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Israelenses e palestinos concordaram em se reunir na semana que vem ou na seguinte em Washington para discutir os detalhes da retomada das negociações de paz, congeladas há cinco anos, anunciou nesta sexta-feira o secretário de Estado dos EUA, John Kerry.

Depois de dias de reuniões e conversas por telefone com representantes dos dois lados, Kerry disse a jornalistas em Amã que israelenses e palestinos concordaram com "as bases" para as negociações.

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"Chegamos a um acordo que estabelece as bases para a retomada de negociações diretas sobre o status definitivo da situação entre israelenses e palestinos", disse Kerry. "Este é um passo significativo e bem-vindo."

Kerry não quis entrar em detalhes porque "o acordo ainda precisar ser formalizado", mas disse que, "se tudo sair conforme o esperado", negociadores de Israel e Palestina começarão a conversas "na próxima semana ou na seguinte".

Mais cedo, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, disse, depois de receber Kerry em Ramallah, que "extensas negociações (...) resultaram na aceitação da retomada do diálogo pelos palestinos".

Abbas disse que "os detalhes ainda precisam ser definidos", mas autoridades israelenses e palestinas foram convidadas para irem a Washington nos próximos dias.

A retomada das negociações tem sido dificultada justamente pela falta de acordo em relação ao ponto de partida: os palestinos exigem uma garantia de que as negociações de fronteira se baseiem nas linhas anteriores à Guerra dos Seis Dias (1967), quando Israel capturou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental; os israelenses rejeitam qualquer espécie de condição prévia para as negociações.

O anúncio de Kerry ocorre depois de ele ter intensificado os esforços para levar israelenses e palestinos de volta à mesa de negociação. Não está claro se algum dos lados cedeu em relação ao ponto de partida do diálogo. Fonte: Associated Press.

O secretário de Estado norte-americano John Kerry volta ao Oriente Médio nesta semana, num momento no qual as crescentes tensões no Egito e os acontecimentos na Síria ameaçam ofuscar seus esforços para relançar as negociações de paz entre israelenses e palestinos.

O Departamento de Estado informou que Kerry vai partir de Washington nesta segunda-feira com destino à Jordânia, onde vai se encontrar com autoridades da Liga Árabe para discutir os acontecimentos no Egito desde a queda do presidente Mohammed Morsi e a crise na Síria, onde aparentemente o regime do presidente Bashar Assad vem vencendo a oposição.

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Israel e os territórios palestinos não estão no itinerário de Kerry, embora a diplomacia norte-americana tenha dito que ele pode se reunir com autoridades dos dois lados em Amã. A viagem é a sexta do secretário de Estado à região. Fonte: Associated Press.

Israel tem capacidade para construir 10.000 casas nas colônias da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental para reduzir os preços do mercado imobiliário, anunciou o ministro da Habitação, Uri Ariel.

"Temos a capacidade de construir imediatamente 10.000 casas em Jerusalém e nos blocos de colônias de Judeia e Samaria (Cisjordânia)", afirmou o ministro em uma reunião da comissão de Finanças do Parlamento.

O ministro citou três colônias, Beit Ariesh, Ofarim e Elkana, situadas, segundo ele, no centro do país, onde os projetos poderiam ser iniciados.

De acordo com Ariel, membro de Lar Judeu, partido ultranacionalista favorável à colonização, as construções na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental poderiam permitir "frear imediatamente o preço das casas".

A colonização é o principal ponto de bloqueio do processo de paz entre Israel e os palestinos.

A Autoridade Palestina exige como condição prévia para a retomada das conversações de paz o congelamento total da colonização e que o governo israelense se refira às fronteiras de fato, de antes de Israel ocupar em 1967 a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental.

Mas Israel rejeita qualquer tipo de condição prévia.

O secretário de Estado norte-americano iniciou uma viagem internacional nesta sexta-feira para falar sobre duas questões espinhosas da política externa: o derramamento de sangue na Síria e os esforços para falar com o Taleban e encontrar uma solução política para a guerra no Afeganistão.

Nas próximas duas semanas, Kerry passará por pelo menos sete países. Ele iniciará a viagem pelo Catar, tentará avançar no estabelecimento de um acordo de paz entre Israel e Palestina, visitará a Índia e encerrará o percurso em Brunei, onde acontecerá uma Conferência de Segurança.

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Kerry chega a Doha, no Catar, no sábado, onde os representantes de países que formam o grupo "Amigos da Síria" discutirão como coordenar ajuda militar e de outros tipos que podem ser oferecidas aos rebeldes que tentam derrubar o presidente sírio Bashar Assad, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

Na sua passagem pela Índia, Kerry fará um discurso político e realizará reuniões com funcionários para discutir economia, comércio, energia, mudanças climáticas, educação, segurança e questões antiterroristas. Além disso, fará palestras em Nova Délhi sobre a cooperação da Índia com o novo primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif. Mesmo sendo rivais quanto ao tema das armas nucleares, os países vem se aproximando nos últimos anos.

Kerry também terá reuniões com autoridades da Arábia Saudita, do Kuwait, da Jordânia e de Israel.

Segundo membros do alto escalão do Departamento de Estado, na Arábia Saudita, Kerry falará sobre como os Estados Unidos podem enfrentar preocupações sobre extremistas na Síria, a intervenção de combatentes estrangeiros do Irã e do Hezbollah.

No início deste mês, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que o país começaria a enviar armas e munições para os rebeldes. Fonte: Associated Press

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o congelamento dos projetos de construção de novas colônias judaicas na Cisjordânia para facilitar os esforços dos Estados Unidos para reativar as negociações de paz com os palestinos, informou a rádio militar israelense.

Netanyahu anunciou a decisão há alguns dias ao ministro da Habitação, Uri Ariel, membro do Lar Judeu, partido ultranacionalista religioso favorável à colonização.

Ariel não confirmou nem desmentiu a informação, assim como o gabinete do primeiro-ministro.

"Não tenho a intenção de revelar o conteúdo de minhas conversas com o primeiro-ministro", afirmou o ministro da Habitação.

Mas ele não descartou a possibilidade de seu partido votar contra o projeto de orçamento, que será apresentado na próxima semana, caso os projetos sejam congelados.

Uma deputada do Lar Judeu, Ayalet Shaked, disse que o ministério preparou milhares de autorizações de assentamentos na área de Judeia e Samaria, na Cisjordânia.

"Mas para que as autorizações virem construções é indispensável a assinatura do primeiro-ministro, e por razões não explicadas ainda não assinou", disse a deputada.

Segundo a rádio, a decisão de Netanyahu contradiz a promessa feita antes das eleições de janeiro de autorizar a construção de centenas de novas casas nas colônias israelenses.

O portal de buscas na internet Google substituiu a menção "Territórios Palestinos" por "Palestina" para designar Gaza e Cisjordânia em seu site palestino, www.google.ps, dando lugar a críticas do governo israelense, enquanto líderes palestinos saudaram a mudança de denominação, conforme uma votação das Nações Unidas em novembro passado.

"Mudamos o nome de 'Territórios Palestinos' pelo de 'Palestina' em todos os nossos produtos (...) Nós nos deixamos guiar pela ONU, pela Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (ICANN), pela Organização Internacional de Padronização (ISO) e por outras organizações internacionais", explicou Nathan Tyler, um porta-voz do Google, em um comunicado.

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Para o porta-voz do ministério das Relações Exteriores israelense, Yigal Palmor, "esta mudança provoca dúvidas sobre os motivos que estão por trás deste surpreendente envolvimento de uma empresa privada da internet na política internacional".

Já Sabri Saidam, assessor do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em matéria de telecomunicações e internet, saudou "um passo na direção certa", afirmando que constituía um "resultado da votação das Nações Unidas".

"Esperamos que o Google Maps também mostre as terras palestinas confiscadas pela colonização israelense", declarou à AFP.

Em novembro passado, uma votação histórica na ONU - 138 votos a favor, 9 contra e 41 abstenções - reconheceu a Palestina como "Estado observador não membro". Em represália, Israel anunciou novas construções de casas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

sst-ar-scw-he/vl/dmc/jo/ma

Cinco pessoas morreram nos últimos dias na Arábia Saudita depois de contrair um coronavírus próximo ao da Sars (síndrome respiratórias aguda grave), anunciou nesta quinta-feira o ministério da Saúde.

Com o anúncio, chegam a 16 pessoas falecidas no mundo das 23 que contraíram o vírus, detectado pela primeira vez em meados de 2012, nove delas na Arábia Saudita.

Duas pessoas infectadas com o vírus estão internadas no reino.

As cinco pessoas faleceram nos últimos dias na província de Al-Ihsa, região leste do país, segundo o ministério.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) havia anunciado em 26 de março a morte de um saudita de 70 anos em Munique em consequência do mesmo vírus.

A OMS afirma não ter informações suficientes para tirar conclusões sobre as modalidades de contágio do vírus.

O novo coronavírus, denominado nCoV, foi detectado na Arábia Saudita, na Jordânia e na Alemanha.

Em 2003 uma epidemia de Sars provocou a morte de mais de 800 pessoas na China e provocou um alerta de saúde em escala mundial.

O novo vírus, no entanto, é diferente da Sars, principalmente por provocar uma insuficiência renal rápida.

Um terremoto de 6,2 graus sacudiu nesta quarta-feira o leste do Afeganistão e o norte do Paquistão, informou o serviço meteorológico paquistanês.

O terremoto, cujo epicentro foi localizado a 70 km de profundidade e a apenas 25 km de Jalalabad, grande cidade do sudeste do Afeganistão, foi sentido às 9H25 GMT (6H25 de Brasília) no norte do Paquistão, incluindo a capital Islamabad.

Segundo o Centro de Geofísica dos Estados Unidos, o terremoto teve 5,7 graus de magnitude.

Um tremor de 7,8 graus com epicentro no Irã provocou 40 mortes na semana passada no Paquistão e afetou milhares de pessoas.

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, iniciou neste sábado (20) uma viagem de uma semana ao Oriente Médio, onde vai se reunir com líderes israelenses para falar sobre a guerra civil na Síria e sobre o programa nuclear do Irã, além de discutir uma série de acordos de armas com Israel e dois países árabes.

Em sua primeira visita à região como chefe do Pentágono, Hagel fará paradas em Israel, Jordânia, Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos. Todos são antigos parceiros dos Estados Unidos e estão preocupados com a ameaça do colapso da Síria e a suspeita de que o Irã busque uma arma nuclear.

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Hagel foi alvo de críticas de alguns congressistas, que se opuseram à sua indicação para o cargo. Uma campanha pública, incomumente vigorosa, foi feita para impedir sua nomeação. Hagel foi acusado de ser "anti-Israel", algo que o senador republicano nega veementemente.

Os Estados Unidos concluem um acordo de armas avaliado em US$ 10 bilhões com Israel, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos que vai fornecer a esse países uma série de armamentos, dentre eles mísseis e aviões. Durante suas escalas em cada um desses três países, Hagel deve discutir detalhes dos acordos de venda de armas.

A visita de Hagel a Israel ocorre um mês depois de o presidente Barack Obama ter estado em Jerusalém, para assegurar aos israelenses o comprometimento norte-americano com sua segurança e pedir novos esforços para o avanço as negociações de paz entre Israel e palestinos.

Washington compartilha os temores de Israel sobre o conflito sírio, que representa uma ameaça direta ao país, especialmente se a Síria perder o controle sobre seu considerável arsenal de armas químicas. A questão síria também deve estar no topo da agenda de Hagel durante seu encontro com autoridades jordanianas na capital do país, Amã.

As informações são da Associated Press.

Os iraquianos votam neste sábado (20) em eleições regionais em meio a um forte esquema de segurança, marcando a primeira votação desde a retirada do exército dos EUA do país. Esse será um importante teste sobre a estabilidade no Iraque.

Os resultados da eleição não afetarão diretamente o governo nacional, mas serão um medidor do apoio dos vários blocos políticos nos meses que antecederão as eleições parlamentares previstas para 2014. Além disso, os resultados podem exacerbar as já graves tensões sectárias no país.

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A votação deste sábado também vai testar o exército e a polícia do Iraque, que enfrentam o ressurgimento da insurgência da Al-Qaeda e estão garantindo uma eleição sozinhos pela primeira vez desde a invasão liderada pelos EUA em 2003.

Cordões de segurança foram colocados em torno dos locais de votação e apenas veículos autorizados podem circular pelas ruas das grandes cidades. Os eleitores estão marcando um dedo com tinta depois de votarem, para garantir que cada pessoa vote apenas uma vez.

No início da tarde, em horário local, Martin Kobler, representante especial da ONU para o Iraque, afirmou que o processo estava ocorrendo tranquilamente. Houve relatos de violência nas primeiras horas de votação, mas sem fatalidades, embora seis pessoas tenham ficado feridas. Morteiros atingiram as proximidades de alguns locais de votação na capital Bagdá e em outras cidades, segundo a polícia.

O vice-ministro do Interior, Adnan al-Asadi, descreveu a situação da segurança como estável. "A polícia e o exército estão espalhados por todos os lugares para garantir que o dia da eleição e os locais de votação estejam seguros. Pedimos que todos façam o seu voto, por que esse é o melhor meio de enfrentar o terrorismo", disse al-Adadi à rede de televisão estatal.

A televisão estatal mostrou autoridades do governo, incluindo o primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, depositando seus votos no Hotel Rasheed, na fortificada Zona Verde de Bagdá. A maioria xiita vem liderando a sucessão de governos no Iraque desde a deposição de Saddam Hussein e seu regime sunita, em 2003.

As eleições estão sendo realizadas em mais de 5,3 mil locais de votação para membros dos conselhos provinciais, que servirão 12 das 18 regiões administrativas do Iraque. Milhares de candidatos de 50 blocos eleitorais estão concorrendo a 378 postos. A última vez em que os iraquianos elegeram membros para os conselhos provinciais foi em janeiro de 2009.

Pelo menos 14 candidatos foram mortos nas últimas semanas e algumas escolas que seriam usadas como local de votação foram bombardeadas. Há 13,8 milhões de pessoas que podem votar nas eleições provinciais deste sábado. Os resultados devem demorar vários dias para serem divulgados. As informações são da Associated Press.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, dirige-se neste sábado (6) para o Oriente Médio, na terceira viagem à região em duas semanas, em uma nova tentativa de reativar as paralisadas conversas de paz entre Israel e palestinos.

A cidade turca de Istambul é a primeira parada da viagem por seis nações. Da Turquia, ele pretende ir a Jerusalém para encontros com os presidentes e primeiros-ministros de Israel e dos palestinos.

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As informações são da Associated Press.

O papa Francisco resumiu numa palavra, a Cruz, a homilia de seis minutos com que encerrou, nesta sexta-feira no Coliseu, em Roma, a celebração da Via-Sacra, cujo tema foi o sofrimento do povo no Oriente Médio, por causa da violência da guerra e do terrorismo. Milhares de pessoas, que começaram a chegar ao local ao meio-dia, acompanharam a cerimônia à luz de velas. A celebração da Via-Sacra no Coliseu foi instituída por Paulo VI em 1964.

"Nesta noite não quero falar muitas palavras, mas só uma, a Cruz, com que Deus respondeu aos males do mundo", disse Francisco. Ele acrescentou que "Deus nos julga amando-nos", depois de observar que, às vezes, Deus parece ficar em silêncio e não responde ao mal. O papa fez um apelo aos cristãos para que todos respondam ao mal com o bem.

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Francisco agradeceu o testemunho de um grupo de jovens libaneses que escreveram o texto da meditação da Via-Sacra sobre a situação de dor e sofrimento nos países do Oriente Médio. Disse que não só os cristãos, mas também os muçulmanos desejam a paz, como Bento XVI constatou em sua viagem ao Líbano, a última de seu pontificado, no ano passado.

A celebração da Via-Sacra se iniciou às 21h19 (17h19 no Brasil) e durou pouco mais de uma hora. Francisco conversou sorridente com as pessoas que o receberam, mas acompanhou a cerimônia de olhos cerrados, num palanque armado no Palatino, em frente ao Coliseu.

Jovens libaneses, clérigos chineses e uma mulher numa cadeira de rodas revezaram-se carregando uma cruz de madeira nas 14 estações da Via-Sacra. O vigário da Diocese de Roma, cardeal Agostino Vallini, que carregou a cruz na primeira estação, foi quem a entregou ao papa na 14ª e última estação. Francisco encerrou a cerimônia, após a homilia, com a concessão da Bênção Apostólica.

Em outra cerimônia da Sexta-Feira Santa, a celebração da Paixão do Senhor, iniciada às 17 horas (13 horas no Brasil), na Basílica de São Pedro, o papa ouviu um sermão do pregador da Casa Pontifícia, frei Riniero Cantamessa, após a leitura do Evangelho de São João sobre a condenação, crucificação e morte de Jesus. Na hora da Adoração da Cruz, um dos momentos marcantes da cerimônia, que não é uma missa, Felipe deitou-se no chão, enquanto todos se ajoelhavam em silêncio.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixou de lado neste sábado as complicações políticas do Oriente Médio para se maravilhar com a beleza de um dos lugares mais estarrecedores da região, a lendária cidade antiga de Petra, na Jordânia.

"Isso é muito espetacular", afirmou ele, esticando o pescoço para olhar as ruínas, depois de sair de um estreito trajeto em uma praça ensolarada em frente ao famoso Tesouro. A fachada é considerada a obra-prima da cidade antiga, esculpida em pedra de tons de rosa e vermelho pelos nebateus há mais de 2 mil anos.

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O passeio de Obama como turista coroou uma visita de quatro dias ao Oriente Médio, que incluiu paradas em Israel, Cisjordânia e Jordânia. A Casa Branca estabeleceu baixas expectativas para a viagem e o presidente retorna para Washington com poucas realizações concretas para mostrar.

Assessores disseram que a intenção de Obama era garantir aos políticos e à população - particularmente de Israel - que ele está comprometido com sua segurança e prosperidade. O presidente, vestido com calça cáqui, jaqueta preta e botas de escalad,a começou o tour a pé na entrada do Siq, um desfiladeiro estreito e sinuoso entre dois penhascos.

Os nebateus construíram Petra como uma junção crucial para rotas de comércio ligando a China, a Índia e a parte sul da Arábia com Egito, Síria, Grécia e Roma. A cidade floresceu até que as rotas foram redirecionadas no século 7, o que resultou na sua decadência. Petra é a atração turística mais popular da Jordânia e recebe mais de 500 mil visitantes por ano desde 2007. Foi cenário de filmes como "Indiana Jones e a última Cruzada."

Ventos fortes e o céu nublado quase impediram a partida do helicóptero presidencial em Amã, na capital da Jordânia, o que teria forçado Obama pular a parada turística. Mas o tempo melhorou o suficiente para que ele e sua delegação seguissem viagem até Petra. Obama deve retornar para Washington depois do tour. A chegada à Casa Branca está prevista para noite deste sábado. As informações são da Associated Press.

O movimento palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza, lançou uma campanha nesta terça-feira dando um prazo de um mês para que os "colaboradores" de Israel se arrependam.

"Anunciamos a abertura da porta do arrependimento para os colaboradores restantes e todos aqueles que caíram na armadilha tecida pelos serviços de inteligência inimigo", declarou o porta-voz do ministério do Interior do governo do Hamas em Gaza, Islam Chahwane.

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"Nós os exortamos a retornar ao seio de seu povo e de suas famílias", pediu o oficial do Hamas, que se expressou durante uma coletiva de imprensa, acrescentando que a oferta de clemência expira em 11 de abril.

"Esta campanha é uma mensagem que enviamos para o inimigo sionista para afirmar sua falha em termos de segurança e inteligência. As fontes de informação sobre nosso povo e nossa força em breve secarão", assegurou.

Um membro do Departamento de Segurança Interna em Gaza, Mohammad Lafi, disse por sua vez que os pacientes são submetidos a "chantagens para que espionem quando são transportados para tratamento em hospitais israelenses e da Cisjordânia".

O governo do Hamas trabalha "para listar as famílias de todos os colaboradores como o ministério dos Assuntos Sociais para assegurar uma pensão a fim que permaneçam protegidas", afirmou.

O Hamas havia anunciado em novembro a criação de uma comissão de investigação sobre as execuções ilegais de palestinos acusados de colaborar durante a operação israelenses realizada entre os dias 14 e 21 do mesmo mês contra a Faixa de Gaza.

Ao menos sete palestinos foram executados sumariamente. Alguns cadáveres foram exibidos pelas ruas de Gaza com mensagens assinadas pelo braço armado do Hamas reivindicando "execução dos traidores e criminosos".

O Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU (HCDH) condenou essas "execuções sumárias", ressaltando que as vítimas foram detidas pelo governo do Hamas antes das mortes.

O HCDH contabilizou a morte de "174 palestinos na Faixa de Gaza" durante a operação. Entre elas "168 morreram nas ações militares israelenses, incluindo 101 considerados civis".

Segundo um balanço estabelecido pela AFP com base em fontes médicas dos dois lados, 177 palestinos foram mortos, entre eles mais de uma centena de civis, assim como seis israelenses, quatro civis e dois militares.

A terceira maratona internacional de Gaza foi cancelada depois que o movimento islamita Hamas, que governa a cidade, proibiu a participação de mulheres, anunciou a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA).

"A UNRWA lamenta ter que cancelar a terceira maratona após as conversações com as autoridades de Gaza, que insistiram que nenhuma mulher deveria participar", afirma um comunicado da agência.

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De acordo com a UNRWA, 807 participantes estavam inscritos, quase metade mulheres (385), incluindo 266 palestinas da Faixa de Gaza.

"Lamentamos a decisão de cancelar a maratona, mas não queremos que homens e mulheres corram juntos", disse à AFP Abdesalam Siyan, secretário-geral do governo do Hamas.

"Não pedimos à UNRWA que cancele a maratona, tampouco impedimos, mas apresentamos condições: não queremos homens e mulheres misturados", completou Siyan, que citou a lei e as tradições islâmicas.

"Não queremos que as mulheres corram sem o véu", completou, lembrando que que a proibição é aplicada às mulheres a partir de 16 anos.

Em edições anteriores, estrangeiras competiram, com calças compridas, assim como centenas de palestinas, com calças e a cabeça coberta.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apontou um novo coordenador para a região do Oriente Médio, Norte da África e Golfo Pérsico, segundo anunciou a Casa Branca neste sábado. O especialista em política externa Philip Gordon vai assumir o posto no Conselho Nacional de Segurança no dia 11 de março. O anúncio ocorre duas semanas antes de Obama iniciar uma viagem para a Jordânia e Israel.

Gordon atua como secretário assistente para Assuntos de Europa e Eurásia desde maio de 2009, sendo responsável pelas políticas dos EUA para 50 países, além da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ele também atuou como conselheiro de política externa de Obama durante a eleição presidencial de 2008. As informações são da Dow Jones. (Álvaro Campos)

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Depois de serem reconhecidos como o terceiro gênero sexual, os transexuais paquistaneses estarão representados nas eleições previstas para esta primavera (hemisfério norte) por seu candidato Sanam Fakir, para quem os "eunucos" não devem se limitar a dançar, mendigar ou se prostituir.

O Paquistão, um país onde os golpes de Estado são comuns desde a sua criação, em 1947, organizará em meados de maio as primeiras eleições nacionais de sua história depois de um governo eleito conseguir completar um mandato inteiro.

Estas eleições históricas para a consolidação da democracia neste país muçulmano conservador de mais de 180 milhões de habitantes terão uma novidade: a participação de um membro da comunidade de "eunucos" ou "hijras" em urdu, hermafroditas, transexuais e travestis.

Em 2009, a Suprema Corte paquistanesa ordenou que o governo reconhecesse os eunucos como um sexo a parte, o primeiro passo no sentido de reconhecer os direitos dessa minoria, cujos membros (cerca de meio milhão) são pagos para dançar em casamentos, obrigados a mendigar e até mesmo a se prostituir.

Dois anos depois, a Justiça deu-lhes o direito de participar nas eleições.

"Nosso objetivo não é apenas dançar para os outros ou pedir esmolas. Nós também temos uma vida para viver", disse à AFP Sanam Fakir, de 32 anos, em Sukkur, uma pequena cidade na província de Sindh, 800 km ao sul de Islamabad.

Sanam Fakir será um candidato independente para uma cadeira no parlamento da província de Sind. No entanto, tem poucas chances de vencer neste reduto do Partido Popular do Paquistão (PPP, no poder), onde grandes famílias de proprietários de terras dão as instruções de voto aos seus empregados.

"Eu sei que será difícil, mas cada um deve contribuir para melhorar a sociedade. Não somos corrompidos, não temos famílias e nossos direitos são limitados", acrescentou Fakir, em referência à corrupção em seu país e a uma vida política feudal.

Este eunuco dirige uma organização que contribui para a educação de outros transexuais. "Nós temos instrução agora. Antes as pessoas riam de nós, mas começaram a nos respeitar", afirma.

Quatro carros-bomba explodiram em áreas predominantemente xiitas do Iraque nesta sexta-feira, matando pelo menos 31 pessoas e deixando dezenas de feridos. Os ataques em Bagdá e numa cidade ao sul da capital são os mais recentes cometidos por supostos insurgentes sunitas que tentam provocar a volta da violência sectária e prejudicar o governo, liderado pelos xiitas.

Os atentados desta sexta-feira tiveram como alvo um mercado aberto no bairro de Kazimyah, norte de Bagdá, e uma outra feira na cidade xiita de Shomali, província de Hillah province, ao sul da capital iraquiana.

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Nas manhãs de sexta-feira, os iraquianos se dirigem para feiras e mercados para fazer compras e passar algum tempo com a família durante o fim de semana muçulmano. Mercados são um alvo comum de militantes, que desejam atingir o maior número possível de pessoas.

Em Bagdá, o primeiro carro-bomba explodiu no meio da manhã na entrada do mercado Kazimyah, informaram dois policiais. Quando compradores em pânico tentaram deixar a área, um segundo carro, que estava estacionado, explodiu a poucos metros de distância, informaram os oficiais.

Pelo menos 17 pessoas morreram e 45 ficaram feridas nos dois ataques, segundo a polícia. Todas as vítimas eram civis. Cerca de uma hora mais tarde, dois carros-bomba explodiram simultaneamente na feira de Shomali, matando pelo menos 14 pessoas e ferindo 26.

Funcionários do setor de saúde confirmaram os números de mortos de cada ataque. Todas as fontes falaram em condição de anonimato. As informações são da Associated Press.

Os futuros do brent operam em baixa nesta segunda-feira, com os investidores embolsando lucros recentes após 13 sessões seguidas de ganhos. Às 9h46 (de Brasília), o contrato do brent para março recuava 0,65% na ICE, para US$ 116,00 o barril. Na Nymex, o contrato equivalente cedia 0,92%, a US$ 92,87 o barril.

"A manhã tem sido tranquila, então talvez os investidores estejam dizendo 'vamos por algum dinheiro no banco'", comentou Tamas Varga, analista da PVM. "No momento, o mercado está de bom humor. Se não surgir nenhuma notícia baixista, o mercado deverá se segurar."

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Para Varga, indicadores econômicos devem continuar tendo mais influência nos preços do petróleo do que ocorrências geopolíticas. Os participantes do mercado devem acompanhar dados da China ao longo da semana. Já o último relatório de emprego dos EUA, divulgado na sexta-feira (01) ajudou a melhorar o sentimento.

No Oriente Médio, uma disputa entre o governo central do Iraque e o governo regional do Curdistão prejudica as exportações iraquianas pelo segundo mês consecutivo. Em janeiro, as vendas externas de petróleo do país ficaram em 2,359 milhões de barris por dia, ante 2,348 milhões de barris diários no mês anterior, segundo fontes com conhecimento dos números. As informações são da Dow Jones.

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