Tópicos | navio

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) declarou, na última sexta-feira (13), que os exames dos dois passageiros da embarcação ancorada no Porto do Recife que apresentaram sintomas do novo coronavírus ainda não estão prontos. Ambos os pacientes, que não tiveram informações como sexo, idade e nacionalidade divulgadas, estão sendo atendidos em unidades privadas de saúde da capital pernambucana. 

O próximo boletim sobre o estado de saúde dos pacientes deverá ser divulgado neste sábado (14). Também na sexta-feira, o Governo de Pernambuco proibiu a atracação de cruzeiros e outras embarcações de passageiros de grande porte no Estado. A medida terá validade enquanto durar o estado de emergência por conta da pandemia causada pelo COVID-19.

##RECOMENDA##

Atualmente, Pernambuco tem dois casos confirmados que foram importados, ou seja, a contaminação ocorreu fora do Estado, e um provável, que é quando a pessoa teve contato ou convívio domiciliar com pacientes que tiveram a doença confirmada. Há, ainda, 38 casos em investigação e outros 33 já foram descartados.

--> Navio continua no Recife após suspeita de coronavírus

--> Coronavírus: Apple fecha todas as suas lojas fora da China

--> Coronavírus: diálogo com crianças não deve ter pânico

[@#galeria#@]

O cruzeiro de bandeira bahamenha, oriundo de Salvador, segue atracado no Porto do Recife após um passageiro canadense ter apresentado sintomas respiratórios semelhantes ao novo coronavírus. O idoso, de 78 anos, está internado em um hospital particular, onde colheu amostras que foram enviadas ao laboratório da Fiocruz no Rio de Janeiro, que fica responsável pelo resultado do exame.

##RECOMENDA##

Durante o desembarque, o turista passou mal, com sinais de infarto, e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionado. Ao chegar ao local, a equipe médica verificou que o paciente apresentava febre e sintomas respiratórios, se encaixando como um caso suspeito para covid-19.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu que os 318 passageiros e 291 tripulantes saíam das cabines e que o lixo da embarcação seja descarregado. Em Pernambuco, dois casos de coronavírus já foram confirmados, enquanto 15 seguem em investigação.

[@#video#@]

Nesta quinta-feira (12), a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou que uma turista canadense, de 78 anos, que estava em cruzeiro proveniente de Salvador, desembarcou no Porto do Recife com suspeita de coronavírus. Apresentando sinais de infarto, a passageira foi levada às pressas pelo Samu a uma unidade hospitalar privada da capital pernambucana.

De acordo com a SES, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi notificada para suspender novos desembarques, fazendo com que os navios retornem aos locais de origem. Passageiros e tripulantes terão que permanecer em suas respectivas cabines. 

##RECOMENDA##

Confira o comunicado na íntegra:

A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informa que um navio de cruzeiro de bandeira bahamenha atracou no Porto do Recife na manhã desta quinta-feira (12.03), oriundo de Salvador, com 318 passageiros e 291 tripulantes. Durante o desembarque, um paciente de 78 anos, residente no Canadá, passou mal, com sinais de infarto, e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) Metropolitano do Recife foi acionado.

Ao chegar ao local, a equipe médica do Samu verificou que o paciente apresentava febre e sintomas respiratórios (tosse e dificuldade de respirar), se encaixando como um caso suspeito para covid-19. O paciente foi encaminhado para uma unidade privada do Recife.

Assim que o Samu levantou a suspeita para covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi acionada para suspender de imediato novos desembarques de passageiros e solicitar às agências de turismo o retorno dos que já tinham saído. Todos serão mantidos em suas cabines. A SES-PE também deslocou, de imediato, uma equipe de vigilância em saúde para auxiliar na investigação e nas ações a serem implementadas pela Anvisa.

Importante ressaltar que a fiscalização de portos, aeroportos e fronteiras é de total responsabilidade sanitária da Anvisa. A SES continuará monitorando o caso. O Porto do Recife notificará a Secretaria de Portos e Transportes Aquaviários, vinculada ao Ministério de Infraestrutura, e por ora providenciou o isolamento do cais. Como medida de prevenção e controle sanitário complementar, a gestão portuária também proibiu que o lixo da embarcação fosse descarregado.

Antes de um navio atracar, é de praxe que seja emitida a "declaração de saúde" - boletim pelo qual a Anvisa é informada de ocorrências atípicas, como casos de febre ou diarreia a bordo. Somente após a análise deste documento é que os passageiros podem desembarcar.

O relatório também é disponibilizado pelo comandante do navio aos órgãos anuentes, como Capitania dos Portos, Receita Federal e Polícia Federal, cerca de 24 horas antes do horário previsto de chegada da embarcação. Em um caso suspeito, o comandante do navio deve providenciar a lista de viajantes com identificação de função, cabine, possíveis contatos a bordo, escalas e conexões.

As autoridades americanas começaram a evacuar o navio de cruzeiro com mais de 3.500 pessoas a bordo e 21 casos de coronavírus, que atracou nesta segunda-feira (9) em um porto da Califórnia depois de cinco dias fundeado na costa.

Várias ambulâncias no porto de Oakland, cidade vizinha a San Francisco, levaram as pessoas que demandavam cuidados médicos urgentes, constataram jornalistas da AFP.

##RECOMENDA##

O navio atracou às 12h15 locais (16h15, horário de Brasília), depois de percorrer a baía de San Francisco, um cartão postal com a ponte Golden Gate no fundo. O complexo processo de desembarque se estenderá entre dois e três dias, avaliaram as autoridades.

"O presidente [Donald Trump] deu como prioridade trazer os americanos para terra e estamos no processo de fazê-lo, assim como garantir o retorno dos estrangeiros", disse o vice-presidente, Mike Pence, em coletiva de imprensa na Casa Branca, confirmando que o processo de avaliação tinha começado.

Pence disse que os doentes são "tratados no isolamento adequado" e que os 25 menores a bordo do Grand Princess "estão sadios".

Os Estados Unidos têm 26 mortes por coronavírus com mais de 600 casos, segundo uma contagem da AFP.

- Quarentena -

O gabinete do governador Gavin Newsom explicou que as pessoas "serão conduzidas para fora da embarcação em pequenos grupos para permitir um distanciamento social apropriado".

Além disso, esclareceu, "qualquer um que esteja assintomático usará uma máscara cirúrgica e desembarcará por uma passarela separada" para evitar a propagação do vírus.

A prioridade é desembarcar os passageiros com necessidades mais urgentes, inclusive os tripulantes. O pessoal que não exigir cuidados imediatos fará sua quarentena a bordo, fora do porto de Oakland, informou o governo federal.

Uma vez retirados os casos mais urgentes, será a vez de o restante dos passageiros, que voltarão a ser examinados e postos em quarentena por 14 dias.

Os 962 residentes da Califórnia serão o segundo grupo a desembarcar. Serão levados para a base da Força Aérea Travis. Este processo tomará a maior parte do dia.

Os seguirão o restante dos moradores nos Estados Unidos, que serão alojados em instalações militares no Texas e na Geórgia, além da Califórnia.

"Terão um quarto individual particular com acesso a um banheiro", disse Jonathan Hoffman, porta-voz do Pentágono.

Os não residentes dos Estados Unidos "serão levados de ônibus a North Field, uma zona remota do aeroporto internacional de Oakland, que é inaceitável para passageiros comerciais e serão postos em voos charter de volta" a seus países, assistidos por pessoal de saúde.

Pence disse que trabalham com o Canadá - que tem 240 cidadãos a bordo do Grand Princess - e a Grã-Bretanha para o processo de repartição.

- Dança no convés -

Carolyn Wright, uma fotógrafa de 63 anos do Novo México, disse à AFP que viu do convés vários barcos seguindo a embarcação uma vez que entrou na baía de San Francisco e que no cais "os passageiros gritavam e acenavam aos trabalhadores do cais em terra".

Wright contou que nesta segunda de manhã o ambiente se tornava mais leve à medida que se aproximava o fim desse cruzeiro que tinha como destino o Hawaii e que teve a viagem interrompida depois que um homem, de 71 anos, que esteve em uma viagem anterior ao México, morreu por causa do coronavírus ao desembarcar.

Os passageiros puderam sair e tomar um ar fresco depois de horas presos em suas cabines. Alguns caminharam no convés e outros até mesmo dançaram.

Autoridades médicas embarcaram no cruzeiro do domingo à noite para adiantar o processo de evacuação que o governador da Califórnia, Gavin Newsom, espera que dure "de dois a três dias".

A operadora Princess Cruises informou em comunicado que "reembolsará a tarifa completa do cruzeiro para todos os hóspedes, incluindo as passagens aéreas, hotel, transporte terrestre, excursões pagas de forma adiantada e outros custos".

"Os hóspedes não serão cobrados por nenhum gasto a bordo durante o tempo adicional" que estiveram no cruzeiro e receberão um crédito pela tarifa paga para essa viagem.

O Estados Unidos registrou ao menos 22 mortes por coronavírus e 565 casos confirmados, segundo números atualizados pela Universidade Johns Hopkins.

O presidente Donald Trump disse nesta sexta que preferia manter os passageiros confinados no cruzeiro porque deixá-los sair aumentaria o número de infecções no país.

O cruzeiro, no qual viajam 21 pessoas contaminadas com o novo coronavírus, recebeu permissão no sábado à noite (7) para atracar, enquanto o estado de Nova York declarou situação de emergência para combater a epidemia.

O navio poderá atracar na segunda-feira (9) em Oakland, no norte da Califórnia, e começará a desembarcar os passageiros que precisarem de "tratamento médico intensivo e de internação", disse ontem a Princess Cruises, empresa proprietária do navio.

Os 1.100 membros da tripulação serão postos em quarentena e tratados a bordo, afirmou a companhia.

A Princess Cruises também é dona do "Diamond Princess", a embarcação posta em quarentena no Japão, em fevereiro, com mais de 700 infectados. Deste total, seis pessoas morreram.

As autoridades mantiveram o cruzeiro longe da costa, depois de serem informadas da morte pela Covid-19 de um senhor de 71 anos, que havia participado de um trecho da travessia, ao voltar para a Califórnia.

O "Grand Princess" partiu de San Francisco e interrompeu sua viagem de duas semanas depois que alguns de seus 3.533 passageiros e tripulantes apresentaram sintomas.

Dos 45 testes feitos a bordo, 21 deram positivo: 19 membros da tripulação e dois passageiros.

Dos 2.422 passageiros, 2.016 são americanos, entre eles 938 californianos. Os demais são de 54 nacionalidades, informou o presidente da Princess Cruises, Jan Swartz.

Ontem, o vice-presidente Mike Pence afirmou que todos os passageiros e a tripulação do navio serão examinados e, se necessário, postos em quarentena.

- Trump manterá comícios

Mais de 400 pessoas contraído o vírus nos Estados Unidos, e houve pelo menos 19 mortes, conforme dados oficiais. O estado de Nova York foi o último a decretar a emergência, após detectar 89 casos. Os cancelamentos de eventos públicos estão aumentando.

As autoridades de Maryland anunciaram dois casos entre os participantes da reunião anual dos conservadores (CPAC), entre 26 e 29 de fevereiro, perto de Washington. O presidente Donald Trump e seu vice, Mike Pence, estiveram neste evento.

Ao ser questionado sobre se está preocupado que o novo coronavírus chegue à Casa Branca, Trump disse "de forma alguma". Também descartou reduzir seus compromissos e seus "comícios enormes" em sua campanha eleitoral.

"Vamos ter comícios incríveis e estamos indo muito bem. Estamos fazendo um trabalho fantástico em relação a esse tema", comentou.

Em sua página on-line não há, porém, eventos programados para os próximos dias.

A fala de Trump surge no momento em que o número de casos de contágio confirmados passa de 400 nos EUA, com 19 mortes até o momento. A maioria delas é no estado de Washington, no noroeste do país.

As autoridades confirmaram o primeiro caso em Washington, D.C.: um morador, na faixa dos 50 anos, sem histórico de viagens internacionais e sem contatos - que se saiba, ao menos - com pessoas infectadas.

Os Centros de Controle de Doenças (CDCs, na sigla em inglês) advertem contra grandes aglomerações e pedem, em especial aos idosos, que permaneçam em suas casas o máximo possível.

Trump foi bastante criticado por contradizer reiteradamente as declarações dos especialistas de seu próprio governo sobre o novo coronavírus.

Milhares de pessoas estavam retidas nesta quarta-feira (4) em um navio de cruzeiro na costa da Califórnia, diante da suspeita de casos do novo coronavírus a bordo. O navio Grand Princess seguia para o Havaí quando surgiu a suspeita, o que provocou seu retorno a São Francisco.

Um homem de 71 anos, que viajou no navio em seu cruzeiro anterior, para o México, faleceu vítima do coronavírus, no primeiro caso fatal registrado na Califórnia, informou a companhia Princess Cruises.

"Estamos retendo este navio, que tem milhares de passageiros, e realizaremos os testes", disse o governador da Califórnia, Gavin Newsom. Há suspeitas de infecção em 11 passageiros e 10 membros da tripulação.

A atracação do navio foi retardada para permitir "mais tempo" para a realização de testes em "um número de passageiros e membros da tripulação que apresentaram sintomas".

Um grupo de 62 passageiros que permaneceu a bordo após a viagem para o México está isolado no navio até a realização dos exames, informou a Princess Cruises à AFP, sem precisar se algum apresenta sintomas.

"Por precaução, pedimos a estes passageiros e a outros possíveis infectados que permaneçam em seus camarotes até que sejam examinados por nossa equipe médica".

Segundo Newsom, cerca de 2.500 passageiros estavam a bordo quando o navio viajou ao México. A companhia informou 1.150 membros da tripulação.

A ONG Rede Viva Mar Vivo (Redemar), a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e a Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab) apresentaram na Justiça estadual do Rio uma ação requerendo a produção antecipada de provas contra a Vale pela contratação do navio MV Stellar Banner, encalhado a 100 quilômetros da costa do Maranhão desde o dia 24 de fevereiro.

O objetivo é obter documentos para embasar uma futura ação civil pública por danos ambientais que venham a ser causados pelo naufrágio do navio. A ação pede providências para mitigar o impacto de uma nova possível tragédia ambiental envolvendo a mineradora.

##RECOMENDA##

O Estado de S. Paulo teve acesso à petição protocolada nesta sexta-feira, 29, pelo escritório Advocacia Garcez, que representa os autores. Dentre os documentos requeridos estão o contrato entre a Vale e a sul-coreana Polaris Shipping, proprietária e operadora do navio, relação dos minérios, produtos químicos e combustíveis embarcados e seus volumes, contratos com seguradoras, estudos sobre seu grau de toxicidade e estimativas feitas pela mineradora sobre prováveis danos ao meio ambiente e à sociedade.

Os autores pedem ainda o acesso a relatórios, inquéritos, fotografias, laudos, vídeos, descrições técnicas pormenorizadas e estudos prospectivos.

"Nosso objetivo é que a Vale seja obrigada a fornecer os documentos requeridos que serão subsídios importantes para o ajuizamento de ações que responsabilizem os culpados pelos possíveis enormes danos ambientais, sociais e econômicos decorrentes do desastre ambiental, cuja causa ainda é desconhecida, e que viabilizem a minimização dos danos", diz o advogado Maximiliano Garcez. "É uma forma de minimizar o alcance dos danos", completa.

O texto encaminhado à Justiça menciona a constatação de manchas de óleo no entorno da embarcação, que carrega 294,8 mil toneladas de minério de ferro da Vale, mais 3,5 mil toneladas de óleo residual e 140 toneladas de óleo destilado, usados como combustível do navio.

Segundo os advogados, a solicitação pela Vale à Petrobras de navios da classe Oil Spill Recovery para a contenção de vazamentos indica que a companhia assume na prática sua responsabilidade pela ocorrência.

"Para muito além de mais uma 'potencial' tragédia ambiental protagonizada pela mineradora responsável por dois dos maiores desastres da história nacional, evidenciam-se, pelo que já é de amplo conhecimento, indícios de uma concreta contaminação das águas do litoral brasileiro decorrentemente do combustível do VLOC Stellar Banner, a ponto de a contratante mobilizar a companhia petrolífera para que ceda equipamentos OSRV disponíveis", destaca a petição.

As causas do acidente com o MV Stellar Banner ainda não foram esclarecidas pelas autoridades que acompanham o caso, como a Marinha e o Ibama. O navio levava minério do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, de propriedade da Vale, rumo à cidade de Qingdao, na China, quando sofreu uma avaria no casco. A Marinha avalia se é possível desencalhar a embarcação e evitar que ela afunde no mar.

O Ibama e a Petrobras enviaram barcos de contenção para tentar evitar os estragos que o vazamento de óleo poderá causar ao meio ambiente, caso o material do navio MV Stellar Banner se espalhe com rapidez.

Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo, uma mancha de óleo com raio de 830 metros já tomava conta da área ao redor do navio, que está encalhado a cerca de 100 quilômetros da costa do Maranhão e que pode naufragar. A embarcação carrega 295 mil toneladas de minério da Vale, além de outros 5 mil toneladas de óleo diesel.

##RECOMENDA##

Até o momento, o vazamento verificado aponta para um tipo de material que teria saído do porão do navio, e não de seu tanque de combustível. Os cálculos iniciais dão conta de que a mancha verificada somaria cerca de 330 litros de óleo.

Ontem e hoje, o Ibama enviou embarcações de contenção para a região. A Vale declarou que dois navios cedidos pela Petrobras para contenção de vazamento de óleo também iniciaram navegação na noite de quinta-feira, 27, até o ponto do acidente. A previsão é que cheguem ao local neste sábado, 29. A mineradora também solicitou barreiras de contenção para uso em mar aberto.

Danos ambientais

Os danos ambientais ainda são difíceis de serem mensurados, mas o resultado de uma exposição total do minério e do óleo que estão dentro da embarcação seria trágico, segundo especialistas.

Em relato ao Podcast do Estadão, a professora sênior do Instituto Oceanográfico da USP, Yara Schaeffer Novelli, e o pesquisador do Centro de Biologia Marinha da USP, Ronaldo Francini Filho, afirmaram que tanto o óleo quanto o minério de ferro possuem composições tóxicas e que, a depender da corrente marítima, poderiam chegar até a costa do Maranhão.

A embarcação, que desde a segunda-feira, 24, está tombada e encalhada em um suposto banco de areia, mede 55 metros de largura, por 340 metros de comprimento. Isso equivale à área de mais de três campos de futebol. O calado do barco (profundidade dentro da água) é de 21,5 metros, uma altura similar à de um prédio de sete andares.

O navio pode transportar 300,6 mil toneladas de minério de ferro. Para se ter uma ideia do que isso significa, são necessários cerca de 2.500 vagões de trens cheios de minério para abastecer a embarcação. Se forem alinhados, são 75 quilômetros de vagões, um atrás do outro.

Contato: andre.borges@estadao.com

O Ibama notificou a Vale e a empresa Polaris Shipping, que é a dona e operadora do navio MV Stellar Banner, que sofreu avaria no litoral do Maranhão, para que informem detalhes da situação do acidente em até 24 horas.

A notificação exige que as empresas apresentem dados sobre a especificação, o volume e a condição de armazenamento de todos os tipos de óleo a bordo do MV Stellar Banner, que está encalhado a 100 quilômetros do Maranhão, com risco de naufragar com 295 mil toneladas de minério de ferro e 5 mil toneladas de óleos.

##RECOMENDA##

O órgão ambiental exigiu informação precisa sobre a quantidade de tanques e o volume atual de óleo em cada tanque de combustível, além de confirmações de que esses reservatórios se encontrariam estanques.

O Ibama solicitou ainda a especificação, o volume e a condição de armazenamento de outras substâncias nocivas ou perigosas a bordo da embarcação, contato da empresa de resposta responsável por atendimento a eventuais derramamentos de produtos perigosos e da empresa de salvatagem da embarcação.

A Vale e a Polaris Shipping precisam ainda prestar esclarecimentos sobre a origem da substância que já saiu do navio para o meio ambiente e sua estimativa de volume.

Por meio de nota, a Polaris Shipping, que é a dona e operadora do navio, informou que o óleo já vazado deve ser "resíduo do óleo morto que estava no convés", e não vazamento dos tanques de combustível.

"Em estreita cooperação com a Vale, a empresa está mobilizando todos os ativos disponíveis no Brasil para erradicar qualquer risco potencial de derramamento de óleo. Uma equipe antipoluição já está no local, monitorando de perto a situação", declarou a companhia. "A empresa divulgará declarações adicionais à medida que tiver novas informações e o objetivo continua sendo o de encontrar as melhores soluções para esse incidente com transparência a cada etapa."

Um passageiro que saiu do navio Diamond Princess depois de completar o período de quarentena na semana passada deu positivo em um novo teste de coronavírus neste sábado, tornando-se o primeiro caso conhecido de infecção entre os as pessoas que estavam no cruzeiro, disseram autoridades japonesas.

A paciente é uma mulher de 60 anos da cidade de Tochigi, norte de Tóquio, que estava no navio com o marido, disse o governador de Tochigi, Tomikazu Fukuda.

##RECOMENDA##

Em um teste realizado no dia 15 de fevereiro, o resultado havia dado negativo, quatro dias antes de sair do navio, sem ter nenhum sintoma. O casal pegou um trem para casa, disseram as autoridades.

Apesar das fortes dúvidas levantadas dentro e fora do país, as autoridades do Ministério da Saúde insistiram que é quase nula a possibilidade de outros passageiros que completaram a quarentena de 14 dias e não tiveram resultado positivo para o vírus, estarem infectados.

Alguns especialistas e ex-passageiros criticaram a quarentena, dizendo que as medidas para impedir a infecção eram inadequadas. EUA, Austrália e outros os governos que retiraram seus cidadãos do navio estão exigindo uma quarentena adicional de duas semanas.

O ministro da Saúde do Japão, Katsunobu Kato, disse neste sábado que 18 americanos, seis australianos e um passageiro israelense que foram expulsos do Japão por seus

respectivos governos antes do final da quarentena do navio tiveram resultados positivos depois de voltar para casa. Ele disse que os resultados eram compreensíveis porque aqueles os passageiros não cumpriram totalmente os requisitos mais rigorosos de liberação do navio.

Kato também disse que 23 passageiros deixaram o navio no final da quarentena sem ser testado para o vírus devido a erros processuais, outro sinal de negligência na quarentena, onde mais de 600 pessoas foram infectadas.

O Japão confirmou mais de 760 casos do novo vírus, que surgiu pela primeira vez na China, incluindo pelo menos 634 pessoas presente no cruzeiro Diamond Princess, que ancorou e ficou em quarentena em Yokohama, perto de Tóquio. O navio transportou inicialmente cerca de 2.600 passageiros e 1.100 tripulantes.

Fonte: Associated Press

As autoridades israelenses confirmaram, nesta sexta-feira (21), um primeiro caso de coronavírus, referente a um passageiro que foi posto em quarentena no cruzeiro "Diamond Princess", antes de ser repatriado esta semana para Israel.

"Um dos passageiros de volta do cruzeiro no Japão testou positivo ao fim dos testes feitos no laboratório central do Ministério da Saúde", afirmou o governo israelense em um breve comunicado, acrescentando que os outros cerca de dez israelenses que voltaram para casa desta mesma viagem não foram infectados.

Autoridades do governo japonês informaram que dois passageiros do navio Diamond Princess morreram em decorrência do novo coronavírus. São as duas primeiras mortes entre os ocupantes da embarcação.

Os passageiros que morreram eram um homem e uma mulher, ambos na faixa de 80 anos de idade. Com isso, o total de mortes no Japão chegou a três. A primeira vítima do vírus no país morreu na quinta-feira da semana passada (13).

##RECOMENDA##

O navio de cruzeiro Diamond Princess está ancorado no Porto de Yokohama, próximo a Tóquio. Os passageiros estão em quarentena desde o último dia 5, determinada pelo governo japonês por causa do surto do novo coronavírus.

Novos desembarques do navio

O segundo grupo de passageiros do navio Diamond Princess, afetado pelo novo coronavírus, deixará a embarcação nesta quinta-feira (20). A infecção foi confirmada em 621 passageiros e tripulantes.

Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão, pessoas que testaram negativo para o vírus e não apresentam sintomas estão recebendo permissão para desembarcar desde ontem, após um período de quarentena de 14 dias.

A pasta informou que 443 pessoas deixaram a embarcação, sendo que 90% delas são japonesas. Disse ainda que aproximadamente mais 50 pessoas devem desembarcar hoje e que metade delas não é japonesa. Espera-se que a maioria dos passageiros desembarque do Diamond Princess até esta  sexta (21).

O Ministério da Saúde pede que qualquer um que tenha testado negativo, mas compartilhado uma cabine com algum passageiro infectado, permaneça a bordo do navio por mais 14 dias, a partir do momento da separação de um do outro.

Autoridades da pasta planejam telefonar por vários dias para aqueles que voltaram para casa, com o objetivo de checar o estado de saúde deles.

As autoridades discutirão a adoção de medidas para a tripulação com a empresa operadora do Diamond Princess. Elas disseram que os tripulantes que desejarem desembarcar poderão ter permissão para isso.

*Emissora pública de televisão do Japão

O médico da Universidade de Kobe Kentaro Iwata acusou o Japão de fazer um trabalho pior do que o da China para proteger as pessoas do coronavírus. Ele fez as alegações depois de passar a terça-feira (18) a bordo do navio Diamond Princess, embarcação em quarentena, que no seu entendimento, não atende às exigências de uma câmara de isolamento.

Para Iwata, o navio não deveria ser usado como câmara de quarentena e a tripulação deveria ser removida o mais rápido possível, tendo em vista o perigo do contágio do novo coronavírus na embarcação. "Temos que assumir que todos os utensílios desse navio foram expostos a infecções", disse.

##RECOMENDA##

A bordo do navio, o médico disse ter encontrado uma ampla ignorância das práticas adequadas de quarentena. Declarou que não havia barreiras claras que separavam a tripulação do navio suspeita de contaminação de pessoas sem sintomas.

Havia cerca de 3.700 passageiros e tripulantes na embarcação quando a quarentena de duas semanas começou, em 5 de fevereiro. Nesta quarta-feira, 19, foram confirmados 621 casos de coronavírus a bordo, de acordo com o Ministério da Saúde do Japão.

Alguns passageiros desembarcaram na quarta-feira após apresentarem resultado negativo para o vírus e foram autorizadas a frequentarem transporte público no Japão. Fonte: Dow Jones Newswires.

Cerca de 500 passageiros deixaram nesta quarta-feira (19) o navio de cruzeiro Diamond Princess, após o fim de uma quarentena de duas semanas no litoral do Japão em função da epidemia de coronavírus.

A quarentena não impediu a disseminação da doença e 79 novos casos foram relatados hoje, elevando para 621 o total de infectados na embarcação. Originalmente, o navio tinha cerca de 3.700 passageiros e tripulantes a bordo.

##RECOMENDA##

A decisão do governo japonês sobre a quarentena foi questionada por especialistas, que veem o navio como um "perfeito incubador do vírus".

O Diamond Princess é o local onde se registrou mais casos de coronavírus fora da China, onde a doença - batizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como COVID-19 - surgiu no fim do ano passado. Fonte: Associated Press.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) irá realizar nesta terça-feira (18) a inspeção do navio Kota Pemimpin, embarcação chinesa que aguarda para atracar desde segunda-feira (17) no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. O procedimento será realizado em conjunto com a vigilância epidemiológica do Estado de São Paulo e do município de Santos em ação para identificar pessoas que poderiam estar infectadas pelo coronavírus.

Na sexta-feira (14), o navio encaminhou, como parte a documentação necessária para aportar, o livro médico de bordo. Entre os registros, há o de dois tripulantes que tiveram sintomas gripais durante a viagem, com tosse e dor de garganta. Em nota encaminhada à imprensa no domingo (16) a Anvisa informou que não há nenhum motivo para preocupação e descartou a possibilidade de haver algum tripulante no navio com o covid-19, nome que designa o coronavírus.

##RECOMENDA##

Além disso, a Anvisa destacou que o Porto de Santos dispõe de um plano de contingência para eventos de interesse em saúde pública, que poderá ser acionado caso seja identificado algum risco sanitário ou epidemiológico em qualquer embarcação que atraque no porto.

Procedente de Cingapura, o Kota Pemimpin esteve em portos chineses nos últimos 30 dias. O navio passou por Xangai em 17 de janeiro, Ningbo no dia 19, Yantian no dia 22, e Hong Kong em 23. Apesar de ter chegado ao Brasil no domingo, o navio ainda não atracou no porto devido às condições de maré. A previsão inicial era de que a embarcação atracasse no porto na noite de segunda, mas a maré baixa não permitiu a manobra, que segundo a Santos Port Authority, deve ser realizada até esta quarta-feira.

A embarcação ficará isolada durante a inspeção. "A ação faz parte do reforço da Anvisa para o coronavírus, já que a embarcação teve o relato de dois casos com sintomas de tosse e febre", informa a nota da Anvisa. Após a avaliação, o navio poderá receber o Certificado de Livre Prática, documento emitido a todas as embarcações que atracam nos portos brasileiros.

Autoridades no Japão confirmaram nesta terça-feira (18) que mais 88 pessoas foram infectadas pelo coronavírus a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess, que está em quarentena no litoral do país. Como resultado, subiu para 542 o total de infectados na embarcação, segundo o Ministério de Saúde japonês.

A quarentena de 14 dias do navio, que inicialmente tinha cerca de 3.700 passageiros e tripulantes a bordo, está prevista para acabar nesta quarta-feira (19). Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

As autoridades do Camboja e a companhia Holland America, dona do cruzeiro "Westerdam", estão procurando mais de 1200 passageiros que desembarcaram na semana passada no porto de Sihanukville, depois que uma mulher americana foi diagnosticada com o novo coronavírus.

Após sair do navio no Camboja, a passageira, de 83 anos, foi para Kuala Lampur, na Malásia, onde foi submetida a testes que deram positivos para o COVID-19. A embarcação atracou depois que outros cinco portos asiáticos recusaram o desembarque por medo da doença. Na ocasião, a imprensa havia informado que nenhuma pessoa havia apresentado sintomas da epidemia.

##RECOMENDA##

De acordo com as autoridades locais, pelo menos 145 pessoas do navio passaram pela Malásia para seguir viagem para seus países de origem. Já outros turistas estão em Phnom Penh e serão submetidos a testes antes de serem repatriados. No total, 233 passageiros e 747 tripulantes ainda estão no navio.

A Holland America afirmou que está trabalhando "em estreita coordenação" com vários governos, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com os centros de detecção do vírus nos Estados Unidos "para investigar e seguir as pessoas que possam ter estado em contato" com a americana.

Da Ansa

Uma norte-americana, de 83 anos, que estava a bordo do Westerdam, navio de cruzeiro que atracou no Camboja, teve teste duas vezes positivo para o novo coronavírus. Após desembarcar do navio, ela voou para Malásia. De acordo com a CNN, a nova solicitação foi feita pelo Ministério da Saúde do Camboja logo após as autoridades de saúde da Malásia confirmarem o caso.

O Westerdam atracou no Camboja, na semana passada, depois de ter sido afastado por pelo menos outros cinco portos da Ásia, em razão de temores da doença.

##RECOMENDA##

Na época, a mídia estatal do país informou que todos os passageiros e tripulantes a bordo do navio foram submetidos a verificações de temperatura e "nenhuma pessoa teve uma temperatura elevada".

Autoridades informaram que mais de 140 passageiros do navio viajaram por um aeroporto da Malásia. Com excessão de oito passageiros, que aguardavam resultados de análises no país, todos os outros foram autorizados a continuar viagem, incluindo aeroportos nos Estados Unidos, Holanda e Austrália, de acordo com o The New York Times.

O diretor do Centro de Medicina de Viagem e Doenças Tropicais do Centro Médico Sheba em Israel, Eyal Leshem, classificou as divulgações como "extremamente preocupantes" e disse que os vôos dos passageiros de Kuala Lumpur, capital da Malásia, aumentaram substancialmente o risco de uma pandemia global. "Podemos acabar com três ou quatro países com transmissão sustentada do vírus", disse ele.

"Pode ser cada vez mais difícil garantir que esse surto ocorra apenas na China", disse Leshem.

O Westerdam, transportando 2.257 passageiros e tripulantes, partiu de Hong Kong em 1º. de fevereiro e ficou no mar por quase 14 dias, período considerado com grau máximo de incubação para o vírus altamente transmissível.

Diamond Princess Cruise

Neste domingo, 46 norte-americanos - que estavam no navio Diamond Princess Cruise, atualmente em Yokohama, no Japão - tiveram resultados positivos para o novo coronavirus, informou a Princess Cruises à CNN.

Cerca de 400 americanos devem voltar para os Estados Unidos em voos fretados pelo país, neste domingo, onde irão permanecem em quarentena por 14 dias. Qualquer americano que tenha o coronavírus, ou qualquer um que mostre sintomas, não poderá embarcar nos aviões fretados. Eles deverão permanecer nos hospitais japoneses.

Três israelenses também testaram positivo para coronavírus a bordo da Diamond Princess, informou o Ministério da Saúde de Israel. Os três não estão em estado grave, disseram autoridades em comunicado. O Ministério da Saúde do país também está trabalhando com outros cidadãos israelenses a bordo do navio para trazê-los para casa em um vôo direto, caso não tenham resultado positivo para o coronavírus.

Itália também planeja trazer de volta cidadãos que estão na embarcação. Detalhes do voo fretado não foram divulgados.

Com 356 casos confirmados de coronavírus a bordo, 70 dos quais foram anunciados neste domingo, o navio tem a maior concentração de novos casos da doença fora da China continental.

A Princess Cruises cancelou viagens a bordo do Diamond Princess até 20 de abril por causa do prolongado período de quarentena, anunciou a empresa pelo Twitter.

Casos

As mortes provocadas pelo coronavírus na China aumentaram em 142 pessoas, de acordo com informações da Comissão Nacional de Saúde do país. Neste domingo, 16, o número de mortos por conta da doença chegou a 1.666. Apesar do aumento, o índice de casos confirmados reduziu.

Segundo os dados divulgados pela Comissão em sua página de internet, foram contabilizados 2.009 novos infectados, 632 a menos que no último sábado, 15, quando foram confirmados 2,641 novos casos. Ao todo, são 69.260 mil casos confirmados da doença.

Pelo menos 28 países já confirmaram casos de coronavírus. A China continental concentra 99,9% das mortes registradas no mundo. Neste sábado, a França confirmou uma morte por conta do coronavírus e se tornou o primeiro país fora da Ásia a registrar óbito pela doença. Japão, Filipinas e Hong Kong já tinham registrado mortes.

No Brasil, quatro casos suspeitos são investigados. Além disso, no último domingo, 9, dois aviões da Força Aérea Brasileira com os 31 brasileiros que estavam na China, na província de Hubei, pousaram na Base de Anápolis. Nenhum passageiro apresentou sintomas da doença. Todos permanecem em quarentena.

Casos de coronavírus em números

Segundo informou a CNN, atualmente, existem pelo menos 69.260 casos globais confirmados do novo coronavírus e 1.666 mortes. Confira abaixo:

1. Austrália (15 casos)

2. Bélgica (1 caso)

3. Camboja (1 caso)

4. Canadá (7 casos)

5. Finlândia (1 caso)

6. França (11 casos, 1 morte)

7. Alemanha (16 casos)

8. Hong Kong (57 casos, 1 morte)

9. Índia (3 casos)

10. Itália (3 casos)

11. Japão (407 total: 51 casos em terra, incluindo 1 morte + 356 de navio de cruzeiro)

12. Macau (10 casos)

13. Malásia (19 casos)

14. Nepal (1 caso)

15. Filipinas (3 casos, 1 morte)

16. Rússia (2 casos)

17. Cingapura (72 casos)

18. Coreia do Sul (29 casos)

19. Espanha (2 casos)

20. Sri Lanka (1 caso)

21. Suécia (1 caso)

22. Taiwan (18 casos)

23. Tailândia (33 casos)

24. Emirados Árabes Unidos (8 casos)

25. Reino Unido (8 casos)

26. Estados Unidos (15 casos)

27. Vietnã (16 casos)

28: Egito (1 caso)

(Com agências internacionais)

Os passageiros do navio de cruzeiro americano "Westerdam", que foi proibido de atracar em cinco portos asiáticos por temor de contágio do novo coronavírus, finalmente desembarcaram nesta sexta-feira (14) no Camboja.

O primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, recebeu pessoalmente cerca de 100 turistas, que ganharam buquês assim que desceram da embarcação, após duas semanas vagando pelo mar em busca de um porto.

Esse primeiro grupo que desembarcou tinha voos de retorno para seus países de origem oferecidos pela empresa operadora do cruzeiro.

A viagem do "Westerdam", com 2.257 passageiros, começou em Hong Kong em 1º de fevereiro e seu destino final era o porto de Yokohama, no Japão.

Mas as pessoas a bordo do navio foram proibidas de desembarcar no Japão, Taiwan, Filipinas, a ilha americana de Guam e Tailândia, por conta de temores de contaminação pela doença COVID-19, que já fez mais de 1.400 mortos na China continental.

O Camboja, um firme aliado da China e de quem recebe um enorme volume de ajuda anual, concordou com o desembarque no porto de Sihanoukville.

Hun Sen declarou que todos os passageiros serão autorizados a desembarcar assim que for verificado que não há nenhum caso do COVID-19 a bordo.

Exames laboratoriais confirmaram 44 novos casos de contaminação com COVID-19 entre pessoas em quarentena a bordo de um cruzeiro de luxo na costa do Japão, anunciou nesta quinta-feira (13) o ministro da Saúde japonês, Katsunobu Kato.

Kato informou que foram realizados 221 novos exames de laboratório entre os passageiros do Diamond Princess, sendo que 44 foram diagnosticados com o vírus, elevando a 218 o número de casos de contaminação nessa embarcação que está ancorada perto de Tóquio.

Dos 44 casos novos, 43 são passageiros e um é membro da tripulação do navio. O Diamond Princess está em quarentena desde que chegou à costa japonesa na segunda-feira da semana passada, após o vírus ser detectado em um passageiro que desceu do navio no mês passado em Hong Kong.

Quando o barco chegou ao Japão, as autoridades examinaram inicialmente cerca de 300 das 3.711 pessoas a bordo, levando em seguida para hospitais da região aquelas portadoras do vírus.

Nos últimos dias, os exames passaram a ser realizados naqueles com novos sintomas ou que tiveram contato próximo com outros passageiros ou tripulantes infectados.

Os que permanecem no navio foram orientados a permanecer dentro de suas cabines, com permissão apenas para circular brevemente nas áreas abertas, utilizando máscaras de proteção e mantendo distância de outras pessoas.

Além disso, passageiros e tripulantes receberam termômetros para monitorar a temperatura do corpo. A previsão é que a embarcação siga em quarentena até o dia 19 de fevereiro, 14 dias após o início do período de isolamento.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando