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A partir desta quarta-feira (23), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) promove o evento “Desterritorializando os gêneros: uma antena queer enfiada na lama”, na Bibioteca Central da instituição, que segue até a próxima sexta-feira (25). O encontro tem como proposta lançar a campanha “Meu nome importa”, que objetiva sensibilizar e conscientizar a comunidade acadêmica sobre a importância de respeitar o uso do nome social e do banheiro.

A professora Luciana Vieira, responsável pela Diretoria LGBT, explica que a campanha está em consonância com a portaria normativa três, de 23 de março de 2015, que regulamenta a política de utilização do nome social e uso do banheiro para as pessoas que se autodenominam travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais. A campanha foi elaborada pela Pró-Reitoria de Comunicação, Informação e Tecnologia da Informação (Procit), em parceria com a Diretoria LGBT e com alunos e alunas trans e travestis da Universidade.

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De cunho acadêmico-artístico, o evento visa discutir as inovações e as perspectivas no campo dos gêneros e das sexualidades, realçando o caráter transdisciplinar. Confira a programação:

Quarta-feira (23) - Pré-evento

15h – Provocações: Morte aos órgãos sexuais: o manifesto contrassexual de Beatriz/Paul Preciado

Professora Fátima Lima (UFRJ), professora Fernanda Capibaribe (Comunicação-UFPE) e Céu Cavalcanti (debatedor – UFPE)

16h30 - Lançamento do livro Manifesto Contrassexual de Beatriz/Paul Preciado

Quinta-feira (24) - Abertura do evento

9h – Mesa de Abertura

Reitor Anísio Brasileiro (UFPE), Luciana Vieira (UFPE) e Maxwell Vignoli (MPPE)

9h30 – Lançamento da campanha “Meu nome importa”

Rômulo Pinto (UFPE), Erika Simona (UFPE), Leandro Machnick (UFPE) e Túlio Rodrigues (UFPE)

10h30 – Coffee break

11h – Mesa: por um processo de cuidado integral à saúde das pessoas trans e travestis

Daniela Andrade (ativista/SP), Leonardo Tenório (Espaço Trans/HC-UFPE) e Suzana Livadias (debatedora – Espaço Trans/HC – UFPE)

Almoço

14h – Mesa: Devires Minoritários

Roberto Machado (UFRJ), Ivan Maia (Unilab) e Taciano Valério (debatedor – UPE) 

16h – Coffee break

16h30 – Mesa: Políticas de Educação para as pessoas trans e travestis: estratégias e impasses

Luma Andrade (Unilab), Daniela Torres (IFPE) e Jaileila Araújo (debatedora – CE/UFPE)

18h – Performance #acordefrida e La Blue

Sexta-feira (25)

9h – Mesa: Desconstruindo artes e gêneros

Chico Ludemir (jornalista e artista visual), Rodrigo Dourado (Teatro – UFPE) e Brenda Bazante (designer de cabelos, modelo vivo, performer e graduanda em Licenciatura em Artes Visuais – Unopar)

10h30 – Coffee break

11h – Mesa: Interseções Possíveis: “Toda vez que dou um passo o mundo sai do lugar”

Dyanne Barros (UEP), Vivian Matias (Serviço Social – UFPE) e Felipe Rios (debatedor/Psicologia – UFPE)

Almoço

14h30 – Mesa: Políticas de gêneros no contexto universitário: barreiras e desafios

Paula Sandrini (UFRGS), Dandara Alves (ativista e graduanda em Psicologia da FIR) e Karla Galvão (debatedora/Psicologia – UFPE)

16h – Coffee break

16h30 – Mesa: “A revolução será travesti”

Flor Rodrigues (ativista/Coletivo Além do Arco-íris e Levante Popular da Juventude), Maria Clara Araújo (afrotransfeminista, graduanda de Pedagogia - UFPE e colaboradora da Revista Capitolina e Blogueiras Negras) e Robyoncé Lima (graduanda de Direito – UFPE)

 

18h - Bota a Cara na Lama

Com informações da assessoria

Os travestis e transexuais inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 que quiserem ser atendidos pelo nome social nos locais de prova tem até esta sexta-feira (26) para fazer a solicitação. O pedido é feito na página do participante, no site do Enem.

Para solicitar o uso do nome social é preciso preencher um formulário, assiná-lo e enviá-lo pelo sistema junto com uma foto recente e um documento com foto. Os pedidos serão avaliados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O edital do Enem registra que o órgão poderá solicitar documentos que atestem a condição que motiva a solicitação desse atendimento.

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O nome social passou a ser adotado oficialmente na aplicação do exame no ano passado, mas a solicitação era feita por telefone. No dia do exame, as pessoas transexuais deverão ser tratadas pelo nome com o qual se identificam e não pelo nome que consta no documento de identidade.

As provas do Enem serão aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro. Cerca de 8,5 milhões de candidatos se inscreveram. A nota do exame é usada pelos estudantes para ingressar em instituições públicas e privadas de ensino superior por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

 

Candidatos travestis e transexuais poderão solicitar a partir desta segunda-feira (15) o uso do nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pela internet. Para isso, basta acessar a página de inscrição do exame e enviar os documentos solicitados. O prazo para que isso seja feito é dia 26 de junho.

Podem solicitar o uso no nome social os candidatos que fizeram a inscrição no Enem. De acordo com o portal do exame, o participante que se identifica e quer ser reconhecido socialmente de acordo com sua identidade de gênero deve preencher um formulário, assiná-lo e enviá-lo pelo sistema junto com uma foto recente e um documento com foto. Os pedidos serão avaliados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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No dia do exame, as pessoas trans deverão ser tratadas pelo nome com o qual se identificam e não pelo nome que consta no documento de identidade. Além disso, usarão o banheiro do gênero com o qual se identificam.

O nome social passou a ser adotado oficialmente na aplicação do exame no ano passado, mas era preciso solicitar o uso por telefone.

As provas serão aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro em mais de 1,7 mil municípios. Segundo dados preliminares, aproximadamente 8,5 milhões se inscreveram no Enem.

 

Travestis e transexuais poderão solicitar este ano o uso do nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após a inscrição pela internet. O nome social passou a ser adotado oficialmente na aplicação do exame no ano passado, mas era preciso solicitar o uso por telefone. No dia do exame, as pessoas trans deverão ser tratadas pelo nome com o qual se identificam e não pelo nome que consta no documento de identidade. Além disso, usarão o banheiro do gênero com o qual se identificam.

"Isso quer dizer que ninguém da equipe do Enem poderá se dirigir à pessoa por um nome que não seja o da sua condição, o que se inscreveu. O nome que essa pessoa usa é com o qual deve ser chamado", afirmou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. "As pessoas têm o direito de ser tratadas com o respeito que merecem. Portanto, ninguém deve submetê-las a situação vexatória", acrescentou o ministro.

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Ano passado, foram feitos 95 requerimentos por telefone para o uso do nome social.

Nesta edição, os participantes que desejarem esse atendimento deverão enviar cópia do documento de identificação, formulário preenchido e foto recente pelo sistema de inscrição de 15 a 26 de junho, após o período de inscrição, que é de 25 de maio a 5 de junho.

Para o cantor e ativista trans Erick Barbi, a medida foi bem recebida. "O simples fato de o MEC autorizar o nome social já na inscrição tira o peso de termos que nos explicar para as demais pessoas. Alivia muito o processo e, com certeza, levará mais jovens ao exame. Todos ficarão mais tranquilos e poderão melhorar até o desempenho na prova." 

Ele destaca ainda a importância do uso do banheiro de acordo com a identidade de gênero: "A maioria das pessoas trans tem problemas ao frequentar o banheiro. Muitos evitam ir ao banheiro", acrescenta.

Coordenadora colegiada do Fórum de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Fórum LGBT) do Espírito Santo, Deborah Sabará fez o Enem em 2014 e vai se inscrever novamente este ano. Ela quer cursar serviço social. "Sabemos que é difícil ingressar em uma escola com um gênero diferente do que o sexo designa, mas com o direito de usar o nome social a gente constroi esse espaço", destacou.

Deborah informou que, desde a prova do ano passado, recebe mensagens de outras travestis e transexuais pedindo informações e mostrando interesse no exame. "Vou participar de novo e usar isso como instrumento de militância, de modo a incentivar outras a participarem e voltarem a estudar."

Para a pedagoga Janaina Lima, integrante do Grupo Identidade, de Campinas, a iniciativa é positiva, na medida que atrai travestis e transsexuais para os estudos. Ela ficou quase 20 anos afastada da escola e disse que voltou a estudar "graças ao Enem". Ela conseguiu ingressar na graduação pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).  

Segundo Janaina, a possibilidade de ser chamada pelo nome da identidade afastava as pessoas trans. "Quando a pessoa ia fazer o Enem tinha a questão do nome, uma barreira, podia ser colocada em uma situação vexatória. Agora, se tiver, é uma pessoa ou outra que vai querer praticar ato discriminatório, vai ser menor e é uma pessoa, e não a instituição." O edital do exame será publicado nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial da União. As provas serão nos dias 24 e 25 de outubro.

Travestis e transexuais terão o direito de usar o nome social em todas as escolas e redes de ensino do País. A resolução, do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, foi publicada nesta quinta-feira, 12, no Diário Oficial da União.

A determinação já valia em algumas redes estaduais e municipais, como a do Estado de São Paulo e da capital, e em parte das universidades públicas. Com a resolução do conselho, a medida passa valer em todo o Brasil. O nome social, segundo a norma, deve constar em documentos, formulários e sistemas de inscrição, matrículas ou avaliações. O aluno também deverá ser chamado oralmente pelo nome escolhido.

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Os menores de 18 anos, prevê a norma, poderão usar o nome social sem apresentar autorização dos pais ou responsáveis. Para os documentos oficiais, o nome civil deve vir junto do nome social. A medida também vale para processos seletivos de acesso a instituições, como concursos. Ainda de acordo com a nova regra, o uso de banheiros e vestiários deve ser feito de acordo com a identidade de gênero de cada um. Caso haja distinção sobre o uso de uniformes, o aluno deve usar a peça de sua preferência.

O Conselho também publicou outra resolução nesta quinta-feira sobre o registro de boletins de ocorrência, que deverão incluir a orientação sexual, identidade de gênero e o nome social dos envolvidos. Segundo a regra, a orientação sexual deverá ser autodeclarada.

O uso do nome social por travestis e transexuais foi regulamentado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no início desta semana, por meio de uma Portaria Normativa do dia 20 deste mês. Segundo a instituição de ensino, o documento é fundamentado no Artigo 5º da Constituição Federal, que dispõe sobre a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

A regulamentação também tem como argumento que é necessário o respeito aos direitos humanos, à pluralidade, bem como à dignidade humana. A decisão pretende garantir o ingresso, permanência e sucesso de todos os estudantes no processo de educação universitária.

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De acordo com a Federal, a norma abrange os registros acadêmicos da graduação, pós-graduação e extensão de todas as unidades da instituição de ensino. A Universidade também deixa claro que nome social é aquele que a pessoal escolhe para ser reconhecida, identificada e denominada na sociedade.

Os estudantes interessados em usar o nome social devem ser maiores de 18 anos e precisam requerer, por escrito, a inclusão do nome pela UFPE no momento da matrícula ou a qualquer momento do decorrer da qualificação. Sobre os alunos menores de 18 anos, o direito apenas poderá ser exercido através da apresentação de autorização, por escrito, dois pais ou responsáveis.

A instituição de ensino também informou que, segundo a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (Progepe), os servidores da UFPE já estão amparados por duas portarias ministeriais para usar, se desejarem, o nome social.

Caruaru, no Agreste, é o primeiro município de Pernambuco a garantir a adoção do nome social para a população trans nas repartições públicas. A determinação foi estabelecida através de decreto, publicado no Diário Oficial da cidade. A partir de agora, homens e mulheres trans serão identificados pelos nomes escolhidos de acordo com a sua identidade de gênero.

O decreto foi assinado nesta terça-feira (27), pelo prefeito José Queiroz, durante o Encontro de Gestores e Gestoras LGBT de Pernambuco, que acontece até esta quarta-feira (28), em Caruaru. Além do prefeito, estiveram presentes o vice-prefeito, Jorge Gomes, a deputada Estadual Laura Gomes, ex-secretária de Direitos Humanos de Pernambuco, a secretária especial da Mulher e de Direitos Humanos de Caruaru, Elba Ravane, e gestores de GLBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) de oito municípios vizinhos.

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