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Em julho de 2016, Nelson Jobim tornou-se sócio e membro do conselho de administração do BTG Pactual. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal é responsável pelas relações institucionais e políticas de compliance da instituição, comandada até novembro passado pelo banqueiro André Esteves, que foi preso em 25 de novembro de 2015, acusado de obstruir as investigações da Lava Jato, e solto em dezembro do mesmo ano. Desde o início da operação, Jobim foi contratado pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e Camargo Corrêa para elaborar pareceres independentes, não necessariamente vinculados à operação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O deputado federal Raul Jungmann (PPS) pediu ao plenário da Câmara dos Deputados que vote uma moção de repúdio à decisão das autoridades da Venezuela de rejeitar a indicação brasileira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que o ex-ministro da Defesa e ex-presidente do tribunal, Nelson Jobim, acompanhe e observe as eleições parlamentares venezuelanas marcadas para dezembro deste ano.

“É inaceitável essa decisão da Venezuela e a aceitação do governo brasileiro dessa humilhação daquele que foi um constituinte, parlamentar e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)”, protestou Jungmann, que revelou existir um acordo entre os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do Brasil, Dilma Rousseff, para que Nelson Jobim acompanhasse o processo eleitoral. “Foi sugerido ainda Celso Amorim, mas o Governo não convocou, e foi indicado Jorge Taiana, ex-chanceler da Argentina, muito próximo ao governo chavista”, acrescentou.

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Em função da negativa das autoridades venezuelanas e da demora na tomada da decisão, o TSE desistiu de participar da missão organizada pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) durante as eleições. Como não há mais como acompanhar a auditoria do sistema eletrônico, a observação adequada se tornou inviável, de acordo com o tribunal.

Os ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Ayres Britto e Nelson Jobim indicaram saídas para que a Corte Eleitoral aprove, na noite desta quinta-feira, 3, o registro do partido da ex-ministra Marina Silva, o Rede Sustentabilidade. A maioria dos ministros do TSE tem sinalizado dificuldades para autorizar a nova legenda diante da falta do número mínimo de assinaturas para criar o partido.

Dizendo-se amigo da ex-ministra, Ayres Britto afirmou que há dois argumentos "sólidos" para que o tribunal conceda o registro. Segundo ele, não é possível cancelar apoios para criação do partido de eleitores que não tenham comparecido às últimas eleições, como jovens e idosos. Outro ponto é que os cartórios eleitores, avaliou, não podem se recusar a certificar a autenticidade das assinaturas sem motivação.

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"No plano da tecnicalidade, eu pessoalmente entendo que há condições de deferir o pedido", disse Ayres Brito, também ex-presidente do Supremo, após participar de solenidade do lançamento do livro 'A Construção da Democracia & Liberdade de Expressão: o Brasil antes, durante e depois da Constituinte', uma obra comemorativa em alusão aos 25 anos da Constituição.

Ayres Britto se declarou na torcida por Marina, a quem chamou de uma pessoa ética, de militância cívica comprovada. Questionado se o fato de Marina não disputar retiraria a legitimidade da eleição presidencial de 2014, na qual se vislumbraria quatro candidatos competitivos, ele respondeu: "Eu não diria que tira a legitimidade, mas que a legitimidade ganha com a participação da Marina ganha, isso ganha."

Também presente ao evento, Nelson Jobim disse que o TSE poderia conceder um registro provisório ao partido de Marina, sob a condição de a legenda entregar depois as assinaturas necessárias para a aprovação. Se o registro não for concedido até o dia 5 de outubro, a ex-ministra não terá condições, pela legislação eleitoral, de se candidatar pela Rede Sustentabilidade a ponto de concorrer nas eleições do ano que vem.

"Aí você atende aos dois pontos. Você respeita a exigência de ter as assinaturas, que não pode o tribunal recuar, e você assegura por essa fórmula a concorrência das eleições. E lembrar que, ao conceder prazo, o partido tem que ter condições para concorrer no ano que vem", afirmou.

Jobim sugeriu que um prazo de 60 dias antes das convenções partidárias, previstas para junho do ano que vem seria um tempo razoável para a coleta dos apoios faltantes. Perguntado se seria uma perda se Marina, em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para presidente, ficar fora da corrida ao Planalto, o ex-presidente do STF respondeu: "Temos que lembrar que tem exigências para concorrer, o fato de ter prestígio popular não significa que você possa burlar a situação exigida, senão vira uma desordem. Neste caso eu vejo como resolver o problema sem burlar a lei."

O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou hoje que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha pressionado o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a adiar o julgamento do mensalão, usando como moeda de troca a CPI do Cachoeira. Reportagem da revista "Veja" publicada neste sábado relata um encontro de Lula com Gilmar no escritório de advocacia de Jobim, em Brasília, no qual o ex-presidente teria dito que o julgamento em 2012 é "inconveniente" e oferecido ao ministro proteção na CPI, de maioria governista. Gilmar tem relações estreitas com o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO), acusado de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

"O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso", reagiu Jobim, questionado pelo Estado. "O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão", reiterou.

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Segundo a revista, Gilmar confirmou o teor dos diálogos e se disse "perplexo" com as "insinuações" do ex-presidente. Lula teria perguntado a ele sobre uma viagem a Berlim, aludindo a boatos sobre um encontro do ministro do STF com Demóstenes da capital alemã, supostamente pago por Cachoeira.

Ele teria manifestado preocupação com o ministro Ricardo Lewandowski, que deve encerrar o voto revisor do mensalão em junho, e adiantado que acionaria o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, ligado à ministra do STF Carmen Lúcia, para que ala apoiasse a estratégia de adiar o julgamento para 2013.

Jobim disse, sem entrar em detalhes, que na conversa foram tratadas apenas questões "genéricas", "institucionais". E que em nenhum momento Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do escritório, como relatou "Veja". "Tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos", assegurou.

Questionado se o ministro do STF mentiu sobre a conversa, Jobim respondeu: "Não poderia emitir juízo sobre o que o Gilmar fez ou deixou de fazer". Procurado pelo Estado, Pertence negou ter sido acionado para que intercedesse junto a Carmen Lúcia: "Não fui procurado e não creio que o ex-presidente Lula pretendesse falar alguma coisa comigo a esse respeito".

O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim fez críticas duras ao PMDB em um discurso nesta tarde pontuado por cobranças à cúpula partidária durante o "II Fórum Nacional - o PMDB e as eleições municipais 2012". As declarações de Jobim causaram um constrangimento visível na mesa de trabalhos repleta de autoridades peemedebistas, incluindo o vice-presidente da República, Michel Temer; o presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO), os líderes dos partidos na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e no Senado, Renan Calheiros (AL).

Jobim cobrou da cúpula partidária projetos e posições. "Porque não temos opinião, Michel, nos tornamos homologadores. Nos cobram lealdade de posições das quais não participamos", disse. E continuou: "A sobrevivência do PMDB está dependendo de termos cara e voz. É o momento de termos cara e voz. Quem não tem cara e voz curva-se e quem se curva leva um pontapé", concluiu Jobim no discurso.

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Jobim afirmou que o partido não tem programas nem posições sobre nada ao discorrer sobre temas federativos atuais que precisam de decisões, como a distribuição dos royalties, as regras de repartição dos recursos dos fundos de participação dos Estados e dos municípios que serão extintas em 31 de dezembro deste ano, além das mudanças na indexação das dívidas dos Estados.

O ex-ministro defendeu, indiretamente, uma candidatura própria do PMDB à presidência da República. Ele disse que "ter posições é correr risco" e que a última vez que o PMDB correu risco foi com a candidatura de Ulisses Guimarães à presidência da República em 1989. Jobim coordena uma comissão de notáveis criada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para discutir o pacto federativo e foi ao fórum fazer uma palestra sobre "Os municípios e o pacto federativo".

Em seu discurso, Jobim afirmou que estava ali para levantar problemas e que cabia à cúpula do partido ali presente a responsabilidade de fazer com que o partido tenha posições. Coube ao vice-presidente, Michel Temer, responder a Jobim.

Em um discurso feito na maior parte do tempo de costas para o ex-ministro, Temer disse que não se pode dizer nunca que o PMDB "fraqueja". Ele disse que o Código Florestal e o projeto que criou a aposentadoria complementar do servidor público são exemplos de programas do PMDB que foram levados à frente. Disse que o partido sempre foi municipalista e levantou a bandeira do pacto federativo. "Temos de trabalhar por isso", disse.

Temer afirmou que a eventual candidatura própria do partido à Presidência da República, em 2014, é ainda uma questão aberta. "Temos de nos preparar e isso depende de estágios. A primeira é a eleição municipal e temos de nos dedicar a isso", disse Temer. "Temos de ter o controle das duas Casas do Congresso Nacional", afirmou ainda. O vice-presidente pregou a unidade e a integração do PMDB.

O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim disse hoje que duvida que a proposta defendida por PT, PDT, PSB e PCdoB para a reforma política tenha o apoio integral de seu partido, o PMDB. "Vai ser difícil, acho muito difícil", afirmou Jobim, após debate sobre a reforma do código eleitoral, promovido hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na última sexta-feira, em encontro promovido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os quatro partidos decidiram que vão defender no Congresso o financiamento público de campanha e a manutenção do sistema proporcional. Os líderes das quatro legendas devem buscar o apoio do PMDB nesta semana.

O encontro da Fiesp reuniu, além de Jobim, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e José Antonio Dias Toffoli, juristas e advogados. Os debatedores chegaram à conclusão de que o sistema eleitoral atual está esgotado, mas levantaram dúvidas sobre a questão do financiamento público de campanha e o voto proporcional. A maioria defendeu o voto em lista e o voto distrital. "O sistema atual está esgotado e o financiamento público com deputados uninominais vai empurrá-lo para a ilegalidade", concluiu Jobim ao defender a criação de um sistema misto, com votação em lista fechada e distrital. Na palestra, o ex-ministro relatou as mazelas do atual sistema, em que os partidos buscam puxadores de voto e não candidatos com identidade partidária. "O que nos interessa no Brasil é a consistência partidária", afirmou o peemedebista.

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De acordo com ele, o eleitor também tem responsabilidade nas brechas que favorecem a corrupção no atual sistema. "O eleitor também é um grande demagogo, porque é comum ele pedir vantagens e o candidato não o atender. É uma relação promíscua em alguns casos. Em eleição para vereador, por exemplo, é muito comum", disse o ex-ministro, exemplificando pedidos de doação de camisas de futebol por eleitores.

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que a demissão do ministro da Defesa, Nelson Jobim, vira uma página no governo, mas elogiou o desempenho do ex-auxiliar. “Reconheço o grande trabalho, a grande contribuição (de Jobim). Esgotamos uma etapa e, por isso, viramos uma página”, disse em entrevista a emissoras de rádio em Petrolina (PE), onde participou de uma cerimônia de entrega de casas do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Dilma disse que o embaixador Celso Amorim, escolhido para ser o novo ministro da Defesa, “tem todas as condições” para exercer o cargo e já demonstrou dedicação ao país nos anos em que foi ministro de Relações Exteriores no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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IRRITAÇÃO

A presidenta Dilma irritou-se e demonstrou mal estar na entrevista a radialistas das cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina. Os repórteres, numa conversa com a presidente, questionaram o atraso nas obras de transposição do Rio São Francisco. Dilma voltou a soltar um velho bordão conhecido de seus assessores para demonstrar irritação: "Meu querido, a transposição não está parada! Você vai me desculpar, mas não está parada". Depois, ela admitiu que "algumas parcelas" estão com obras interrompidas.

O outro momento de irritação de Dilma, durante a entrevista, ocorreu quando ela exaltava o Programa Minha Casa Minha Vida, que entregará hoje em Juazeiro 1.500 unidades. Quando Dilma falava das unidades habitacionais, que têm 44 metros quadrados cada, um repórter chamou as unidades de "casinhas". "Você é quem está dizendo. Imagino que sua casa seja grande", disse a presidente. Continuando a irritação, Dilma disse: "o povo brasileiro não tinha nem casinha. Morava em casa de papel, em palafita".

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