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No Nota PE desta semana, o jornalista e crítico literário Cristiano Ramos entrevista a escritora e pesquisadora Zuleide Duarte. Doutora em Letras pela Universidade Federal da Paraíba, Zuleide tem trabalhos publicados em livros e revistas nacionais e internacionais. Além disso, possui quatro livros publicados e foi organizadora de outros três. Como professora acadêmica, orienta teses, dissertações e trabalhos de iniciação científica.

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Durante a conversa, a escritora fala sobre o lugar da mulher na literatura e sobre sua vida acadêmica, incluindo projetos de mestrado e doutorado, além de comentar sobre a realidade dos mestrandos nos dias de hoje.

O Nota PE é exibido toda quinta-feira, aqui no portal LeiaJa.com. O programa é produzido numa parceria entre o Blog Nota PE e o portal.

 

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O jornalista e crítico literário Cristiano Ramos entrevista, no Nota PE desta semana, a jornalista, cineasta e escritora Georgia Alves. No programa ela fala sobre o seu recém-lançado livro, “Reflexo”, uma escultura, todo feito a mão.

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A novela é composta por 60 páginas e tem como cenário uma cidade fictícia do interior de Pernambuco. “Foi uma gestação de dois anos e pouco. A ideia surgiu através da experiência em viajar muito ao interior”, conta a jornalista.

Ainda durante a conversa, Georgia fala do interesse pelos livros na infância. “Desde pequena viajei muito através da leitura”, lembra. Quando o assunto é jornalismo, ela comenta sobre a paixão pela profissão e brinca. “Ser jornalista é um defeito”, diz a escritora.

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No Nota PE desta semana, o jornalista e crítico literário Cristiano Ramos continua a conversa com o escritor gaúcho, Aurélio Schommer. Com foco em seu livro recém-lançado, “Brasil Vira-Lata”, o autor comenta também sobre os Estados Unidos e os países europeus.

Aurélio lembra como foi recebida a Abolição da escravatura no Brasil, surgindo perdas nos canaviais dos senhores de engenho. Também conta a mudança da sociedade com a chegada dos imigrantes italianos no sul e sudeste do país, “um sucesso modernista”, diz o escritor.

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O jornalista e crítico literário Cristiano Ramos entrevista, no Nota PE desta semana, o escritor Aurélio Schommer. Nesta primeira parte da conversa, Aurélio fala sobre o seu recém-lançado livro, “História do Brasil Vira-Lata”.

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Durante a entrevista, Schommer fala sobre o povo brasileiro, as suas raízes e a relação com Portugal. “Brasileiro foi profissão de quem era incapaz de exercer qualquer outra com competência”, comenta o escritor.

Aurélio também fala sobre o lado otimista dos brasileiros e sobre as polêmicas da Copa de 2014, incluindo nomes dados ao mascote do Camponato de Futebol.

Na próxima semana, você confere a segunda parte da entrevista com Aurélio Schommer. O programa Nota PE é exibido toda quinta-feira, numa parceria entre o Blog Nota PE e o portal LeiaJa.com.

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O jornalista e crítico literário Cristiano Ramos entrevista, no Nota PE desta semana, o escritor pernambucano Paulo Caldas. Formado em economia e jornalismo, Caldas publicou dezenas de livros, alguns deles adotados em escolas. Na conversa, o escritor conta como descobriu suas habilidades para a escrita e o desenho.

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Ainda durante o bate-papo, Paulo Caldas fala sobre sua experiência nos jornais independentes. O primeiro foi “Plantão”, formado por seus amigos da rua com notícias do próprio bairro. “A gente publicava a verdade e saia correndo”, brinca. De acordo com o escritor, seu sonho era ser um jogador de futebol, mas foi na literatura que ele encantou e encanta as crianças em seus livros infanto-juvenis. As ideias surgiam por meio de histórias que ele contava para os próprios filhos.

Em seus livros são abordadas algumas temáticas como aventura, racismo, sexualismo e preconceito. Paulo Caldas completou 30 anos de carreira e recentemente lançou o romance “Porto dos Amantes”.

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O Nota PE desta semana presta uma homenagem aos 10 anos do Café Colombo, programa de rádio sobre literatura que é veiculado aos domingos, a partir das 14h, na Universitária FM.

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E para isso o jornalista e crítico literário Cristiano Ramos conversa com dois dos idealizadores do projeto, o jornalista Eduardo César Maia e o radialista Ketinaldo José. No programa, você também confere o depoimento do jornalista Renato Lima, que também compõe a equipe.

O Café Colombo foi concebido e desenvolvido por quatro estudantes da Universidade Federal de Pernambuco. Com mais de 500 programas transmitidos desde 2002, já foram entrevistados grandes nomes da sociedade brasileira, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os escritores Millôr Fernandes, Roberto DaMatta, Zuenir Ventura, entre outros.

O Nota PE é exibido toda quinta-feira, no portal LeiaJa.com, numa parceria entre Blog Nota PE e o portal.

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No Nota PE desta semana, o jornalista e crítico literário Cristiano Ramos continua a conversa com o jornalista e escritor Homero Fonseca, que nesta segunda parte fala sobre seus livros e sobre sua paixão pela literatura.

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Durante a entrevista, Homero lembra a importância que os professores têm para o aprendizado e a evolução do aluno. “Uma vez minha professora publicou no jornal uma redação minha sem eu saber”, conta. O jornalista foi descobrindo, assim, o seu potencial para a escrita.

Ao ser questionado como surgem suas inspirações, Homero diz que um livro é planejado até mesmo dormindo. "De repente você acorda com uma ideia, embora isso não tenha sido predeterminado”, comenta. Entre os livros lançados pelo escritor, ele fala sobre "Tapacurá – Viagem ao planeta dos boatos" e ainda aborda o papel das redes sociais quando o assunto é boato. “Os vilões não são os meios de comunicação e sim o imaginário das pessoas”, afirma o jornalista.

O Nota PE é exibido toda quinta-feira no portal LeiaJa.com, numa parceria entre o portal e o blog Nota PE.

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O Nota PE desta semana continua a entrevista com a atriz e gestora pública Leda Alves, que também é presidente da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). Entre os assuntos da segunda parte da conversa, ela fala sobre os lançamentos da série de livros Palco Pernambucano e Arte Pernambucana, que incluem reedições de autores como José Cláudio e Rubem Rocha Filho.

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Na entrevista, Leda Alves também comenta sobre o calendário dos próximos livros a serem lançados pela Companhia, como “Os olhos da Treva”, de Gilvan Lemos. “Hermilo gostava muito de Gilvan e de sua literatura", lembra a gestora pública em referência a Hermilo Borba Filho, escritor e dramaturgo com quem foi casada.

O Nota PE é apresentado pelo jornalista e crítico literário Cristiano Ramos e exibido toda quinta-feira aqui, no portal LeiaJa.com. A produção é uma parceria entre o Blog Nota PE e o portal.

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No Nota PE desta semana, o jornalista e crítico literário Cristiano Ramos entrevista a presidente da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), Leda Alves. Nesta primeira parte da conversa, Leda, que também é atriz e gestora pública, fala sobre como chegou à editora. “Dirigia o Teatro de Santa Isabel quando fui chamada para a CEPE e fiquei dividida com a proposta”, revela.

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Durante a entrevista, ela comenta sobre alguns dos livros lançados pela editora e diz que houve uma grande melhora na diagramação das publicações. A presidente da CEPE também fala que procura oferecer cursos e palestras à equipe de trabalho da editora, para que todos sintam prazer em trabalhar ali.

Leda Alves ainda aborda o gargalo que existe na distribuição de livros pelo Brasil. “As tiragens não são grandes e os distribuidores não se interessam por essas tiragens reduzidas”, comenta.

O programa Nota PE é uma produção da TV LeiaJá, em parceria com o Blog Nota PE. Na próxima semana você confere a segunda parte da entrevista com Leda Alves aqui, no portal LeiaJa.com.

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Na segunda parte do Nota PE especial sobre Álvaro Lins, os professores e pesquisadores Lourival Holanda e Eduardo César Maia continuam a conversa sobre a vida do jornalista e escritor pernambucano, que foi presidente da Associação Brasileira de Escritores e membro da Academia Brasileira de Letras.

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Como jornalista, Álvaro Lins foi redator e diretor do Diário da Manhã, no Recife. Com 25 anos escreveu o seu primeiro livro, intitulado História Literária de Eça de Queiroz. Como crítico literário, assumiu as funções de redator-principal e dirigente político do Correio da Manhã, entre os anos 40 e 50.

O Nota PE é uma produção da TV LeiaJá, em parceria com o Blog Nota PE. Apresentado pelo jornalista e crítico literário Cristiano Ramos, o programa é exibido toda quinta-feira aqui, no Portal LeiaJa.com.

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O Nota PE desta semana faz uma homenagem ao advogado, jornalista e crítico literário Álvaro Lins. Considerado como um dos maiores críticos de rodapé do Brasil, Lins foi membro da Academia Brasileira de Letras durante 42 anos. Para falar sobre a vida e a obra do jornalista, o apresentador do programa, Cristiano Ramos, recebe os professores e pesquisadores Lourival Holanda e Eduardo César Maia.

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Álvaro Lins foi chamado de o “imperador da crítica brasileira” pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, durante as décadas de 40 e 50, por conta de seus artigos publicados no Correio da Manhã. O crítico chegou a escrever sobre autores que, anos depois, seriam consagrados na literatura brasileira, como João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector e Graciliano Ramos.

Nas críticas de Lins, ele relacionava a obra com a biografia do autor, sendo considerado o precursor da crítica psicológica e biográfica. Uma de suas referências foi o crítico literário francês Saint-Beuve.

O Nota PE é produzido pelo portal LeiaJa.com, em parceria com o Blog Nota PE. Na próxima semana, você confere a segunda parte do programa sobre Álvaro Lins.

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Nesta segunda parte do programa Nota PE especial sobre Jorge Amado, os professores Anco Márcio e Felipe Aguiar comentam a obra do autor na televisão, no cinema e no meio acadêmico.

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Considerado por ambos como o autor mais lido do século passado, os professores afirmam que Jorge Amado é um escritor que não se enquadra, desde a década de 50, no discurso das universidades já que, segundo eles, mestres e alunos não se interessam muito pela obra literária do baiano.

Anco e Felipe são unânimes em considerar o livro Mar Morto como a principal obra de Jorge Amado. “O lirismo é sem igual nesta obra de Jorge. Sem dúvida um livro para figurar entre os melhores do Brasil", comentam.

Sobre as adaptações do autor baiano para o cinema e a TV, os professores mantém opiniões parecidas. “Capitães da Areia foi adaptado para o cinema e se tornou um desastre para mim. Ficou superficial e fraco", afirma Anco.

“Quando você faz algo para vender para fora, como Gabriela, a tendência é mostrar uma história condensada e fraca. Já a adaptação para TV me parece ser melhor trabalhada. O diretor se aprofundou na obra, já que são vários capítulos que proporcionam um melhor entendimento do livro", complementa Felipe.

O programa Nota PE é apresentado pelo crítico literário e jornalista Cristiano Ramos, numa parceria entre o portal LeiaJa.com e o Blog Nota PE.

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Na primeira parte do especial Jorge Amado, o Nota PE desta quinta feira (23) recebe os professores Anco Márcio e Felipe Aguiar, que falam sobre a obra do escritor que nasceu em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, Bahia. Foi no Ginásio Ipiranga, no qual começou a desenvolver seu lado literário com a criação do jornalzinho “A luneta”, o qual distribuíra para colegas e parentes  “A Pátria” e “A Folha”, do grêmio estudantil. 


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Em 1931, Jorge Amado publica seu primeiro romance “O país do Carnaval” recebendo elogios. 
Envolve-se com o comunismo, como a maioria dos escritores da época, e vê seu romance seguinte “Cacau” ser apreendido por policiais. Por este motivo, passa certo tempo exilado na Argentina.  Um ano depois, publica os romances “Suor” e “Jubiabá” e posteriormente “Mar morto” recebendo o prêmio Graça Aranha.  Enquanto viaja para o exterior, o livro “Capitães da Areia” é publicado e de volta ao Brasil é preso novamente. Milhares de exemplares de seus livros publicados, tidos como revolucionários, são queimados em Salvador por ordem militar. 



Em 1942 publica em Buenos Aires “A vida de Luís Carlos Prestes”, com o intuito de ajudar na anistia do comunista. 
Mais uma vez é preso ao desembarcar em Porto Alegre e, então, é proibido de sair de Salvador. Publica o livro “Terras do sem fim”, o qual não é censurado.

Em 1946, envolve-se mais intensamente com a política através de sua candidatura de deputado do PCB. Apesar de eleito, Jorge Amado tem o mandato suspenso por alegação de ilegalidade do partido. 
Neste período conhece Zélia Gattai, com quem passa a viver. Em 1946 publica o romance sobre a seca “Seara Vermelha”. Um ano depois lança “O amor de Castro Alves” .
O programa Nota PE é apresentado pelo crítico litarário e jornalista Cristiano Ramos, uma parceria do Portal LeiaJa.com e o Blog Nota PE.


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No Nota PE desta semana, o jornalista e crítico literário Cristiano Ramos continua a entrevista com a poeta e professora Lucila Nogueira. Na segunda parte da conversa, ela fala sobre os novos projetos e a vida pessoal. “Estou fazendo do meu facebook a minha biografia. São textos tirados do meu twitter, reportagens da minha vida pessoal, loucuras, ódios, olhares, amor. Sou favorável, inclusive, que meus livros sejam colocados à disposição do leitor na internet, o que deve acontecer logo", comenta a poeta.

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Na entrevista, Lucila também fala sobre a criação de seus filhos e o amor que tinha pelo marido, Sérgio Moacir de Albuquerque, também poeta. “Desde cedo nossos filhos conviveram com a literatura, mas nem por isso ficamos insistindo para que eles lessem. Já Sérgio foi o amor da minha vida, lembro de quantas vezes ficávamos juntos em silêncio, uma cumplicidade maravilhosa. Desde sua morte, nunca mais escrevi", revela.

O programa Nota PE é exibido toda quinta-feira e produzido pela TV LeiaJá, numa parceria entre o Blog Nota PE e o portal LeiaJa.com.

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Mais de 40 livros publicados, sendo 23 só de poesia. Essa escritora, que começou a se interessar pela literatura na época do ginásio, é a poeta e professora Lucila Nogueira, entrevistada desta semana do Nota PE. Na primeira parte do programa, ela fala que se sente feliz na solidão de uma biblioteca. “É na biblioteca que a pessoa tem seu primeiro contato com o saber. Lá é possível conhecer o mundo, entrar no universo dos grandes autores, buscar inspiração na leitura e saborear no silêncio cada palavra contida naquele livro”, revela a professora.

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Após concluir o curso de Direito e começar o de Letras, Lucila não parou mais de escrever seus livros. “Almenara” foi o primeiro de uma série. “A geração de 1965 era formada por jovens sedentos pela literatura. Se escrevia muito, foi uma época romântica e feliz. Hoje a poesia é manipulada, muitas vezes uma cópia de outros autores. Por sua vez, as editoras tomaram conta de tudo. Nem o Estado e a Prefeitura do Recife, que deveriam dar o exemplo com programas de lançamentos de livros, o fazem. É uma pena”, lamenta Lucila.

Na semana que vem, você confere a segunda parte da entrevista com a escritora. O programa Nota PE é apresentado pelo Jornalista e Crítico literário Cristiano Ramos, numa parceria entre o Blog Nota PE e o portal LeiaJa.com.

Na segunda parte da entrevista com o professor, poeta e filósofo Angelo Monteiro, o jornalista e crítico literário Cristiano Ramos mantém o bom humor que norteou o bate-papo desde o início. Na conversa, o poeta conta que aos oito anos já lia obras de Casimiro de Abreu. Aos 13 era fã de carteirinha de Friedrich Nietzsche.

“Ler e escrever poemas requer silêncio e concentração. Tem gente que lê e escreve em trinta segundos. É a consumação do crime, é como a escola passar Paulo Coelho como referência de literatura”, dispara o poeta durante a entrevista.

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Para Angelo Monteiro, poesia não pode nada. “É como ser revolucionário. Não tem coisa mais cafona e babaca que isso. O cara entra pelo nome e não pela causa. Nunca serei um revolucionário”, enfatiza o autor do livro Arte ou Desastre. Na obra, o escritor fala sobre o empobrecimento da produção artística e o esvaziamento da cultura.

O programa Nota PE é uma parceria entre o portal LeiaJa.com e o Blog Nota PE. Toda quinta-feira, você confere uma nova entrevista.

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O Nota PE desta quinta-feira (26) traz uma entrevista com o escritor, professor e filósofo Angelo Monteiro. Crítico incanssável do pós-modernismo, Angelo fala sobre o assunto durante o programa e diz que acredita ser estupido quem traz para si a auto contemporaneidade. “Pós já quer dizer o que vem depois, como um apêndice do que já existou. Como uma arte pode ser moderna desse jeito? Isso é contradição e estupidez”, dispara o escritor.

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De acordo com Angelo, existem bons poetas em Pernambuco, como Fábio Andrade. Ele ainda afirma que é possível fazer arte sem cair na besteira de buscar inspiração no passado, no vazio. “É como o filme O Artista, uma obra prima moderna. Nunca na história do Oscar um filme de língua não inglesa havia sido tão prestigiado. Mas, como regras servem para serem quebradas, o francês O Artista derrubou barreiras e se sagrou o grande vencedor dos prêmios da Academia de Ciências Cinematográficas”, comenta.

Na próxima quinta-feira (2), você confere a 2ª parte da entrevista com o escritor Angelo Monteiro. O programa Nota PE é apresentado pelo jornalista e crítico literário Cristiano Ramos, numa parceria entre o Blog Nota PE e o portal LeiaJa.com.

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Nesta quinta-feira (19), o jornalista e crítico literário Cristiano Ramos continua a entrevista com o escritor Fábio Andrade, que é graduado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco, onde também fez mestrado sobre a obra de Osman Lins com a dissertação Ordem Sinuosa: o Barroco em Avalovara de Osman Lins e doutorado com a tese A Transparência Impossível: Lírica e Hermetismo na Poesia Brasileira Atual. Fábio também é reconhecido como um excelente poeta, vencedor do Prêmio Eugênio Coimbra Júnior em 2008, promovido pelo Conselho de Cultura da Cidade do Recife, com o livro A Transparência do Tempo.

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A “orelha” da obra traz um texto de Heloísa Arcoverde, que revela a dimensão dos poemas do escritor. “Fábio Andrade utiliza com precisão belas imagens para falar daquilo que nos inquieta e nos apaixona: do tempo em fuga à permanência da poesia enquanto arte; da solidão à pulsação do amor. É o encantamento dos versos puxando a reflexão sobre o próprio ato de escrever. Pensando a literatura, pensamos a vida”.

Fábio Andrade escreveu seu primeiro poema aos 14 anos e foi influenciado pelo rock e pelo anarquismo. Hoje está em fase de construção de um novo livro sobre temas budistas que deve se chamar Sândalo. O programa Nota PE é uma parceria entre o Blog Nota PE e portal LeiaJa.com.

O jornalista e crítico literário Cristiano Ramos entrevista, nesta quinta-feira (12), o escritor e professor Fábio Andrade. Nesta primeira parte da conversa, ele fala sobre o momento que está vivendo. “Estou na fase do silêncio e da solidão da linguagem. Faz um bom tempo que não escrevo, mas creio que isto faz parte da vida de qualquer artista”, enfatiza Fábio.

Sobre esta sua nova fase de vida, o escritor ainda acrescenta que trata-se de um renascimento. “Estou vendo o que a poesia pode fazer na minha vida. Deixei de escrever para redescobrir minha identidade poética”, explica.

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Ao ser questionado sobre o que a poesia não pode ser, Fábio é enfático. “Não pode ser uma plataforma política e muito menos mercantilista. A poesia vai na contra mão do capitalismo, não da crítica. O elogio é muito mais imoral do que a crítica”, diz o professor.

Na próxima quinta-feira (19), você confere a segunda parte da entrevista com Fábio Andrade. O programa Nota PE é uma parceria entre o Blog Nota PE e o portal LeiaJa.com.

Há duas semanas, alguns leitores da coluna Redor da Prosa acusaram de elitismo (ou algo parecido) a afirmação de que ser leitor também é vocação. O argumento mais utilizado por eles foi que vocação é termo que discrimina, que se mostra contrário à ideia de que todos são capazes de realizar algo. Em tempos de proliferação das oficinas literárias e de universalização de tudo, aquele texto não “caiu bem”… Melhor assim!

Querido Raimundo Carrero (escritor e realizador de oficinas literárias) sempre repete: se tudo pode ser aprendido, por que não seria possível ensinar a escrever? Por um motivo bem simples: não é bem assim, nem tudo que reside na arte é conteúdo passível de disponibilização e aprendizado. Aliás, nada no mundo é redutível à técnica.

É comum que os defensores de que todos são capazes de tudo recorram ao termo grego techné, que, no decurso de sua história, realmente aproximou o artesão e o artista. Seja trabalhando na madeira ou em versos, estamos agindo sobre algo para revelar/desvelar outra coisa. A techné não é só práxis, é também um saber, daí que seja raiz comum aos mundos da tecnologia e da arte.

Acontece que desde a Antiguidade os filósofos reconhecem a necessidade de pensar o ser como resultado sempre inacabado, de algo além. Não é simplesmente questão de ser capaz, nem de potencial enquanto conjunto de habilidades que estão adormecidas, à espera de estímulo e orientação. Mas sim de potencial como força, como potência que é a própria energia que propicia a vida e suas realizações. Não é uma energia hibernando, em estado natural, mas força dinâmica (dynamis) que ao mesmo tempo ratifica e transforma.

Na modernidade, de Kant a Novalis, de Nietzsche a Heidegger e tantos outros, houve sempre uma recusa de encarar o potencial nesse sentido homogeneizador, simples, banal, de livro de autoajuda barata. A potência é, pelo contrário, algo diferenciador, singularizante, vontade que ao mesmo tempo orienta e liberta.

O que chamamos de vocação na coluna anterior é algo além da capacidade. Não porque sobrenatural, mística, mas por ser irredutível às técnicas. Ela advém das infinitas equações que são resultantes das também infindáveis energias, potências e technai. Por isso sua definição nos escapa, por isso a sensação de vocare, de “chamado”.

Muitos se sentem incomodados com a palavra vocação porque ela indica existência de algo para além das capacidades comuns a todas as pessoas. Geralmente, por trás dessa insatisfação, está a questão dos valores. O receio é que o discurso sobre sujeitos vocacionados termine por perpetuar injustiças sociais, desigualdade de oportunidades. O que essas mesmas pessoas não percebem é que o contrário é caminho tão ou mais perigoso: se não existe vocação, somente capacidades comuns e oportunidades, aquele jovem que não consegue transformar as chances que recebeu em sucesso é um preguiçoso, um fracassado, um perdedor. O que lhe falta não é vocação, mas sim garra, disposição para vencer.

Esse incômodo, no entanto, geralmente tem seus campos preferidos. É mais raro acreditarmos que todo menino apaixonado pela bola e bem instalado na escolinha de futebol se torne um craque. Ou que a criança que adora água e vive na piscina do clube se torne uma nadadora quando adulta. Não costumamos defender que toda criança que gosta de música e recebe educação na área se transforma num virtuose, ou que o pequeno a desenhar para os pais cresça e seja reconhecido como novo Goya.

Por que, então, para ser escritor bastam ambição e técnicas? Será a literatura algo menor, diferente de todas as demais atividades humanas?

Para muitos (pois estamos falando de opiniões), a arte não é regra, ela é exceção. Porque é ambígua, tensa, ela aproxima e afasta, desvela e oculta, nasce a partir do que está e do que não está imediatamente disponível. Arte é sempre um dobrar-se sobre si mesmo, sua existência não se resume, não se permite ter uma função pontual e imutável. Ela é fazer, saber e, sobretudo, reflexão. Enquanto a techné aproxima artesão e artista, a poiesis, por exemplo, afasta, pois é um fazer que é saber e pensar, saber e refletir, saber e transcender, saber e agir.

Quem frequentou oficina literária adquiriu instrumentos, “aprendeu” recursos, alguns caminhos e atalhos da escrita. Mas será suficiente para fazer literatura, arte? Ou precisará ter potencial e ser vocacionado? Não parece mais coerente a posição de José Castello, para quem as oficinas não ensinam a escrever, “mas servem para desnudar e desembrutecer”, “para aproximar o aluno da verdade – a verdade pequena e precária de cada um”? As oficinas oferecem apenas uma face das muitas nesta lua sombria e incandescente que é a literatura.

A coluna anterior somente levou essa reflexão para outra órbita, a do leitor. Nem todos têm vocação para serem leitores de livros, embora seja obrigação dos educadores estimular a experiência, assim como preparar os estudantes para um mundo em que precisam ler sempre, nas mais variadas linguagens – para um mundo que afinal é linguagem! Fazer da leitura de livros uma atividade para toda a vida, uma parte do ser, porém, é outra coisa. Que não se deixa aprisionar por gestões públicas, discursos politicamente corretos ou colunas literárias.

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