Tópicos | Patriota

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quarta-feira que a presidente Dilma Rousseff ficou hospedada em um hotel na capital italiana porque a residência do embaixador do Brasil em Roma está desocupada no momento. A presidente viajou ao Vaticano para a missa inaugural do papa Francisco.

"O embaixador Ricardo Neiva Tavares foi designado pela Presidenta da República e aprovado pelo Congresso e o decreto de remoção dele da União Europeia aqui pra Roma foi publicado no Diário Oficial na sexta-feira passada. Nessas condições, então, a residência do embaixador do Brasil aqui em Roma está desocupada no momento, ela está entre dois embaixadores - e é por isso que a presidenta ficou aqui no hotel", disse Patriota à "Agência Brasil".

##RECOMENDA##

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Dilma, quatro ministros, assessores e seguranças se hospedaram no hotel Westin Excelsior, um dos mais luxuosos da cidade. A diária da suíte presidencial custaria cerca de R$ 7,7 mil e o quarto mais barato, R$ 920. A comitiva de Dilma teria usado, ao todo, 52 quartos de hotel e 17 carros em Roma.

De acordo com Patriota, o novo embaixador deverá chegar "dentro de algumas semanas mais". "Qualquer chancelaria do mundo enfrenta a mesma situação: a rotação de embaixadores em intervalos regulares. Agora, o que era aqui inesperado foi essa situação do Sumo Pontífice, né? A renúncia e a troca, e essa situação coincidiu com uma troca de embaixadores aqui na residência oficial em Roma, uma coisa natural que pode acontecer com qualquer chancelaria", disse.

Em nota, a assessoria do PPS informou que o deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) vai cobrar do Palácio do Planalto mais informações sobre o custo total da viagem da presidente a Roma. O partido também quer o gasto total dos deslocamentos da presidente ao exterior desde o início do mandato.

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, classificou de "descabida" e "incongruente" a carta do representante de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk, com críticas à política brasileira de elevação de tarifas de importação de alguns produtos. Em uma entrevista nesta sexta-feira, o chanceler repetiu o que já havia sido dito na quinta (20), por meio de seu porta-voz: o governo brasileiro considera a carta injustificada tanto no conteúdo quanto na forma.

"Acho que a resposta que foi transmitida ontem mesmo mostra como é descabida e incongruente a carta, porque se tem um país que tem se beneficiado da ampliação do mercado brasileiro foi os Estados Unidos. E as medidas adotadas pelo Brasil, como aliás foi reconhecido pelo representante americano, está dentro da legalidade da OMC (Organização Mundial do Comércio), afirmou Patriota. "Juntando essas duas circunstâncias, consideramos que é necessário buscar outras maneiras de se desenvolver uma relação comercial equilibrada e mutuamente benéfica. Esse tipo de manifestação não é construtiva."

##RECOMENDA##

Perguntado se a mais recente crise com os Estados Unidos poderia mudar a agenda da presidente Dilma Rousseff nos Estados Unidos, para onde ela embarca domingo para participar da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, Patriota afirmou que não há previsão de encontros entre Dilma e o presidente americano, Barack Obama.

Mesmo com a desacelaração do crescimento econômico local e com a adoção de medidas para incentivar o mercado interno em detrimento do externo, a China deve seguir como o principal parceiro comercial do Brasil em 2012, afirmou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. "A previsão é de que pode crescer em até US$ 90 bilhões o fluxo comercial nos dois sentidos (entre Brasil e China), com previsão de superávit para o Brasil", disse o ministro em sabatina realizada pelo Grupo Folha na capital paulista.

Patriota voltou a defender que a China amplie o leque de importações de produtos brasileiros e que a pauta comercial entre ambos os países seja "mais qualitativa e menos quantitativa". "A China aceita esse debate e superar essa pauta de exportação concentrada em poucos produtos não é fácil. Tem a ver ainda com a competitividade da indústria brasileira", afirmou o ministro, que considerou "positiva" para o setor exportador a recente valorização do dólar.

##RECOMENDA##

O ministro citou o crescimento da economia norte-americana e o avanço das exportações brasileiras para os Estados Unidos. No entanto, Patriota avaliou que a economia chinesa deve superar a norte-americana, o que "mudará a dinâmica internacional", na avaliação dele. "Alguns americanos veem isso como uma ameaça à hegemonia dos Estados Unidos", observou.

O ministro garantiu que as relações entre Brasil e Estados Unidos não mudarão caso o virtual candidato republicano à presidência Mitt Romney derrote o atual presidente, Barack Obama, nas eleições locais. "A relação Brasil-Estados Unidos adquiriu altura de cruzeiro, que se sustentará qualquer seja o candidato vitorioso. É uma relação madura que não retrocederá", disse.

A secretária de Estado norte-americano, Hillary Clinton, definiu o relacionamento dos EUA com o Brasil como "um dos mais promissores" no século 21. Hillary abriu nesta segunda o seminário "Brasil-Estados Unidos: Parceria para o Século 21", na Câmara de Comércio, antes do encontro entre Dilma e o presidente norte-americano, Barack Obama, na Casa Branca. Diante de mais de 300 empresários que lotaram o auditório da Câmara de Comércio e ao lado do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, Hillary elogiou a "liderança extraordinária" de Dilma, chamada por ela de "senhora Rousseff".

A secretária de Estado destacou o interesse do governo americano no programa brasileiro Ciência Sem Fronteiras, que concede bolsas de estudo para alunos no exterior, e disse estar "feliz" com a visita que Dilma fará amanhã (terça-feira) no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e à Universidade de Harvard, em Cambridge, na área metropolitana de Boston.

##RECOMENDA##

"O Brasil já é uma das maiores democracias do mundo e está se tornando também uma das maiores economias. Nossos países têm de ser parceiros e queremos isso. Só podemos ficar mais fortes trabalhando juntos. Eu aplaudo o compromisso da senhora Rousseff de acabar com a pobreza no Brasil", comentou Hillary.

Hillary estará em Brasília na próxima semana, para participar do encontro Open Government Partnership (Parceria para um Governo Aberto), no dia 17, no Palácio do Itamaraty. Antes, no dia 16, terá uma reunião com Dilma.

Vistos

Os Estados Unidos vão abrir dois novos consulados no Brasil, um em Belo Horizonte (MG) e outro em Porto Alegre (RS). O anúncio foi feito nesta segunda pela secretária de Estado. Atualmente, os EUA têm consulados em São Paulo, no Rio e em Recife, além de uma seção em Brasília, dentro da embaixada. Todos são cenários de filas para a concessão de vistos de entrada nos EUA.

"Abriremos dois novos consulados no Brasil, um em Belo Horizonte e outro em Porto Alegre. São exemplos de nossa relação ampla, tornando mais fáceis as viagens e derrubando barreiras, mas os avanços que queremos não serão garantidos nem por vistos nem por turismo. Queremos parcerias em ciência e tecnologia", insistiu Hillary. Ela disse, porém, que a relação bilateral desejada por seu país ultrapassa a questão dos vistos. Hillary não mencionou a negociação para eliminar a necessidade de visto aos brasileiros que ingressam nos EUA, mas há conversas adiantadas nesse sentido.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando