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Quando Paulo André pegou o microfone para falar sobre o Bom Senso FC em um evento do Sindicato dos Atletas, uma voz soou forte no auditório, sem pedir licença. "O que vocês vão fazer pelo Nordeste?", perguntou o representante baiano. Calmo, o zagueiro do Corinthians e um dos líderes do movimento dos jogadores respondeu: "A CBF nunca fez nada nos últimos 20 anos pelo Nordeste e você não reclamou. Nós temos poucos meses e você já está reclamando?"

O diálogo curto, num debate recente em São Paulo sobre melhorias no futebol brasileiro, sintetiza o presente, o passado e o futuro do Bom Senso, raro movimento de atletas e estudiosos que propõe melhorias e, por isso, fez mundo da bola trepidar em 2013.

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Primeiro, o presente. Paulo André reconhece que o sindicalista tem razão e disse, em entrevista exclusiva, que a principal missão do Bom Senso é expandir as fronteiras para o interior do País, mobilizando os atletas das séries C e D do Campeonato Brasileiro.

Atualmente, o Bom Senso conta com cerca de mil assinaturas de atletas das séries A e B do Campeonato Brasileiro. A ideia é se aproximar dos mais de 15 mil jogadores profissionais no País. Esse é o foco do grupo, que não tirou férias para tentar crescer.

A primeira medida é a criação de um portal na internet, que deve ser lançado em janeiro, para facilitar a adesão dos jogadores de outros Estados e disseminar os ideais do movimento. Também estão previstas ações nas redes sociais com objetivos semelhantes. Paralelamente, o Bom Senso vai continuar usando as novas tecnologias, como aplicativos de mensagens via celular (WhatsApp) ou videoconferências via internet (Skype) para atrair seguidores.

A tecnologia não vai substituir "o olho no olho". Nos primeiros meses de 2014, líderes do grupo pretendem colocar o pé na estrada e percorrer o interior do Brasil em busca de apoio. Cada região também terá um representante para facilitar os contatos pessoais, importante na visão dos atletas.

O principal argumento das conversas é o planejamento de um calendário para todos, inclusive os clubes "nanicos" do futebol brasileiro. Os líderes do Bom Senso querem mostrar que a discussão vai além dos 30 dias de férias, de um período adequado de pré-temporada e, somando tudo isso, da melhoria dos jogos. Vão dizer que o movimento está preocupado com os clubes que não têm competições o ano todo e, por isso, tornam-se deficitários.

Dos 641 clubes das quatro divisões nacionais, só 15,8% desfrutam de um calendário de atividades para o ano inteiro. Com isso, milhares de jogadores trabalham apenas três meses por temporada. "Os problemas do futebol brasileiro não serão resolvidos apenas com as mudanças de calendário, mas é o ponto de partida para reflexões e melhorias essenciais", diz Eduardo Tega, diretor da Universidade do Futebol, principal parceira técnica e acadêmica do Bom Senso.

Esse olhar para os clubes menores inclui a possibilidade de uma greve em janeiro, no início dos campeonatos estaduais. O motivo principal seria o atraso dos salários dos atletas do Náutico. "A possibilidade de greve é grande. Em minha opinião, ela já deveria ter sido feita", diz João Henrique Chiminazzo, advogado e parceiro do movimento na área jurídica.

O futuro do Bom Senso, não daqui a dois anos, mas na primeira esquina de janeiro, é se transformar em uma associação. Na prática, terá uma sede em São Paulo, telefone, funcionários, presidente e assim por diante. O nome não vai mudar. "Hoje o Bom Senso existe de fato, mas não de direito. Como uma associação, vai ganhar reconhecimento", explica Chiminazzo.

Faltou falar sobre o "passado" de três meses de Bom Senso. Por causa desse estardalhaço, Paulo André foi eleito o dirigente do ano pela TV Gazeta na premiação do programa "Mesa Redonda". As justificativas para a homenagem foram os protestos dos jogadores, como o abraço coletivo na 30ª rodada e os braços cruzados na 34ª rodada do Brasileirão.

O barulho chegou aos salões da CBF que adiou o início da temporada 2014 em uma semana. Isso é pouco, na opinião do movimento dos jogadores. O impacto das ações, no entanto, aumentou a expectativa sobre quais serão os próximos passos do Bom Senso.

O zagueiro Paulo André, um dos líderes do Bom Senso FC, movimento que busca melhorias nas condições de trabalho dos jogadores, criticou as instalações do Vasco, onde jogou por três meses em 2002. "Eu convivi com ratos e baratas no alojamento do Vasco. Respeito a instituição, mas eu vivi isso e precisamos melhorar essas condições", criticou.

A afirmação do zagueiro do Corinthians foi feita durante um simpósio organizado pela Federação Nacional dos Atletas Profissionais (Fenapaf), na manhã desta segunda-feira (2), em São Paulo. O encontro contou com a presença de atletas profissionais, representantes das entidades sindicais, dos clubes, do Ministério do Esporte, CBF, e Rede Globo, em um debate sobre o futebol brasileiro.

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Eurico Miranda, que participou do evento substituindo o presidente da Federação Carioca de Futebol, Rubens Lopes da Costa Filho, reagiu à crítica de maneira enfática. "Isso é impossível. É uma ofensa a uma instituição centenária. Rato deve ser comum na Europa ou na casa dele (Paulo André)", criticou o dirigente, que era presidente do Vasco na época citada pelo jogador do Corinthians.

Na mesa para o debate estavam Rinaldo Martorelli, presidente da Fenapaf, Ocimar Bolicenho, presidente da ABEX (Associação Brasileira dos Executivos de Futebol), Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, Marco Aurélio Cunha, ex-dirigente do São Paulo, Luiz Ademar, presidente da ACEESP (Associação dos Cronistas Esportivos de São Paulo), Turíbio Leite, fisiologista consultor da Fenapaf. Andrés Sanchez, responsável pela construção do Itaquerão, participou apenas da abertura do evento.

HORÁRIO DOS JOGOS - Um dos destaques do evento foi a apresentação da pesquisa "Jogos Simulatórios 2014", estudo conduzido pela Fenapaf e pelo Sindicato dos Atletas de São Paulo que simula os efeitos das altas temperaturas nos jogadores de futebol no contexto da Copa do Mundo. Vinte e quatro partidas da Copa estão marcadas para as 13h. O estudo foi apresentado para a Fifa na semana passada pelo presidente da Fenapaf.

Com o levantamento científico, a entidade pretende criar uma documentação que sirva como referência para a Fifa. "Não existem dados que possam servir como base de estudo", explica o fisiologista Turíbio Leite de Barros, coordenador da pesquisa e um dos mais renomados especialistas do Brasil em Fisiologia do Exercício. Os resultados da pesquisa não foram divulgados, pois o Sindicato prefere aguardar o pronunciamento oficial da entidade máxima do futebol.

Paulo André admitiu nesta terça-feira (12) que o rendimento de Alexandre Pato no Corinthians acabou frustrando a torcida, principalmente após a queda nas quartas de final da Copa do Brasil. O atacante foi o responsável pelo pênalti perdido na disputa decisiva, após dois empates sem gols com o Grêmio.

"Pato não foi o que se esperava, falando como a opinião pública", avaliou o zagueiro, em entrevista à TV Estadão. "Dos jogadores que chegaram, Gil foi o destaque no ano. Já o Renato Augusto se machucou bastante", comentou, referindo-se aos reforços do Corinthians para este ano.

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Para Paulo André, a perda de três jogadores - Paulinho, Jorge Henrique e Chicão - teve importância decisiva na queda de rendimento do time neste ano. "Perdemos três jogadores: Paulinho, Jorge Henrique e Chicão", enumerou.

Sincero, o zagueiro apontou outras falhas em 2013. "A questão física, não de treinamento, e, sim, da idade, pode ter baixado a intensidade do time. Mas, devido às lesões, o elenco que era o melhor do Brasil não era tão numeroso e qualificado assim", opinou.

Paulo André disse ainda que a equipe viveu seu maior momento de incerteza no comando logo após a queda na Copa do Brasil. Segundo o zagueiro, foi o episódio que mais ameaçou o emprego do técnico Tite. "Depois da eliminação na Copa do Brasil existia uma incerteza na diretoria se ele deveria continuar", finalizou.

Um dos líderes do movimento Bom Senso FC, o zagueiro Paulo André, do Corinthians, anunciou nesta terça-feira (5), durante um seminário sobre negócios do futebol, que os jogadores farão novas manifestações contra o calendário do futebol brasileiro. No mês passado, atletas das séries A e B se abraçaram durante um minuto antes das partidas como forma de protesto. "Até o fim do ano, teremos surpresas. Vocês vão ver", disse.

Uma reunião realizada na última segunda-feira serviu para os atletas definirem os próximos passos do Bom Senso FC, entre eles, estas manifestações. "Faremos novas manifestações para mostrar o nosso descontentamento e preocupação com os caminhos do futebol brasileiro", garantiu o zagueiro.

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No próximo dia 21, os atletas participarão de uma audiência pública em Brasília. "Existe um plano político de manutenção de poder, e não um plano esportivo", criticou Paulo André.

O zagueiro também pediu maior empenho dos clubes nos debates sobre o futebol nacional. "O Bom Senso FC não quer o melhor apenas para os atletas, mas para o futebol brasileiro. Sei que os clubes têm medo de retaliação de cima para baixo, mas eles são muito importantes."

A direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prometeu dar em 15 dias uma resposta às reivindicações de atletas com os quais se reuniu nesta segunda-feira (7) por duas horas na sede da entidade. Eles integram o Bom Senso FC, grupo que já reúne cerca de 800 jogadores profissionais do País e esteve representado por Paulo André (Corinthians), Dida (Grêmio), Seedorf (Botafogo), Juninho e Cris (ambos do Vasco). No centro da discussão, está um novo calendário para o futebol, que respeite os 30 dias de férias dos atletas, "um período de pré-temporada adequado" e um máximo de sete jogos por mês.

Porta-voz do grupo que entregou um dossiê ao presidente da CBF, José Maria Marin, Paulo André foi o único a falar com a imprensa ao final do encontro. "O movimento busca saídas e soluções para o nosso futebol e envolve vários segmentos", disse o jogador do Corinthians. Indagado três vezes sobre a possibilidade de greve, se a CBF não atendesse às propostas, Paulo André desconversou e nas três respostas não mencionou a palavra greve. "O fato de eles (dirigentes da CBF) terem nos recebido aqui mostra que estão com boa vontade."

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No documento preparado pelo Bom Senso FC constavam também outras demandas do grupo, como a efetivação de "fair play financeiro" em 2015 e a participação de atletas e treinadores nos conselhos técnicos das competições e entidades.

O fair play financeiro é um instrumento pelo qual os jogadores teriam a garantia de que seus salários seriam pagos em dia, com medidas que levassem "mais disciplina e racionalidade nas finanças dos clubes de futebol", além de "encorajar os clubes a competir apenas com valores das suas receitas".

Em declaração ao site da CBF, José Maria Marin se disse satisfeito com a reunião e otimista quanto a uma solução dos problemas. Ele estava acompanhado no encontro de outros dois dirigentes da CBF: o vice-presidente Marco Polo Del Nero e o diretor jurídico Carlos Eugênio Lopes.

O dossiê do Bom Senso FC é ilustrado por quadros comparativos de números de jogos disputados por temporada entre clubes brasileiros e europeus, a diferença de dias entre o último jogo da temporada anterior e o primeiro da próxima - em 2011/12, por exemplo, o Chelsea teve um intervalo de 90 dias para iniciar uma competição oficial; enquanto que no mesmo período, o Santos só dispôs de 34 dias.

"Deixamos a bola com a CBF. Tenho certeza que vamos ser atendidos", comentou Paulo André, que antes de conversar com os repórteres posou para fotos com os outros quatro atletas que foram para a sede da confederação. "É um passo de cada vez."

O documento também ressalta uma lista de prejuízos aos atletas em consequência do excesso de jogos: diminuição das reservas energéticas, da força e potência musculares; queda no poder de concentração; dores musculares; redução das defesas imunológicas do organismo; aumento da ansiedade e irritabilidade; limitação do processo criativo. Etc.

Há ainda um pedido especial para que a CBF atue em conjunto com as federações no sentido de dar mais oportunidades aos clubes de médio e pequeno porte, que possam ter um calendário mais amplo, uma vez que muitos desses clubes só têm três meses de atividade por ano.

O zagueiro Paulo André admitiu nesta segunda-feira, em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, que o Corinthians fechou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro de forma decepcionante. O jogador reconheceu que o time hoje está longe da disputa pelo título, embora ainda acredite que é possível lutar pela taça da competição.

"Terminar o primeiro turno a dez pontos do líder e a quatro do G4 é uma campanha abaixo do esperado, aquém do que a gente imaginava", disse o defensor, um dia depois de participar do confronto no qual o time corintiano ficou em um decepcionante empate por 0 a 0 com o Náutico, no Pacaembu.

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"Para ser campeão tem que fazer ao menos 66% de aproveitamento, e a gente não fez (hoje tem 52,6%), mas ainda estamos em quinto lugar e estamos na briga. Temos de melhorar. Precisamos fazer 40 pontos no segundo turno para garantir o G4 e depois quem sabe brigar pelo título", projetou.

Já ao analisar a campanha corintiana, Paulo André apontou razões para o Corinthians ter encerrado o primeiro turno com 30 pontos em 19 jogos. "Não é desculpa, mas antes da parada (para a disputa da Copa das Confederações) o nosso time estava muito desgastado por causa do Paulista e da Libertadores, fez poucos pontos e tropeçou em casa. Não conseguimos produzir o esperado. Defensivamente fomos bem, mas na parte ofensiva foi abaixo. Temos de criar alternativas. Mudar a movimentação, as saídas de bola, sermos mais ousados no mano a mano... A opinião do grupo todo é que não estamos satisfeitos. Estamos nos cobrando e esperamos melhorar", enfatizou.

Paulo André também fez questão de lembrar que não foi apenas os atacantes que ficaram devendo neste primeiro turno. "Não foi só o ataque, tem também a criação, e não estamos direcionando a culpa só para Danilo e Douglas. Os times estão marcando muito bem os laterais e os volantes, e a bola acaba sobrando para mim e para o Gil atrás, para começarmos a armar as jogadas. Precisamos melhorar o passe atrás também. Claro que o ataque precisa de uma movimentação maior, às vezes apelar para o improviso, mas claro que só jogando é complicado isso melhorar", completou o zagueiro, se referindo ao fato de que o calendário apertado não dá a Tite a chance de comandar muitos treinamentos entre uma partida e outra.

O zagueiro também reconheceu que as ausências de Alexandre Pato e Guerrero pesaram no jogo contra o Náutico, fato que obrigou o próprio defensor a atuar como atacante na reta final do duelo. "Tive uma chance no chão e um cabeceio, mas não consegui fazer o gol. O Pato e o Guerrero são os nossos diferenciais, sem eles é complicado. Você viu o gol do Pato na seleção (contra a Austrália)? Gol de centroavante, ele nos fez uma falta tremenda", destacou.

Depois de vencer o Coritiba por 1 a 0, no último domingo (18), no Pacaembu, e assumir a quarta posição do Campeonato Brasileiro, o Corinthians voltou aos treinos na manhã desta segunda-feira (19), no CT Joaquim Grava, visando a sua estreia na Copa do Brasil, nesta quarta, contra o Luverdense, em Lucas do Rio Verde (MT). E, antes de viajar para o confronto desta quarta, o clube confirmou que irá poupar três jogadores deste duelo de ida das oitavas de final da competição nacional.

São eles: o zagueiro Paulo André, o lateral-esquerdo Fábio Santos e o meia Renato Augusto. Nenhum dos três está lesionado, mas todos serão preservados e têm boas chances de estar em campo novamente no duelo do próximo domingo, contra o Vasco, no Mané Garrincha, em Brasília, pela 16.ª rodada do Brasileirão.

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O departamento médico corintiano informou que Fábio Santos e Renato Augusto levaram pancadas no jogo contra o Coritiba e reclamam de dores. O lateral sofreu uma na panturrilha direita, enquanto o meio-campista foi atingido no joelho direito. Já Paulo André foi vetado apenas por causa do desgaste físico acumulado em função da sequência de jogos.

Sem Paulo André e Fábio Santos, Tite deve escalar Felipe ao lado do titular Gil na zaga, enquanto o garoto Igor deverá ganhar nova chance na lateral. Já a saída de Renato Augusto do time não será tão sentida, pois ele ainda não conseguiu conquistar a vaga de titular do meio-campo, depois de ter o seu bom começo com a camisa corintiana atrapalhado por uma lesão amargada no primeiro semestre deste ano.

O volante Guilherme, que sofreu contusão grave no músculo adutor da coxa esquerda na partida contra o Fluminense, na última quarta-feira, no Maracanã, segue fora da equipe e voltará a ser substituído por Ibson. Assim, o Corinthians deve ir a campo nesta quarta-feira com a seguinte formação: Cássio; Edenílson, Gil, Felipe e Igor; Ralf, Ibson e Danilo; Romarinho, Emerson e Guerrero.

Guerrero, que ficou no banco de reservas e entrou no time no segundo tempo do jogo contra o Coritiba porque estava voltando de confrontos pela seleção peruana, deve ter confirmado o seu retorno ao time titular, o que deve fazer Tite voltar a colocar Alexandre Pato na reserva.

 

O Abril Pro Rock amplia sua relação com a cultura pop e lança a segunda edição da mostra Pôster Arte Design. Com abertura na próxima quarta-feira (10) no Centro Cultural Correios, a exposição reúne a música com o design de cartazes de shows, festivais, turnês, eventos e álbuns, entre outras produções, do Brasil e do mundo. A curadoria é de Paulo André Pires, produtor do festival.

A mostra traz mais de 50 obras, representando artistas nacionais e internacionais, com algumas surpresas e raridades. A maioria dos pôsters e cartazes da exposição foi recebido de bandas em busca de uma vaga no Abril Pro Rock, comprado em feiras no exterior e recebido por gravadoras, além de presentes de amigos e de designers que trabalharam para bandas agenciadas pelo produtor. Todas as obras são diferentes da exposição do ano passado, que marcou os 20 anos do festival.

Serviço

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Pôster Arte Design

10 de abril a 7 de maio

Terça-feira a sexta-feira | das 9h às 18h, e aos sábados e domingos, das 12h às 18h

Centro Cultural Correiros (Av. Marquês de Olinda, 262 - Bairro do Recife)

Gratuita

(81) 3224 5739

O Corinthians não vai ter tempo para comemorar a vitória de virada por 2 a 1 sobre o São Paulo no Campeonato Paulista, neste domingo, no Morumbi. A equipe embarca nesta segunda-feira para a Colômbia, onde enfrenta o Millonarios na quarta-feira pela Copa Libertadores e lamenta o pouco tempo de descanso.

"O que mais vai repercutir nos próximos dias não é a vitória no clássico, mas sim o cansaço. A gente tem uma viagem longa e temos que recuperar rápido", afirmou o zagueiro Paulo André ao deixar o gramado do Morumbi.

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A preocupação é a mesma do técnico Tite, que descarta promover muitos rodízios nos próximos jogos pelo torneio estadual. "Entramos numa reta decisiva tanto da Libertadores como do Paulista e se ficar mexendo muito na equipe, ela perde intensidade e a coordenação", disse.

O Corinthians está em situação confortável nas duas competições e tem condições de garantir a classificação para a segunda fase de ambas já nas próximas rodadas. O time está em quinto lugar no Campeonato Paulista, com 29 pontos, e ocupa a vice-liderança do Grupo 5 da Libertadores, com sete pontos.

Tite destacou a partida movimentada contra o São Paulo, mas disse que o encontro poderia ter sido em outro dia. "Só lastimo os clássicos terem sido antes dos jogos decisivos na Libertadores. Deveríamos ter mais datas para remanejar", criticou.

Próximos da estreia na temporada, os titulares do Corinthians sabem que terão uma grande responsabilidade em 2013 após um ano cheio de êxitos. Por isso, o zagueiro Paulo André reconheceu a necessidade da equipe ter uma boa atuação na próxima quarta-feira, quando vai receber o Mogi Mirim, às 22 horas, no Estádio do Pacaembu, pela quarta rodada do Campeonato Paulista. Na partida, o técnico Tite vai usar a força máxima pela primeira vez na competição.

"Sem duvida estamos com vontade de voltar a jogar, sabemos da responsabilidade de defender o Corinthians e não importa se será o primeiro jogo e contra uma equipe que já tem ritmo e que já está bem na competição, temos de fazer o melhor e superar as dificuldades para que desde o primeiro jogo a gente possa vencer e recuperar a confiança pra ter um ano tranquilo", disse.

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Paulo André reconheceu que existe a expectativa de que o Corinthians tenha mais um ano de sucesso, após conquistar os títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2012. "Acho que a responsabilidade é grande pelo grupo que temos, pelas contratações que chegaram, e o Corinthians sempre brigou por títulos, não só porque ganhou a Libertadores e o Mundial ano passado, mas vai ser assim sempre e a gente por estar aqui há um bom tempo sabe a pressão que vai ser mais uma vez, independente de ter ganho ou não e a nossa responsabilidade é vencer todas as partidas", disse.

Para repetir as conquistas, o Corinthians manteve os principais jogadores e ainda se reforçou com atletas renomados, casos do atacante Alexandre Pato e do meia Renato Augusto. Assim, Paulo André avaliou que o elenco está ainda mais forte em 2013.

"Acho que tem mais qualidade com as contratações, mas sem duvida vai demorar um pouco pra a gente atingir o nível do ano passado, especialmente da final do Mundial, mas assim que a gente atingir o ritmo, o Tite encaixar as pecas, não tenho duvida que será uma equipe muito forte", disse.

Com Chicão lesionado, Paulo André ainda não sabe quem será o seu companheiro de zaga diante do Mogi Mirim. O técnico Tite deve optar entre Felipe e o recém-contratado Gil, que atuaram juntos na vitória por 1 a 0 sobre o Mirassol, domingo, fora de casa.

"Não sei o que o Tite vai fazer, provavelmente amanhã ele vai escalar a equipe, já treinei mais com o Felipe, com o Gil, não. O Gil já jogou melhor que o primeiro o jogo, o Felipe está bem, é uma alegria ver o que ele esta jogando, espero que os dois tenham cabeça tranquila e que quem jogue, que jogue bem", disse.

Neymar simula faltas demais e tem de ser punido pela arbitragem, Muricy Ramalho está errado ao afirmar que o Corinthians não procura o gol, e o lateral-esquerdo Léo fala demais quando o Santos ganha. Essas foram algumas das declarações mais polêmicas do zagueiro do Corinthians, Paulo André, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, no CT do clube.

O clássico de domingo, vencido pelo Santos por 3 a 2, e que ficou marcado pelo erro da arbitragem no segundo gol do time da Vila Belmiro,continua a dar o que falar. "Dentro de campo, você pode fazer tudo, mas se fizer algo fora da regra, tem de ser punido, se ele (Neymar) quiser simular, que simule, e ele simula bastante, mas que seja punido. Que os árbitros assistam aos jogos, estudem e punam os jogadores", afirmou Paulo André. "Isso é antijogo, é tentar ludibriar o público"

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Paulo André coloca a culpa não nos jogadores que tentam confundir torcedores, mas na arbitragem, que, segundo ele, além de não ter critérios, não pune o atleta que simula em campo. No clássico na Vila Belmiro, Neymar foi criticado por Tite por, supostamente, simular faltas.

"Qual juiz que tem coragem de expulsar quem simula duas, três vezes, eu não conheço. Se punirem, em duas, três rodadas, ninguém simula mais. Cabe a comissão de árbitros punir. Mas aqui é vantagem simular, é o jogo do malandro, e a gente sabe que no Brasil, o jogo de malandro tem vantagem."

Sobre Muricy Ramalho, que afirmou que o Corinthians não procura o gol, Paulo André disse que o técnico está equivocado, e que na época que o técnico dirigia o São Paulo, o time do Morumbi foi campeão com jogadas de bola área, três zagueiros e muita marcação.

"O Corinthians procura o gol, só que nosso sistema de marcação é efetivo."

Sobrou até para o lateral-esquerdo Léo, que disse que o a vitória do Santos por 3 a 2 provou que o time da Vila é melhor que o Corinthians. "Depois de ganhar é fácil falar, somos os atuais campeões da Libertadores e Brasileiro. Vamos dar nossa resposta em campo."

Paulo André ainda considerou justa o afastamento do bandeirinha Emerson Augusto de Carvalho, que não marcou um triplo impedimento no segundo do gol do Santos, marcado por André, na Vila Belmiro."Foi um erro grotesco, e espero que esses erros não se repitam no futebol profissional", disse.

O zagueiro Paulo André foi submetido nesta quarta-feira a uma cirurgia no joelho direito. A artroscopia, comandada pelo médico Joaquim Grava, foi realizada com sucesso, e o jogador descansa em seu quarto no Hospital São Luís. No entanto, ainda não há previsão de alta.

De acordo com o site oficial do Corinthians, a previsão inicial é de que o zagueiro fique fora de ação por um período de 30 a 40 dias. Assim, ele deve perder boa parte do Campeonato Paulista, além das duas primeiras partidas da equipe na Libertadores.

Paulo André começou esta temporada como titular, mas foi afastado logo após a primeira partida do Estadual para readquirir condicionamento físico. Com sua ausência, Chicão e Wallace vão brigar pela vaga na equipe.

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