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O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (1º), em votação secreta, o nome do ex-chanceler Antonio Patriota para ser o representante do governo brasileiro na Organização das Nações Unidas. O nome do diplomata teve 43 votos a favor, 14 contrários e uma abstenção.

Patriota perdeu o cargo de ministro das Relações Exteriores no final de setembro. A saída ocorreu após o episódio da fuga coordenada pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia do senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz para o Brasil.

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O diplomata Antonio Patriota, que deixou o comando do Itamaraty na última segunda-feira, 26, elogiou nesta quarta-feira, 28, a escolha de Luiz Alberto Figueiredo Machado para ser o novo titular do Ministério das Relações Exteriores (MRE). "Para substituir minhas funções, não poderia haver melhor escolha do que o Machado, amigo e colega. O embaixador Figueiredo exibe um dos currículos mais expressivos entre os diplomatas da nossa geração". A cerimônia de posse de Machado foi realizada há pouco no Palácio do Planalto.

No discurso, Patriota disse que "não há honra maior para um diplomata do que servir como chanceler" e destacou que o novo ministro "exibe um dos currículos mais expressivos da nossa geração". Segundo Patriota, Machado "produziu o futuro que queremos, na Rio+20".

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O novo ministro agradeceu as menções feitas por Patriota, e citou que a tarefa que enfrentará à frente do Itamaraty representa "suceder a um dos maiores talentos da diplomacia brasileira". Machado, até agora, era o representante permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU). Patriota, por sua vez, irá para a representação junto à ONU.

Patriota destacou que o Brasil é um País que reflete em sua política externa os mesmos valores do plano domestico, citando o combate à pobreza. Patriota afirmou também que o Brasil teve vitórias importantes em organismos internacionais, citando a eleição de brasileiros para a FAO e para a OMC. "Conquistamos importantes posição internacionais, como a OMC e a FAO", destacou o agora ex-ministro.

Em referência ao diplomata brasileiro Eduardo Saboia, que organizou a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina para o Brasil, Patriota disse há pouco que "a atuação independente de servidor em La Paz, sem instruções, representa conduta que não pode voltar a ocorrer". O ex-chanceler, que participou da posse de seu substituto, Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse que o Brasil estava buscando uma solução "juridicamente sólida" para o caso do senador boliviano asilado na embaixada. "O governo brasileiro agiu sempre em respeito à soberania boliviana, sem deixar de buscar uma solução negociada e juridicamente sólida". Patriota foi aplaudido em pé ao final da cerimônia.

Patriota deixou o comando do MRE após o episódio envolvendo a chegada ao Brasil do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava na missão diplomática do Brasil em La Paz desde maio de 2012. Pinto Molina chegou ao Brasil no último sábado (24), após uma viagem de 22 horas em veículo diplomático brasileiro. O caso gerou impasse entre Brasil e Bolívia. Pinto Molina é opositor do presidente Evo Morales.

A decisão definida nessa quarta-feira (21), na Câmara Federal dos Deputados em Brasília, sobre a conservação dos vetos ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) não foi bem aceita pelos prefeitos pernambucanos. Por apenas três votos no Senado e 29 na Câmara, o governo conseguiu manter os vetos ao projeto que trata do novo rateio do Fundo e interfere diretamente nos Estados e municípios brasileiros.

Para o prefeito de Afogados de Ingazeira e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), a decisão implica diretamente na saúde financeira dos municípios. “Acho que isso foi mais um duro golpe aos municípios brasileiros. A gente vai continuar vendo o governo fazer bondade com o dinheiro dos municípios”, ironizou.

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Patriota acreditava na derrubada nos vetos e lamentou não ter ocorrido, principalmente com os prejuízos que segundo ele, as administrações municipais veem passando em virtude da redução de impostos. “A gente estava certo que o Congresso ia derrubar. O Congresso pautou os municípios, sobretudo o Senado. É uma perca porque o governo fica fazendo desonerações como o IPI e sobra para os municípios. O governo poderia dar o dele não é?”, indagou o socialista.

Também insatisfeita com a situação, a prefeita de São Bento do Uma, Agreste pernambucano, Débora Almeida (PSB), expôs a difícil realidade dos municípios. “Isso foi muito ruim. A Amupe que coordenou os prefeitos e foram lá. A gente esperava que fosse derrubada e a situação é muito difícil. Com a restituição do imposto de renda tivemos que pagar R$ 180 mil a Câmara, mas só recebemos apenas R$ 80,00”, contou.

Para a gestora, a única solução é reduzir os gastos e comprometer algumas áreas importantes. “Sorte é que a gente vem fazendo uma reserva e as contas não fecham. Foi uma perca muito grande porque a vida acontece nos municípios. Os serviços de saúde, a melhoria na questão dos hospitais e as obrigações que a população cada vez mais exige. Você quer fazer mais, mas não tem dinheiro, então é difícil”, reclamou Almeida.

Já o prefeito de Salgueiro, Marcones Libório de Sá (PSB), frisou que os mais prejudicados serão os Estados, mas o problema recai também para as cidades. “Afetando os Estados afeta também os municípios e isso começa dando uma repercussão maior nos municípios do Nordeste. Os Estados do Sudeste como São Paulo já tem uma economia muito grande do Fundo de Participação por exemplo. Mas de fato, claro que diretamente prejudica aos municípios, porque quem nos socorre no primeiro momento são os Estados”, declarou. 

Se o veto ao FPE fosse derrubado, a mudança faria com que a União tivesse de repassar R$ 11 bilhões ao ano a Estados e municípios com base nas políticas de incentivos já em andamento. 

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quinta-feira (22) que a importação de médicos cubanos, anunciada nesta quarta-feira (21) pelo governo, tem uma característica humanitária, e não um viés ideológico. "Essa decisão foi tomada considerando-se o melhor serviço possível, não tem uma motivação ideológica", afirmou. "Existem muitos médicos cubanos dispostos a fazer esse trabalho. Talvez não tenham tantos austríacos, por exemplo".

Patriota participa de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara e foi questionado pelo deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), que é médico. O deputado perguntou se havia algum tipo de acordo, um "escambo" entre Brasil e Cuba para trocar investimentos, como a construção do Porto de Mariel, próximo a Havana, financiado pelo governo brasileiro, e a vinda dos médicos. "Não existe 'escambo', isso nunca nos passou pela cabeça. São iniciativas totalmente distintas. O Mais Médicos trata da carência de médicos no País. Muitos países recorrem à vinda de médicos estrangeiros, é algo aceito internacionalmente como uma estratégia de saúde", afirmou.

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O ministro também foi questionado se os contratos com os cubanos, que não receberão todo o valor pago pelo governo, não preocupa. Patriota lembrou que o contrato é feito via Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o que garante que os procedimentos são os melhores possíveis. "Se houver algum problema, tenho certeza que a Opas será a primeira a velar para que seja corrigido", disse.

Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e do Reino Unido, William Hague, conversaram por telefone nesta segunda-feira à tarde sobre a detenção do brasileiro David Miranda no aeroporto de Heathrow, em Londres, durante nove horas. Patriota e Hague decidiram que representantes dos dois países permanecerão em contato na busca de uma solução para o impasse sobre o episódio. Miranda é companheiro do jornalista Glenn Greenwald, do diário inglês The Guardian, que divulgou informações sobre o esquema de espionagem do governo norte-americano.

De manhã, quando esteve no Rio, Patriota disse que a detenção de Miranda não se justifica. "Espero que não volte a acontecer", afirmou o chanceler.

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"Continuamos a assistir a alguns desmandos e desvios nessa questão do combate ao terrorismo. Reconhecemos que é um combate legítimo, que precisa ser articulado de forma a impedir que vidas inocentes sucumbam a atos de violência gratuita, mas também precisa se inspirar nos ideais de multilateralismo, direito internacional e racionalidade", afirmou Patriota em discurso.

Entre os exemplos dos "desmandos e desvios" no combate ao terrorismo ele citou o enquadramento de pessoas, mesmo sem nenhuma justificativa para a suspeita de envolvimento delas com o terrorismo.

Pelo Twitter, o Ministério das Relações Exteriores também criticou a ação da polícia britânica. "Consideramos que não é justificável detenção com base em lei que se aplica a suspeitos de terrorismo", afirmou uma mensagem oficial.

Embaixada britânica

Em comunicado de dois parágrafos, a embaixada britânica em Brasília informou sobre a conversa entre os ministros, mas ressaltou que o assunto está sob responsabilidade da polícia londrina. "O ministro das Relações Exteriores britânico teve uma conversa particular com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, sobre a detenção de David Miranda. (...) Eles concordaram que representantes dos governos brasileiro e britânico permanecerão em contato sobre o assunto. Esta continua sendo uma questão operacional da Polícia Metropolitana de Londres", diz a nota.

A embaixada reiterou que as relações com o Brasil são intensas e de estreita parceria. "O Reino Unido e o Brasil têm uma forte relação bilateral. Nós trabalhamos em estreita parceria em diversas áreas, incluindo comércio e investimento, educação e energia. Continuamos a discutir uma vasta gama de questões de importância mútua para a política externa e para a agenda de segurança internacional", disse o embaixador britânico, Alex Ellis.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, recebeu nesta terça-feira, 13, o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e afirmou que pediu informações sobre as atividades da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), que teria interceptado informações, por meio de chamadas telefônicas e e-mails, de brasileiros. "Hoje, enfrentamos um novo desafio na relação (dos dois países): as notícias de interceptação de comunicação de brasileiros", disse o ministro.

"Esse processo de esclarecimento não é um fim em si mesmo", disse. "Esclarecimentos estão sendo solicitados e ouvi-los não significa aceitar o status quo."

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Patriota cobrou transparência dos americanos. "Consideramos que os EUA não encontrarão melhor parceiro no combate ao terrorismo, na medida em que as informações sejam levadas a cabo de forma transparente", concluiu.

Israel e Palestina

Em declaração conjunta com o secretário de Estado norte-americano, Patriota disse também que o Brasil apoia a retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos. O ministro disse esperar que resultados apareçam das conversas dentro de noves meses.

"Congratulamos os esforços que deverão levar a um processo que esperamos que, dentro de nove meses, levem a resultados", disse Patriota na declaração conjunta com Kerry.

O processo de negociação de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) está relativamente avançado e, com vontade política, poderá ser concluído em um ano ou pouco mais. A previsão é do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. "O Itamaraty é vocal em defender um acordo entre o Mercosul e a União Europeia", afirmou Patriota, em palestra durante o Almoço do Empresário, promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira.

Patriota relatou que propostas melhoradas serão apresentadas ainda este ano. O ministro lembrou ainda que, a partir do próximo dia 15, o Paraguai, que estava temporariamente suspenso do Mercosul, poderá tomar parte das negociações. Ele atendeu jornalistas ao fim da palestra por cinco minutos e não respondeu a perguntas sobre a volta do Paraguai ao bloco.

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Em sua fala aos empresários, o ministro defendeu o Mercosul. Segundo ele, o comércio exterior do Brasil com os países do bloco cresce em ritmo mais acelerado do que com os demais. Além disso, é de boa qualidade, pois as exportações são, sobretudo, de produtos industrializados.

Patriota também rebateu críticas de que o Brasil deixa de firmar acordos bilaterais importantes ao privilegiar as negociações com o Mercosul, citando a retomada das conversas com a UE. "O fato de se negociar um acordo comercial não significa que o comércio exterior vai crescer. Pode até cair, se o acordo não for bem-feito."

Um exemplo seria o acordo comercial entre Chile e Estados Unidos. Segundo Patriota, apesar do acordo, o comércio bilateral do Chile com os EUA cresceu menos do que o do Brasil com os norte-americanos. "Não é óbvio o elo entre acordos e mais exportações", reforçou, enumerando outros fatores de influência, como pauta de exportações e logística.

O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, afirmou nesta quinta-feira que os chanceleres dos países do Mercosul estão negociando os termos da concessão de asilo ao ex-técnico da agência norte-americana Edward Snowden, solicitado a Venezuela, Bolívia e Equador.

"A situação do senhor Snowden está sendo debatida. É possível que haja uma decisão à parte e estamos coordenando os termos desta concessão de asilo", disse o chanceler em entrevista coletiva concedida hoje, mas sem revelar o nome do país.

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Na sede da Secretaria do Mercosul, Patriota também informou que os governos estão discutindo a declaração dos presidentes sobre "a decisão da não concessão de autorização de voo ao presidente Evo Morales", no último dia 2, por parte de França, Espanha e Portugal.

"Foi um fato inusitado porque atinge direitos de chefe de Estado de circularem livremente. Somos uma região que vivemos em democracia. É uma atitude inaceitável", afirmou.

Patriota disse que os chanceleres também negociam medida que será decidida pelos chefes de Estado que participam da Cúpula do Mercosul, de repudiar atos de espionagem, como os surgidos nos últimos dias.

"Há um consenso regional de repudiar tais atos e buscar uma forma de que os Estados tenham uma proteção e que os direitos à privacidade dos cidadãos sejam honrados", afirmou.

Patriota reiterou que o Mercosul atuará conjuntamente nos âmbitos multilaterais para empreender ações jurídicas contra a espionagem.

A reunião de cúpula do Mercosul, a ser realizada na próxima sexta-feira, 12, poderá ser uma oportunidade para países da região trocarem ideias sobre as denúncias de espionagem por parte dos Estados Unidos, disse o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, em reunião na Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Ele observou que, dos países que foram alvos de suposta espionagem pelos Estados Unidos, o Brasil foi o primeiro a manifestar iniciativa de levar a questão às Nações Unidas. A violação de telefonemas e de dados, informou o ministro, contraria diversos acordos internacionais. Ele citou o pacto internacional sobre direitos civis, que garante no seu artigo 17 que correspondências transitarão pelos países sem serem violadas.

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A espionagem seria também um "flagrante desrespeito" à Convenção de Viena. Ela prevê sigilo em correspondência diplomática (mas há denúncias que as representações do Brasil em Washington e nas Nações Unidas foram grampeadas) e também que um diplomata lotado em um país deve seguir a lei local.

Na terça-feira, 9, o embaixador norte-americano, Thomas Shannon, informou, em conversa com Patriota, que os Estados Unidos vão enviar uma equipe de técnicos para prestar esclarecimentos ao governo brasileiro sobre as denúncias. No diálogo, ele reconheceu como legítimo o direito do Brasil de protestar contra a suposta espionagem. Em nenhum momento, porém, ele admitiu que seu governo tenha realizado tais atividades.

Documentos vazados pelo ex-técnico da Agência Central de Inteligência (CIA) Edward Snowden indicam que e-mails e telefonemas de brasileiros foram monitorados e uma base de espionagem teria sido montada em Brasília pelos norte-americanos.

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, afirmou nesta terça-feira, categoricamente, que o governo não pensa em conceder asilo ao administrador de sistemas e ex-agente da Agência Central de Inteligência (CIA-Central Intelligence Agency) Edward Snowden. Ao lado do chanceler do Uruguai, Luis Almagro, Patriota disse, mais uma vez, que o pedido não será analisado, mas completou: "O asilo não será concedido".

Responsável pelo vazamento de milhares de documentos que comprovam o monitoramento de comunicações feito pelo governo dos Estados Unidos, Snowden está há duas semanas na área internacional de trânsito do aeroporto de Moscou. Há cerca de uma semana, ele enviou pedidos de asilo a cerca de 20 países, entre eles o Brasil. O documento foi entregue na Embaixada do Brasil na Rússia. Já na época, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que não responderia, numa manobra diplomática em que não diria, claramente, não, mas deixava nítido que não se envolveria na crise. Nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores foi mais definitivo.

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Apesar da revelação feita pelo jornal "O Globo" de que cidadãos do Brasil foram monitorados pelo esquema de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA-National Security Agency), a posição do País se mantém. Nesta terça, a Venezuela, a quem Snowden também pediu asilo, decidiu aceitá-lo. Patriota, no entanto, afirmou que não tem informações sobre a saída do administrador de sistemas da Rússia. "Creio que no momento ainda está se buscando uma solução para a situação do senhor Snowden", afirmou.

O ex-agente da CIA entregou ao jornal inglês "The Guardian" milhares de documentos que comprovariam o sistema de espionagem de comunicação montado pelo governo dos EUA. Depois disso, fugiu do país, passou por Hong Kong e foi para a Rússia. Os EUA exigem a extradição de Snowden, que dever ser processado por traição.

Um dia após o governo brasileiro pedir explicações à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília sobre a divulgação de um esquema de espionagem eletrônica e telefônica no Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, disse que o governo americano demonstra uma disposição para o diálogo que é "encorajadora".

O ministro voltou a classificar a situação como "preocupante, grave e que requer esclarecimentos". "Acho que precisamos aprofundar as discussões", disse Patriota, que esteve em Belo Horizonte para uma palestra na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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A denúncia de espionagem dos serviços de inteligência americana no Brasil foi publicada pelo jornal O Globo, que teve acesso a dados obtidos pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden. Snowden está a procura de asilo político após ter seu passaporte cassado nos EUA por ter vazado um enorme esquema de espionagem comandado pela Agência Nacional de Segurança dos EUA.

Sobre a possibilidade de elaboração de um plano multilateral nas Nações Unidas para combater a espionagem, como cogitou em nota oficial, Patriota disse que essa é uma possibilidade em estudo. "Nós estamos examinando como levar para o sistema da ONU um debate que garanta não só a privacidade, mas também o respeito e a cidadania dos estados quando se trata do uso da tecnologia da informação e da segurança cibernética", afirmou.

Patriota também descartou a possibilidade de uma mudança de postura em relação ao ex-técnico da CIA, ao falar sobre a possibilidade de recebê-lo no Brasil. "O governo brasileiro foi claro ao indicar que não responderia a essa correspondência e não há intenção de receber esse cidadão aqui no Brasil".

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, participará na tarde desta sexta-feira, 21, com servidores de um ato de abraço simbólico ao Palácio Itamaraty, depredado por vândalos durante protestos realizados em Brasília na noite de quinta-feira, 21. Comunicado do ministério informa que o evento foi "mobilizado espontaneamente pelos servidores" e acontecerá às 17 horas.

O Itamaraty informou ainda que a Polícia Federal iniciou perícia nas instalações do Palácio na manhã desta sexta. O prédio foi inaugurado em 1970 e é uma das obras mais conhecidas de Oscar Niemeyer.

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"O Ministério das Relações Exteriores continua a saudar as reivindicações legítimas dos manifestantes e conclama todos a exercerem seu direito constitucional de forma pacífica e sem violência", diz a nota.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta sexta-feira (31) que a questão energética foi uma das prioridades da visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao Brasil. Segundo Patriota, que falou à imprensa para relatar os temas tratados nos encontros de Biden com a presidente Dilma Rousseff e com o vice-presidente Michel Temer, os diplomatas americanos expressaram, já na preparação da viagem, o grande interesse do vice-presidente americano em visitar a Petrobras e se encontrar com a presidente da empresa, Maria das Graças Foster.

"A energia é uma área de grande interesse para os dois países. O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, estiveram na reunião hoje de manhã (com a presidente Dilma)", relatou Patriota. De acordo com ele, um dos temas tratados foi a experiência americana com gás de xisto. "Falou-se do gás de xisto, que, como o próprio vice-presidente americano disse, criou uma nova inserção internacional para os Estados Unidos". Biden, disse o ministro brasileiro, aposta que, em dez anos, os EUA terão fontes para serem autossuficientes em energia por pelo menos um século.

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Além da energia, as conversas de Joe Biden com as autoridades brasileiras envolveram as áreas de alta tecnologia, inovação, defesa, educação, comércio e investimentos. Patriota também disse que temas de paz e segurança internacional, desenvolvimento sustentável e direitos humanos também estiveram na agenda.

Perguntados por jornalistas sobre se as discussões envolveram preocupações específicas com a situação da América Latina, citando os casos da crise entre Colômbia e Venezuela e a manutenção de Cuba na lista americana de países terroristas, o ministro das Relações Exteriores brasileiro afirmou que esses assuntos foram tocados "muito indiretamente". Segundo Patriota, a avaliação de Biden é que os países da América Latina vivem um momento de crescimento, democracia e segurança comparável ao otimismo vivido na Europa após a queda do muro de Berlim.

Ainda segundo Patriota, a visita de Biden mostra que a relação entre os dois países ganhou, hoje, "o atributo de estratégica". As relações vêm evoluindo desde o governo Lula, disse Patriota, e ambos os países ambicionam uma relação mais "madura e com novas possibilidades".

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos confirmaram nesta segunda-feira a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington em outubro. A informação foi dada pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antônio Patriota, e pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em pronunciamento pouco antes de uma reunião. Até este domingo, 19, o governo norte-americano não confirmava nem a visita de Dilma nem o caráter de Estado, o que implica a presença nas sedes dos Três Poderes e um jantar de gala na homenagem da Casa Branca.

Patriota mencionou o interesse brasileiro na tecnologia americana de exploração de gás de xisto, ao ressaltar o interesse mútuo na área de energia. Kerry elogiou a atuação global do Brasil, como nos casos do Haiti e da crise humanitária na Síria. Dizendo-se fã de futebol, ele afirmou que espera ir ao País para a Copa do Mundo de 2014.

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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio de Aguiar Patriota, se encontra nesta segunda-feira (20) em Washington com o secretário de Estado americano, John Kerry. O comunicado oficial da reunião diz que serão discutidos os principais temas da agenda bilateral entre os EUA e Brasil, mas a expectativa é de que também seja discutida a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff ao país.

A viagem de Dilma pode ocorrer no segundo semestre e seria a primeira visita de Estado de um presidente brasileiro aos EUA desde 1995, ou seja, desde o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou os EUA diversas vezes, mas não em visitas formais de Estado.

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Esse tipo de visita é normalmente reservado aos parceiros mais estratégicos dos EUA e há algumas formalidades, como um jantar de gala na Casa Branca e visitas às instituições norte-americanas, como o Judiciário. O convite a Dilma para a visita já teria sido feito pelo presidente Barack Obama em abril e agora estariam sendo acertados os detalhes da agenda. Não há confirmação oficial da visita. Fala-se apenas que Dilma virá a Nova York em setembro para participar da assembleia geral da ONU.

Na agenda de hoje de Patriota, o ministro ainda terá reuniões fechadas com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Tom Donilon, e o vice-assessor de Segurança Nacional para Assuntos Econômicos Internacionais, Michael Froman, de acordo com nota do Ministério das Relações Exteriores.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, classificou o período entre a cassação do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, em junho de 2012, e as eleições no país, nesta domingo (21), como uma ruptura da ordem democrática. "Esperamos que essa ruptura da ordem democrática chegue ao fim com as eleições amanhã", disse Patriota, na palestra de encerramento do Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais (Eneri), em São Paulo (SP).

Na edição de ontem, o jornal paraguaio "ABC Color", em seu editorial, classificou Patriota como um "canalha intelectual" por reconhecer a vitória de Nicolás Maduro, presidente empossado ontem na Venezuela. Após a palestra, Patriota foi embora sem responder a perguntas previstas dos estudantes e sem dar entrevistas.

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O ministro citou a ação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), criada em 2008, na resolução de conflitos internos no continente. Entre os exemplos, ele citou justamente a reunião desta semana que reconheceu a vitória de Maduro nas eleições venezuelanas.

No pronunciamento, ainda sobre a América do Sul, Patriota afirmou que o Brasil ocupa uma posição de liderança no continente, é a única nação das Américas com relações diplomáticas com todos os 193 países das Nações Unidas. Ele lembrou que, recentemente o Canadá rompeu as relações com o Irã.

Patriota citou também a dificuldade que o Brasil encontra para ser aceito como membro efetivo do Conselho de Segurança das Nações Unidas e exaltou o fato de o País ser ao menos incluído nos debates sobre o tema. "Mesmo sem conseguirmos reformar o conselho de segurança, com a inclusão do Brasil, o País pode se considerar uma nação permanentemente engajado nos grandes debates sobre o assunto".

O ministro anunciou ainda que irá criar, até o final do ano, um conselho de contatos do ministério com a sociedade civil para uma troca de informações sobre ações diplomáticas do País. "O modelo do conselho é o criado para a Rio +20, que voltou a se reunir recentemente para as definições de posições brasileiras para o desenvolvimento sustentável", disse.

O governador do Acre, Tião Viana, esteve nesta quarta-feira com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para pedir apoio para lidar com a crise dos haitianos no seu Estado. "Sozinhos não temos como conduzir a questão da chegada dos imigrantes na nossa região", afirmou o governador.

A visita de Viana foi mais política, já que uma força-tarefa já está no Acre registrando e emitindo documentos para os imigrantes. Patriota explicou ao governador sobre a reunião, na última segunda-feira, 15, com os embaixadores do Peru, Bolívia, Equador e Haiti para tentar inibir o trabalho de coiotes que trazem os imigrantes para a região ilegalmente. Viana reconheceu que a situação melhorou e está mais tranquila depois da ação do governo federal.

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A principal medida para aliviar a situação, no entanto, deverá ser anunciada pelo governo nos próximos dias. Está em estudo a retirada do limite de vistos, hoje em 1,2 mil por ano, e também a possibilidade de que o documento seja concedido em postos de fronteira, e não apenas em Porto Príncipe, como é hoje. Existe ainda a possibilidade da emissão de um visto temporário para permitir que os imigrantes entrem no País e então regularizem a sua situação.

A decisão de criar vistos de trabalho específicos para os haitianos foi tomada em maio do ano passado, depois que mais de 2 mil imigrantes se acumulavam no Acre à espera de uma oportunidade de trabalho no Brasil. Para tentar desestimular as rotas comandadas por coiotes, o governo brasileiro determinou que o visto só seria concedido em Porto Príncipe.

No entanto, o caminho via Peru, Bolívia e Equador nunca foi totalmente fechado e um novo fluxo começou nos últimos meses. O governo brasileiro atribui o crescimento repentino ao anúncio, feito pelo Equador, de que iria dificultar a entrada dos haitianos no país, apesar de não exigir visto.

O governo brasileiro considerou nesta segunda-feira encerrado o processo eleitoral na Venezuela e oficial o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral que deu a vitória a Nicolas Maduro. Apesar do resultado apertado e dos questionamentos feitos pela oposição, que pede a recontagem de votos, o Brasil adotou a posição declarada ainda no domingo pela missão de acompanhamento eleitoral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que considerou o processo válido, democrático e transparente.

O governo brasileiro teria sido avisado ainda na noite de domingo, antes da declaração oficial, sobre a vitória apertada de Maduro. Nesta segunda, a presidente Dilma Rousseff conversou com o venezuelano e garantiu que o Brasil não tem dúvidas sobre o resultado da eleição.

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Dilma, segundo a nota, manifestou "sua satisfação com o clima de normalidade" da votação e disse "estar pronta a trabalhar com o novo governo venezuelano". Segundo a assessoria do Planalto, Maduro agradeceu o telefonema de Dilma e afirmou ter-se tratado de uma "disputa acirrada, que demonstrou a vitalidade das instituições e da democracia venezuelana, com alto grau de participação do eleitorado". Dilma fez questão de "felicitá-lo pela vitória nas eleições presidenciais de domingo".

O mesmo posicionamento de Dilma foi declarado por Patriota, ao sair de um encontro com o chanceler da Guatemala, Luis Fernando Carrera Castro. O ministro lembrou que o Conselho anunciou o resultado quando já estavam apurados 99,12% dos votos. "O Conselho quando dá um resultado eleitoral é porque o considera irreversível", afirmou. "Antes de mais nada, a eleição de ontem é uma vitória da democracia. Em nossa região, consideramos a plena vigência da democracia como um ingrediente essencial à integração regional e o aprofundamento das relações entre o Brasil e os países vizinhos", completou.

Patriota ressaltou a declaração do chefe da missão de acompanhamento eleitoral da Unasul, o argentino Chacho Alvarez, que "parabenizou o povo venezuelano pelo espírito democrático demonstrado na disputa eleitoral de ontem e disse que os resultados devem ser respeitados por emanar da autoridade máxima eleitoral venezuelana". De acordo com o ministro, o Mercosul deverá soltar um comunicado nos mesmos termos.

"A Venezuela é um país membro do Mercosul, nosso parceiro, e a expectativa não poderia deixar de ser outra se não a de prosseguirmos com um caminho de relações cada vez maias estreitas e profundas. Felicito o presidente Maduro pela sua vitória e reafirmamos nossa posição de seguirmos trabalhando muito estreitamente", afirmou o ministro. (colaborou Tânia Monteiro)

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, destacou em audiência no Senado a intenção de reintegrar o Paraguai aos blocos regionais - Mercosul e União de Nações Sul-Americanas (Unasul) - após as eleições presidenciais do país dia 21. Segundo ele, o processo é acompanhado por um grupo de países dos dois blocos, que vai verificar as condições em que se dará o processo.

"O objetivo dos observadores é verificar as condições que se realizam as eleições paraguaias, que é lícito esperar, e abrirão caminho para a reintegração do Paraguai", destacou o ministro, que participou nesta quinta-feira de audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal.

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O Paraguai está suspenso do Mercosul e da Unasul desde junho de 2012, quando houve o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo. Para os líderes da região, o processo rompeu a ordem democrática e, por essa razão, o Paraguai foi suspenso dos blocos.

OMC

Patriota ressaltou ainda que a candidatura de Roberto Azevêdo ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) "está crescendo". O ministro não quis declarar quais articulações e apoios estão sendo feitos e obtidos pelo governo brasileiro em favor de Azevêdo, que desde 2008 é representante permanente do País na OMC. Ele disse apenas que a candidatura brasileira tem o "apoio explícito" do Mercosul e que, mais para frente, será possível divulgar informações das tratativas que estão sendo feitas.

O ministro afirmou que a decisão de lançar um nome ao cargo partiu da constatação de que as demais candidaturas não "atendiam aos nossos interesses", o que levou à indicação de um candidato pelo governo brasileiro no final do ano passado. A disputa conta com oito candidatos. O processo de escolha começou esta semana e pode ir até o final de maio.

Em carta enviada ao presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o ministro das Relações Exteriores, Antônio de Aguiar Patriota, negou que a embaixada do Brasil em Cingapura tenha atuado para que o estaleiro Jurong Aracruz fosse transferido do Espírito Santo para o Porto do Açu, no Rio de Janeiro, empreendimento do empresário Eike Batista.

Há duas semanas, parlamentares capixabas acusaram o embaixador do Brasil naquele país, Luís Fernando Serra, de atuar pela transferência do empreendimento. Segundo denunciaram, o diplomata teria dito a integrantes do governo capixaba que agia por orientação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os dois ministros negaram a acusação.

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Na carta a Ferraço, Patriota diz que conversou com o embaixador na última sexta-feira (22). "Posso assegurar a Vossa Excelência, com base na apuração a que procedi, não ter havido qualquer favorecimento de investimentos privados em benefício de um Estado e em detrimento de outro Estado brasileiro", diz o documento. E acrescenta "em nenhuma hipótese" as embaixadas brasileiras influenciam a tomada de decisão de investimentos estrangeiros no Brasil.

Patriota deverá ir à comissão no próximo dia 4 para prestar esclarecimentos. Na semana passada, foi aprovado requerimento para que o embaixador também compareça, mas a data ainda não foi marcada.

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