Tópicos | nome social

O número de alunos travestis e transexuais que optam pelo nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aumentou 286% nos últimos seis anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame. O total aumentou de 102 em 2014, quando a regra começou a valer, para candidatos para 394 nesta edição.

Na rede de ensino paulista, a quantidade de alunos que solicitaram o mesmo direito teve salto ainda maior: 315%. Dentre os 755 alunos que usam nome social nas escolas estaduais, 285 são menores de idade - sete deles têm menos de 12 anos. A maior parte desses alunos (334) está na Educação de Jovens e Adultos. Há também 101 no ensino fundamental e 320 no ensino médio.

##RECOMENDA##

No Estado, o direito de usar nome social nas escolas foi instituído em 2014 por meio de resolução da Secretaria de Educação. O documento permite que os alunos solicitem a inclusão do nome social, acompanhado do civil, em documentos de circulação interna da escola.

No Brasil, a possibilidade foi instituída quatro anos depois, no início de 2018, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). As normas têm como objetivo combater a discriminação a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis ou transexuais

Tanto a resolução estadual quanto a nacional determinam que o pedido pode ser feito a qualquer tempo, não sendo preciso aguardar o início de novo ano letivo. Estudantes maiores de 18 anos podem fazer isso sozinhos e os menores de idade precisam do intermédio de um adulto responsável. Quem deseja usar o nome social no Enem precisa fazer isso em prazo pré-determinado pelo Inep.

Deputado federal quer sustar regra

Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (Amtigos) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, credita o aumento de alunos que usam nome social a um maior debate sobre o tema. O psiquiatra avalia que isso serve de recurso para a geração que está definindo sua identidade de gênero. "Eles podem, de alguma forma, experimentar isso e ver como se sentem", explica.

Um projeto de decreto legislativo que tramita na Câmara dos Deputados quer sustar a resolução do CNE. Na justificativa, o deputado Dr. Jaziel (PL-CE), autor do projeto, diz que a intenção é "barrar o andamento da 'Agenda de Gênero' no País". Ele afirma que a resolução não considera o "discurso contrário" à adoção do nome social.

Saadeh não acredita que as escolas deixarão de aceitar o nome social se a resolução for sustada. "Estamos em um momento de revisão de costumes e ter de enfrentar um retrocesso é a coisa mais comum que existe. Apesar disso, tem coisas que são da sociedade e não há como voltar atrás. A adoção do nome social é uma delas", afirma.

Além de divulgar o número de vagas do seu novo Vestibular - 4.715 -, o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) oficializou o uso do nome social no processo seletivo. Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (11), no Recife, a instituição detalhou como será o procedimento.

A partir do Vestibular 2020.1, o que candidato que quiser ser reconhecido socialmente “em consonância com sua identidade de gênero poderá requerer o atendimento pelo nome social durante o perigoso de inscrição”.  As candidaturas poderão ser feitas do dia 14 de outubro a 13 de novembro pelo site da seleção; a taxa de participação varia de R$ 30 a R$ 55, dependendo do curso almejado.

##RECOMENDA##

De acordo com a presidente da Comissão de Vestibular do IFPE, Thamiris Queiroz, esta é a primeira vez que nome social, de maneira regulamentada, passará a ser utilizado pelos estudantes. Confira mais informações no vídeo a seguir:

[@#video#@]

LeiaJá também

-> IFPE: cotistas poderão disputar vaga na ampla concorrência

Uma criança, de 8 anos, adotou o nome social na carteira de identidade. Agora, com o apoio dos pais, o menor passou a se identificar oficialmente com nome masculino - antes era chamado por nome feminino -. O registro aconteceu em Pindamonhangaba, São Paulo, que passou a emitir a nova cédula no dia 20 de agosto.

R. F., mãe, revelou ao G1 que o pedido para a alteração do nome partiu do filho, assim que soube da permissão. Há quatro anos, de acordo com R, ele se identifica como masculino, usando o nome social na escola e entre as pessoas mais próximas. 

##RECOMENDA##

De acordo com o Poupatempo, local onde aconteceu o registro, o menor é a primeira criança transgênero a adotar o nome social no Registro Geral na cidade de Pindamonhangaba. 

"Agora quando eu for médico, por exemplo, vou ser chamado pelo meu nome, pelo que sou", disse o garoto ao site. O registro dele viralizou nas redes na última quarta-feira (28), quando a própria mãe compartilhou o fato em sua conta do Facebook. De lá pra cá, a publicação já soma mais de 10 mil reações e quase 3 mil compartilhamentos.

"Ele foi o pioneiro em Pinda, foi a primeira pessoa a requerer seu nome social, obrigada meu Deus (sic)", reagiu R. F. 

Para conferir a postagem da mãe no Facebook, clique aqui

Os médicos transgêneros e travestis do Brasil poderão ter seus nomes sociais, ou seja, como querem ser chamados, incluídos no cadastro dos Conselhos Regionais de Medicina.

A informação é do Conselho Federal de Medicina, que lembra que os dados ficam disponíveis para consulta pública. O CFM analisou o tema a pedido de alguns profissionais.

##RECOMENDA##

O nome social passará a constar nas páginas dos Conselhos juntamente com o nome civil, desde que os profissionais oficializem os pedidos. Assim, os médicos transgêneros e travestis podem ser identificados por colegas de trabalho e pacientes pelo nome com o qual querem ser conhecidos.

No entanto, o CFM alerta que não é possível realizar a alteração do nome também na carteira de identificação profissional sem um pedido jurídico. "Para proceder essa alteração o médico, deve obter autorização judicial, o que possibilita a mudança de todos os seus documentos de forma definitiva", diz o documento da assessoria do Conselho Federal de Medicina.

Em 2016, o Conselho decidiu que médicos transgêneros poderiam usar o nome social em documentos administrativos internos e em seus locais de atuação.

O decreto nº 8.727/2016 estabelece que os profissionais podem requerer junto aos seus empregadores a alteração de documentos internos, privilegiando o seu nome social em lugar do seu nome civil.

A norma, que foi editada pela Presidência da República, em abril de 2016, "dispõe sobre o uso do nome social e reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional".

A Ordem dos Advogados do Brasil do Estado do Ceará entregou, pela primeira vez, uma carteira de advogado a um homem trans. Murilo Gonçalves atua como advogado desde 2013, e ao fazer a mudança de gênero, solicitou ao órgão a carteira com o nome social. A entrega foi realizada em solenidade de compromisso na quarta-feira (5).

Para Murilo, é um momento marcante na história da OAB no Brasil, e principalmente pra ele: “Depois de alguns meses de batalha, sair daqui com meu nome na carteirinha da OAB é impagável. Estou representando, aqui, todo aquele que não tem voz e vez. Todas as minorias que não se vêem em locais de destaque”, conta.

##RECOMENDA##

Na ocasião, o presidente da Ordem dos Advogados do Ceará, Erinaldo Dantas, ressaltou a importância da entrega da carteira a Murilo Gonçalves. "Somos plurais, somos muito mais! Estou muito feliz em ter realizado a primeira entrega de carteira para transgênero", comemora. Na solenidade de compromisso, outros 45 advogados receberam uma medalha vermelha.

No final, Murilo incentivou os novos advogados a serem sensíveis às causa sociais. "Sejam sensíveis às causas sociais, àqueles que não podem recorrer à Justiça. Precisamos entender que a advocacia é função essencial à Justiça. Nós podemos ser e devemos ser vetores de modificação social", declara.

Termina nesta segunda-feira (10) o prazo para estudantes transexuais e travestis requererem o atendimento pelo nome social no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O pedido deve ser feito pela página do exame na internet. O exame será aplicado no dia 25 de novembro.

Para ter direito ao atendimento pelo nome social, é preciso apresentar documentos comprobatórios da condição que motiva a solicitação, como fotografia atual, individual, colorida, com fundo branco, da cabeça e do tronco, sendo que a cabeça deverá estar descoberta. Também é preciso fornecer cópia digitalizada de um dos documentos de identificação oficial com foto e cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação de atendimento pelo nome social disponibilizado na Página do Participante. Os documentos devem conter todas as informações solicitadas, ser legíveis e estar no formato PDF, PNG ou JPG, com tamanho máximo de 2MB.

##RECOMENDA##

Os candidatos serão informados sobre aprovação ou não por meio de e-mail e os pedidos de atendimento que forem recusados estarão disponíveis na Página do Participante. Nesse caso, o participante poderá enviar um novo documento comprobatório dentro de um prazo de cinco dias. Se ainda assim o documento não estiver conforme o solicitado, o participante travesti ou transexual fará o exame com o nome civil.

Cadastro do estudante

O prazo para preenchimento do cadastro do estudante no Enade também está aberto. Os participantes têm até o dia 21 de novembro para fazê-lo. O aluno deve acessar o cadastro pelo Sistema Enade ou pelo Aplicativo do Enade, disponível na Google Play e na Apple Store.

Só podem se cadastrar os estudantes previamente inscritos pelos coordenadores de curso. Para realizar o cadastro é necessário selecionar a opção “Primeiro Acesso”, criar login e senha. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) solicita o número de CPF, além de um e-mail válido.

O Inep ressalta que é responsabilidade do estudante verificar se o cadastro foi concluído com sucesso. Com o cadastro feito, o aluno deverá responder ao Questionário do Estudante até dia 21 de novembro.

Enade

O Enade será aplicado no dia 25 de novembro e vai avaliar 27 áreas do conhecimento. A prova é voltada para estudantes que estão concluindo cursos de graduação em universidades de todo o país. O exame é obrigatório e determinante para a situação de regularidade do estudante.

O exame é o principal componente para o cálculo dos indicadores de qualidade dos cursos e das instituições de ensino superior. A cada ano, avalia um grupo diferente de cursos superiores. A avaliação se repete a cada três anos.

As áreas que serão avaliadas em 2018 são as seguintes:

Grau de Bacharel: Administração; Administração Pública; Ciências Contábeis; Ciências Econômicas; Comunicação Social – Jornalismo; Comunicação Social - Publicidade e Propaganda; Design; Direito; Psicologia; Relações Internacionais; Secretariado Executivo; Serviço Social; Teologia; Turismo.

Grau de Tecnólogo: Tecnologia em Comércio Exterior; Tecnologia em Design de Interiores; Tecnologia em Design de Moda; Tecnologia em Design Gráfico; Tecnologia em Gastronomia; Tecnologia em Gestão Comercial; Tecnologia em Gestão da Qualidade; Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos; Tecnologia em Gestão Financeira; Tecnologia em Gestão Pública; Tecnologia em Logística; Tecnologia em Marketing; Tecnologia em Processos Gerenciais.

LeiaJá também

--> Transexuais e travestis poderão usar nome social no Enade

--> Mais de 11 mil cursos já foram enquadrados para o Enade

Tramita na Câmara dos Deputados projeto que busca impedir o uso de nomes sociais por alunos travestis e transexuais nos registros escolares do ensino básico. Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo 898/18, do deputado Professor Victório Galli (PSL-MT), que susta a Resolução 33/18 do Ministério da Educação.

Conforme a resolução do MEC, os alunos maiores de 18 anos podem solicitar o uso do nome social às escolas. No caso de menores de 18 anos, a solicitação deve ser feita pelos representantes legais.

##RECOMENDA##

Nome social é o nome pelo qual pessoas trans preferem serem chamadas cotidianamente, em contraste com o nome oficialmente registrado, que não reflete sua identidade de gênero.

Da Agência Câmara

Termina amanhã (3) o prazo para que transexuais e travestis possam solicitar a identificação pelo nome social no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A solicitação deve ser feita na Página do Participante.

O candidato deve informar CPF, senha e o nome social usado. Devem ser anexados documentos comprobatórios: fotografia atual nítida, individual, colorida, com fundo branco que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro sem o uso de óculos escuros e artigos de chapelaria, tais como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares; cópia digitalizada da frente e do verso de um dos documentos de identificação oficial com foto e cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação.

##RECOMENDA##

Os documentos serão aceitos somente nos formatos PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB.

Depois de apresentar as informações solicitadas, o participante deverá, então, clicar no botão “visualizar” e imprimir o formulário de solicitação.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) orienta que os documentos devem ser legíveis para que não haja o risco de serem considerados inválidos para comprovação do atendimento.

As solicitações que não forem aceitas poderão ser consultadas na Página do Participante. Nesse caso, o candidato será informado pelo e-mail cadastrado para que envie um novo documento comprobatório no prazo de cinco dias.

No ano passado, 303 pessoas fizeram a solicitação para uso do nome social no Enem. O atendimento pelo nome que a pessoa se identifica teve início no Enem de 2014, quando 102 pessoas usaram o nome social durante a aplicação da prova. Em 2015, esse número passou para 278 e, em 2016, para 407.

As provas do Enem serão aplicadas em dois domingos, nos dias 4 e 11 de novembro. Os resultados serão divulgados em janeiro. As notas podem ser usadas para ingresso no ensino superior e para acesso a programas do governo federal como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

O número de alunos que usam o nome social nas escolas da rede pública estadual cresceu 40% neste ano, com 512 matrículas de pessoas que se enquadram na condição, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

Dados da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania indicam que em 2017, 66% dos registros de nome social nas unidades de ensino eram de mulheres transexuais ou travestis e 34% englobavam homens trans. O mesmo levantamento aponta que 28% dos estudantes eram menores de idade e 72% tinha 18 anos ou mais.

##RECOMENDA##

Em relação à modalidade, 63% dos estudantes estavam matriculados nos ensinos Fundamental e Médio da Educação de Jovens e Adultos (EJA), enquanto 37% estudavam nos ensinos Fundamental e Médio Regular.

Na Escola Estadual Caetano de Campos, no bairro Consolação, cerca de 40 alunos usam o nome social nas atividades diárias, o que ocorre na unidade desde o fim de 2014. “O importante é garantir a efetividade do direito e o espaço de acolhida ao aluno trans. Devemos ultrapassar a dimensão do legal para a dimensão do humano, pois atos administrativos não mudam preconceitos”, enfatiza o diretor e professor da instituição de ensino,  Tiago Augusto Pereira.

Para a diretora e professora da Escola Estadual Santa Rosa de Lima, Paula Beatriz, o reconhecimento à pessoa travesti ou transexual deixa os portões das unidades de ensino abertos à população LGBT. “Muitos foram excluídos no passado e medidas como a inclusão do nome social garantem a permanência do público no ambiente escolar”, afirma a docente, que se identifica como mulher transexual e é uma ativista na área.

O Conselho Estadual de Educação (CEE), desde 2014, estabelece que as instituições públicas de ensino de São Paulo devem incluir o nome social de travestis e transexuais nos registros escolares internos. No caso de estudantes menores de idade, é necessária a autorização expressa dos responsáveis legais. O nome social consiste no prenome adotado pela pessoa travesti, mulher transexual ou homem trans, que corresponde à forma pela qual se reconhece e se identifica na comunidade.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) iniciou nesta segunda-feira (28) o prazo para a solicitação do nome social para transsexuais e travestis que vão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Até o próximo domingo (3), os inscritos devem acessar a Página do Participante fazendo login com o número do CPF e a senha cadastrada no sistema para fazer a solicitação. 

##RECOMENDA##

É necessário anexar uma fotografia atual nítida, individual, colorida, com fundo branco que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro sem o uso de óculos escuros e artigos de chapelaria; uma cópia digitalizada da frente e do verso de um dos documentos de identificação oficial com foto e uma cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação. Os arquivos devem estar nos formatos PDF, PNG ou JPG e ter no máximo 2MB.

LeiaJá também

--> Enem registra 5 milhões de inscritos

O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) abriu, nesta segunda-feira (30), o prazo para os participantes inscritos que desejam atendimento pelo nome social. A solicitação deve ser realizada através da página do participante, até às 23h59 da próxima sexta-feira (4).

Os interessados devem comprovar a condição que motiva a solicitação de atendimento pelo nome social através dos documentos, como: fotografia atual, individual, colorida, com fundo branco, da cabeça e do tronco, sendo que a cabeça deverá estar descoberta, sem acessórios como óculos escuros e/ou artigos de chapelarias; cópia digitalizada (frente e verso) de um dos documentos de identificação oficial com foto; e cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação de atendimento pelo Nome Social disponibilizado na Página do Participante.

##RECOMENDA##

"Os documentos devem conter todas as informações solicitadas, ser legíveis e estar no formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB", pontua o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização do exame.

Com a solicitação aprovada, o candidato será identificado pelo nome social durante a aplicação da prova e na documentação referente ao exame. Depois do prazo de divulgação, não selecionados podem recorrer em um prazo de até cinco dias úteis. A data de aplicação das provas está prevista para 5 de agosto em todo o país.

LeiaJá também

--> Prorrogado prazo de pré-seleção da lista de espera do Fies

--> Projeto quer inclusão de estagiários na Previdência Social

O prazo para que eleitores transexuais e travestis alterem os nomes sociais e os gêneros no título eleitoral está aberto até 9 de maio e não é preciso de documento oficial com o nome social. O novo nome irá para o título de eleitor e para o caderno de votações nas eleições desse ano.

Para realizar a mudança, travestis ou transexuais deverão comparecer ao cartório ou posto de atendimento em sua zona eleitoral e apresentar um documento de identificação com foto.

##RECOMENDA##

É aceitável mudar o nome social, mas não o gênero. O nome de registro social ainda irá para fins administrativos da Justiça Eleitoral e na lista dos mesários, caso a pessoa esqueça o título, mas tenha outro documento com o nome de registro.

Caso o eleitor trans não mudar o gênero e o nome social no título, porém quiser usar o nome social na urna, o prazo vai até 15 de agosto.

A Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco já disponibilizou, pela internet, o requerimento para estudantes transexuais e travestis que almejam usar o nome social nas escolas estaduais. De acordo com o órgão, o procedimento possibilita que os nomes sejam trocados na matrícula, cadernetas eletrônicas e fichas de frequência escolar.

Desde 2017 o procedimento é possível em Pernambuco, conforme publicação no Diário Oficial do Estado; no ano passado, 78 alunos adotaram o nome social. Segundo a Secretaria, os interessados precisam preencher um formulário e entregar à gestão das escolas onde estudam.

##RECOMENDA##

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve analisar, nesta quinta-feira (1º), uma consulta feita pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN) sobre a participação de transgêneros e travestis nas eleições. A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) encaminhou ao TSE um parecer sobre o assunto defendendo o uso do nome social para a identificação desses candidatos nas urnas e a possibilidade de que homens e mulheres transgêneros e travestis sejam enquadrados nas cotas de gênero, a partir da forma como se autoidentificam. 

Na consulta, Fátima Bezerra questiona a Justiça Eleitoral justamente sobre a divisão apresentada pela legislação de no mínimo 30% e no máximo 70% das candidaturas para cada sexo, além disso, ela pergunta se candidatos e candidatas podem usar o nome social nas chapas proporcionais e majoritárias.

##RECOMENDA##

No documento encaminhado ao TSE, o vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques, ressalta que a lei busca superar a desigualdade de gênero, não de diferença de sexo. Por isso, sustenta que o termo contido na lei deve ser interpretado como gênero e não sexo biológico. 

“A desigualdade entre os eleitos não é causada pelos seus sexos ou por suas orientações sexuais, mas pelos papéis, limites, barreiras e condicionantes vigentes na sociedade em função do gênero”, ressalta.

Para Jacques, mulheres transgêneras e travestis devem ser contabilizadas na cota destinada à candidatura de mulheres nas eleições. No mesmo sentido, homens transgêneros devem ser computados no rol de candidaturas masculinas.

A mesma lógica deve ser aplicada à utilização do nome social para identificar o candidato ou a candidata nas urnas eletrônicas. “O nome social representa garantia de identificação e tratamento digno a pessoas transexuais e travestis”, sustenta o vice-PGE no parecer. O resultado do julgamento no TSE já poderá virar regra já em outubro deste ano.

A Petrobras divulgou uma retificação ao concurso público para cargos de nível médio e superior com salários de até R$ 10,7 mil, no Diário Oficial da União desta sexta-feira (23). De acordo com o texto, pessoas transgênero, ou seja, que não se identificam com o gênero atribuído culturalmente ao seu sexo biológico, poderão solicitar tratamento pelo nome social, através do qual se reconhecem, em vez do nome de registro, que não se adequa ao gênero com o qual essas pessoas se identificam. 

Além do tratamento pelo nome social, pessoas transgênero inscritas no certame também poderão informar se desejam que a sua alocação em sala de provas de acordo com o nome social ao invés do nome civil e também sua preferência de atendimento sanitário, indicando se deseja utilizar, caso precise, o banheiro masculino ou o feminino. 

##RECOMENDA##

Para garantir o uso do nome social no concurso, os candidatos e candidatas transgênero deverão realizar uma solicitação formal através da área do candidato no site da banca organizadora, onde devem fazer login e preencher o formulário, além de encaminhar uma foto 3x4 e a cópia digitalizada da frente e do verso de um documento de identificação oficial com foto. 

LeiaJá também 

--> Petrobras: 666 vagas e salário de R$ 10,7 mil em concurso

--> Transpetro: novo concurso oferece 1.806 vagas

Até esta quinta-feira (25), o Centro Estadual de Combate a Homofobia (CECH), vinculado à Secretaria Executiva de Direitos Humanos, registrou 12 solicitações pela mudança de nomes de transexuais e travestis em 2018. Em todo o mês de janeiro de 2017 houve oito solicitações computadas, significando que houve um aumento de 50% este ano. 

O número de casos em 2017 também é comemorado pelo centro. Foram 63 pedidos, o que já é considerado um resultado positivo. Principalmente porque em 2016 o órgão passou seis meses parado.

##RECOMENDA##

"A mudança do nome pelas pessoas transexuais e travestis significa o resgate da cidadania e da dignidade do cidadão", defende o secretário-executivo de Direitos Humanos, Eduardo Figueiredo. 

Os interessados no serviço devem procurar o CECH, na Rua Santo Elias, 535, bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, e agendar entrevista com a psicóloga. "Basta trazer a carteira de identidade que a equipe multidisciplinar vai orientá-los sobre outros documentos necessários para dar entrada no processo. Também é feito um relatório situacional, e depois a pessoa é encaminhada ao Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública", explica a coordenadora do centro, Suelen Rodrigues. 

Na Defensoria Pública é realizada uma petição e enviada ao poder judiciário solicitando alteração do registro de nascimento. Todo o processo para mudança do nome dura de seis meses a dois anos. Atualmente, alguns documentos podem ser adquiridos com nome social, sem precisar do processo de retificação: são o CPF e o cartão SUS. O telefone do centro é o 3182-7665. 

Com a decisão do Ministério da Educação que autoriza o nome social de travestis e transsexuais em escolas de educação básica em todo país, homologada na última quarta-feira (17), pelo ministro da Educação Mendonça Filho, o Ministério Público do Trabalho (MPT), abriu investigação para apurar a conduta das Câmaras de Vereadores de Araripina, Cabo de Santo Agostinho e Garanhuns.

A procuradora Melícia Carvalho Mesel, responsável pela abertura do procedimento, concluiu que a conduta apresentada pelas prefeituras, ao editaram leis contrárias à discussão das questões de gênero nas escolas, interfere negativamente no ambiente escolar como um todo, atingindo alunos e profissionais, desrespeitando o direito à identidade de gênero.

##RECOMENDA##

Ainda segundo Melícia, a decisão, portanto, influencia na conduta dos profissionais de educação naqueles municípios, tendo em vista, a vulnerabilidade às condutas discriminatórias nos espaços de trabalho, diante da aprovação de uma legislação que impede a discussão do tema.

“Leis como essas ferem a dignidade não só dos estudantes, mas também dos profissionais da educação, que se veem obrigados a esconder a própria identidade, para não sofrerem bullying, constrangimentos, perseguições e outras violências, o que termina ocasionando a evasão escolar e o abandono do posto de trabalho”, disse Melícia em entrevista ao site oficial do MPT.

O documento também foi encaminhado ao Ministério da Educação, Secretaria Estadual de Educação, Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) e Ministério Público Federal (MPF), a fim de que adotem as providências cabíveis nas respectivas esferas de competência.

Resolução do Ministério da Educação (MEC) homologada na quarta-feira (17) autoriza o uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica. A norma busca propagar o respeito e minimizar estatísticas de violência e abandono da escola em função de bullying, assédio, constrangimento e preconceitos. O nome social é aquele pelo qual as travestis, mulheres trans ou homens trans optam por ser chamados, de acordo com sua identidade de gênero.

“Essa era uma antiga reivindicação do movimento LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais) que representa um princípio elementar do respeito as diferenças, do respeito à pessoa e ao mesmo tempo de um combate permanente do Ministério da Educação contra o preconceito, o bullying, que muitas vezes ocorre nas escolas de todo o país. É um passo relevante para o princípio do respeito às diferenças e o combate aos preconceitos”, enfatizou o ministro Mendonça Filho ao homologar o texto, que foi aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em setembro do ano passado.

##RECOMENDA##

A resolução ainda será publicada no Diário Oficial da União. Com a edição da medida, o ministério atende à demanda de pessoas trans que querem ter sua identidade de gênero reconhecida. Em 2015, uma resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNDC/LGBT) definiu parâmetros para acesso e permanência de pessoas trans em diferentes espaços sociais, entre eles o direito ao uso do nome social nas redes de ensino.

A realidade, no entanto, não está de acordo com essa recomendação do conselho, que não tem força de lei. Presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson afirma que a exclusão sofrida pelas pessoas trans no Brasil também é visível no ambiente escolar. “Quem mais está fora desse espaço da escola é a população trans, porque a escola não se preparou para nos receber”, critica.

No Ceará, essa situação foi vivenciada pela estudante Lara, de 13 anos. No ano passado, ela passou a se reconhecer como mulher e, por causa disso, a sofrer preconceitos no ambiente escolar, chegando a ser “convidada” a sair da Escola Educar Sesc. A mãe, Mara Beatriz, conta que a adolescente foi vítima de uma série de violências por causa de sua identidade de gênero. O nome civil dela, masculino, era utilizado em todos os registros escolares escritos, como em provas e boletins. A estudante não tinha acesso ao banheiro feminino e, para não usar o masculino,  teve que se limitar a ir apenas ao banheiro da coordenação. Até o direito de ter o nome social garantido na carteirinha de estudante, que era assegurado pelo órgão emissor do documento, foi inviabilizado pela escola, que não confirmou a matrícula da estudante ao órgão.

“Era algo que causava muito sofrimento, porque antes aquele era um ambiente em que ela se sentia muito bem na escola, onde estudava desde os 2 anos de idade”, lembra a mãe, que decidiu usar as redes sociais para denunciar o preconceito contra a filha. Sete dias depois das denúncias e de o caso ter ganhado repercussão na mídia, o Sistema Fecomércio, que controla a escola, informou que havia ocorrido “uma falha pontual interna” e que o nome social da estudante havia sido regularizado em todos os documentos.

Além disso, a instituição se comprometeu a estimular o debate sobre questões de gênero com toda a comunidade escolar e a adotar ações permanentes de combate ao preconceito. Para evitar que esse tipo de situação se repita, a nova resolução do MEC estimula que as escolas de educação básica estabeleçam diretrizes e práticas para o combate a quaisquer formas de discriminação em função de orientação sexual e identidade de gênero de estudantes, professores, gestores, funcionários e respectivos familiares na elaboração e implementação de suas propostas curriculares e projetos pedagógicos, além de estimular e respaldar quem já utiliza o nome social. A educação básica inclui a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

A falta de reconhecimento leva à ausência de dados sobre a situação. Não há estudos específicos ou informações oficiais sobre o número de pessoas trans nas escolas, algo que poderá a ser mensurado a partir da adoção da resolução do MEC. “A partir disso, a gente espera ter uma dimensão de quem são as pessoas trans que estão nas escolas”, disse Keila, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Ela destaca que o acompanhamento das pessoas trans que fazem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) só se tornou possível em 2014, quando os candidatos passaram a poder usar o nome social. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas 303 pessoas optaram por usar nome social no Enem do ano passado.

Mais direitos

A luta pela garantia dos direitos da população trans tem provocado mudanças em outras áreas. Desde 2013, o Ministério da Saúde possibilitou que travestis e transexuais passassem a usar o nome social no Cartão SUS. “Não é uma tarefa simples, a gente trabalha todo dia para que os espaços adotem iniciativas como essa e respeitem o que está posto”, afirma Keila.

Em 2017, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que transexuais têm direito à alteração do gênero no registro civil, mesmo sem realização de cirurgia de mudança de sexo. No Supremo Tribunal Federal (STF), estão em debate o direito dessas pessoas usarem o banheiro condizente com a identidade de gênero que elas reivindicam, bem como a possibilidade de transexuais alterarem o nome no registro civil sem a realização de cirurgia de mudança de sexo.

LeiaJá também 

--> 2017 bateu recorde de assassinatos de travestis e trans

--> Mãe de menina trans de 13 anos acusa escola de transfobia

Nos dias 5 e 12 de novembro, 303 pessoas vão usar o nome social para realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O atendimento é destinado a participantes transexuais e travestis – pessoas que se identificam e querem ser reconhecidas socialmente em consonância com sua identidade de gênero.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o estado com maior número de participantes que vão usar o nome social é São Paulo, com 72 pessoas. Em seguida aparece Minas Gerais, com 41 candidatos e Rio de Janeiro e Bahia, com 31 pessoas cada. No dia do exame, os participantes que fizeram essa opção deverão ser tratados pelo nome com o qual se identificam e não pelo que consta no documento de identidade.

##RECOMENDA##

O número de participantes que vão usar o nome social no Enem é menor que o do ano passado (407). O atendimento pelo nome social no Enem começou em 2014, quando 102 pessoas usaram o nome social durante a aplicação da prova. Em 2015 esse número passou para 278 e, em 2016, para 407.

No entanto, o número geral de participantes do exame também caiu: de 8,6 milhões em 2016 para 6,7 milhões em 2017. Segundo o Inep, a queda no número de inscritos pode ser explicada pelo número de estudantes que deixarão de fazer o exame para obter a certificação do ensino médio, que a partir deste ano deverá ser feita por meio do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

Neste ano, as provas do Enem serão aplicadas em dois domingos consecutivos, nos dias 5 e 12 de novembro. O resultado poderá ser usado em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e para obter crédito pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

LeiaJá também 

--> Escolas e universidades do Ceará vão adotar nome social

--> Pedidos para uso do nome social no Enade vão até o dia 15

As escolas e as universidades estaduais do Ceará vão passar a colocar o nome social de alunas e alunos travestis e transexuais em documentos como declarações, certificados e histórico escolar. A determinação é do Conselho Estadual da Educação que divulgou uma nova resolução sobre o assunto na terça-feira (19). Em 2012, o órgão expediu documento adotando o nome social nas instituições de ensino estaduais, mas somente nos registros internos, como a folha de frequência.

O pedido para que o uso do nome social fosse adotado também nos documentos oficiais emitidos pelas instituições de ensino partiu do Ministério Público do Ceará, que considerou uma resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos das Pessoas LGBT. Com a mudança, esses documentos expedidos pelas escolas e universidade estaduais vão trazer o nome social de travestis e transexuais junto com o nome civil.

##RECOMENDA##

LeiaJá também 

--> Mães pela diversidade participam da Parada LGBT no Recife

--> Peça com transexual no papel de Jesus é cancelada

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando