kits para exportação. Hoje a fábrica de São José encerrou a produção do modelo Corsa. Nesta linha, a chamada MVA, trabalham 1.500 funcionários. A montadora também já suspendeu a produção do Zafira que, junto com o Meriva, está sendo substituída pela minivan Spin. Este modelo, no entanto, é fabricado na unidade de São Caetano do Sul.

As centrais sindicais Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) manifestaram nesta quarta-feira, em nota, repúdio à atitude da montadora General Motors de dispensar ontem funcionários da unidade em São José dos Campos e indicar uma possível demissão de 1.500 empregados. As centrais pedem negociação para que o impasse seja superado.

De acordo com as centrais, a GM foi beneficiada pelo corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) tendo como contrapartida a manutenção de empregos. "Agora, a montadora rompe o acordo, promove locaute e ameaça demitir em massa, recurso condenável e muito usado no passado, quando não havia tantas negociações entre capital e trabalho", afirmam em nota distribuída à imprensa.

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Na madrugada de ontem, a GM suspendeu a produção e deu dispensa remunerada a todos os funcionários, levantando o temor de demissões de ao menos 1.500 mil. A montadora não divulgou nenhuma informação a respeito de corte de funcionários e alegou que a dispensa se deu para proteger os empregados.

O sindicato dos metalúrgicos, a GM e o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Manoel Messias Nascimento Melo, estavam reunidos no fim desta manhã no gabinete do prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), para discutir a situação da unidade.

O sindicato também convocou os trabalhadores para uma assembleia a ser realizada às 16h de hoje, na sede da entidade, para "definir os rumos da mobilização pela manutenção dos postos de trabalho".

Os funcionários do primeiro turno da unidade da General Motors em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, retornaram ao trabalho na manhã desta quarta-feira. Segundo os trabalhadores, eles foram informados por seus chefes por telefone na noite de terça. Reunião nesta quarta-feira com a empresa deve definir o futuro de 1,5 mil trabalhadores.

A unidade ficou um dia com a produção suspensa e toda a fábrica isolada por seguranças. A parada de ontem foi considerada pelo Sindicato dos Metalúrgicos local como sendo uma "greve patronal", e ilegal, de acordo com a entidade.

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Uma reunião hoje, às 11h, na Prefeitura de São José dos Campos, com a presença do secretário de Relações do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Nascimento Melo; do prefeito Eduardo Cury (PSDB); sindicalistas e representantes da GM, deve definir o futuro dos 1,5 mil trabalhadores do setor MVA (Montagem de Veículos Automotores), podendo chegar a 2 mil demitidos, de acordo com o sindicato.

No fim da tarde de ontem, cerca de 100 metalúrgicos se reuniram em assembleia no sindicato. Em comunicado aos funcionários, na madrugada de ontem, a empresa havia pedido aos funcionários que ficassem em casa e aguardassem um retorno da GM.

Durante todo o dia de ontem a incerteza tomou conta dos funcionários. Havia a informação que a empresa estaria preparando a demissão e por isso a suspensão remunerada, que poderia chegar até quinta-feira.

A GM não informou quantos trabalhadores estão na fábrica nesta manhã, nem se ainda há algum setor parado.

O Ministério da Fazenda informou nesta terça-feira que não comentará o impasse entre a General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) e o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade. A GM dispensou 1,5 mil trabalhadores, mas mantendo a remuneração. O motivo da liberação dos empregados é o fechamento de um setor da indústria.

As montadoras estão pagando uma alíquota menor de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), estímulo dado pelo governo para aumentar as vendas de automóveis. Ao anunciar o benefício, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a contrapartida seria a manutenção dos empregos.

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Mantega está de férias, mas o ministro interino, Nelson Barbosa, informou por meio de sua assessoria que não comentará a decisão da GM e o impasse com o sindicato. O Ministério nem mesmo informou se a montadora comunicou ao governo os motivos da dispensa de funcionários. A GM já havia promovido um programa de demissão voluntária no mês passado.

O governo federal intermediará nesta quarta-feira, 25, uma reunião entre a General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) e o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade. A GM está fechada e isolada desde a madrugada desta terça-feira. Em nota, a empresa disse que a decisão de dispensar os 1,5 mil trabalhadores, mas mantendo a remuneração, é para proteger os funcionários. O motivo da liberação dos empregados é o fechamento de um setor da indústria. A unidade está em negociações com o sindicato.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o secretário de Relações do Trabalho da Pasta, Manoel Messias Nascimento Melo, participará do encontro para saber quais são as propostas da empresa. Segundo o MTE, a prefeitura da cidade e a Secretaria de Relações do Trabalho do Estado de São Paulo também foram convidados para o encontro desta quarta-feira.

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O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos suspendeu uma manifestação prevista para esta terça-feira na porta da unidade da General Motors na cidade. A fábrica permanece fechada e com segurança reforçada.

Segundo Antônio Ferreira de Barros, presidente do sindicato, a decisão foi tomada nesta manhã. "Ninguém pode entrar, está tudo fechado", comentou o sindicalista sobre o isolamento da fábrica feita por seguranças.

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Uma reunião entre sindicalistas e trabalhadores está marcada para as 14h na sede do sindicato. Às 17h, uma assembleia, inicialmente prevista para acontecer nos portões da montadora, será feita com os trabalhadores também na sede da instituição.

Nesta madrugada, a unidade da GM em São José dos Campos suspendeu a produção e dispensou todos os funcionários. Em comunicado, a GM informa que a decisão é para manter a segurança dos funcionários e da empresa.

"A empresa considerou as fortes evidências - nas últimas horas e dias - de mobilizações internas no complexo e entende que o momento atual é delicado e prefere não expor seus empregados a eventuais incitações e provocações comuns.", disse a GM no comunicado.

A General Motors (GM) de São José dos Campos, a 80 km de São Paulo, está fechada e isolada desde a madrugada desta terça-feira, 24. Em nota, a empresa diz que a decisão de dispensar os trabalhadores é para proteger os funcionários.

A unidade passa por negociações com o sindicato, uma reunião entre a GM e sindicalistas deve acontecer nesta quarta-feira para decidir sobre a dispensa de 1.500 empregados com o fechamento de um setor da indústria.

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Todos os portões estão trancados e a segurança foi reforçada desde as 3h da manhã, quando os funcionários receberam a informação da dispensa remunerada. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos preparava uma assembleia na porta da empresa agora pela manhã.

Segundo o comunicado, a GM pede tranquilidade aos trabalhadores e pede para que aguardem em casa as novas instruções.

Montadoras tentam desovar parte dos estoques de veículos que está nas fábricas e nas revendas com ofertas, a partir desse fim de semana, com juro zero para vários modelos. O valor da entrada, porém, continua elevado - metade do preço do carro -, em razão da alta inadimplência registrada nos últimos meses. Bancos privados também reduziram taxas para financiamento de veículos.

Revendas e fabricantes encerraram abril com 366,5 mil veículos em estoque, o equivalente a 43 dias de vendas, maior nível desde o fim de 2008, no auge da crise financeira global. Esse quadro está levando várias montadoras a reduzirem a produção com férias coletivas ou redução de jornada de trabalho.

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A francesa Renault oferece a partir de hoje a maioria dos modelos da marca com juro zero, em 36 parcelas, e entrada de 50% do valor do carro (Logan) e 60% para os demais (Sandero, Symbol, Mégane, Fluence e Duster). Para Clio, Kangoo e Master, o juro é de 0,99% ao mês na compra em 24 parcelas (com entrada de 50%) e de 1,19% em 60 meses e entrada de 40%. A promoção vale até o fim de maio.

A Volkswagen inicia campanha para todos os modelos da linha Gol, vendidos em 12 prestações sem juros e entrada de 50% do valor do produto. O banco da montadora também oferece modelos em 60 vezes sem entrada, mas nesse caso o juro é de 1,23% ao mês.

A Peugeot vende o modelo 207 com taxa mensal de 0,49% - são 36 parcelas de R$ 498,70, mais entrada de R$ 18 mil (55% do valor do carro). A Honda cobra 0,99% de juro para modelos da marca, também com entrada de 50% e o resto em 24 parcelas.

Ontem, a Caixa Econômica Federal e o PanAmericano anunciaram uma linha de crédito promocional para veículos novos com taxas a partir de 0,97% ao mês e prazos de até 60 meses. A linha é oferecida em todas as concessionárias que operam com essas instituições e não é necessário ser cliente de uma delas.

"A iniciativa tem o mérito de apoiar o segmento para alavancagem das vendas que se mostram menos vigorosas nos últimos meses", diz nota assinada pelo presidente do PanAmericano, José Luiz Acar Pedro.

O diretor da revenda Volkswagen Amazon, Marcos Leite, diz que os bancos continuam restritos na aprovação do crédito e só liberam "as fichas boas" - de cliente que não têm histórico de inadimplência e nem boa parte da renda já comprometida, por exemplo com compras no cartão de crédito. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Técnicos do governo explicaram, nesta terça-feira, que as montadoras que quiserem participar do regime automotivo que entra em vigor no próximo ano terão de passar por três fases. A primeira é a habilitação ao programa. A segunda, a apresentação das exigências para que consiga descontos no IPI até o total de 30 pontos porcentuais. E a terceira é a possibilidade de obter um desconto extra de IPI no total de 2 pp.

"São três regras: regra para habilitação, para auferir benefício de 30 pontos e outra para 2 pontos", resumiu o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. O vice-presidente do BNDES, João Carlos Ferraz, ressaltou que, para participar do programa, o interessado precisará cumprir três de quatro critérios apresentados pelo governo. "Para alguém querer alguma coisa, tem de se habilitar. Isso é muito importante", disse. Ferraz salientou que houve um esforço deliberado por parte do governo para incentivar a qualidade no produto e para que as empresas sejam mais competitivas nesse modelo.

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Barbosa salientou que o novo regime dará mais importância às aquisições feitas no Brasil. "Quanto mais peças (a montadora) comprar aqui, mais terá desconto até 30 pontos porcentuais", comentou. Para saber exatamente qual o benefício das empresas, o governo divulgará, na quarta-feira, um multiplicador que deverá ser contabilizado com o volume de peças compradas.

Se as empresas cumprirem as metas determinadas pelo governo, e ainda assim investirem em Pesquisa e Desenvolvimento e engenharia além dos limites, poderão ganhar um bônus de 2 pontos porcentuais de desconto de IPI.

 

Cotas de importação

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, será fixada uma cota de importação para as montadoras "para possibilitar entrada de veículos e construção de mercado". Haverá uma cota para empresas que já atuam no País e outra para quem ainda não produz aqui. As cotas, no entanto, não foram divulgadas.

Teixeira afirmou ainda que as novas entrantes terão de apresentar projeto de fábrica ou transferência de linha de produção. Sendo autorizadas, vão pagar IPI, que ficará "retido", gerando um crédito tributário.

"Quando iniciar a produção do veículo, a empresa pode usar o crédito de até 50% da capacidade de produção. Vão se beneficiar a partir do momento em que começarem a produzir", disse.

Nesta terça-feira (31), o Diário Oficial da União divulgou o nome de 18 montadoras que ficarão livres do aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as fabricantes de carro atendem aos requisitos da nova alíquota do imposto anunciada no ano passado.

Na avaliação do governo, a produção dessas empresas cumpre, também, as regras de investimento de 0,5% do faturamento líquido em pesquisa e desenvolvimento, além de cumprir seis de 11 etapas de produção dentro do Brasil.

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Com o aumento do IPI, as marcas não enquadradas nos critérios de exceção passam a ter alíquota de até 55%. Antes, o imposto variava entre 7% e 25%.

O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou há pouco que as companhias Renault e Nissan, que acabaram de anunciar investimentos no Brasil à presidente Dilma Rousseff hoje, estão sintonizadas com o que deve ser a relação do Brasil com as montadoras automotivas. "Queremos aqueles que vêm para ficar, para gerar emprego. Para disputar o mercado, mas gerando desenvolvimento, emprego e tecnologia", afirmou Mercadante durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

As empresas vão investir nos Estados do Paraná e do Rio de Janeiro. "São investimentos de grande porte, que mostram o potencial do mercado brasileiro, que é hoje um dos principais da indústria automotiva internacional", considerou o ministro. Segundo ele, os investimentos no Brasil revelam a tendência de mercado que o País representa.

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"O presidente da Renault/Nissan (Carlos Ghosn) disse que o Brasil tem hoje 250 veículos para cada mil habitantes. Na União Europeia, essa relação é de 580 por mil habitantes e, nos Estados Unidos, de 800", comparou. "Olhando as condições macroeconômicas do País, a perspectiva de vendas de veículos é muito promissora", acrescentou, salientando que o mercado hoje conta com 3,8 milhões de automóveis. "Não só o posicionamento no mercado internacional, mas a perspectiva de crescimento a médio prazo é absolutamente promissora."

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