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Depois de apresentar um projeto de lei que visa proibir a instalação e o funcionamento de motéis nas áreas urbanas do Brasil, o deputado federal Pastor Eurico (Patriota-PE) também elaborou uma matéria que visa impedir boates e casas noturnas nos mesmos perímetros.

O texto tramita nas comissões da Câmara dos Deputados em caráter conclusivo, ou seja, caso não receba contestação de outro parlamentar e for aprovado nos colegiados poderá seguir direto para o Senado, sem precisar passar pelo crivo do Plenário.

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Na avaliação do deputado pernambucano, a presença de casas noturnas e estabelecimentos semelhantes em áreas urbanas perturba a paz, a tranquilidade e a segurança dos moradores da vizinhança e ainda pode levar à desvalorização dos imóveis da região.

“Não bastasse isso, a presença desses estabelecimentos, via de regra, funciona como um canal para o tráfico de drogas e a prostituição, contribuindo para a decadência moral e espiritual da sociedade”, observa o político.

O projeto inclui a regra no Estatuto da Cidade, caso seja aprovada e vire lei, a medida será regulamentada pelos municípios, através de uma nova lei, uma vez que a legislação já aponta que são as cidades que definem os empreendimentos instalados nas áreas urbanas.

*Com informações da Agência Câmara

Um dos principais líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), o deputado estadual Arthur do Val, mais conhecido como Mamãe Falei, filiou-se ao Patriota e será candidato à Prefeitura de São Paulo pela sigla. Além dele, o vereador Fernando Holiday também vai para o partido, mas só quando abrir a janela partidária, em abril. Ambos foram eleitos pelo DEM.

Coordenador nacional do MBL, Renato Battista também entrou na legenda e assumiu o comando do diretório paulistano do Patriota. Um dos grupos que liderou o movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o MBL passou a ser em 2020 a grande aposta do partido que por pouco não abrigou Jair Bolsonaro.

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Ao Estado, o presidente nacional do Patriota, Adilson Barroso, disse que Arthur do Val pode ser a aposta da direita na capital. "A direita precisa se unir, nossa briga é com a extrema esquerda", afirmou. Há, porém, um ponto de divergência entre o MBL e a cúpula nacional do Patriota, que elegeu 9 deputados em 2018.

"Nossos deputados defendem o Bolsonaro. O remédio é o Bolsonaro", disse Barroso. Já Battista, do MBL, foi em outra direção. "Não vamos defender ou atacar Bolsonaro. Vamos defender a cidade de São Paulo, que precisa de um prefeito inovador para se tornar a cidade que sempre mereceu ser".

O ponto decisivo na escolha do MBL pelo Patriota foi o fato do partido ter uma bancada que permitirá a Arthur do Val participar dos debates televisivos.

Também líder do MBL, o deputado federal Kim Kataguiri optou por permanecer no DEM.

O deputado federal de Pastor Eurico (Patriota) apresentou um projeto de lei que institui o Estatuto das Famílias. Entre outras sugestões, o texto propõe que estudantes possam faltar aulas por motivo de prática religiosa.

 Na justificativa, o pastor da Assembleia de Deus aponta que o Brasil tem uma grade curricular cada vez mais extensa, o que estaria acarretando em uma presença cada vez maior do aluno em quase todos os turnos escolares. "(...) e pior: sem que isso reflita um resultado acadêmico positivo, conforme último resultado do PISA amplamente divulgado", assinala o deputado pernambucano, referindo-se ao Programa Internacional de Avaliação de Estudantes.

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 "Assim', continua o pastor, 'a ideia é facultar a presença do aluno em determinado turno - e em determinados dias - onde sua presença em família se faça necessária, seja para uma maior convivência, harmonia ou ainda para determinada prática religiosa da família, cabendo ao estabelecimento de ensino a adequação necessária."

 Também no projeto, Eurico retoma a definição de entidade familiar como aquela formada da união de um homem e de uma mulher, com ou sem a existência de filhos. O Supremo Tribunal Federal (STF) já julgou inconstitucional qualquer dispositivo do Código de Processo Civil que impeça o reconhecimento da união homoafetiva. O entendimento de que o conceito de entidade familiar não pode desconsiderar a união entre pessoas do mesmo sexo foi reforçado em julgamento em setembro deste ano no plenário do Supremo.

 O parlamentar também pontua no artigo 5º do projeto de lei que é direito inalienável das famílias a educação formal de seus filhos, "concorrentemente e/ou supletivamente ao Estado, cabendo à União a regulamentação das diversas modalidades de educação existentes, dentre elas a educação domiciliar." 

Eurico quer ainda isenção do pagamento de imposto de renda para famílias que têm a partir de quatro filhos, "uma vez que essas famílias, valorizando a vida como um dom gratuito de Deus, merecem todo apoio do Estado na construção de um mundo mais aberto à vida", ele escreve.

Recentemente, o pastor apresentou um projeto para proibir motéis nas áreas urbanas no país. Ele argumenta que esses estabelecimentos ferem os princípios a moral e dos bons costumes. Os projetos estão em fase inicial de tramitação.

Até chegar ao PSL, o presidente Jair Bolsonaro passou por sete partidos em 31 anos de vida pública. Ele escolheu a sigla como uma espécie de novo guarda chuva para concorrer ao pleito de 2018 e, além de se eleger, conseguiu angariar votos para uma gama de políticos transformando a legenda na dona da segunda maior bancada da Câmara dos Deputados. Mas, até quando Bolsonaro e seu clã permanecerão no PSL? 

As indagações vêm percorrendo as principais reuniões políticas de Brasília porque o crescimento do PSL e seu direito a uma fatia grande do fundo partidário e do eleitoral tem sido o plano de fundo das brigas internas capitaneadas, de um lado pelo presidente, seus filhos e aliados, os bolsonaristas, e do outro por bivaristas, como estão sendo chamados os que estão alinhados ao presidente nacional da legenda Luciano Bivar (PE). 

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Jair Bolsonaro, inclusive, já chegou a ameaçar o desembarque do partido e disse que com ele sairiam inúmeros deputados, mas como as regras eleitorais não deixam muitas brechas para a mudança de partido e os parlamentares poderiam perder seus mandatos, ele adotou uma postura de cautela. Contudo, vez ou outra, solta frases de ruptura com o PSL como nesta segunda (28). 

“O ideal agora é [tratar] como se fossem gêmeos xifópagos [ligados entre si por uma parte do corpo]. Precisa separar. Cada um segue seu destino", cravou sobre a crise interna. 

O questionamento agora é: qual partido quer a família Bolsonaro em suas hostes? Desde que iniciou o imbróglio, o Patriotas - partido com o qual o presidente havia firmado um compromisso de filiação antes de ingressar no PSL - colocou-se à disposição para abrigar Bolsonaro e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. 

Em meio às brigas internas, o chefe do Executivo Federal também chegou a conversar com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, mas negou que tenham tratado sobre uma eventual filiação. 

Além disso, a União Democrática Nacional (UND) que está em fase final de criação já declarou estar de portas abertas para abrigar o presidente e seu clã.  

Pelo visto, apesar das opções já postas, Jair Bolsonaro não pretende escolher entre as legendas. Ele admitiu, nesta segunda, que já estuda a criação de um novo partido. Desta forma, com as suas próprias regras e sob sua batuta, as dificuldades internas seriam mais facilmente resolvidas por ele e seus filhos, como vem fazendo quando surgem fissuras entre seus herdeiros e os ministros do seu governo.  

Após críticas públicas ao PSL e atritos com o líder da sigla, Luciano Bivar, o presidente Jair Bolsonaro foi convidado nesta quinta-feira, 10, a integrar o Patriota, partido do qual já foi "pré-filiado" no passado.

Antes da campanha de 2018, Bolsonaro chegou a ser apresentado como candidato à Presidência pelo Patriota, então chamado de Partido Ecológico Nacional - PEN. Mas a única ligação entre o então deputado e a sigla foi uma ficha "pré-datada", com a filiação marcada para o dia 10 de março de 2018, assinada por Bolsonaro. À época, ele afirmou que "deve ter casamento, mas ainda é um noivado".

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Bolsonaro queria ainda que o Patriota abrisse mão da ação movida pelo partido no Supremo Tribunal Federal contra o entendimento da Corte de permitir prisões de pessoas condenadas em segunda instância. Ele chegou a dizer que não queria ficar conhecido por pertencer a uma partido que "acabou com a Lava Jato".

O presidente queria que o seu ex-braço direito Gustavo Bebianno - que virou ministro, mas foi demitido - assumisse o comando durante a disputa, o que não foi aceito pelo presidente do partido, Adilson Barroso. Ele chegou a afirmar que Bolsonaro teria sido "envenenado" por Bebianno e que ele queria tomar o "partido inteiro para o grupo de Bolsonaro".

"Fiz das tripas coração para tê-lo com a gente, mudei o nome do partido, mexi no nosso estatuto, dei mais de 20 diretórios para o grupo dele. Mas você não pode ser convidado para entrar em uma casa e depois querer tomar ela inteira para você, expulsando seus moradores originais", afirmou o dirigente em janeiro de 2018.

Em dezembro de 2017, Bolsonaro passou a negociar com o PSL, partido pelo qual disputou e venceu a eleição.

Ainda sem destino certo, o presidente Jair Bolsonaro já tem um teto para dormir caso o casamento com o PSL, de Luciano Bivar, tenha de fato chegado ao fim. O presidente do Patriota, Adilson Barroso, afirmou que está disposto a esquecer do passado e retornar o relacionamento com o presidente.

"O Patriota está à disposição do presidente (Jair Bolsonaro)", afirmou Barroso. Depois de pedir a um apoiador para esquecer o PSL e dar sinais de que pretende mudar de partido, o presidente Jair Bolsonaro tenta encontrar uma saída para deixar a legenda sem que parlamentares de seu grupo percam mandato por infidelidade partidária. Um dos destinos cogitados seria o Patriota controlado por Barroso.

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Em 2017, ainda pré-candidato à Presidência, Bolsonaro desistiu de se filiar ao Partido Ecológico Nacional (PEN), que viraria Patriota, após não chegar a um acerto para o comando da legenda durante as eleições. O presidente queria que o seu ex-braço-direito Gustavo Bebbiano assumisse o comando durante a disputa, o que não foi aceito por Barroso.

Bolsonaro queria ainda que o Patriota abrisse mão da ação movida pelo partido no Supremo Tribunal Federal contra o entendimento da corte de permitir prisões de pessoas condenadas em segunda instância. A legenda entrou com a ação em setembro de 2016 contra a decisão, em uma ação declaratória de inconstitucionalidade. O partido foi assistido pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, conhecido por representar políticos em ações criminais.

"Com o fim da Lava Jato, essa verdade terá um pai. E esse pai se chamará PEN", disse a época Bolsonaro. "Ou o partido descobre uma maneira de desistir da ação... A gente não pode entrar numa possível campanha presidencial sendo atacado como o partido que enterrou a Lava Jato", afirmou no final de 2017 o presidente.

Neste ano, uma ação do filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), paralisou investigações ligadas a Lava Jato e a outras ações iniciadas a partir de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), entre elas processos relacionadas à lavagem de dinheiro por organizações criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O presidente do Patriota afirmou que não falou com o presidente nos últimos dias, mas declarou que está disposto a sentar com Bolsonaro e aliados para discutir o comando do partido caso eles deixem o PSL.

"Tudo é possível (sobre a possibilidade de abrir mão do partido). O importante é articular uma maneira de ajudar nossa nação", afirmou completando: "Bolsonaro sabe muito bem que tem um partido retaguarda", afirmou Barroso.

Crise

Na quarta-feira, 9, reuniões de emergência entre "bolsonaristas" de um lado e "bivaristas" de outro tentavam encontrar caminhos para o impasse. Reunida na Câmara, a bancada do PSL divulgou uma carta em desagravo a Bolsonaro, pregando um canal de diálogo.

Assinado por 19 dos 53 deputados da sigla, o documento visto como um ultimato diz que "para que o partido contribua para o estabelecimento de uma nova política é preciso que a atual direção adote novas práticas, com a instauração de mecanismos que garantam absoluta transparência na utilização de recursos públicos e democracia nas decisões".

Além do controle do PSL, a disputa entre Bolsonaro e seus aliados e o grupo do Bivar também envolve dinheiro. O partido foi o mais votado nas eleições de 2018, e por isso terá, na próxima campanha, a maior fatia dos fundos públicos usados para financiar candidaturas - estimada em R$ 1 bilhão até 2022.

Aliados do clã dos Bolsonaro estão articulando a possibilidade de criar um novo partido para abrigar a família de políticos que inclui o presidente Jair Bolsonaro e os filhos: o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (PSC); os três primeiros são filiados ao PSL, partido com o qual Bolsonaro protagoniza uma nova crise. 

Nessa terça-feira, o chefe do Executivo Federal chegou a recomendar para um dos seus apoiadores que esquecesse o PSL e disse que o presidente nacional da sigla, o deputado federal Luciano Bivar, está “queimado para caramba”. 

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De acordo com informações do jornal O Globo, a nova legenda seria batizada de “Conservadores” e o estatuto estaria sendo elaborado por aliados de Eduardo Bolsonaro. O problema, para viabilizar o novo partido, é a falta de tempo hábil para legalizar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as próximas eleições. Isso deveria ter acontecido até o último dia 4, um ano antes do pleito.

Segundo a minuta do esboço do estatuto, a sigla terá como princípios a “moralidade cristã, a vida a partir da concepção, a liberdade e a propriedade privada”. O texto ainda aborda o direito à legítima defesa individual, combate à sexualização precoce de crianças e à apologia da ideologia de gênero e defesa do legado da “moralidade cristã e da civilização ocidental”.

A outra possibilidade é que eles mudem de legenda. O Patriota e a UDN, que ainda está sendo criada, já se colocaram à disposição para receber o grupo. O Patriota deve se reunir nesta quarta para alinhar um posicionamento público sobre o possível ingresso do presidente, que antes da filiação ao PSL, chegou a conversar com a legenda. 

Já a direção da reedição da antiga União Democrática Nacional já declarou estar de portas abertas para abrigar o presidente e seu clã.  

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mandou nesta segunda-feira, 5, um recado aos empresários brasileiros dizendo que gostaria de ver da parte deles o mesmo "patriotismo" que mostraram em favor da Previdência na reforma tributária.

"O empresário brasileiro foi muito patriota na reforma da Previdência. Quero ver o mesmo patriotismo na reforma tributária. A reforma da Previdência não afetou o empresário e ser patriota nos interesse dos outros é fácil", disse o presidente da Câmara ao participar de evento da Fundação Estudar, em São Paulo.

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Maia fez questão de ressaltar que não estava falando para todos os empresários, mas sinalizou que grande parte do empresariado precisa pensar mais no coletivo.

Antes, o presidente da Câmara disse que por muito tempo votou projetos pelas orientações políticas e partidárias, mas que agora passou a votar de acordo com suas convicções sobre o que é bom para o País.

Ele lembrou que quase perdeu uma eleição por ter votado favorável à reforma trabalhista de Fernando Henrique Cardoso e que no governo Dilma Rousseff votou favorável a Medidas Provisórias enviadas pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy à Câmara mesmo de oposição ao governo da petista.

O voto político, segundo o presidente da Câmara, nem sempre atende aos interesses do País. "Muitas vezes o voto político é o voto do quanto pior melhor, mesmo que o País esteja caminhando para a beira do precipício", disse o deputado a uma plateia de jovens.

Vice-líder do Patriota na Câmara Federal, o deputado Pastor Eurico (PE) defendeu a atuação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e argumentou que a oposição tem criado situações para “macular” o governo. “Quem perde eleição e não tem honestidade vai sempre agir como está agindo a esquerda hoje”, disparou.

Em conversa com o LeiaJá, para a nova etapa da série Entrevista da Semana, o parlamentar avaliou que o presidente está cuidando de “arrumar a casa” nesses primeiros meses e precisa de tempo para começar a mostrar resultados do seu trabalho pelo país.

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No terceiro mandato federal, durante a entrevista Eurico também disse que a “educação é a maior desgraça do Brasil nas falcatruas, roubos e desvios de dinheiro”. Além disso, o parlamentar, que também é pastor da igreja Assembleia de Deus, descartou a possibilidade de o governo criar tributos que taxem, inclusive, a contribuição dos fiéis ao dízimo.

Veja a entrevista na íntegra:

LeiaJá (LJ) - Como avalia a gestão do presidente Jair Bolsonaro?

Pastor Eurico (PE) - Vejo as coisas em uma ótica diferente das pessoas. Para quem assume um governo com a situação complicada como assumiu, ele precisa primeiro cuidar internamente, e quando você faz isso não vai ser visto pelas pessoas, para depois fazer o externo. Primeiro tem que arrumar a casa para depois começar a trabalhar em prol do que todo mundo espera.

Mas como o povo é imediatista, é normal em todo setor Executivo, vamos ter sempre esses embates que estão acontecendo. E a oposição se aproveita do momento para tentar macular, criar situações para desacreditar o governo. Quem perde eleição e não tem honestidade vai sempre agir como está agindo a esquerda hoje.

LJ- O presidente precisa de quanto tempo ainda para mostrar esse trabalho externo?

PE - Ele está fazendo o correto, organizando a casa internamente para depois trabalhar. Vai trabalhar sem ter nas mãos os subsídios? Há muita coisa propagada de investimentos que na verdade eram situações, numa linguagem popular, criadas para agradar as pessoas. Tem setores com bilhões aprovados em projetos, mas não chega nem a metade do que tem, como se vai trabalhar? É a política do engano. Por exemplo, a Funasa [Fundação Nacional de Saúde], tem lá R$ 7 milhões para pagar com um orçamento de R$ 3 milhões e uma folha de R$ 2 milhões. Quando você vai ver os setores estão fora da realidade. Para as pessoas tem que chegar e resolver, investir; mas como se você não tem o subsídio nas mãos? Temos uma situação caótica e vai se agravar. Enquanto o governo não começar a mostrar resultados, a ação da oposição vai ser de atrapalhar. Eles vão crescer nisso aí e quando as coisas começarem a andar vão ter que buscar outro motivo para falar do governo.

LJ - A Educação está inserida nessa situação caótica?

PE - Com certeza. A educação é a maior desgraça do Brasil nas falcatruas, roubos e desvios de dinheiro. Temos uma educação praticamente falida. Não tiro o direito de ter que se investir na parte das universidades, porém o que aconteceu no governo passado, se formos analisar a política assistencialista, o que tem haver o Bolsa Família com a educação? Nada, mas no governo passado tinha. O que aconteceu? Para o pai receber o benefício as crianças tinham que ir para escola, tudo bem, mas depois tinham que, na linguagem popular,  passar de ano. Então, as crianças tinham que passar de um ano para o outro, com aprovação, muitas vezes sem estudar. Não se comprova, contudo, conhecimento.

LJ - E a atual conjuntura da educação?

PE Aí temos uma geração com dois lados, os que estudavam nas escolas particulares, onde exige resultados, são os que tiram as melhores notas do Enem e vão para as universidades públicas e quem enche as faculdades particulares são os filhos dos pobres e, muito deles, sem conhecimentos. Hoje os pobres enriquecem as faculdades particulares e os ricos usufruem da educação universitária do governo. Lá em baixo precisa mudar essa realidade. 

LJ - Então, porque cortar recursos para um setor que, como o senhor disse, precisa de investimentos?

PE - O governo não cortou recursos. A linguagem cortar é diferente de contingenciar. O contingenciamento é vou separar aqui uma parte, não posso ter isso agora, mas posso ter amanhã. O governo resolveu dar uma injeção lá na educação básica, onde estamos vivendo um sistema caótico. A oposição vai trabalhar mais onde se dá mais críticas ao governo. Cria-se esse clima porque eles precisam de algo para atacar. Temos setores piores do que a educação, mas não vai dar ibope para a oposição bater. É um jogo que vivemos neste país. A oposição trabalha o quanto pior melhor para que eles possam voltar ao poder.

LJ - E qual a opinião do senhor sobre a reforma da Previdência? Ela vai ajudar na recuperação economia do país, como prega o governo?

PE - Sem sombra de dúvidas. Todo o mundo exterior espera o Brasil fazer alguma coisa, se não teremos uma quebradeira. Procurem falar com os prefeitos, mais de 90% dos municípios que tem Previdência própria estão quebrados. Estão tirando dinheiro de outros setores para pagar aposentados. As Previdências não se sustentam. Temos muita gente recebendo de forma correta, mas um bom percentual de aposentadoria foram esquemas e falcatruas. Por outro lado, o que se arrecada não vai dar conta de pagar os aposentados de hoje. Se alguma coisa não for feita o caos vai ser maior, o aposentado vai chegar lá e não vai ter dinheiro na conta dele.

LJ - Mas a oposição tem se articulado para barrar o texto.

PE - Eles dizem que tem solução [que não seja a reforma], mas porque eles tiveram 14 anos e não resolveram? A própria Dilma [Rousseff] ia fazer essa reforma e agora não precisa mais? É complicado o jogo que é feito pela esquerda. Existe uma grande hipocrisia por parte dos deputados que falam ‘temos que defender o pobre, o pobre, o pobre’. A linguagem pobre se chama massa de manobra. Muitos deputados não querem que haja a reforma porque vai prejudicar eles próprios. Se não estou consciente da necessidade do Brasil eu vou me prejudicar. Quem ganha mais vai querer receber mais e a Nova Previdência acabou isso. A reforma não é a solução para o Brasil, mas é um grande passos para iniciarmos uma reorganização do governo.

LJ - Outras medidas econômicas devem ser adotadas pelo governo e já se chegou a cogitar a taxação de impostos para as igrejas. Como religioso, de que forma o senhor avalia isso?

PE - Existem muitas pessoas interessadas em taxar impostos às igrejas, mas o presidente já desmentiu e foi um caso contornado. Sempre existiu esse interesse de alguns, mas esquecem eles que as igrejas, através de quem faz parte delas, já contribuem com seus impostos. A parte devocional dos fiéis é a contribuição que se dá para os trabalhos das igrejas, que não são poucos. A igreja é um braço a serviço da sociedade. E a igreja não recebe benesses de governos. De acordo com o que está firmado com o presidente, este assunto está descartado.

LJ - O senhor fez recentemente críticas a lideranças do PSB de Pernambuco, como avalia o governo de Paulo Câmara?

PE - Quanto a pessoa do governador não tenho nada a dizer, porém após a eleição, até hoje não recebi um telefonema. Estivemos com quase 100 candidatos na base e não recebemos a consideração de nada. O que eu fico admirando hoje são os deputados falando de Pernambuco, que o governo de Eduardo Campos foi feito isso na educação, aquilo na economia. Só citam o que foi feito no governo Eduardo Campos, mas o que é que o governador atual está fazendo?

LJ - Ficou alguma rusga, então, após a eleição que se refletiu no relacionamento do senhor com a bancada federal do PSB?

PE - Não somos inimigos pessoais. O deputado Tadeu Alencar, disse que a reforma era uma selvageria, mas eu sou um ser humano, não sou animal. Por isso reagi. Eu apoio a reforma. Tem partes que eu, particularmente, já estava na luta para tentar mudar, como BPC, a questão dos professores. Concordo que haja uma adequação, mas a reforma tem que ser feita. Por isso precisamos dialogar, mas dizer que quem apoia é um selvagem não, tem que ter respeito. Por isso que contestei. Eu respeito muito Tadeu Alencar e já disse a alguns setores que ele é um traído pelo sistema.

LJ - Por quê?

PE - O Tadeu Alencar foi secretário, desenvolveu um grande trabalho, um a pessoa capacitada e era para ser o governador do Estado e na época não deixaram ele ser candidato porque ele tinha o típico voo próprio. Se ele fosse candidato, para o sistema de um grupo familiar, seria um problema. Essa é a verdade. Achei ele uma pessoa traída.

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

O culto evangélico que é realizado na manhã de todas as quartas-feiras dentro da Câmara dos Deputados é sempre motivo de muita polêmica. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) já chegou a dizer que se sente “ferido de morte” toda vez que um parlamentar “ostenta” uma bíblia dentro da Casa como se fosse um guia. “Eu me sinto profundamente ofendido porque desses 200 milhões de habitantes [no Brasil], nem todos são cristãos, nem todos professam a fé cristã e nem todos os cristãos querem impor a sua fé aos outros”, chegou a argumentar.

Nesta semana, o deputado federal Pastor Eurico (Patriota), um dos que comandam o momento de adoração, avisou que apesar da oposição, os cultos não irão parar. “Todas as quartas-feiras nós estamos aqui na Câmara dos Deputados, das 8h30 às 9h30, realizando um culto de louvor e adoração a Deus com a participação de deputados, funcionários, visitantes e você é o nosso convidado. Todas as quartas-feiras o nome de Jesus está sendo exaltado aqui. Alguns são contrários, alguns se revoltam, mas nós temos a liberdade religiosa, liberdade de expressão e vamos falar de Deus”, falou por meio de vídeo.

“Tem tanta liberdade por aí, estão fazendo tanta coisa e porque alguns não concordam que façamos um culto aqui? Vamos continuar louvando a Deus. Convidamos você na próxima quarta em mais um culto aqui e você é o nosso convidado. Vamos seguir defendendo o nome de Jesus porque Deus está acima de todos”, continuou justificando.

No início deste ano, a TV norte-americana HBO fez uma reportagem mostrando os detalhes de um culto religioso realizado na Câmara. Na matéria, o repórter chega a diz que o pastor Eurico e “seus irmãos evangélicos” têm se posicionado como uma alternativa decente em meio à corrupção na política brasileira.

O deputado federal Eurico da Silva (Patriota) também criticou a pichação na Assembleia de Deus, no município de Bonança. O pastor foi até o local e gravou as imagens para mostrar ao Brasil o que o Partido dos Trabalhadores (PT) tem capacidade de fazer. Nessa segunda (29), a vereadora do Recife Irmã Aimée (PSB) já tinha lamentando o ocorrido ressaltando que era urgente os evangélicos estarem unidos. 

Eurico detonou a legenda petista. “Aí está a prova de que o PT quer esculhambação com o presidente Bolsonaro. Lamentamos o que está acontecendo aqui e essa é a prova de que a intolerância está exatamente com este povo da esquerda. Lamentamos o que está acontecendo e estamos registrando para que todo o Brasil possa ver o que esse povo tem capacidade de fazer”, declarou. 

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O parlamentar pernambucano ainda alertou para o fato de que outros atos parecidos irão ocorrer. “Por enquanto estão agindo contra os patrimônios, imagina se tentarem agir com outras pessoas”, enfatizou. 

Após alguns políticos pernambucanos anunciarem o seu voto ao candidato a presidente Fernando Haddad (PT), foi a vez do deputado federal Pastor Eurico (Patriota) elogiar abertamente o candidato do PSL. Reeleito para mais um mandato sendo o quinto mais votado no estado, durante entrevista ao Portal da Prefeitura, Eurico afirmou que Bolsonaro é um homem competente e que tem responsabilidade com o povo. 

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“O Bolsonaro que eu conheço não existe negociata, não existe falcatrua, não existe arrumadinho, é ou não é. Então, você que está votando na direita, tá votando Bolsonaro, vai votar em alguém competente, sério e que tem responsabilidade com a sociedade, com a família, com a vida e com o povo. É alguém que luta pelo Brasil, esse sim quer um Brasil diferente, esse sim quer o Brasil verde e amarelo”, declarou. 

O parlamentar também disse acreditar que uma grande parte dos evangélicos irá apoiar o capitão da reserva. “A tendência da maioria dos cristãos sempre é seguir o rumo da direita. Eu tenho uma posição definida, estive na base do  governo por uma questão partidária, é claro, a maioria foi favorável a exatamente estarmos na base, mas concedente agora ao segundo turno, todos sabem que estamos juntos com a direita, defendendo a eleição do presidente Bolsonaro”.

Eurico alfinetou candidatos que teriam apoiado Bolsonaro apenas para conseguir sair vitorioso na eleição. “Alguns terão dificuldade porque o perfil deles não é perfil de direita, eles foram só por uma questão de aproveitar a oportunidade para se elegerem”. 

Sobre a disputa eleitoral de uma forma geral, o deputado falou que “foi um processo atípico, bem diferente de que todos esperavam. Na verdade, tivemos surpresas de todos os lados, a população buscou renovar, ela buscou o novo e essa questão do novo tem sido algo diferenciado”.

 

 

 

 

 

O candidato à Presdência, Cabo Daciolo (Patriota), votou às 10h40 no Colégio MV1, no Recreio dos Bandeirantes, bairro do Rio de Janeiro.

Acompanhado da esposa, Cristiane, dos três filhos, de pais, irmãos e de colegas bombeiros, Daciolo evitou falar sobre os possíveis cenários do segundo turno.

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O candidato chegou ao local, com a Bíblia nas mãos. Segundo sua esposa, Daciolo ajudou uma cadeirante no deslocamento até a urna.

A expectativa é de que ele acompanhe a apuração junto com amigos. O local ainda não foi definido, mas, segundo a esposa, deverá ser em um dos montes, onde costuma fazer orações e louvores.

Após afirmar que não sabe como, mas que iria ser o próximo presidente do Brasil, o candidato Cabo Daciolo (Patriota) voltou a garantir nesta semana que vai ser o próximo político a comandar o país. “O nosso Deus das causas impossíveis nos colocará assentados naquela cadeira para fazer deste Brasil uma nação mais que abençoada”, escreveu nas redes sociais. 

O deputado federal também falou que se hoje está sentado em uma cadeira na Câmara Federal é porque “Deus bradou dos céus e a sua palavra sempre se cumpre”. “Uma vez mais encontramo-nos diante de um novo desafio, a saber: a presidência da República. Precisamos confiar em Deus e em sua palavra viva e eficaz”, reiterou. 

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Daciolo contou que, caso eleito, a primeira semana na cadeira presidencial será de adoração. Ele ainda disse que no oitavo dia faria uma auditória pública, de forma que milhares de desempregados tivessem direito à saúde, transporte, trabalho e moradia. 

Apesar de desconhecido anteriormente por uma parte dos eleitores brasileiros, de acordo com pesquisa divulgada pelo Datafolha na noite dessa terça-feira (2), o presidenciável do bordão “Glória a Deus” empatou com dois velhos conhecidos da política brasileira: Alvaro Dias (Podemos) e o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB). Os três possuem 2% das intenções de votos, cada. 

Ele também está na frente do polêmico candidato do PSOL, Guilherme Boulos,  líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que segundo o levantamento não chegou a sequer 1%. 

Apesar da recente pesquisa Ibope apontar que o candidato à Presidência, Cabo Daciolo (Patri), não atinge 1% das intenções de votos, o postulante acredita que será o presidente eleito em outubro deste ano.

Em vídeo publicado no Facebook, ele afirma que não sabe como, mas aposta inclusive na vitória em primeiro turno. Desde a redemocratização, apenas Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito sem precisar disputar um segundo turno.  

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"Eu serei presidente. Não sei como. Mas eu acredito até que a vitória será no primeiro turno. Olha só o tamanho da minha fé? (...) Que papo é esse de votar no menos pior. Deus não quer que você vote no menos pior. Você está preocupado com os números que estão mostrando? Isso é tudo mentira. Quem determina quem vai sentar na cadeira de presidente é Deus", declarou Daciolo, em uma gravação com duração total de 29 minutos, logo após deixar o Monte das Oliveiras, no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Daciolo disse ter passado 21 dias no local em retiro espiritual, com jejum e orações, sem conceder entrevistas e participar de debates. Ele deixou o monte na última terça-feira (25) e nessa quarta (26) já participou do debate presidencial promovido pelo SBT. 

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Durante o debate que acontece entre os presidenciáveis, nesta quarta-feira (26), o candidato Henrique Meirelles (MDB) perguntou ao Cabo Daciolo (Patriota) o que faria para tirar os brasileiros da pobreza. O ex-ministro aproveitou o questionamento para afirmar que quando foi presidente do Banco Central do Brasil tirou 40 milhões de brasileiros na miséria. 

Daciolo não deixou por menos e ironizou: “Um banqueiro perguntando”. Ele, na resposta, disse que o Brasil tem mais de 400 milhões de pessoas na extrema pobreza e mais de 50 milhões na pobreza. “Interessante é que você fez parte do governo Lula. Você diminuiu a dívida externa. Mas você pegou dinheiro emprestado de um banco público e fazer o país ficar endividado. Os banqueiros roubam a nação”, detonou. 

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Meirelles, ao rebater, disse que nunca foi banqueiro. “Se você continuar querendo ser candidato, terá que estudar mais. Para descobrir que nunca fui banqueiro, e sim bancário. Fui presidente do banco por mérito próprio. Vamos criar 10 milhões de empregos”, prometeu. 

O candidato do Patriota ainda criticou o governo Temer. “Entrou com as reformas e nada mudou para o povo brasileiro. Vou revogar as reformas”, disse. 

Em retiro espiritual para ser eleito presidente da República, o deputado federal Cabo Daciolo (Patriota) pode ter o salário descontado caso continue faltando às sessões da Câmara dos Deputados sem apresentar justificativa ou não sem pedir licença do mandato para se dedicar apenas à disputa presidencial. 

Daciolo, segundo o jornal Estado de Minas, participou de apenas uma sessão deliberativa do Plenário da Casa do mês até o dia 14 agosto. No dia 13, ele iniciou o retiro no Monte das Oliveiras, no Rio de janeiro, onde permanece até hoje, segundo a assessoria de imprensa e publicações nas redes sociais do candidato. 

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De acordo com a Câmara dos Deputados, o distanciamento das atividades para um retiro espiritual não está entre os critérios para ausência justificável da atividade parlamentar. Segundo a regra, o deputado tem até 30 dias para justificar a ausência.

Como a eleição deste ano também inclui a campanha para a Câmara e o Senado, as duas Casas decidiram fazer uma espécie de esforço concentrado, marcando apenas duas sessões deliberativas ao mês, para dar espaço para os parlamentares buscarem suas eleições. Daciolo esteve apenas em uma delas, e a falta pode resultar no desconto de R$ 10,5 mil no salário. 

O postulante do Patriota, disse estar "à espera de um milagre" para ser eleito presidente e, por isso, não fará campanha, mas orações pelo país no Monte das Oliveiras. 

A atriz transexual Renata Carvalho, que irá protagonizar o papel de Jesus transexual, na próxima sexta-feira (27), em Garanhuns, pode até ter dito que “não vão nós calar” em entrevista ao LeiaJá. No entanto, a depender do deputado federal Pastor Eurico (Patriota) o espetáculo “O Evangelho Segundo Jesus Cristo, a Rainha do Céu” não será realizado mesmo que de forma independente. 

Por meio do seu Facebook, o deputado contou que entrou na Justiça contra “o ator travesti Ricardo da Silva Carvalho” no intuito de impedir a apresentação da peça teatral no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). A encenação foi cancelada pelo Governo de Pernambuco, no entanto com uma vaquinha a peça será realizada, mas a produção optou por não divulgar horário e local de forma a evitar uma nova proibição e até mesmo pela segurança da equipe e do público. 

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Para Eurico, Jesus Cristo é “profanado e vilipendiado” na peça. “É que o requerido que a pretexto de criticar suposta discriminação da igreja contra travestis e transgêneros, faz a performance vilipendiando a fé́ cristã e os símbolos religiosos da cristandade a ponto de tentar, assim, eliminar os símbolos e crenças religiosas mais tradicionais do povo com narrativas debochadas e fantasiosas, como que lhe arrancando as raízes”, argumentou. 

Na ação, o parlamentar disse que a sociedade de Garanhuns, incluindo autoridades políticas e eclesiásticas, ficaram “estarrecidos” diante da divulgação da grade do FIG com a polêmica peça. ”A qual também foi combatida em outros estados da federação com ajuizamento de demandas judiciais, as quais tiveram deferimento de liminares proibindo a referida apresentação”, destacou. 

O pastor ainda diz que diante da insistência em promover a peça, não restou outra alternativa a não ser ingressar com a ação. “O requerido comunicou que irá apresentar a tal peça teatral de qualquer jeito, conforme se vê nas diversas postagens veiculadas nas redes sociais que em flagrante desrespeito aos que professam a fé́ em Jesus e aos símbolos da Cristandade”, lamentou. 

 

Toda a repercussão gerada não para por aí. Nesta quarta-feira (25), ao LeiaJá, o prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB) chegou a dizer que a cantora Daniela Mercury desrespeitou Garanhuns. A artista, durante sua apresentação no FIG, teria dito que estava “chocada” com a proibição da peça. 

 

Viralizou nas redes sociais um vídeo com o pronunciamento do deputado federal Cabo Daciolo (Patriota) que, no plenário da Câmara dos Deputados, “profetizou a cura” da também deputada federal tetraplégica Mara Gabrilli (PSDB). O deputado, com a voz bem exaltada e com uma bíblia na mão, chegou a dizer que a tucana iria entrar no plenário andando. 

“Eu quero aqui diante de todos profetizar a cura da deputada Mara, eu creio que aquela mulher vai levantar da cadeira e vai começar a andar, eu creio que isso vai acontecer. Eu peço ao Deus da causas possíveis que ele possa estender as mãos dele em nome do senhor Jesus e possa tocar em sua serva. Eu saiu daqui agora e vou me direcionar a ela e vou pedir um lugar particular. Eu creio que em alguns minutos ela volta andando aqui para este plenário”, discursou. 

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Daciolo falou que para muitos a afirmação poderia parecer loucura, mas que preferia a loucura de Deus do que a sabedoria dos homens. Ele também relatou que há dois anos Deus tocou em seu coração para falar com a deputada, mas que se acovardou. 

 

 

O presidente nacional do Patriota (PEN), Adilson Barroso, viu o projeto político do partido atropelado pelo casamento consumado (expressão usada pelos próprios envolvidos) entre o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSC) e o PSL, do empresário e deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente nacional da legenda.

O Patriota, que até a semana passada ainda era a sigla escolhida pelo hoje segundo nas pesquisas de intenção de votos, para concorrer à Presidência da República, "bate e assopra" no ex-aliado. Barroso diz que foi traído pelo grupo de Bolsonaro, mas afirma que ele ainda teria espaço na agremiação. Além disso, diz que o "casamento" de Bolsonaro deve "azedar" em breve e que o deputado pode terminar no PR.

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Você se sentiu traído pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ)?

O Bolsonaro foi enganado por um grupo mal-intencionado que está ao redor dele. Esse grupo não quer elegê-lo presidente. O que eles querem é tomar um partido. Fui traído pelo grupo dele. Como pode alguém que quer ser Presidente da República cair na lorota dessas pessoas...

Ficou a mágoa então?

Já consegui aceitar esse tipo de atitude. Consegui me estabilizar - e constatar meu grande alívio. Essa equipe dele estava me pressionando a destruir tudo o que eu havia criado nos últimos 5 anos. Olha o caso do diretório do Sergipe. Lá, eu tive que trocar uma liderança que já teve 28 mil votos em uma eleição por alguém que teve 400 votos. Eles queriam empurrar um monte de bananas sem votos pra cima do partido.

Ele te ligou depois de optar pelo PSL?

Não recebi nenhuma ligação. Eu passei dezenas de mensagens. Eu não desisto. Eu desejo estar cara a cara como ele. Se ele nos respeitar (o partido), se nos receber, falar conosco, ainda podemos estar com ele.

Então, acha que pode ter uma volta?

Se, por acaso, essas denúncias que estão aparecendo contra Bolsonaro e família não tiverem fundamento, se ele for absolvido, a porta da candidatura estará sempre aberta. Isso se ele não demorar... Aqui ainda tem vaga pra ele. Mas não terá o controle político do partido. Aqui ele pode ter a legenda - caso nenhuma denúncia pegue nele.

Pode então ter alguma coligação com o PSL?

Eu não sei se coligaria para o Legislativo, mas para o Executivo pode ser sim. Acho que ele perderá muitos votos por não ser um Patriota. No meu partido, ele teve tudo, só não conseguiu tomar o partido de mim.

Bolsonaro ou o grupo dele exigiu muita coisa?

Olha, eu não fiz covardia, nem faltei com a palavra com ninguém. Criei um partido com 500 mil assinaturas. Eu fundei um partido, não tomei de ninguém... Mas não sou de brigar, nem de vingança. Se ele quiser, será bem-vindo. Se ele não voltar, vai ser por vergonha de ter deixado a equipe dele fazer o que fez comigo. Saiu daqui por causa da pressão de um advogado que já foi defensor do PT e do Zé Dirceu (fala do advogado e assessor Gustavo Bebianno Rocha). Esse advogado minou nossa relação. Quando a equipe de Bolsonaro pediu o diretório nacional eu entendi que eles só queriam tomar o partido. Eles não estão interessados em ganhar a eleição. Continuo gostando de Bolsonaro, mas o que aconteceu foi uma tragédia. Não foi bom pra ele. Já vejo a mão de Deus fora da campanha dele.

Os filhos de Bolsonaro estavam de que lado?

O deputado estadual (PSC-RJ) Flávio Bolsonaro pode até dizer o contrário, mas ele sempre foi a favor que o pai ficasse no Patriota. O Flávio estava tendo problemas com o pai por não concordar com que a equipe dele estava fazendo comigo.

O que tanto a equipe do Bolsonaro pediu para você?

No início, eles me pediram o controle de 5 Estados, mas já estavam avançando em 23. Agora, diziam que eu tinha que entregar o controle total do partido porque estava debilitado e o partido poderia parar na cláusula de barreira. Quando eles deram a cartada final, pedindo o diretório nacional, eu disse não.

Acredita que a candidatura dele pode ruir?

Ele perdeu a força do patriotismo. E vejo essa coisa triste que uma candidatura começar a ruir. Olha, se ele queria visibilidade, o Patriota era o lugar certo. Eu sou o campeão das redes sociais. Eu tenho 50% a mais de seguidores do que ele no Facebook.

O partido vai se chamar Patriota agora que ele foi embora?

Continua o nome patriota. Já teve alguém da turma do Bolsonaro me pedindo para desistir - acho que queriam impor esse nome no PSL. Mas hoje os patriotas somos nós. Já me pediram pra desistir do patriota, acho que queriam impor lá para o homem do PSL. Hoje eu sou 'patriotista', assim com os EUA e Israel.

Acha que a parceria Bolsonaro e PSL vai vingar?

Já tem muito arranhão lá no PSL. Eles (o grupo do Bolsonaro) vão pedir tudo e vai dar briga. Aqui no Patriota nos temos uma unidade grande. Aqui, quando eu falo "a" é "a". Aqui, quando eu falo "você será candidato" todos acompanham. No PSL metade é contra o Bolsonaro, metade é a favor. No Patriota não tem essa questão de maioria, aqui tem unanimidade.

O PSL não estaria totalmente à vontade com Bolsonaro?

Vai azedar no PSL. O partido que tem social e liberal no nome não pode ter a ver com o que Bolsonaro prega. O "social" no nome é Venezuela, é Cuba. O que o Patriota quer é gerar emprego. Ele está no lugar errado. E isso é meio caminho andado para perder.

Acha que o presidente do PSL, o Luciano Bivar, não agiu corretamente com você?

Luciano Bivar está certinho na posição dele - e todos que lutam pela própria sobrevivência política estão certo. Não o conheço, mas respeito. O que sei é que Bolsonaro deu um tiro no pé para ir a um partido que não tem controle nenhum.

Acredita que exista outra alternativa para o Bolsonaro que não seja o PSL ou o Patriota?

Eu já escrevi no grupo de WhatsApp do grupo dos presidentes de partido. Não sou profeta, sou técnico... Por isso digo, que primeiro a equipe do Bolsonaro vai pedir 1, 2, 3, 20 Estados, a presidência e o diretório nacional. Aí, se tiver alguma discordância ele vai para o PR. Sempre me ameaçavam com a possibilidade do PR.

Acha que o fim dessa novela vai ser o PR?

Ele irá para o PR provavelmente... Ou acabar sem legenda. Olha a história política do Garotinho! Um ex-governador, um sábio, que tanto fez que foi parar no PMDB e caindo no esquecimento da política. Isso pode acontecer com Bolsonaro se ele se deixar levar por essas pessoas. E, se for para o PR, pode acabar vendido para o PSDB, PMDB ou PT - em troca de algum ministério. Aqui, no Patriota, ele estava garantido.

O Patriota tem um plano B?

Vou convidar o ex-ministro do STF, o Joaquim Barbosa - que tem mais potencial que Bolsonaro. Se ele não quiser. E o Bolsonaro não voltar. Vou lançar a minha própria candidatura à Presidência da República.

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