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Nesta terça-feira (23), 213 entidades do Brasil denunciaram a gestão da Covid-19 nos presídios brasileiros à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização dos Estados Americanos (OEA). O documento traz dados e evidências sobre violações de normas e recomendações internacionais em pelo menos seis âmbitos: falta de acesso à saúde, entraves ao desencarceramento, incomunicabilidade, problemas no registro de óbitos e uso de estruturas temporárias precárias.

As entidades brasileiras pedem que os organismos internacionais demandem explicações ao Brasil e recomendem a adoção de medidas emergenciais para conter uma "catástrofe de proporções preocupantes". O Conselho Nacional de Justiça revela que os casos notificados de Covid-19 nas prisões brasileiras aumentou 800% desde maio. 

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De acordo com as entidades, em uma circunstância de pandemia em que a proteção contra o vírus depende de higiene, limpeza e distanciamento social, “manter pessoas privadas de liberdade amontoadas em um espaço fechado e insalubre é exercer um poder de morte que se concretiza em uma equação brutal”, revelam.

“Nós fomos pedir para entregar produtos de limpeza e disseram não que aceitariam porque o Estado estava dando todo o suporte, mas nós familiares sabemos que não está. Sabemos que eles não têm exames e que já há internos infectados. O próprio sindicato de agentes diz que 19 funcionários estão afastados por testarem positivo e que já falta comida em algumas unidades do Complexo da Mata Escura [Bahia]”, diz Elaine Bispo Paixão, familiar de pessoa presa e articuladora da Agenda Nacional pelo Desencarceramento. “Desde 19 de março as visitas estão suspensas e não temos notícias dos nossos familiares, maridos, filhos irmãos. E não é só na Bahia: é o Brasil todo que está sem notícia dos seus”, completa.

As entidades apresentam casos e argumentos especialmente duros contra os órgãos do Judiciário. De acordo com a denúncia, juízes e Ministério Público têm dificultado e até impedido a aplicação da Resolução 62/2020 do CNJ, que faz recomendações para garantir o desencarceramento e, assim, a redução da superlotação. A denúncia chama atenção para a Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) 684, parada há mais de um mês no  Supremo Tribunal Federal (STF), que pede a determinação de medidas para controlar a pandemia nos presídios.

*Com informações da assessoria

O presidente Evo Morales ficou muito perto de conquistar a reeleição no primeiro turno na Bolívia, mas seu rival Carlos Mesa denunciou uma fraude, em meio a protestos violentos após a divulgação de uma surpreendente mudança de tendência na apuração dos votos em favor do atual governante.

A missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou "preocupação e surpresa" com a mudança "drástica" na contagem dos votos - que permaneceu suspensa por 20 horas após o fim da votação no domingo -, depois a tendência inicial antecipava o segundo turno.

Após a guinada inesperada e a denúncia da oposição, milhares de pessoas protestaram em cinco das nove regiões da Bolívia. Os incidentes mais graves foram os incêndios em centros eleitorais de Sucre (sudeste) e Potosí (sudoeste).

Uma multidão enfurecida incendiou a fachada da sede do Tribunal Eleitoral de Sucre, a capital administrativa boliviana, aos gritos de "fraude".

Um protesto similar foi registrado na sede eleitoral de Potosí.

A oposição também protestou e entrou em conflito com a polícia em Oruro (sul), Cochabamba (centro) e La Paz, enquanto simpatizantes do governo reivindicavam a reeleição do presidente, de 59 anos, no primeiro turno.

Alguns sectores da oposição defenderam uma "rebelião" em caso de vitória de Morales no primeiro turno, em um clima de grande suspeita.

A A apuração rápida de atas (TREP), retomada no fim da tarde de segunda-feira, mostrou de modo surpreendente Morales com 46,87% dos votos e Mesa com 36,73%, após a apuração de 95,30% das urnas, o que significa que o presidente está muito próximo de evitar o segundo turno com o principal rival.

Um clima de suspeita domina a Bolívia desde que o Órgão Eleitoral Plurinacional (OEP) suspendeu a apuração na noite de domingo.

"Não vamos reconhecer estes resultados, que são parte de uma fraude consumada de maneira vergonhosa e que está colocando a sociedade boliviana em uma situação de tensão desnecessária", declarou Mesa a meios de comunicação de Santa Cruz, no leste do país.

Em um comunicado, a missão de observadores da OEA expressou sua "profunda preocupação e surpresa pela mudança drástica e difícil de justificar na tendência dos resultados preliminares conhecidos após o fechamento das urnas".

Mesa, que presidiu o país entre 2003 e 2005, denunciou algumas horas antes aos observadores da OEA que o organismo eleitoral "interrompeu arbitrariamente" a contagem dos votos e repetiu que acredita no segundo turno.

O OEP suspendeu a divulgação da apuração no domingo, após um único boletim da contagem rápida de 84% das atas que mostrava 45,28% para Morales e 38,16% para Mesa, resultado que antecipava o segundo turno em 15 de dezembro.

Segundo a Constituição boliviana, para vencer no primeiro turno o candidato deve obter mais de 50% dos votos votos válidos ou aos menos 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado.

Diversos países, incluindo Estados Unidos, Argentina, Brasil e Colômbia, também manifestaração preocupação com a situação na Bolívia.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que a proibição da entrada de ajuda humanitária na Venezuela, imposta pelo presidente Nicolás Maduro, representa uma violação dos direitos humanos. Em sua conta no Twitter, Almagro afirmou que a comunidade internacional não permitirá que o governo Maduro cometa crimes contra a população venezuelana.

"Repressão e ameaças de violência contra o povo para impedir a entrada de ajuda humanitária na Venezuela pelas forças repressivas ilegítimas é um ataque criminoso que viola os direitos humanos dos venezuelanos. A comunidade internacional não permitirá isso", escreveu Almagro.

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Almagro respondeu à mensagem da embaixadora da Venezuela no Brasil, Maria Teresa Belandría, no Twitter. "Inaceitável e condenável. Mais uma vez eles atacam a população que apenas pede ajuda", disse a embaixadora.

Para Almagro, o bloqueio à ajuda humanitária é "uma séria responsabilidade criminal contra a humanidade". Ao recusar a ajuda, afirmou, "a ditadura usurpadora da Venezuela viola o direito à vida e à saúde das pessoas de maneira sistemática".

Segundo o secretário-geral da OEA, a organização condena a ação do governo venezuelano e defende o fim dos ataques à população: "Mais uma vez, condenamos e advertimos a ditadura usurpadora da Venezuela de que os crimes contra a população indefesa devem cessar".

De acordo com Almagro, feridos no conflito na fronteira estão sendo atendidos em um hospital de Roraima, "graças à solidariedade das autoridades do Brasil".

PARA DOMINGO

A Organização dos Estados Americanos (OEA) está com inscrições abertas para um programa de bolsas parciais oferecido em parceria com a Universidade da Carolina do Sul Aiken (USCA). O programa de bolsas contempla cursos de diversas áreas como biologia, administração, comunicação, educação física, psicologia, sociologia e ciência política entre outras.

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Os estudantes contemplados contarão com 250 dólares por semestre e mais 4 mil dólares em ajuda de custo, além de cobrir algumas taxas da instituição. Além disso, os estudantes contemplados podem solicitar auxílio do Fundo Rowe, que é um programa de financiamento educativo da OEA que ajuda cidadãos de origem latina e caribenha a estudar nos Estados Unidos através de empréstimos de até 15 mil dólares, sem cobrança de juros. 

Para se candidatar, é necessário possuir bom histórico acadêmico e saber inglês. Além disso, a seleção também leva a experiência profissional, distribuição geográfica e de gênero e possibilidade de impacto ao retornar para o seu país de origem dos candidatos em consideração. O comprometimento de retornar ao país de origem também é um requisito.

As inscrições devem ser feitas até o dia 30 de junho para o semestre iniciado em 2018 e até 15 de outubro para o primeiro semestre de 2019. Os interessados já devem ter sido aceitos pela universidade e precisam acessar o site da OEA para preencher o formulário de inscrição e anexar os documentos exigidos pelo edital.

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A presidenta Dilma Rousseff submeteu ao Senado Federal o nome do diplomata José Luiz Machado e Costa para a vaga de representante do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA). A indicação foi publicada na edição desta do Diário Oficial da União.

Na semana passada, o plenário do Senado rejeitou a indicação do embaixador Guilherme Patriota para a vaga. Irmão do ex-ministro de Relações Exteriores Antonio Patriota, o diplomata teve 38 votos contra e 37 a favor de sua indicação. Para ser aprovado pelo Senado são necessários 41 votos a favor.

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Na mesma edição do Diário Oficial da União, a presidenta indicou os nomes para os cargos de embaixadores do Brasil em Moçambique (cumulativamente com Suazilândia e Madagascar), no Iraque, na Dinamarca, Lituânia, Espanha e no Principado de Andorra, na China, Mongólia, em Honduras e Botsuana.

Brasília recebe nesta segunda-feira (11) a reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA). O objetivo do encontro é discutir a promoção de políticas públicas, visando garantir a internacionalização das micro, pequenas e médias empresas.

O evento será realizado na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O presidente da instituição, Luiz Barreto, abre as atividades, bem como também participam das ações o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, e a secretária executiva para Desenvolvimento Integral da OEA, Sherry Tross.

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Entre os temas que serão abordados no evento estão a importância dos pequenos negócios e das médias empresas no comércio internacional; desafios e marco regulatório para a internacionalização dos empreendimentos de micro, pequeno e médio porte; e instrumentos para a internacionalização das micro, pequenas e médias empresas. O evento inicia às 9h.

Com informações da Agência Sebrae de Notícias.

 

 

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