Tópicos | Nestor Cerveró

O advogado Edson Ribeiro, que defende o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, afirmou em nota que "a denúncia espelha, apenas, ilações do Ministério Público Federal despidas de provas e em desacordo com o artigo 41 do Código de Processo Penal".

Ribeiro afirmou, ainda, que na época em que a contratação direta dos navios-sonda recebeu sinal verde do colegiado na Petrobras. "Parece-nos, portanto, que houve um açodamento por parte do Ministério Público Federal, já que, à época, havia escassez de sondas para águas ultraprofundas, por isso a contratação direta, a qual foi aprovada, colegiadamente, pela Diretoria da Petrobras."

##RECOMENDA##

Segundo o advogado, Nestor Cerveró não possuía poderes para, isoladamente, autorizar a contratação. "As contratações foram legítimas e totalmente regulares. Qualquer empresa, naquele momento, que possuísse disponibilidade de sondas para águas ultraprofundas teria sido contratada."

Gustavo Soares, irmão do lobista Fernando Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, declarou. "Não sei o que meu irmão fez, juro que não sei. Confio nele e acredito nele. Estou muito triste, só posso dizer que tanto minha família como ele (Fernando) desejamos um País melhor." A Petrobras não se manifestou ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Américo Lacombe, informou nesta segunda-feira, 29, que a Petrobras ainda não prestou os esclarecimentos solicitados pelo grupo. A comissão apura a conduta do ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró na época da elaboração do relatório que levou a empresa a adquirir a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006.

"Ele (Cerveró) já havia apresentado as informações e nós pedimos outras, complementares à Petrobras. A Petrobras não mandou, então estamos reoficiando a Petrobras para ver se consegue mandar as informações que queremos", disse Lacombe, após participar da reunião da comissão. O ofício será novamente endereçado à presidente da estatal, Graça Foster.

##RECOMENDA##

Questionado sobre que informações estão sendo solicitadas pelos conselheiros, Lacombe respondeu: "São várias. Todas que você imaginar. Tudo, as denúncias que estão havendo, queremos informações de tudo."

A Comissão de Ética abriu o processo para apurar a conduta de Cerveró após a presidente Dilma Rousseff informar, em nota encaminhada ao jornal O Estado de S.Paulo, que foi favorável à compra com base num parecer "técnica e juridicamente falho".

Em 18 de agosto, a comissão pediu explicações a Cerveró "sobre a existência de eventual sonegação de dados relevantes ao Conselho de Administração" da empresa, relacionados à aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), o negócio causou prejuízo de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras.

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró isentou mais uma vez, em depoimento à CPI mista da estatal nesta quarta-feira (10), a presidente Dilma Rousseff de responsabilidade na controversa compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

Cerveró saiu ainda em defesa da operação, rebatendo declarações do colega de diretoria Paulo Roberto Costa que, em delação premiada, segundo a revista Veja, disse que houve desvio de recursos da refinaria para abastecer um esquema de pagamento de propina a políticos.

##RECOMENDA##

No depoimento, Cerveró foi instigado pela oposição a atacar a presidente Dilma Rousseff e avalizar declarações de Costa. Mas resistiu. Ele repetiu o discurso de que a omissão de cláusulas contratuais na compra da primeira metade de Pasadena não foi fundamental para se fechar o negócio em 2006.

Em nota encaminhada ao Estado em março, Dilma, presidente do Conselho de Administração da estatal na época da operação, disse que não aprovaria a transação se tivesse tido acesso às cláusulas omitidas pelo ex-diretor.

O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou um prejuízo financeiro de US$ 792 milhões com a compra de Pasadena e, em julho, determinou o bloqueio de bens de Cerveró e outros integrantes da diretoria executiva da época. O TCU livrou a presidente e membros do conselho de administração do bloqueio.

O ex-diretor afirmou que a responsabilidade pela operação é do conselho e não da diretoria executiva. Ele disse que a transferência dos seus bens não teve "nada a ver" com o processo de Pasadena e que, ao doar três imóveis três meses atrás, decidiu antecipar a herança aos filhos.

Para Cerveró, o TCU se "equivocou" ao basear o tamanho do prejuízo de Pasadena baseado nos preços de apenas um dos 27 cenários de preços estimados pela Petrobras para a refinaria. "Não concordo com nenhum dos prejuízos indicados pelo TCU em Pasadena", pontuou.

Ao destacar que "nunca ouviu falar em organização criminosa" na estatal, conforme relatório da Polícia Federal, o ex-diretor insistiu que a compra da Pasadena, na época, foi um bom negócio para a estatal e que o cenário atual para a refinaria é "altamente favorável nos próximos anos".

Ele disse que aceita passar por uma acareação com Paulo Roberto Costa e disse que não teme os depoimentos do ex-colega de diretoria à PF. "Não tenho porque ficar preocupado com a delação do Paulo. Não tenho esse problema", declarou. Ele também admitiu que foi chamado pela estatal para passar por um treinamento antes de depor no Congresso Nacional.

A agenda mais quente da semana será cumprida na quarta-feira (10) no Senado, pois o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró será ouvido às 10h. 

Confira as atividades da semana na íntegra: 

##RECOMENDA##

9h30 
Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor) da Câmara 
5ª edição da Jornada de Pesquisa e Extensão - Tema: A relação entre Parlamento e Mídia no Brasil.
Abertura e conferência inaugural. O evento continua à tarde e na terça-feira (9).
Auditório do Cefor

10 horas
Sessão Solene
Homenagem ao Dia do Administrador.
Auditório Nereu Ramos

10h30
15º Encontro dos Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa 
Recepção oficial na rampa do Congresso Nacional. Em seguida, haverá cerimônia no Salão Nobre.

14 horas
Debates em Plenário
Auditório Nereu Ramos

14h30
15º Encontro dos Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa
Apresentação de relatórios dos Parlamentos de Língua Portuguesa.
Salão Nobre

17 horas
15º Encontro dos Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa
Coquetel de boas-vindas.
Torre de TV de Brasília


TERÇA-FEIRA (9)

9 horas
Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor) da Câmara
5ª edição da Jornada de Pesquisa e Extensão - Tema: A relação entre Parlamento e Mídia no Brasil.
O evento ocorre ao longo da manhã e prossegue à tarde.
Auditório do Cefor

9h30
15º Encontro dos Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa
Debates, ao longo da manhã, sobre “Parlamento e sociedade: novos desafios para participação popular no Legislativo”, “Parlamento em diálogo: comunicação com o cidadão”, “A administração parlamentar angolana e os desafios resultantes da entrada em funcionamento da nova sede da Assembleia Nacional" e “Aspectos marcantes da modernização do Parlamento cabo-verdiano, em curso, numa perspectiva evolutiva”.
Salão Nobre

14 horas
Debates em Plenário
Auditório Nereu Ramos

14h30
15º Encontro dos Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa
Debates sobre o “Programa de portas abertas como forma de aproximação dos cidadãos ao Parlamento”, “O futuro da representação parlamentar” e "Participação da sociedade civil na atividade parlamentar: a audiência pública”.
Salão Nobre

QUARTA-FEIRA (10)

9h30 
15º Encontro dos Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa
Apresentação do relatório de atividades 2013-2014, discussão e aprovação do plano de atividades 2014-2015 e eleição dos novos presidente e vice-presidente da Associação dos Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa.
Salão Nobre

10 horas 
CPMI da Petrobras
Depoimento do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
Sala 2 da ala Nilo Coelho, no Senado

14 horas
Debates em Plenário
Auditório Nereu Ramos

QUINTA-FEIRA (11)

14 horas 
Debates em Plenário 
Auditório Nereu Ramos

14 horas 
Comissão especial sobre direitos trabalhistas do servidor em cargo de comissão (PEC 53/07)
Audiência pública.
Foram convidados, entre outros, o autor da PEC 53/07, Jofran Frejat; os presidentes da Associação dos Secretários Parlamentares, Servidores Requisitados e Comissionados do Congresso Nacional (Assercon), Ivan Lins Gregório; do Sindicato dos Servidores Comissionados do Poder Legislativo Federal (Sindcomlegis), Roberto Holanda; e do Sindicato dos Comissionados do Governo do Distrito Federal (SICGDF), José Humberto Queiroz. 
Plenário 2

SEXTA-FEIRA (12)

9 horas
Debates em Plenário
Auditório Nereu Ramos

 

Com Agência Câmara de Notícias

O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como um dos responsáveis por prejuízos à União com a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), negou que tenha tido acesso prévio ao questionário de senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que ocorre no Congresso. A denúncia foi feita pela revista Veja, em sua última edição. Ele afirma ter passado apenas por uma espécie de "media training", exercícios de postura e discurso, comumente realizado com executivos de grandes empresas, nesse caso, patrocinado e a convite da Petrobras, dias antes de audiência no Senado.

Cerveró evita falar diretamente com a imprensa. Toda comunicação ocorre no Congresso, ou por meio de seu advogado, Edson Ribeiro, em notas oficiais. Com isso, diz o advogado, pretende evitar que o caso de Pasadena e acusações feitas a Cerveró sejam utilizados para fins políticos e eleitoreiros.

##RECOMENDA##

O texto divulgado após a última denúncia envolvendo a Petrobras informa que "Nestor Cerveró foi convidado e participou de um media training comportamental, oferecido pela Petrobras, realizado no Rio de Janeiro, em hotel no bairro da Barra da Tijuca, não tendo recebido nenhum questionário com perguntas e respostas sobre o processo de aquisição da Refinaria de Pasadena", informa. Questionado sobre o dia e local do media training pela reportagem, Ribeiro disse que Cerveró, questionado por ele, não soube informar.

Assinado por Ribeiro, a defesa do ex-diretor alega ainda que Cerveró está sendo colocado como "bode expiatório" no caso Pasadena e que, por isso, o seu trabalho é demonstrar à Comissão de Ética da Presidência da República e à Comissão Interna da Petrobras que Cerveró agiu de "boa fé".

Diante de um colegiado formado apenas por senadores da base governista, o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, prestou esclarecimentos, nesta quinta-feira (22), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A oitiva foi sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Assim como o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, em depoimento na última terça (20), Cerveró explicou que a aquisição fazia parte da estratégia de ampliação do parque de refino da Petrobras para o exterior e que a decisão de compra foi colegiada e não apenas da presidente Dilma Rousseff, que na época era presidente do Conselho de Administração da empresa.

##RECOMENDA##

"A presidenta Dilma Rousseff foi responsável pela compra? Não. Não considero porque não é uma responsabilidade. Tanto na Diretoria Executiva, como no Conselho, as decisões são colegiadas e normalmente são aprovadas por unanimidade", ressaltou.

Processo de compra

Segundo ele, desde 1998, a Petrobras procurava uma refinaria de petróleo leve no exterior, para adaptá-la para o refino do óleo pesado. O investimento na unidade em outro país se justificava pelo crescimento do mercado no exterior e a opção de comprar uma refinaria de óleo leve e adaptá-la era mais viável financeiramente do que a aquisição de um parque de refino de petróleo pesado. "A escolha da refinaria também se liga ao fator geográfico, à otimização geográfica, em que está localizada Pasadena. Pasadena fica muito próximo a Houston, principal centro de petróleo dos Estados Unidos", explicou.

Em 2006, foi concluído o processo de associação de 50% da Petrobras na refinaria e na comercializadora, na trading em Pasadena. A partir daí começaram os estudos para modificação do projeto para óleo pesado, que determinou a necessidade de duplicar a capacidade da refinaria. Mas, em 2007, a Astra Oil sinalizou a indisponibilidade de investir na ampliação da refinaria e no mesmo ano ficou acertada que a Petrobras compraria os 50% que pertenciam à empresa Bélgica.

Foi nesse período que a Petrobras confirmou as operações na camada do pré-sal, que a produção nacional cresceu, assim como a demanda, e o mercado internacional entrou em crise. "Diante disso, o Conselho não aprovou a compra". 

Custos

Segundo ele, com a cláusula de Put Option, a Petrobras foi obrigada, na Justiçam a comprar os 50% da Astra. "Quando se forma a sociedade com a Astra, no contrato, existe, o que, aliás, é uma condição extremamente normal, a condição de saída, conhecida internacionalmente como o famoso Put Option. Essa cláusula depois foi utilizada para o encerramento da pendência judicial. Mas é uma cláusula normal em todas as nossas associações ou praticamente em todas".

Para ele, mesmo assim, foi um bom negócio. "O refino é avaliado, em termos de preço de construção ou preço de compra de uma refinaria, em dólares por barril refinado. Então, uma refinaria que custou US$550 milhões e processa 100 mil barris por dia tem um custo unitário de US$5,5 mil por barril. Na época, em 2006, 2007, a média de aquisições de refinarias do mesmo porte foi de US$9,2 mil por barril", detalhou.

No entanto, ele explicou a diferença entre os valores da refinaria e do trading. "Fala-se em custo total de US$1,2 bilhão, mas temos que lembrar que esse custo engloba não só a refinaria, mas também a comercializadora, os custos advindos de garantias operacionais e custos jurídicos embutidos nesse US$1,2 bilhão. A refinaria custou, no total, US$550 milhões, 100% da refinaria", disse.

Documentação

Como já havia explicado na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, Cerveró disse que cabia à Diretoria da Petrobras apresentar um resumo executivo ao Conselho de Administração. "Eu não sei afirmar se receberam todos os documentos, porque isso é uma atribuição da Secretaria Executiva. Deveriam ter recebido. Agora, é evidente que é uma quantidade de documentos muito grande".

"Existe um procedimento em que o Conselho recebe um resumo executivo, onde são apresentadas as condições necessárias para a aprovação ou para a decisão do Conselho. Ou seja, o nome já diz: é um resumo, é um sumário, onde são incluídas as principais cláusulas de responsabilidade do Conselho, ou seja, aquilo que cabe ao Conselho definir na companhia, que é o planejamento estratégico da companhia, o plano de negócios da companhia e a coerência econômica do negócio".

No entanto, logo em seguida, ele deixou claro que as cláusulas Marlin e Put Option não constavam no resumo executivo. "Não constaram justaram porque não eram preponderantes, não eram condições que se colocam normalmente numa informação. É um detalhe contratual". Para ele, a ausência desses termos não iria interferir na decisão do CA, "porque não tinha relação com os critérios observados pelo Conselho".

Responsabilidade

Em vários momentos, Nestor Cerveró frisou que a decisão de compra de refinaria foi colegiada. "Não há responsável individual, ou seja, nem a presidente, nem qualquer outro conselheiro é responsável, individualmente, pela compra de qualquer ativo, ou venda de qualquer ativo. Como também não existe quem é o responsável pela compra de Pasadena. Somos todos nós", disse.

Ele acusou a mídia de querer apontar um culpado. Foi um acerto coletivo, colegiado, como é a decisão do Conselho, como é a decisão da Diretoria Executiva. Então, não existe o responsável; existem a Diretoria da Petrobras, e o colegiado, o Conselho, responsável pela decisão", salientou. "Eu quero deixar isso bem claro porque eu não estou querendo me isentar de culpa, não. Pelo contrário, eu quero assumir! Eu sou um coparticipante dessa decisão", frisou.

O ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli e o ex-diretor Internacional da empresa, Nestor Cerveró devem prestar na próxima semana depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado. A oitiva de Gabrielli está marcada para a terça-feira (20), e a de Ceveró para a quinta-feira (22). O depoimento da presidente da Petrobras, Graça Foster ficou agendado para a semana seguinte, no dia 27 maio (terça-feira).

Todos os depoimentos serão realizados a partir das 10h15, no plenário 2 da Ala Senador Nilo Coelho, no Senado. Esses requerimentos foram aprovados em reunião da CPI da Petrobras na semana passada, junto com dezenas de outros requerimentos de convocação.

##RECOMENDA##

Quatro eixos

Na reunião do colegiado, o relator da CPI, o senador José Pimentel (PT-CE) também apresentou um plano de trabalho com quatro eixos, correspondentes aos quatro temas a serem apurados pela CPI. Pelo plano apresentado por Pimentel, os trabalhos vão se concentrar nos negócios da Petrobras entre 2005 e 2014. O primeiro eixo de investigação diz respeito à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, que teria causado à estatal perdas superiores a 1 bilhão de dólares.

Para investigar a denúncia de que a companhia holandesa SMB Offshore pagou propina a funcionários da Petrobras para fechar contratos com a estatal brasileira, o relator da CPI propõe a análise de documentos já produzidos pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ele quer saber ainda se há investigações em curso na Holanda sobre os indícios do crime.

Quanto à denúncia de falta de segurança no lançamento de plataformas ao mar, a CPI quer saber se a Petrobras assegura aos trabalhadores mecanismos de segurança devidamente certificados. Além disso, vai questionar quem são os responsáveis pelos acidentes em plataformas, como o da P-36, e se na plataforma P-62 faltam equipamentos primordiais à segurança dos trabalhadores.

O quarto e último eixo de investigação da CPI da Petrobras está relacionado a indícios de superfaturamento na construção de refinarias. Pimentel lembrou que as denúncias de sobrepreço nas obras da Refinaria Abreu e Lima e da Refinaria do Nordeste já estão sendo apuradas por outros órgãos de controle.

*Com informações da Agência Senado

Um dia após a ouvida de Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras, na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (DEM) afirmou que as alegações do ex-dirigente vão de encontro as declarações da presidente Dilma Rousseff (PT). Cerveró disse que repassou as informações necessárias para a negociação, no entanto, a presidente garantiu obteve informações suficientes para avaliar a compra da refinaria de Pasadena, quando presidente do Conselho Administrativo.

De acordo com Mendonça, as contradições apresentadas reforçam a necessidade de investigar o negócio que causou um prejuízo de cerca de R$ 3 bilhões aos cofres da estatal. "São duas verdades que não podem existir. Uma desmente a outra. A presidente diz que não teve informações suficientes e o Nestor diz que levou todas as informações. Só uma CPI terá a oportunidade de mergulhar a fundo", defendeu.

##RECOMENDA##

O deputado Mendonça Filho (DEM) contestou as duas versões apresentadas para justificar o fechamento da compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Em audiência pública conjunta nas comissões de Fiscalização, Relações Exteriores e Desenvolvimento Econômico, nesta quarta (16), o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró defendeu o negócio e afirmou ter sido correto no parecer preparado para o conselho de administração da estatal.

Já a presidente Dilma Rousseff afirmou, em nota à imprensa, mês passado, que foi enganada e se baseou em resumo incompleto e com falhas. “Não dá para as duas versões serem verdadeiras. Quem está falando a verdade? Será que Cerveró enganou a todos, diretoria e conselho de administração ou todos participaram dessa operação desastrosa?”, questionou o democrata.

##RECOMENDA##

“Essa operação vai entrar na história como um dos mais negativos exemplos de gestão no serviço público. A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse ontem (terça-feira -15) no Senado que significou um prejuízo de US$ 500 milhões, quando confessou que a compra da refinaria não foi um bom negócio. Não param de surgir versões sobre esse negócio e cada uma só reforça a CPMI”, pontuou Mendonça Filho.

O democrata ainda criticou o esforço do governo e do próprio ex-diretor Cerveró em provar que a Astra Oil - empresa que foi sócia da Petrobras na refinaria – não pagou ‘apenas’ US$ 42 milhões por 50% de Pasadena, mas cerca de US$ 360 milhões, considerado o valor do ativo, estoques, dívidas, e gastos com serviço de outra empresa para refinar o petróleo já que a trading belga era uma comercializadora. “Nesse caso, os argumentos de Cerveró e Graça Foster são parecidos. Existe uma conta mágica para inflar o valor pago pela Astra Oil por Pasadena. E essa conta só demonstra que a operação foi um desastre e o prejuízo foi brutal, monumental”, opinou o deputado.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró foram convidados para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre a operação da compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela petroleira brasileira.  A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou o convite, nesta quarta-feira (26), por requerimento da oposição. Mantega ainda dará explicações sobre o rebaixamento da classificação de risco do Brasil feita pela agência Standars & Poors.

Acordo firmado entre os integrantes da comissão estipulou prazo de 20 dias para que Mantega participe de audiência pública no colegiado com o compromisso de que os autores do requerimento tenham o mesmo espaço para fazer os questionamentos que o designado no caso de convocação. Além do autor do convite, líder do Democratas, Mendonça Filho (PE), subscreveram o requerimento os deputados Wanderlei Macris (PSDB-SP), Fernando Francichini (SDD-PR) e outros.

##RECOMENDA##

"Como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, o ministro Mantega, certamente, tem informações muito valiosas não só nesse escândalo da operação Pasadena evolvendo irregularidades da ordem de mais de R$ 1 bilhão, como também outros episódios nebulosos que envolvem a Petrobras, caso da SBM, empresa holandesa com suspeita de pagamento de propina a funcionários da estatal brasileira", atesta Mendonça.

O democrata explica ainda que a presença do ministro da Fazenda será uma oportunidade para se debater a situação econômica do País. "Tivemos o rebaixamento da nota do Brasil do ponto de vista de crėdito e está claro que o país está patinando, numa situação crítica do ponto de vista de crescimento econômico com as condições fiscais deterioradas", pontua o democrata.

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando