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Campeão da Fórmula 1 em 2016, o ex-piloto Nico Rosberg está proibido de frequentar os paddocks da categoria porque não se vacinou contra a covid-19. Atualmente comentarista do canal esportivo britânico Sky Sports, o alemão de 36 anos tentou provar que não pode tomar a vacina por questões médicas, mas os argumentos não foram aceitos, tanto que ele acabou barrado pela organização do GP de Mônaco, há duas semanas.

A situação vivida pelo ex-parceiro de Lewis Hamilton na Mercedes foi revelada nesta semana pelo canal alemão Sport1, que obteve a confirmação em contato com o próprio Rosberg. "Eu superei bem o coronavírus, portanto tenho anticorpos monstruosos em mim. Eu também tenho meus anticorpos testados regularmente. Nessas circunstâncias, meu médico me avisou que a vacinação não faria absolutamente nenhum sentido", disse ele.

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Até a temporada passada, a liberação para circulação nos paddocks dependia de um resultado negativo em teste PCR. A partir deste ano, contudo, a Fórmula 1 passou a exigir comprovante de vacinação para permitir a entrada. Há exceções para casos nos quais há comprovação de que a pessoa não pode tomar a vacina em razão de problemas de saúde.

Na avaliação da organização, as alegações de Rosberg não foram suficientes para colocá-lo na lista de ressalvas, mesmo que ele tenha uma credencial vitalícia por ter sido campeão. Impedido de entrar, o alemão tem realizado seu trabalho como comentarista na Sky Sports direto de sua casa em Monte Carlo. Nas transmissões, aparece em vídeo separado dos outros profissionais. Algumas vezes, participou apenas por áudio. Neste final de semana, no GP do Azerbaijão, em Baku, novamente não estará presente.

Nico Rosberg está aposentado da Fórmula 1 desde 2016, justamente o ano em que, enfim, superou Hamilton e sagrou-se campeão, após dois vices seguidos para o companheiro britânico. Hoje, além de trabalhar como comentarista, administra alguns empreendimentos e tem uma equipe na Extreme E, série de corridas off-road.

Mesmo depois de ter abandonado as pistas de Fórmula 1 no final da última temporada, o campeão Nico Rosberg continua aparecendo nos bastidores da Mercedes, sua antiga equipe. Imagens registradas nas redes sociais da escudeira mostram a visita do alemão aos boxes da equipe e o encontro com seu substituto, o finlandês Valteri Bottas, nesta quarta-feira (1º), no Circuito da Catalunha, em Barcelona, onde estão sendo realizados os testes coletivos da pré-temporada.

Esse foi o primeiro reencontro oficial do campeão do Mundial de Pilotos de 2016 com seu ex-time. Mesmo descontraído e bem humorado, o alemão afirmou que não sente saudades da rotina da Fórmula 1. "Não há um dia em que eu pense 'Oh, eu poderia estar sentado em um desses carros'. Eu não sinto saudade de nada", comentou Rosberg.

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O alemão afirmou que está aproveitando a família e pensando em novos desafios. Mesmo distante das pistas, o ex-piloto opinou ainda sobre a temporada 2017. " A Fórmula 1 esse ano será emocionante, os carros parecem lindos. As novas regras parecem boas. É legal estar aqui, só conferindo. O melhor que posso fazer agora são bons vídeos", disse o campeão.

Rosberg anunciou sua aposentadoria no mês de dezembro, cinco dias após conquistar o título em Abu Dabi após um disputa acirrada com o inglês Lewis Hamilton. Sem a participação do alemão, a temporada 2017 da Fórmula 1 começará no dia 26 de março com a realização do GP da Austrália.

Cinco anos depois de conquistar o título da temporada 2016 da Fórmula 1, Nico Rosberg surpreendeu o mundo ao anunciar, nesta sexta-feira (2), sua aposentadoria como piloto. Em comunicado distribuído à imprensa em publicado em sua página no Facebook, o alemão, de 31 anos, argumentou que não teria a mesma gana de pilotar depois de atingir o sonho da carreira, que era ser campeão da F-1.

"Quando ganhei a corrida em Suzuka (Japão), a partir do momento em que o campeonato estava nas minhas mãos, a grande pressão começou e eu comecei a pensar em terminar minha carreira se eu me tornasse campeão. Na manhã de domingo, em Abu Dabi, eu sabia que poderia ser a minha última corrida. Eu queria desfrutar de cada parte da experiência, sabendo que poderia ser a última vez... e então as luzes se apagaram e eu tive as mais intensas 55 voltas da minha vida", contou Rosberg, campeão depois de ser segundo colocado nos Emirados Árabes Unidos. Hamilton ganhou a prova, mas dependia que o rival ficasse do quarto lugar para baixo.

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De acordo com ele, entretanto, a decisão definitiva foi tomada na segunda-feira à noite. "Depois de refletir por um dia, as primeiras pessoas que eu disse foram Vivian (a esposa) e Georg (Nolte, da equipe de gerenciamento de Nico), seguido por Toto (Wolf, diretor técnico da Mercedes)".

Nico explicou que, campeão da Fórmula 1, atingiu seu objetivo de carreira. "Há 25 anos correndo, se tornar campeão mundial da Fórmula tem sido meu sonho, meu objetivo. Através do trabalho duro, de dor, de sacrifícios, este tem sido o meu alvo. E agora eu consegui. Eu subi a minha montanha, eu estou no pico, então isso parece o certo. Minha emoção mais forte agora é de profunda gratidão a todos que me apoiaram para fazer esse sonho acontecer", começou o piloto em sua carta de despedida.

"Esta temporada, eu lhes digo, foi muito difícil. Segui como louco em todas as áreas depois das decepções dos últimos dois anos, que alimentaram minha motivação para níveis que eu nunca tinha experimentado antes. E claro que isso teve um impacto sobre aqueles que eu amo, também - foi um esforço de sacrifício de toda a família, deixando tudo abaixo do nosso alvo. Não consigo encontrar palavras suficientes para agradecer à minha esposa Vivian: ela tem sido incrível. Ela entendeu que este ano foi era a nossa grande oportunidade e criou o espaço para mim obter uma recuperação completa entre cada corrida, cuidar de nossa filha todas as noites, assumir quando as coisas ficaram difíceis e colocar nosso campeonato em primeiro lugar", continuou.

"A única coisa que torna esta decisão de alguma forma difícil para mim é que eu estou colocando minha família de corrida em uma situação complicada, mas Toto entendeu. Ele soube imediatamente que eu estava completamente convencido e isso me tranquilizou. Minha realização mais orgulhosa na corrida será sempre ter vencido o campeonato mundial com esta incrível equipe de pessoas, as flechas de prata", escreveu.

Nico, de fato, deixa a Mercedes em uma situação complicada. Todos os melhores pilotos da categoria já têm equipe para a próxima temporada e a Mercedes contava com ele ao lado de Lewis Hamilton.

Nico Rosberg conquistou pela primeira vez o título do Mundial de Fórmula 1 ao encerrar o GP de Abu Dabi, neste domingo, em segundo lugar. Com o feito, o alemão repetiu o feito do pai, o finlandês Keke Rosberg, campeão do mundo em 1982, então pela equipe Williams. O inglês Lewis Hamilton, seu companheiro de Mercedes, venceu a prova nos Emirados Árabes, mas o resultado foi insuficiente para a conquista do seu quarto título na categoria máxima do automobilismo.

O título também encerrou a supremacia do tricampeão Hamilton, que faturou os campeonatos de 2014 e 2015, depois de ter conquistado o seu primeiro Mundial em 2008, quando brigou até a última curva de Interlagos no GP do Brasil na disputa emocionante que travou com Felipe Massa pelo título.

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Para completar, Rosberg voltou a garantir a Alemanha um campeão do mundo, depois de Hamilton e a Mercedes terem interrompido o domínio de Sebastian Vettel, tetracampeão com títulos consecutivos pela Red Bull em 2010, 2011, 2012 e 2013.

Vettel, por sinal, conseguiu fazer uma grande corrida neste domingo pela Ferrari e terminou em terceiro lugar ao ultrapassar o holandês Max Vestappen a três voltas para o final da corrida e se garantir no pódio. O jovem piloto da Red Bull acabou pagando o preço por optar em uma estratégia de apenas uma parada nos boxes para troca de pneus, fechando a prova em quarto lugar e ficando fora do pódio.

Felipe Massa, por sua vez, se despediu da Fórmula 1 neste domingo com um nono lugar, pontuando em sua última corrida na categoria. O piloto da Williams, que estreou na F-1 em 2002, deu adeus após 305 provas na elite do automobilismo.

À frente de Massa, o australiano Daniel Ricciardo (Red Bull) foi o quinto colocado em Abu Dabi, seguido pela ordem pelo finlandês Kimi Raikkonen (Ferrari), pelo alemão Nico Hülkenberg (Force India), pelo mexicano Sergio Pérez (Force India), enquanto o espanhol Fernando Alonso (McLaren) fechou o grupo dos dez primeiros atrás de Massa.

A CORRIDA - Pole, Hamilton sustentou a primeira posição com tranquilidade na largada e Rosberg, como já era esperado, partiu de forma conservadora e sustentou a segunda colocação. Atrás deles, Kimi Raikkonen, da Ferrari, largou bem e saltou da quarta para a terceira posição ao ultrapassar Daniel Ricciardo, da Red Bull.

Já o holandês Max Verstappen, da Red Bull, que partiu do sexto lugar, até havia feito uma boa largada, mas errou o ponto da freada na primeira curva, rodou e caiu para a 15ª posição.

Felipe Massa, que partiu do décimo lugar em sua corrida de despedida da F-1, começou a travar uma disputa pela nona posição com Valtteri Bottas, seu companheiro de Williams, que largou do 11º posto do grid. Primeiro o brasileiro foi ultrapassado pelo finlandês, mas logo em seguida deu o troco e retomou o nono lugar na sexta volta.

Após largar de pneus ultramacios, Hamilton foi para os boxes já na oitava volta. O inglês deu a impressão de que estava segurando o ritmo para fazer com que Rosberg não desgarrasse de Raikkonen e Ricciardo. Para o inglês, seria ruim o alemão abrir vantagem sobre o pelotão de trás, pois um terceiro lugar já garantiria o título ao alemão.

Rosberg, por sua vez, havia assumido a ponta após a parada de Hamilton, mas também foi logo para os boxes para trocar pneus, na 11ª volta, fazendo então com que Ricciardo ocupasse o primeiro lugar, já que Raikkonen, que também vinha atrás, já havia sido ultrapassar ao fazer o seu primeiro pit stop.

Outro que fazia a sua corrida de despedida da F-1, assim como Massa, Jenson Button precisou abandonar já na 14ª volta por causa de problemas na suspensão de sua McLaren. Campeão mundial em 2009 e um dos pilotos mais queridos do grid de categoria, o inglês foi aplaudido de forma efusiva pelos torcedores e chegou a subir no carro para agradecer ao público. Após acenar para a torcida, ele ganhou um abraço carinhoso de sua mãe, que a esperava nos boxes para cumprimentá-lo.

VERSTAPPEN ASSUSTA ROSRBERG - Verstappen, embora tenha caído várias posições na largada, foi recuperando uma a uma e chegou ao segundo lugar, pois não parou para trocas pneus nas primeiras 15 voltas.

Para completar, o jovem holandês de 18 anos de idade voltou a exibir um misto de ousadia e irresponsabilidade ao dividir uma curva com Rosberg ao tentar ultrapassar o alemão na 20ª volta. O piloto da Mercedes acabou levando vantagem na disputa e ficando à frente para se garantir no segundo lugar, mas o holandês por pouco não tocou o carro do adversário e complicou a vida do mesmo na luta pelo título.

E, na 22ª volta, Verstappen foi finalmente para os boxes para trocar pneus, depois de ter largado com compostos mais duros. Desta vez a Red Bull optou por colocar pneus macios e voltou para a pista na nona colocação, enquanto Hamilton e Rosberg eram seguidos, pela ordem, por Raikkonen, Ricciardo, Vettel, Hülkenberg e Pérez, enquanto atrás de Verstappen Massa sustentava a nona posição e Fernando Alonso fechava o grupo dos dez primeiros com a sua McLaren.

A estratégia do holandês, por sinal, foi diferente da do seu companheiro de Red Bull, Ricciardo, que na 25ª volta já fez a sua segunda parada nos boxes para trocar pneus. Já Verstappen, com a arriscada estratégia de fazer uma corrida com um único pit stop, passou a ser visto como uma ameaça aos pilotos da Mercedes, que pelo tipo de pneus macios que estavam usando ainda precisariam fazer mais uma parada.

Já na 28ª volta, Verstappen começou a voar baixo e cravou a volta mais rápida da corrida naquele momento e logo depois voltou a quebrar a própria marca. Hamilton, por sua vez, foi para os boxes para a sua segunda parada na 29ª volta, antes de Rosberg também ir para o seu segundo pit stop na 30ª.

Mesmo com as paradas, Hamilton e Rosberg voltaram para a pista à frente de Verstappen, quarto colocado, com o inglês em segundo a sete segundos do holandês e o alemão em terceiro, a três segundos. Vettel, que não tinha nada a ver com essa briga e vinha atrás da dupla da Mercedes, assumiu a ponta com a sua Ferrari.

Naquele momento, Rosberg vinha assegurando o título com o terceiro lugar. Vettel, que havia feito apenas uma parada nos boxes, precisou fazer um novo pit stop na 37ª volta, quando Hamilton reassumiu a ponta e Rosberg passou a ocupar a segunda posição.

Verstappen, agora em terceiro com a parada de Vettel nos boxes, seguia tentando forçar o ritmo para alcançar as Mercedes, enquanto Hamilton evitava andar muito rápido para forçar com que o holandês tivesse chances de alcançar Rosberg e complicar o alemão, que precisaria então perder mais duas posições para ficar sem o título.

Com pneus novos, Vettel ultrapassou Raikkonen e começou a cravar a voltas mais rápidas da corrida. O alemão perseguia Ricciardo, que vinha sustentando a quarta posição, mas era seguido de perto pelo piloto da Ferrari. E já na 46ª volta, o tetracampeão ultrapassou o australiano para assumir a quarta posição.

Verstappen, por sua vez, tinha pneus macios muito desgastados, pois só fez um pit stop, enquanto Vettel vinha ficando cada vez mais próximo do holandês com seus compostos ultramacios. E realmente não houve como segurar o alemão, que ultrapassou o holandês a três voltas para o final.

E Vettel não se contentou com o terceiro lugar e foi para cima de Rosberg, que se viu obrigado a forçar o ritmo para não correr o risco de se envolver em uma disputa com o seu compatriota. O ferrarista tentou ultrapassar o rival na penúltima volta, mas o piloto da Mercedes se segurou na segunda posição.

Assim, Rosberg foi para a 55ª volta, a última da corrida, ainda com a vantagem de poder terminar em terceiro lugar para ser campeão. Mas ele conseguiu sustentar a segunda posição até o final, enquanto Hamilton cruzou em primeiro para fechar o Mundial com uma vitória "amarga".

Pelo rádio do seu carro, Rosberg comemorou muito a conquista com gritos de "campeão do mundo" e depois deu "zerinhos" com sua Mercedes na reta dos boxes para comemorar o título. Eufórico com a inédita conquista, chegou a dar um beijo na sua Mercedes antes de comemorar com os integrantes da sua equipe. Já Hamilton foi consolado pela sua mãe, após ficar com o vice-campeonato mesmo após ganhar as últimas quatro corridas do ano. No fim, pesou a maior regularidade de Rosberg.

O campeão fechou o Mundial com 385 pontos, enquanto Hamilton ficou com 380. A terceira posição do campeonato foi obtida por Ricciardo, com 256, seguido de longe por Vettel, quarto colocado com 212. A revelação Verstappen terminou em quinto, com 204, enquanto o experiente Raikkonen foi o sexto, com 186.

NASR - Felipe Nasr, que largou da 19ª posição, fechou a corrida em 16º lugar também em uma possível despedida da F1, pois ainda não sabe se poderá seguir no grid da categoria em 2017. Massa, com o nono lugar em sua 250ª corrida, ao menos conseguiu festejar um fim de campeonato digno pela Williams, ficando à frente do seu companheiro Bottas, que precisou abandonar esta prova final da temporada.

Mas Massa fechou o Mundial apenas na 11ª posição na classificação geral, com 53 pontos, enquanto o finlandês da William terminou em oitavo, com 85.

 

Confira a classificação final do GP de Abu Dabi:

1.º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h47min213

2.º - Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 0s439

3.º - Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 0s843

4.º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 1s685

5.º - Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 5s315

6.º - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), a 18s816

7.º - Nico Hülkenberg (ALE/Force India), a 50s114

8.º - Sergio Pérez (MEX/Force India), a 58s776

9.º - Felipe Massa (BRA/Williams), a 59s436

10.º - Fernando Alonso (ESP/McLaren), a 59s896

11.º - Romain Grosjean (FRA/Haas), a 76s777

12.º - Esteban Gutierrez (MEX/Haas), a 95s11s

13.º - Esteban Ocon (FRA/Manor), a uma volta

14.º - Pascal Wehrlein (ALE/Manor), a uma volta

15.º - Marcus Ericsson (SUE/Sauber), a uma volta

16.º - Felipe Nasr (BRA/Sauber), a uma volta

17.º - Jolyon Palmer (ING/Renault), a uma volta

Não completaram:

Valtteri Bottas (FIN/Williams)

Jenson Button (ING/McLaren)

Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso)

Kevin Magnussen (DIN/Renault)

Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso)

A vantagem na liderança do Mundial de Fórmula 1 antes da última prova do campeonato é do alemão Nico Rosberg, mas quem levou a melhor no primeiro dia de treinos do GP de Abu Dabi foi Lewis Hamilton. Após abrir a sexta-feira na frente, o piloto inglês voltou a cravar o melhor tempo na segunda sessão livre para a corrida deste domingo (25), no circuito de Yas Marina, deixando mais uma vez o seu companheiro de Mercedes na segunda colocação nos Emirados Árabes Unidos.

Andando novamente com pneus ultramacios, Hamilton cravou o tempo de 1min40s861 na sua melhor volta para se garantir na liderança, mas desta vez viu Rosberg andar bem mais próximo dele do que no primeiro treino. O alemão veio logo atrás, com 1min40s940, e mostrou que a disputa pela pole no treino de classificação deste sábado, às 11 horas (de Brasília), será bastante acirrada.

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Para ser campeão pela primeira vez na Fórmula 1, Rosberg precisa apenas de um terceiro lugar na prova de domingo, também marcada para começar às 11 horas, pois tem 12 pontos a mais do que Hamilton na classificação do campeonato. Entretanto, o inglês, tricampeão mundial, já começou a colocar pressão sobre o rival.

Já o alemão Sebastian Vettel, que havia sido o quinto colocado no primeiro treino do dia, terminou a sexta-feira em terceiro lugar ao cravar 1min41s130 com a sua Ferrari, deixando para trás o holandês Max Verstappen, quarto colocado com o tempo de 1min41s389.

O jovem piloto da Red Bull iniciou a sexta com um terceiro lugar antes de ser superado agora pelo tetracampeão mundial, mas ele voltou a ficar à frente do seu companheiro de equipe, o australiano Daniel Ricciardo, que também desceu uma posição em relação ao primeiro treino ao ficar em quinto com a marca de 1min41s390.

Também próximo de Ricciardo, o finlandês Kimi Raikkonen foi o sexto colocado com a sua Ferrari ao cravar 1min41s464. Assim, o campeão mundial de 2007 foi mais de meio segundo mais rápido do que o seu compatriota Valtteri Bottas, sétimo colocado com a sua Williams ao cronometrar 1min41s959.

Já Felipe Massa, que havia aberto o dia com um nono lugar, terminou a sexta em décimo ao percorrer a sua melhor volta em 1min42s268. O piloto da Williams, que encerra a sua carreira na Fórmula 1 neste final de semana em Abu Dabi, também foi superado neste segundo treino pela dupla da Force India formada pelo mexicano Sergio Pérez e pelo alemão Nico Hülkenberg, respectivos oitavo e nono colocados com os tempos de 1min42s041 e 1min42s264.

Outro que vive clima de despedida da F-1 neste final de semana, pois adiantou na quinta-feira que esta prova deverá ser a sua última na categoria, Jenson Button fechou o segundo treino livre em Abu Dabi em 12º lugar, com 1min42s823. O inglês da McLaren ficou logo atrás justamente do seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso, que foi quase meio segundo mais rápido ao cravar 1min42s366.

NASR - O brasileiro Felipe Nasr, por sua vez, terminou este segundo treino apenas na 18ª posição, após ter aberto o dia com um razoável 13º lugar. Ele superou, ao menos, o seu companheiro de Sauber, o sueco Marcus Ericsson, que desta vez foi o 19º após um ótimo 10º lugar pela manhã.

Sem saber se poderá seguir no grid da F-1 em 2017, Nasr tenta mostrar serviço em Abu Dabi para aumentar as suas chances de se manter na elite da categoria, na qual somou os seus dois únicos pontos do Mundial deste ano há duas semanas, no GP do Brasil. Já Ericsson, também sofrendo com o limitado carro da Sauber, ainda não pontuou.

Lewis Hamilton saiu na frente no capítulo inicial do final de semana do GP de Abu Dabi, prova que decidirá o título do Mundial de Fórmula 1, neste domingo (27), no circuito de Yas Marina. O piloto inglês cravou o tempo de 1min42s869 para liderar o primeiro treino livre da última corrida da temporada e superar com folga o alemão Nico Rosberg, seu companheiro de Mercedes, que ficou em segundo ao percorrer a sua melhor volta em 1min43s243.

Em busca do inédito título na categoria máxima do automobilismo, Rosberg tem 12 pontos de vantagem sobre Hamilton na liderança do Mundial e precisará de um terceiro lugar para assegurar a taça e evitar um possível tetracampeonato do inglês. Determinado a conquistar mais uma vitória após ter subido ao topo do pódio nas últimas três provas, nos Estados Unidos, no México e no Brasil, e também contando com uma prova ruim do alemão para triunfar novamente na F-1, o tricampeão voou baixo com pneus ultramacios e sob o calor de 29ºC registrado neste treino.

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Bem atrás do inglês, o alemão também superou por pouco o holandês Max Vestappen nesta primeira sessão livre. O jovem piloto da Red Bull ficou com o terceiro lugar ao cronometrar 1min43s297 e ficou logo à frente de seu companheiro de equipe, o australiano Daniel Ricciardo, que marcou 1min43s362.

A dupla da Red Bull, por sua vez, andou bem à frente do alemão Sebastian Vettel, que não conseguiu sequer andar na casa de 1min43s com a sua Ferrari, mas mesmo assim conquistou o quinto lugar ao cravar 1min44s005 na melhor das 27 voltas que percorreu neste primeiro treino em Abu Dabi.

MASSA - Prestes a disputar a sua última corrida como piloto de Fórmula 1, Felipe Massa abriu este emocionante final de semana para a sua carreira com um razoável nono lugar neste trabalho inicial de pista nos Emirados Árabes Unidos. O piloto da Williams marcou 1min45s039 para se garantir entre os dez primeiros e ficar logo à frente do sueco Marcus Ericsson, que surpreendeu ao conquistar o décimo lugar com a Sauber ao cravar 1min45s168.

Massa, porém, foi quase meio segundo mais lento do que espanhol Carlos Sainz, oitavo colocado com a Toro Rosso ao cronometrar 1min44s685. Já a sexta e a sétima posições ficaram respectivamente com o mexicano Sergio Pérez, da Force India, e com o finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari. O primeiro deles fez sua melhor volta em 1min44s155, enquanto o campeão mundial de 2007 marcou 1min44s556.

Outro destaque deste primeiro treino livre em Abu Dabi foi o mexicano Afonso Celis, piloto de testes da Force India, que conquistou o 11º lugar e superou, entre outros, a dupla de veteranos pilotos da McLaren. O espanhol Fernando Alonso amargou um 18º lugar, enquanto o inglês Jenson Button foi ainda pior ao ficar em 20º. Este último, por sinal, avisou na quinta-feira que esta deverá ser a sua última corrida como piloto de F-1, embora ainda tenha contrato com a equipe inglesa até 2018.

NASR - Precisando mostrar serviço no GP de Abu Dabi para ter maiores chances de conseguir se manter no grid da F-1, Felipe Nasr conquistou um bom 13º lugar neste primeiro treino livre, mas foi mais de meio segundo mais lento do que Ericsson, seu companheiro de Sauber. O sueco cravou 1min45s168, enquanto o brasileiro fez sua melhor volta em 1min45s778.

O segundo treino livre do GP de Abu Dabi começa às 11 horas (de Brasília) desta sexta-feira. No mesmo horário deste sábado acontecerá a sessão classificatória para o grid, assim como a largada da corrida será às 11 horas de domingo.

A expectativa era de uma briga intensa entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, que poderia ser campeão, no GP do Brasil. Mas um piloto que sequer terminou a corrida foi, de certa forma, o maior vencedor deste domingo em Interlagos. Felipe Massa encerrou a sua história na pista que conhece desde menino ao bater a sua Williams na entrada dos boxes, na volta 48. Desceu do carro, acenou para a torcida e foi saudado como se tivesse conquistado uma vitória. Foi aplaudido pela torcida, pelos integrantes de várias equipes, que se perfilaram na frente dos boxes para bater palmas, abraçado por amigos e familiares. Agradecido, chorou comovido com o reconhecimento.

A corrida, atribulada pela chuva forte, com duas interrupções, cinco bandeiras amarelas que colocaram o safety car por cerca de três dezenas de voltas, teve a vitória de Hamilton, que adiou a definição do título, um segundo lugar discretíssimo de Rosberg e um destaque maior: Max Verstappen, responsável pelos melhores momentos da prova com várias belas ultrapassagens e que fechou o pódio com o terceiro lugar.

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Outro destaque foi Felipe Nasr, que superou as limitações da Sauber e com uma estratégia eficiente de corrida fez seus primeiros pontos na temporada ao receber a bandeirada em nono lugar.

A briga pelo título fica para a última etapa, em Abu Dabi, daqui a duas semanas. Um terceiro lugar dará o título a Rosberg, que soma 367 pontos. Hamilton, que venceu pela primeira vez em Interlagos, tem 355, ou seja, 12 atrás.

Com a pista encharcada, o GP do Brasil começou sob bandeira amarela, com o safety car comandando o pelotão. O spray era forte e, nas duas primeiras voltas, com o aumento da chuva, muitos pilotos reclamaram da falta de visibilidade. Lewis Hamilton foi um deles. Max Verstappen, o outro. Mas com o passar do tempo, o holandês começou a demonstrar irritação, por entender que a direção de prova estava demorando a liberar a pista. A bandeira verde finalmente apareceu na sétima volta e Verstappen foi logo roubando o terceiro lugar de Kimi Raikkonen no S do Senna.

Como a chuva diminuiu, vários pilotos, entre eles Felipe Massa, trocaram pneus, colocando compostos intermediário. Como os tempos não melhoraram em relação aos pneus de chuva, pareceu que fizeram aposta em nova entrada no safety car, por algum acidente por exemplo, visando ganhar algumas posições.

O safety car foi novamente acionado, quando o sueco Marcus Ericsson, da Sauber, bateu na subida da reta dos boxes após perder o controle por "pisar" na linha branca e ficou parado no acesso ao pit lane. Com isso, os boxes foram fechados e apenas Verstappen e o australiano Daniel Ricciardo, ambos da Red Bull, conseguiram trocar os pneus. Enquanto isso, a dupla da Mercedes, o líder Lewis Hamilton e o segundo colocado Nico Rosberg, preferiam continuar com os pneus para chuva intensa.

A nova paralisação durou até o fim da 19.ª volta, mas a bandeira verde durou poucos segundos. Na relargada, Raikkonen bateu forte a sua Ferrari na reta dos boxes, rodou e por pouco não teve o carro atingido pelo de outros pilotos. O finlandês não conseguiu sequer iniciar a 20.ª volta.

A direção de prova, então, decidiu dar bandeira vermelha, paralisando a corrida, atendendo aos protestos dos pilotos. "Honestamente, está impossível de guiar. Eu quase bati no Kimi. Quantos acidentes precisarão ter?", chiou Sebastian Vettel pelo rádio.

Durante a interrupção, Massa e Ricciardo receberam más notícias: ambos foram punidos em cinco segundos. O brasileiro por ter ultrapassado o mexicano Esteban Gutierrez antes da linha do safety car e Ricciardo por ter entrado no boxe quando o acesso estava fechado por causa do acidente com Ericsson.

A corrida foi retomada depois de 34 minutos, com o safety car novamente à frente do pelotão e todos os pilotos com pneus para chuva intensa, por determinação do diretor de prova. Mesmo porque, a chuva continua forte em alguns trechos da pista.

Como a bandeira verde não vinha, a torcida começou a vaiar. A resposta da organização foi determinar nova bandeira vermelha, interrompendo novamente a prova. Com os polegares para baixo, sinalizando desaprovação, e vaias mais fortes, os protestos da torcida aumentaram. Este ano, o ingresso mais barato para o GP do Brasil custou R$ 570,00.

A decisão também irritou os pilotos. Hamilton, que vinha pedindo a saída do carro de segurança, era dos mais inconformados. Outros pilotos também demonstraram não entender a decisão. "A pista está boa", disse. "Por que pararam?", questionou Valtteri Bottas, da Williams. A segunda paralisação da prova levou dezenas de torcedores a deixar o autódromo.

O novo recomeço aconteceu com a pista bastante molhada, mas então foi possível enfim assistir à primeira manobra que justificou o GP. Verstappen partiu para cima de Rosberg, colocou o carro por fora e fez uma bela ultrapassagem na reta oposta, assumindo o segundo lugar. O talentoso holandês de 18 anos não parecia se importar com a chuva. Logo depois fez a então volta mais rápida da prova e de certa forma obrigou o líder Hamilton a acelerar para dar o troco e manter uma vantagem segura na ponta.

Na prática, enfim o GP do Brasil começara. Várias outras ultrapassaram ocorreram.... E Verstappen continuou dando um show. Demonstrou uma habilidade incrível na 38.ª volta, quando, depois de pisar na linha branca na entrada da reta dos boxes e ficar de lado, conseguiu controlar o carro, evitando bater no guardrail, e, na sequência, ainda segurou Rosberg, que tentou se aproveitar para roubar a posição.

O público remanescente em Interlagos trocou a vaia pela vibração, até porque os pegas se sucediam. Em um deles, envolvendo os campeões mundiais Fernando Alonso e Sebastian Vettel, o espanhol da McLaren reclamou que o alemão da Ferrari o jogou para fora da pista.

Mas, na volta 48, a alegria de boa parte da torcida transformou-se em emoção. Felipe Massa terminou a sua história no GP do Brasil ao bater na entrada dos boxes - foi mais uma vítima da faixa branca - e ser obrigado a deixar a corrida. O brasileiro deixou o carro, saudou a torcida, foi aplaudido e, erguendo uma bandeira do Brasil sobre as costas, com expressão desapontada, foi caminhando lentamente para o boxe.

Emocionado, Massa não conseguiu conter o choro. Ao chegar na área de boxe, foi aplaudido por integrantes de todas as equipes, abraçado por mecânicos da Ferrari e da Williams, depois de soluçar nos ombros da mulher, Rafaella, que foi recepcioná-lo junto com o filho Felipinho.

Naquele momento, não havia barulho de motores na pista. A corrida foi novamente paralisada, com bandeira amarela. Mas a torcida, que pouco antes vaiara a corrida sob safety car, não ligou para essa interrupção.

"Não esperava (a reação carinhosa da torcida), é uma emoção difícil explicar", disse Massa, ainda chorando. "Peço desculpas, gostaria de ter acabado a corrida. Só tenho a agradecer por esse dia inesquecível".

A parte final do GP foi de um só piloto: Max Verstappen. Depois de trocar os pneus - a equipe optou pelos de chuva intensa em vez dos intermediários -, ele caiu para 12.º lugar, mas saiu ultrapassando um adversário atrás do outro, com garra e ousadia, e ainda chegou ao pódio.

Assim, uma corrida que teria tudo para ser sem graça, acabou valendo pela festa para Massa, pela manutenção da briga pelo título. E, sobretudo, por Verstappen. Ele só não fez chover, mas pilotou com maestria numa pista encharcada.

Confira a classificação final do GP do Brasil:

1.º - Lewis Hamilton (Mercedes/Grã-Bretanha) - em 3h01min01s335, após 71 voltas

2.º - Nico Rosberg (Mercedes/Alemanha) - a 11s455

3.º - Max Verstappen (Rad/Bull/Holanda) - a 21s481

4.º - Sergio Perez (Force India/México) - a 25s346

5.º - Sebastian Vettel (Ferrari/Alemanha) - a 26s334

6.º - Carlos Sainz Jr. (Toro Rosso/Espanha) - a 29s160

7.º - Nico Hulkenberg (Force India/Alemanha) - a 29s827

8.º - Daniel Ricciardo (Red Bull/Austrália) - a 30s486

9.º - Felipe Nasr (Sauber/Brasil) - a 42s620

10.º - Fernando Alonso (McLaren/Espanha) - a 44s432

11.º - Valtteri Bottas (Williams/Finlândia) - a 45s292

12.º - Esteban Ocon (Manor/França) - a 45s809

13.º - Daniil Kvyat (Toro Rosso/Rússia) - a 51s192

14.º - Kevin Magnussen (Renault/Dinamarca) - a 51s555

15.º - Pascal Wehrlein (Manor/Alemanha) - a 1min00s498

16.º - Jenson Button (McLaren/Grã-Bretanha) - a 1min21s994

Não completaram a corrida:

Esteban Gutierrez (Haas/Mexico)

Felipe Massa (Williams/Brasil)

Jolyon Palmer (Renault/Grã-Bretanha)

Kimi Raikkonen (Ferrari/Finlândia)

Marcus Ericsson (Sauber/Suécia)

Romain Grosjean (Haas/França)

Em 2000, dois adolescentes companheiros de equipe no kart jantavam juntos durante um fim de semana de prova. Quase em um delírio juvenil, a dupla brincou que futuramente se encontraria na Fórmula 1 para novamente serem colegas e, quem sabe, disputar um título mundial. A previsão foi certeira.

Pela terceira temporada seguida, o alemão Nico Rosberg e o inglês Lewis Hamilton, ambos da Mercedes, disputam o título mundial da categoria mais importante do automobilismo mundial. A vantagem é do piloto alemão, vice-campeão em 2014 e 2015, e autor do relato do início do texto com exclusividade ao jornal O Estado de S.Paulo.

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"Conheço o Lewis desde os 13 anos. É tanto tempo que parece que sempre fomos companheiros de equipe", disse Rosberg, que pode repetir o feito do pai, o finlandês Keke Rosberg, vencedor da temporada de 1982. Se concretizar a conquista neste domingo, em Interlagos, será o segundo caso de pai e filho campeões na Fórmula 1. O primeiro foi dos britânicos Graham e Damon Hill.

As coincidências nas biografias dos rivais começaram no ano do nascimento de ambos, 1985, e se estendem ao endereço onde moram. Os pilotos da Mercedes vivem no mesmo prédio em Mônaco. Entre o kart e a chegada à Fórmula 1, os dois tiveram trajetórias parecidas. O alemão ganhou o campeonato local de Fórmula BMW em 2002. O inglês alcançou façanha similar no ano seguinte, ao conquistar a Fórmula 3 Britânica. Em 2005, Rosberg festejou a última categoria de acesso à F-1, a GP2, vencida na sequência pelo inglês.

O caminho natural das carreiras os levou para a principal categoria do automobilismo quase juntos. O atual líder do Mundial estreou em 2006, pela Williams. Hamilton veio no ano posterior, ao ganhar espaço na McLaren, escuderia na qual integrou o programa de formação de pilotos desde 1998.

A dupla se encontrou na Mercedes na temporada de 2013 e, como os dois têm contrato com a equipe até 2018, eles vão continuar com as respectivas biografias atreladas às disputas nas pistas um contra o outro.

O convívio entre os pilotos não é mais tão inocente como na época do kart. Os concorrentes tiveram momentos complicados e de rivalidade acirrada nas corridas, como em duas ocasiões neste ano. Na Espanha, colidiram entre si na primeira volta e abandonaram a prova. Na Áustria, o toque foi na volta final, com o alemão prejudicado, pois perdeu a liderança para Lewis e chegou em quarto. A chefia da Mercedes chegou a recomendar aos dois mais cuidado para que não prejudicassem o campeonato de construtores.

Para evitar o título de Rosberg em São Paulo, Lewis não descarta novos conflitos em Interlagos. "Estamos aqui para competir firme. Quero ganhar pela primeira vez em Interlagos e não tenho nada a perder na corrida", avisou o inglês.

Nico Rosberg tem a chance neste domingo, em Interlagos, de compensar o gosto amargo que sentiu do vice-campeonato da Fórmula 1 nos dois últimos anos. Após ver o companheiro de Mercedes, Lewis Hamilton, levar a melhor em 2014 e 2015, é o alemão o líder e único que pode sair como campeão do GP do Brasil, a penúltima etapa da temporada. Apesar da reviravolta no Mundial, que lhe permite comemorar antecipadamente a conquista inédita com uma vitória no Brasil, garante que não se trata de revanche.

O piloto recebeu o jornal O Estado de S.Paulo para uma entrevista exclusiva no hotel onde está hospedado, na zona sul da capital paulista. A cidade e o País são familiares ao alemão, vencedor das duas últimas provas em Interlagos e de longa relação com o País de Senna, Fittipaldi e Piquet.

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Nico buscou na internet vídeos do tricampeão Ayrton Senna para apreciar no tempo livre, mas diz que o momento decisivo não traz pressão para que consiga repetir o feito do pai. O finlandês Keke Rosberg, campeão em 1982, é figura distante na atual vida do piloto, que preferiu não se aprofundar no assunto. "O único conselho dele para mim é para eu acelerar", disse.

Você já se sente pressionado para repetir o título que o seu pai conquistou em 1982?

Não tanto. Eu tenho muito orgulho do que o meu pai conseguiu na Fórmula 1, mas não é comparável à minha situação. Falamos de outra época, bem diferente.

Já sofreu com comparações?

Sofri um pouco quando era mais novo porque havia muito interesse sobre mim. Quanto mais interesse tem, mais complicado se torna porque eu era conhecido como "o filho do Rosberg". Todo mundo queria saber o que eu estava fazendo, então isso foi um pouco complicado às vezes. Mas pude me adaptar a isso rapidamente. Talvez isso tenha até me preparado para a Fórmula 1, onde se tem muito mais interesse por tudo o que envolve os pilotos da categoria.

Para ser campeão no Brasil, você só precisa repetir o resultado dos dois últimos anos, quando dominou o fim de semana e foi o vencedor. Isso facilita?

Eu não fico pensando na matemática para ser campeão. Eu quero somente manter as coisas simples. É assim que funciono melhor, para que possa ter uma performance melhor também. É isso. Melhor não ficar pensando. Interlagos é uma pista incrível, apesar de não ser fácil. É uma pista onde o piloto faz a diferença, com boas chances de ultrapassagem, com longas retas. E nós sempre podemos ver corridas empolgantes, o que é legal.

Você considera essa chance de título uma oportunidade de revanche contra o Lewis Hamilton depois de ter sido dois anos vice?

Eu não considero uma revanche. Sequer penso nisso ou nas últimas temporadas da Fórmula 1. Pensar em revanche não me fará ir mais rápido na pista de Interlagos neste fim de semana. Não planejo comemorações também. Não vale a pena gastar energia em algo incerto. A única coisa em que penso é em ganhar esta corrida.

Como está a sua relação com o companheiro Lewis Hamilton?

A nossa relação é natural. Algumas vezes está melhor, em outras, está pior. Tudo depende do momento. A relação é sempre intensa porque estamos competindo por vitórias nas corridas. Então, sempre será difícil. Mas nós nos respeitamos, temos uma convivência boa.

Ter se tornado pai no ano passado te ajudou de que forma na pista? Você tem sido muito eficiente neste ano.

Eu estou feliz na minha vida pessoal. Na minha opinião, a vida privada sempre tem uma conexão com o seu trabalho. Quando você chega ao seu trabalho feliz, sorrindo, isso te ajuda e tudo vai ser melhor. Isso me ajudou muito nas pistas.

Quem foi sua grande inspiração como piloto na Fórmula 1?

Minha inspiração foi o finlandês Mika Hakkinen (campeão mundial em 1998 e 1999). Eu torcia por ele quando era novo, seguia as batalhas dele contra Michael Schumacher. Era fantástico. Meu pai era o empresário dele, então tínhamos uma certa conexão.

Este ano é a última corrida do Felipe Massa em Interlagos. Fora isso, ainda não há brasileiros confirmados na Fórmula 1 para a próxima temporada. O que acha dessa situação?

Tenho uma ótima relação com o Felipe (Massa). Ele é um cara ótimo. É uma perda para o nosso esporte a saída dele (ao fim desta temporada) porque teve muito sucesso, fez grandes coisas, tendo o apoio dos brasileiros. Mas tudo tem o seu final em alguma hora. Felipe pode ter orgulho da carreira que construiu na categoria, com certeza. Eu espero que os brasileiros tenham um compatriota, de novo, em um bom carro lutando por pódios em breve na categoria.

O Brasil está vinculado à sua história desde muito cedo. O seu pai correu em uma equipe brasileira...

Sim! Ele passou no começo da carreira pela Copersucar (em 1980 e 1981). Wilson Fittipaldi (chefe da equipe) fez muito para a carreira dele na Fórmula 1. Eu me lembro das histórias que meu pai contava quando estava fazendo testes aqui no Brasil, sempre no Rio de Janeiro, durante o inverno. Eles se divertiam muito. Depois disso, é claro, lembro do Ayrton Senna e de outras lendas brasileiras como Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, esses caras todos.

Depois da Alemanha, o Brasil é o país onde você tem mais seguidores no Twitter. Como explica esse carinho?

Isso é surpreendente. O meu Twitter tem muitos usuários (seguidores) no Brasil porque eu ganhei os dois últimos GPs do País. Certeza que isso ajudou. Mas estou muito agradecido por esse carinho. É incrível ter todo esse apoio. Aqui é uma corrida com muita carga emocional. Sempre torcem muito pelos pilotos da casa. A cantoria que tem na hora no pódio é legal também.

Já veio ao Brasil outras vezes sem ser pela Fórmula 1?

Sim, já vim aqui uma vez de férias. Visitei "Floripa" em 2007. É um lugar maluco! Quem sabe retorne no futuro para trazer minha filha. Mas ainda sem planos no momento.

O público em Interlagos sempre canta o nome do Ayrton Senna. Você chegou a ver corridas dele?

Dias atrás fui ver na internet corridas antigas dele e do Alain Prost. Lembro que vi algumas disputas no México e em Suzuka, no Japão. Não me lembro exatamente do ano. Gostei de ver algumas provas em Mônaco também. As batalhas entre eles eram bem interessantes. Quis ver também aquela corrida em Donington Park (na Inglaterra, no GP da Europa de 1993) sob chuva forte. O começo dela foi incrível. (Ayrton Senna ultrapassou quatro adversários na primeira volta para assumir a liderança em seguida).

Após ser superado pelo inglês Lewis Hamilton nos dois primeiros treinos livres do GP do Brasil, o alemão Nico Rosberg deu o troco na terceira sessão, na manhã deste sábado, tirando vantagem do tempo chuvoso em São Paulo. Em busca da vitória no Autódromo de Interlagos para selar o título da temporada, Rosberg cravou o melhor tempo do fim de semana até agora, com 1min11s740. Na sexta-feira, seu companheiro de Mercedes anotara 1min11s895 como melhor marca do dia.

Hamilton, que tenta impedir o título antecipado do rival no Brasil, foi melhor do que na sexta, ao registrar 1min11s833. Porém, não se mostrou tão bem adaptado à pista molhada de Interlagos quanto Rosberg. O piloto inglês chegou a rodar na pista, ainda no começo da sessão. Ele escapou do traçado na saída da reta oposta.

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O terceiro treino livre exigiu mais das equipes e dos pilotos por causa das condições opostas em comparação às duas sessões de sexta, realizadas sob tempo seco e forte calor. Assim, os times precisaram começar do zero no ajuste dos seus carros. Se o segundo treino, na tarde de sexta, teve início com 53 graus na pista, neste sábado, a temperatura era de 22 graus no começo da terceira sessão.

Com o mau tempo, os carros foram para a pista com pneus de chuva. Hamilton foi uma das exceções ao optar pelos compostos macios. Não por acaso rodou logo no começo. Mas, na sequência, abriu as voltas rápidas, tentando mostrar força. Acabou sendo superado na parte final da atividade por Rosberg quando a pista já secava, com pneus macios.

Depois da Mercedes veio a Ferrari, nesta manhã. Superada pela Williams na segunda sessão, a equipe italiana reagiu e dominou o terceiro e o quarto lugar, com o alemão Sebastian Vettel (1min11s959) e o finlandês Kimi Raikkonen (1min12s027). A Red Bull veio logo atrás, com o holandês Max Verstappen em quinto e o australiano Daniel Ricciardo em sexto, com 1min12s287. Verstappen, que fora o segundo melhor no primeiro treino livre, anotou 1min12s077.

Companheiro de Felipe Massa na Williams, o finlandês Valtteri Bottas foi o sétimo mais veloz desta sessão, com 1min12s614. O brasileiro foi o nono colocado, com 1min12s990. Entre eles, estava o britânico Jolyon Palmer (1min12s968), que definiu sua permanência na Renault para 2017 neste fim de semana. O espanhol Fernando Alonso, da McLaren, completou o Top 10 neste terceiro treino livre, com 1min13s002.

Felipe Nasr teve dificuldades na pista molhada. Foi apenas o 20º e antepenúltimo colocado, com o tempo de 1min13s992. Só foi mais rápido que o francês Esteban Ocon, da Manor, com 1min14s222, e que o sueco Marcus Ericsson, seu companheiro na Sauber. Ele completou apenas uma volta, em razão de problemas no motor, e não chegou a registrar tempo.

O treino foi marcado ainda por uma escapa do francês Romain Grosjean, da Haas, e por um susto que Felipe Massa levou na primeira metade do treino. Um guarda-chuva quase atingiu o carro do brasileiro na entrada do "S do Senna". O objeto caiu a poucos metros de onde o brasileiro passou durante uma volta rápida, sem atingi-lo.

Os pilotos voltam à pista às 14 horas para a definição do grid de largada do GP do Brasil, no treino classificatório. O tempo segue instável em Interlagos e a tendência é que a sessão decisiva seja realizada em pista úmida, com chances de novas pancadas de chuva.

Na luta para alcançar seu companheiro de Mercedes, Nico Rosberg, e impedir que o Mundial de Fórmula 1 termine no GP do Brasil, Lewis Hamilton começou bem a sexta-feira (11) ao liderar a primeira sessão de treinos livres da prova que será realizada neste domingo no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Com pneus macios, o piloto inglês cravou o tempo de 1min11s895 para ficar com a primeira posição, sendo que o jovem holandês Max Verstappen, da Red Bull, surpreendeu ao superar Rosberg e terminar a manhã em segundo lugar ao cronometrar 1min11s991 em sua melhor volta.

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Líder do Mundial, com 19 pontos de vantagem para Hamilton, Rosberg fechou este primeiro treino em terceiro ao marcar 1min12s125 e ficou logo à frente do australiano Daniel Ricciardo, que garantiu o quarto melhor tempo ao percorrer a melhor das 27 voltas que deu em 1min12s371.

Outro destaque deste primeiro treino livre em Interlagos foi o finlandês Valtteri Bottas, da Williams, que obteve o quinto lugar ao cravar 1min13s129. O seu tempo, porém, foi muito mais lento do que o de Ricciardo.

Já Felipe Massa, que conhece muito bem a pista brasileira, assegurou a oitava colocação com o tempo de 1min13s318 com sua Williams. Os dois pilotos do time inglês ficaram entre a dupla da Force India, com o mexicano Sergio Pérez e o alemão Nico Hülkenberg conquistando respectivamente a sexta e a sétima posições. O primeiro cravou 1min13s289 e superou por muito pouco o companheiro de equipe, que cronometrou 1min13s293.

Massa, por sua vez, já começou a receber homenagens nesta que será a sua última participação no GP do Brasil, pois ao final desta temporada ele irá se aposentar da F-1. A Williams estampou o sobrenome do piloto no lugar do principal patrocinador da equipe, que cedeu espaço para a reverência ao brasileiro que já venceu por duas vezes em Interlagos, em 2006 e 2008.

NASR - Já Felipe Nasr foi para a pista com a sua Sauber exibindo um capacete com pintura especialmente feita para o GP do Brasil, trazendo a bandeira nacional para contrastar com o vermelho predominante do equipamento de segurança.

Ainda sem saber se poderá seguir no grid da F1 em 2017, pois não terá eu contrato renovado pela Sauber, Nasr fechou esse primeiro treino na 16ª posição, que pode ser considerada boa pelas limitações de seu carro nesta temporada. Entretanto, este treino contou com a participação de uma série de pilotos reservas, entre eles o russo Sergey Sirtokin ocupando o lugar do titular Kevin Magnussen na Renault e o monegasco Charles Leclerc substituindo o mexicano Esteban Gutiérrez na Haas.

FERRARI FECHA TOP 10 - A Ferrari esteve longe de andar entre os primeiros colocados neste treino inicial de sexta-feira e viu o alemão Sebastian Vettel (1min13s567) e o finlandês Kimi Raikkonen (1min13s569) fecharem o Top 10 com a conquista das respectivas nona e décima posições.

E as quatro colocações seguintes também vieram com dobradinhas de pilotos da mesma equipe, com o espanhol Carlos Sainz Jr (11º) e o russo Daniil Kvyat (12º) pela Toro Rosso seguidos pelo inglês Jenson Button (13º) e o espanhol Fernando Alonso (14º), da McLaren.

A primeira atividade de pista do GP do Brasil foi realizada sob tempo quente e sol no circuito de Interlagos, onde a temperatura do asfalto chegou a 43ºC e vários pilotos, entre eles o francês Romain Grosjean, da Haas, testaram o halo, novo equipamento de segurança que serve para proteger o cockpit.

Pilotos mostraram certa dificuldade diante das novas "lavadeiras" do circuito. Mais altas, elas deram trabalho na curva 2, no S do Senna, no Pinheirinho e no Bico do Pato.

A segunda sessão de treinos livres do GP do Brasil começa às 14 horas desta sexta-feira, enquanto o último será às 11h deste sábado, quando o treino qualificatório para o grid será às 14h, mesmo horário da largada da corrida de domingo, quando ocorrerá a disputa da penúltima etapa deste Mundial de Fórmula 1.

Nico Rosberg está muito perto de garantir o seu primeiro título mundial de Fórmula 1. Com 19 pontos de vantagem para Lewis Hamilton e com um retrospecto altamente positivo em Interlagos, ele precisa vencer a prova do próximo domingo para não depender de seu rival e garantir a taça. Apesar disso, o alemão prefere manter os pés no chão e não quer fazer contas para se concentrar somente na pista.

"É empolgante lutar pelo titulo, estou lutando há três anos. Não penso em matemática durante a prova. Eu tento concentrar em minha performance e atuar da melhor maneira possível. Quero tentar fazer de tudo para vencer a corrida. De resto vamos ver o que acontece", disse ele, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.

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Depois de disputar o título e ser derrotado por Hamilton nos dois últimos anos, Rosberg conseguiu, em 2016, ter um desempenho bem mais constante e está bem perto de atingir seu grande objetivo. Para ele, um dos segredos disso é a sua família. "Sempre tento melhorar em cada área para melhorar na competição. Quando cheguei aqui (no Brasil) estava feliz, porque tive uma semana em casa, aproveitei muito, relaxei, foi excelente. Com certeza estar casado e ter sido pai foi positivo".

Questionado sobre a sua relação com Hamilton, o piloto alemão preferiu não entrar em polêmicas, mas deixou claro que a convivência não é das mais amigáveis. "Nós temos respeito um pelo outro, desde o tempo em que fomos colegas no kart. Tem altos e baixos. Temos uma relação natural, de respeito e intensa como dois companheiros que disputam o mesmo objetivo."

Apesar disso, Rosberg negou que a rivalidade entre eles chegue ao nível de Alain Prost e Ayrton Senna. "É uma honra ser comparado a essa rivalidade, mas para mim não é comparável. Temos uma grande rivalidade, uma grande batalha, às vezes estamos perto até demais, infelizmente (risos). Vamos ter mais anos juntos, então vamos lutar mais vezes."

Durante a entrevista, o alemão também fez questão de valorizar Felipe Massa, piloto brasileiro que confirmou a sua aposentadoria da modalidade para o final da atual temporada. "Ele teve uma grande carreira, longo sucesso, fez muito para o esporte. Teve grandes batalhas no passado, principalmente contra o Hamilton em 2008. É triste para a Fórmula 1 que ele esteja saindo. Vamos torcer para ter um outro brasileiro em um grande carro. Será ótimo para o esporte e o Brasil merece isso."

O inglês Lewis Hamilton conquistou a segunda vitória consecutiva na temporada de 2016, neste domingo, no GP do México e manteve a esperança de conquistar o tetracampeonato da Fórmula 1. A primeira colocação encurtou a distância para o companheiro de Mercedes, o alemão Nico Rosberg, em 19 pontos.

No entanto, quase que um problema logo na largada colocou fim ao sonho de Lewis Hamilton. Na primeira curva, o inglês travou o pneu dianteiro direito e precisou cortar caminho pela grama para garantir a primeira colocação.

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Na entrevista coletiva, Lewis Hamilton informou que teve um problema na volta de apresentação por conta de uma diferença de temperatura nos freios. "Na largada, quando cheguei à curva, bloquei e quase bati no muro. As vibrações que tive no pneu foram as maiores que já senti. Estava muito rápido. Por sorte não fui parar no muro", comentou.

Lewis Hamilton também comentou a marca histórica alcançada neste domingo. Com o triunfo, chegou a 51 vitórias na carreira, igualando o francês Alain Prost. Os dois só estão atrás do alemão Michael Schumacher, que tem 91. "O mais importante é a equipe porque é incrível, fantástico. Creio que a metade das vitórias tenha sido com essa equipe, que é formada por um grupo de pessoas incríveis", disse.

Apesar de ver a distância diminuir, Nico Rosberg reconheceu que a vitória do companheiro de equipe foi merecida e minimizou a polêmica do início da corrida, quando Lewis Hamilton cortou caminho pela grama e se manteve na primeira colocação. "Está tudo certo. Tenho de lidar com o fato de ter finalizado em segundo. Lewis foi mais rápido e mereceu a vitória", reconheceu. "Agora vou para o Brasil tentar alcançar a vitória por lá", emendou o alemão.

Para ficar com a taça inédita de campeão da temporada, Nico Rosberg precisa apenas de uma vitória no GP do Brasil. Com isso, abriria ao menos uma distância de 26 pontos e já não poderia ser mais alcançado por Lewis Hamilton.

O inglês Lewis Hamilton optou por um discurso cauteloso após garantir a pole position para o GP do México, que tem largada prevista para este domingo, às 17 horas (de Brasília). Pressionado pela possibilidade de título do companheiro de Mercedes, o alemão Nico Rosberg, o tricampeão mundial avisou que ainda não tem estratégia para vencer a corrida.

"Não há estratégia. Vou tentar fazer o meu trabalho e fazer a mesma coisa que fiz na última corrida (quando venceu nos Estados Unidos). Até agora, as coisas têm ido bem no final de semana. Pensando na corrida, as etapas mais longas costumam ser boas, o carro se comporta bem. Então espero apenas me dar bem na pista", comentou.

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Lewis Hamilton está 26 pontos atrás do companheiro de Mercedes, que largará em segundo. O alemão, inclusive, pode conquistar o título no México. Para isso, precisa vencer a corrida e o inglês não conseguir terminar entre os nove melhores.

Apesar desta pressão, Lewis Hamilton diz que a sua maior preocupação está no traçado do circuito. "É sempre uma batalha dura. Definitivamente, foi um grande desafio, como é de costume nessa pista. Mas o traçado está bem melhor do que no ano passado, o que é importante", comentou.

Nico Rosberg comemorou a segunda colocação no grid devido à dificuldade encontrada por conta do calor na pista. Segundo o alemão, os pneus estavam sempre em uma temperatura mais baixa. "Estou relativamente feliz. Estar na primeira fila pelo menos me deixa com grandes chances na corrida de amanhã (domingo)", opinou. "Tive dificuldades no início, mas consegui melhorar no fim", emendou.

O alemão ficou durante praticamente todo o Q3 na quarta colocação, atrás de Lewis Hamilton e dos dois carros da Red Bull - do holandês Max Verstappen e do australiano Daniel Ricciardo. No entanto, com o cronômetro já zerado, encaixou uma boa volta e garantiu um lugar ao lado do companheiro de equipe no grid. "Estou otimista. Já vimos esse ano que a pole position não significa tudo. Ainda temos oportunidades pela frente, e vamos tentar aproveitar isso", concluiu.

Lewis Hamilton faz o que pode para manter viva a briga pelo título da Fórmula 1 em 2016. Neste sábado, o britânico da Mercedes comemorou a primeira pole position conquistada no circuito de Austin, palco do GP dos Estados Unidos, e revelou que teve de superar uma antiga dificuldade que encontrava no traçado do Texas.

"Nós temos trabalhado muito duro e essa pole é uma boa recompensa para todos na equipe. Eu estou muito feliz que tudo deu certo hoje, garantindo minha primeira pole nos Estados Unidos", afirmou o piloto, antes de falar sobre ter superado seus limites.

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"Eu sempre fui bastante mal na primeira curva, acho difícil acertar a linha e perdia tempo nessa parte do circuito. Mas hoje eu finalmente acertei, e era a hora disso acontecer", acrescentou Hamilton, primeiro colocado do treino classificatório com o tempo de 1min34s999, recorde da pista.

A distância na tabela para Nico Rosberg é grande, 33 pontos, e Hamilton não depende de si mesmo para ser campeão. Caso vença todas as quatro provas restantes, o alemão pode ficar com a taça ao conquistar três segundos lugares e um terceiro.

"Eu me sinto forte nesse final de semana e vou para domingo como se fosse uma corrida como as outras. Nós trabalhamos muito para melhorar nossas largadas, assim como o ritmo de corrida, e não vejo a hora de ir para a prova de amanhã", finalizou Hamilton.

Líder isolado na temporada, com 313 pontos, Rosberg fez uma ótima volta no Q3, com 1min35s215, mas acabou superado pelo companheiro de equipe. O alemão, no entanto, não abaixa a cabeça e acredita que pode superar Hamilton no domingo.

"Eu fiz uma boa volta na minha última tentativa no Q3, mas infelizmente não foi o suficiente, já que Lewis encontrou um tempo extra no primeiro setor. Como vimos neste ano, não importa muito a posição de classificação, então eu acredito que ainda tenho uma grande chance de vencer a prova de amanhã (domingo)", comentou.

Rosberg já tem um plano na cabeça para superar o rival. "Vou tentar alcançar Lewis já na primeira curva, mas este é um circuito com muitas oportunidades além dessa. Seria fantástico sair daqui no domingo à noite com minha primeira vitória nos Estados Unidos", disse.

Pressionado pela vantagem de 33 pontos do alemão Nico Rosberg na liderança do Mundial de Pilotos, o inglês Lewis Hamilton começou a tentar dar uma resposta ao seu companheiro de equipe na Mercedes nesta sexta-feira e liderou o primeiro treino livre do GP dos Estados Unidos, no Circuito das Américas, em Austin, que recebe neste fim de semana a 18ª das 21 etapas da temporada 2016 da Fórmula 1.

Hamilton vive um momento ruim na temporada, não tendo vencido nenhuma das últimas cinco provas do campeonato, período em que Rosberg somou quatro triunfos, assumiu a liderança do campeonato e ficou mais próximo de assegurar o primeiro título mundial da sua carreira.

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Por isso, Hamilton precisa dar uma resposta imediata para seguir com chances reais de ser campeão. E o GP dos Estados Unidos parece ser o palco ideal para isso, afinal, o inglês venceu três das quatro provas já realizadas no Circuito das Américas, o palco do seu terceiro título, assegurado no ano passado.

Nesta sexta-feira, então, em uma sessão de treinos livres completamente dominada pela Mercedes, Hamilton mostrou que não pretende deixar Rosberg com vida fácil na reta final do campeonato. E o inglês marcou o melhor tempo da sessão inicial com a marca de 1min37s428. Rosberg, pole position nos últimos dois anos nos Estados Unidos, foi o segundo melhor, com o tempo de 1min37s743.

Além da disputa entre os pilotos da Mercedes, o que também chamou a atenção no primeiro treino livre em Austin foi a larga vantagem imposta para as demais equipes. Quem mais se aproximou foi o holandês Max Verstappen, da Red Bull, o terceiro colocado com 1min39s379, quase dois segundos, portanto, mais lento do que Hamilton.

O piloto da Red Bull foi seguido de perto pelo finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, que marcou 1min39s407. Logo em seguida veio o alemão Nico Hulkenberg, da Force India, em quinto lugar, à frente do finlandês Valtteri Bootas da Williams, que testou o Halo, painel de proteção ao cockpit.

O australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, ficou na sétima posição. E a relação dos dez primeiros colocados da sessão inicial em Austin foi completada, em ordem, pelo alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, pelo russo Daniil Kvyat, da Red Bull, e pelo espanhol Carlos Sainz Jr., da Toro Rosso.

Fazendo a sua temporada de despedida da Fórmula 1, Felipe Massa fechou o treino em 11º lugar, com 1min40s191. Logo depois veio o outro brasileiro do grid, Felipe Nasr, com 1min402s287, quatro posições à frente do sueco Marcus Ericsson, seu companheiro de equipe na Sauber.

Os dois pilotos da McLaren abriram o fim de semana de modo discreto. O espanhol Fernando Alonso foi o 13º colocado, enquanto o inglês Jenson Button fechou a sessão em 18º lugar.

O segundo treino livre para o GP dos Estados Unidos será disputado a partir das 17 horas (de Brasília) desta sexta-feira. O treino de classificação está agendado para as 16h do sábado. Já a largada da 18ª etapa da temporada 2016 ocorrerá às 17h deste domingo.

A Mercedes conquistou no último domingo o tricampeonato do Mundial de Construtores na Fórmula 1, mas as celebrações ainda estão acontecendo. Nesta quarta-feira (12), a equipe comemorou com os funcionários das sedes de Brackley e Brixworth, na Grã-Bretanha, e os pilotos Nico Rosberg e Lewis Hamilton estavam entre os mais orgulhosos do trabalho.

"Estou aqui desde o primeiro dia deste projeto em 2010 e é realmente fenomenal a jornada que fizemos juntos para nos tornarmos a melhor equipe da Fórmula 1, fazendo história no caminho e reescrevendo os livros de recordes", comentou o alemão Rosberg, líder do Mundial de Pilotos com 313 pontos.

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O britânico Hamilton aproveitou para endossar o discurso do companheiro. "Posso representar todos estes funcionários na pista e estou empolgado por estar indo para o quarto ano junto deles. Espero que venham muitos anos mais além. Mas, por ora, é importante que todos nós celebremos esse momento. Juntos, nós fizemos história", disse o atual vice-líder da temporada, com 33 pontos de desvantagem para o primeiro colocado.

A hegemonia da Mercedes nos últimos três anos é mesmo digna de nota. Na atual era das unidades de potência turbo híbridas, iniciada em 2014, a equipe conquistou pole position em 52 de 55 Grandes Prêmios. Somente em 2016, a equipe faturou 15 vitórias, 16 poles e 25 pódios em 17 provas, liderando mais de 80% das voltas.

"Estou incrivelmente orgulhoso de pilotar os carros que todas essas pessoas fizeram. Cada uma das últimas três temporadas que passaram, Nico e eu tivemos sem dúvida não os melhores carros do grid, mas os melhores carros que pilotamos na história. Como pilotos, somos somente um pequeno elo na corrente. Nós devemos muito a estes trabalhadores", acrescentou Hamilton, campeão mundial em 2014 e 2015 com a Mercedes.

Após o bicampeonato do britânico, Rosberg está muito próximo de levar o título deste ano. Com nove triunfos até o momento, ele pode até abrir mão de vencer para ser campeão. Mesmo que Hamilton ganhe as quatro corridas restantes, o alemão pode garantir o troféu com três segundos lugares e um terceiro.

"Eu estou ansioso para as últimas quatro corridas, quero ir até lá e dar tudo de mim. Vai ser uma batalha intensa entre Lewis e eu, e espero que todos em Brackley e Brixworth possam curtir um pouco mais agora na ponta das poltronas", disse.

O final de semana em Suzuka foi perfeito para Nico Rosberg. Após o bom desempenho apresentado nos treinos livres e a pole position conquistada, o alemão venceu o GP do Japão na madrugada deste domingo e ampliou a vantagem na liderança do Mundial de Pilotos da Fórmula 1. Após a corrida, o piloto da Mercedes vibrou bastante com o resultado, mas alertou que ainda não é hora de relaxar.

"Que final de semana maravilhoso! Foi ótimo desde que as luzes verdes se acenderam na sexta-feira. Eu tive um bom ritmo nos treinos, um forte qualificatório, uma largada decente e com a liderança eu pude controlar o ritmo da corrida", comentou. "Vim ao Japão para vencer e consegui, o que é muito especial. É um sentimento fantástico vencer nesse circuito lendário."

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Rosberg venceu pela primeira vez, após a sua terceira pole em Suzuka, e abriu para 33 pontos (313 a 280) a vantagem em relação ao seu companheiro de equipe, o britânico Lewis Hamilton, que chegou em terceiro lugar e contribuiu com a conquista da Mercedes no Mundial de Construtores já neste domingo.

A quatro provas do final da temporada, Rosberg parabenizou a sua equipe, chamou os mecânicos para celebrar o título, mas avisou que ainda não pode fazer a festa que gostaria, pois a conquista individual precisa ser selada.

"Um grande parabéns a todos os meus colegas aqui no Japão, nas sedes de Brackley e Brixworth, e aos centenas de milhares de empregados da Daimler pelo terceiro título do Mundial de Construtores. Um enorme obrigado para cada uma das pessoas e todos os patrocinadores que fizeram isso possível. Eles merecem muito pelo inacreditável apoio durante os últimos anos, então vamos festejar bastante", comentou o alemão.

"Eu mesmo vou comemorar um pouco também, mas não muito. A temporada ainda não acabou, temos algumas provas pelo mundo, então preciso manter minha energia lá em cima. Agora precisamos focar nas quatro corridas que faltam", alertou o líder da Fórmula 1.

Para ser campeão, Rosberg pode até mesmo abrir mão de vencer corridas este ano. O mínimo que o alemão precisa é três segundos lugares e um terceiro para conquistar o título inédito em sua carreira.

Líder do Mundial de Pilotos com 23 pontos de vantagem sobre Lewis Hamilton, Nico Rosberg não está deixando dúvidas de quem é o mais rápido em Suzuka. O alemão dominou os três treinos livres do GP do Japão e, neste sábado (8), cravou a pole position. A diferença para Hamilton foi de apenas 13 milésimos, é verdade, mas o suficiente para garantir a 30.ª pole da carreira.

"Tenho me sentido bem no fim de semana, me sentindo incrivelmente confortável no carro. Isso me deu confiança para ir ainda mais forte no final do Q3 (terceira e última etapa do treino de classificação), para conseguir uma grande volta e pular na frente do Lewis", comentou Rosberg na entrevista coletiva após o treino de classificação.

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O alemão não esqueceu de elogiar o acerto dos mecânicos da Mercedes, que mais uma vez colocaram a equipe alemã dominando a primeira fila. "Suzuka é um circuito realmente difícil, porque alterna o sentido, o que significa que é mais difícil de encontrar o acerto correto. Na corrida, Lewis vai pisar fundo, e também as Ferraris e os carros da red Bull. Vai ser uma corrida excitante amanhã (domingo)", projetou.

Líder do campeonato, Nico Rosberg dominou os treinos livres desta sexta-feira do GP do Japão, a 17ª das 21 etapas da temporada 2016 da Fórmula 1. Após ser o mais rápido da primeira atividade, o alemão da Mercedes repetiu o resultado na segunda sessão do dia no Circuito de Suzuka.

Após marcar o tempo de 1min32s431 na primeira sessão, Rosberg melhorou o seu tempo na atividade vespertina (no horário japonês) e fechou a sexta-feira com a melhor marca, de 1min32s250, liderando a dobradinha da Mercedes com o inglês Lewis Hamilton, o seu companheiro de equipe na Mercedes e adversário na luta pelo título do Mundial de Pilotos.

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Hamilton, que havia ficado a 0s215 de Rosberg no primeiro treino livre, até se aproximou do alemão, mas não conseguiu superá-lo, tendo marcado o tempo de 1min32s322, a apenas 0s072 do líder do campeonato.

Com cinco corridas restantes para o fim da temporada, Rosberg possui uma vantagem de 23 pontos sobre Hamilton, que sofreu um problema no motor no último fim de semana, quando liderava o GP da Malásia, permitindo que o seu companheiro de equipe ampliasse a folga na ponta do campeonato.

Agora, no circuito de Suzuka, Hamilton vai tentar encerrar um jejum de quatro provas sem vitórias, além de assegurar o seu terceiro triunfo consecutivo no circuito de Suzuka, onde já triunfou em três oportunidades. Já Rosberg nunca venceu a prova japonesa.

Embora tenha sido o mais rápido, Rosberg viveu momentos de incerteza no segundo treino livre, quando a sua Mercedes soltou um pouco de fumaça. Mas o problema ficou restrito a isso e logo o alemão assumiu a dianteira da classificação com os pneus duros. Depois, com os macios, melhorou a sua marca e não foi superado por mais nenhum piloto.

Apesar do domínio da Mercedes, a disputa pelas primeiras posições no segundo treino livre não ficou restrita aos seus pilotos. Em um resultado encorajador para a sequência do fim de semana, o finlandês Kimi Raikkonen registrou o terceiro melhor tempo com a sua Ferrari, com 1min32s573, a apenas 0s3 de Rosberg, sendo o último piloto a fazer uma volta em menos de 1min33.

O holandês Max Verstappen, da Red Bull, foi o quarto colocado, com a marca de 1min33s061. E o alemão Sebastian Vettel, dono de quatro vitórias em Suzuka, ficou na quinta posição com a sua Ferrari ao registrar o tempo de 1min33s103.

A dupla de pilotos da Force India, com o mexicano Sergio Pérez e o alemão Nico Hulkenberg, ficou na sexta e na sétima colocação, respectivamente, com eles separados por três décimos de segundo, consolidando a equipe na condição de quarto carro mais rápido do grid.

O espanhol Fernando Alonso, da McLaren, o finlandês Valtteri Bottas, da Williams, e o espanhol Carlos Sainz Jr., da Toro Rosso, completaram a lista dos dez primeiros colocados do segundo treino livre do GP do Japão.

Após vencer a prova na Malásia no último fim de semana, o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, fechou a sexta-feira em uma modesta 12ª colocação. Assim, ele ficou logo atrás do brasileiro Felipe Massa, da Williams, o 11º mais rápido com a marca de 1min34s127.

Outro brasileiro do grid da Fórmula 1, Felipe Nasr ficou apenas em 19º lugar, com a marca de 1min34s824, três posições à frente do sueco Marcus Ericsson, o seu companheiro de equipe na Sauber e pior piloto do segundo treino livre da prova em Suzuka.

Os pilotos voltam a acelerar no circuito neste sábado, quando será realizado o treino de classificação a partir das 3 horas (de Brasília), com previsão de chuva. O GP do Japão vai ser disputado no domingo, com largada prevista para as 4 horas.L

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