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Quem usa as redes sociais já deve ter se sentido perseguido por um assunto, uma propaganda ou até por sugestões de filmes para assistir. O responsável tem nome: algoritmo. É ele quem diz ao mundo digital o que nos dizer. Trata-se de uma ferramenta matemática que percebe e reorganiza os conteúdos semelhantes aos acessados pelas pessoas.

De acordo com a pesquisadora do Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência da Universidade Federal de São Paulo (Unesp), Jade Percassi, o algoritmo registra as informações dos internautas.

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“Ele guarda os dados de acesso toda vez que a pessoa está logada, [dessa forma] ela está de alguma maneira veiculada a um perfil de acesso seja no Google, seja em outra plataforma, YouTube, Facebook ou Twitter”, explica.

Segundo Percassi, a ferramenta organiza o comportamento e entrega o conteúdo mais preciso e do interesse do usuário, como dicas de filmes e produtos. No entanto, os dados gerados nem sempre são individualizados e podem criar uma massa de informações chamada de Big Data.

“A máquina opera por inteligência artificial, mas tem pessoas que fazem a moderação, que podem gerar distorções na entrega do que vai ser acessado, e isso acontece por várias razões [diferentes]”, esclarece.

A variação da ferramenta pode ser econômica, quando empresas se favorecem das informações sobre o comportamento, perfil e renda para direcionar propagandas a determinados nichos de mercados. No campo das ideias, o que aparenta ser um lugar aberto, de debate público, plural e democrático, se torna cada vez mais segmentado com pessoas recebendo conteúdo parecido com aquilo que elas mesmas já pensam.

“As pessoas que têm um perfil ideológico mais de esquerda vão receber um reforço daquilo que elas pensam”, disse. “As pessoas com um comportamento identificado mais de direita, vão receber o reforço de ideias ou de perfis que correspondem aquilo que elas já pensam, aprofundando, potencializando uma polarização política da sociedade”, acrescentou.

Uso indevido

De acordo com a pesquisadora, o uso de forma indevida e a comercialização das informações podem levar a distorções maiores, como já foram desvendados no caso da Cambridge Analytica, acusada de vazar dados de 50 milhões de usuários do Facebook. As informações foram capturadas a partir de um aplicativo de teste psicológico. No Brasil, a pesquisadora citou a criação do “gabinete do ódio”, milícia digital antidemocrática disseminadora de fake news.

Jade Percassi também alerta para a existência de outras distorções reforçadas pelo comportamento algorítmico presentes na nossa sociedade. Entre eles, destacam-se padrões de beleza reforçados por conta do maior acesso a perfis de pessoas magras e brancas em relação aos de gordas e negras. Além de páginas nudez, levando também para a possibilidade de uma sexualização maior. “Tem todas essas ciladas colocadas e a gente não tem nenhum tipo de moderação”, diz.

A pesquisadora ressalta que as grandes empresas são as proprietárias das plataformas e que, apesar do acesso gratuito, informações pessoais têm valor.

“A gente não pode ter ilusões. Apesar do acesso ser gratuito, estamos entregando algo de muito valor, que são nossos dados”, disse. “Você não paga com dinheiro, mas com seus dados sobre quem você é e sobre o tipo de comportamento que você tem”.

Marco Civil da Internet

Nesta quarta-feira (29), o Supremo Tribunal Federal (STF) continua discussão sobre as regras do Marco Civil da Internet. O debate foi convocado pelos ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, relatores de ações que tratam da responsabilidade de provedores na remoção de conteúdos com desinformação, disseminação de discurso de ódio de forma extrajudicial, sem determinação expressa pela Justiça.

No primeiro dia de discussão, ministros da Corte e de Estado se revezaram na defesa da regulação das redes sociais, com algum grau de responsabilização das empresas que as ofertam ao público.

De outro lado, advogados de bigtechs como Google e Meta – donas de redes e aplicativos como YouTube, Instagram, Facebook e WhatsApp – contestaram a iniciativa, argumentando que isso não garantirá uma internet mais segura no Brasil. Eles defenderam que um ambiente digital mais saudável poderá ser alcançado com o aprimoramento da autorregulação já existente.

As discussões englobam também os projetos de lei que tramitam no Congresso para regular as redes sociais e a proteção da democracia no ambiente digital. Tais iniciativas, principalmente o chamado Projeto de Lei (PL) das Fake News, ganharam impulso após os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.

Às vésperas do Carnaval, o senador Humberto Costa (PT) anunciou nesta quinta-feira (8) que vai viajar até o Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica, para denunciar a “perseguição” ao ex-presidente Lula e a tentativa de tirá-lo no “tapetão” da disputa presidencial deste ano. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o embaixador e ex-chanceler Celso Amorim acompanham o senador na viagem marcada para o próximo dia 26.

O líder da oposição no Senado Federal contou que é membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Esse grupo integra uma delegação do PT que, até o dia 2 de março, terá encontros com dirigentes da Confederação Sindical Internacional (CSI). “Vamos denunciar em todos os foros internacionais possíveis a caçada política promovida contra Lula e a ruptura da ordem democrática no Brasil provocada por um processo absolutamente viciado”, disse o petista.

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Humberto falou que a “caçada” ao ex-presidente é o resultado de uma trama sórdida por parte do empresariado. Ele também disse que Lula é “o líder mais popular do país” e que o presidente Michel Temer (PMDB) é "o sujeito mais detestado e enlameado em corrupção”.     

“O país bate desemprego recorde, a escravidão é reinstaurada e o Ministério do Trabalho, por exemplo, fica sem o titular porque a pessoa indicada é condenada por descumprir a legislação trabalhista e investiga por associação ao tráfico. Vejam que contrasenso vivemos”, criticou o senador. 

 

 

A senadora Gleisi Hoffmann (PT) utilizou uma frase de Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, para fazer uma retrospectiva deste ano. “Se você vai passar pelo inferno, não pare de andar”, escreveu em artigo divulgado nesta quinta-feira (29). A parlamentar definiu 2016 como “o ano das decepções e de muitas tristezas” e declarou que o  o ano de 2017 será de luta e resistência. 

“Um ano que começou sob o manto da mentira e da hipocrisia daqueles que se aliaram ao que há de mais sórdido na prática política e termina com as imprevisíveis e temerosas consequências resultantes desse espetáculo de insensatez. Tivemos um duro golpe contra a nossa Constituição, contra a vontade soberana do povo, com a derrubada da presidenta Dilma do poder”, disse.

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Hoffmann também citou o ex-presidente Lula, que segundo ela 'foi vergonhosamente caçado e perseguido'. “Bastou sair uma pesquisa dizendo que ele estava em primeiro lugar na intenção de votos da população para que o ativismo político de setores do Ministério Público e do Judiciário voltasse com toda força em mais denúncias e indiciamentos inconsistentes. Não é possível uma liderança como o presidente Lula sofrer, junto com a sua família, um processo de perseguição tão mesquinho e revoltante. Os pesos e medidas do sistema judiciário e da mídia são diferentes, dependendo da pessoa”.

Gleisi Hoffmann também ressaltou que em 2017 deve ser enfrentando "a falsidade" dos grupos midiáticos. "Que têm lado, interesse e manipulam grande parte da opinião pública a seu favor. Será um ano voltado para a coragem e para a caminhada firme e constante em busca de resgatar o Brasil de justiça que estávamos construindo. Não será um ano para lamentos. Será um ano de ação. O Brasil já experimentou outro caminho e foi anestesiado por campanhas enganosas que esconderam os avanços. Mas agora que o povo está experimentando o gosto amargo dos ajustes que a elite impõe, não aceitará”.

Pressionado pelos resultados ruins e sob risco de ser demitido em caso de novos tropeços do Real Madrid, o técnico Rafa Benítez partiu para o ataque na véspera do último compromisso do time em 2015, o duelo desta quarta-feira com a Real Sociedad, pela 17ª rodada do Campeonato Espanhol. O treinador declarou que o clube, ele e o presidente Florentino Pérez são alvos de uma campanha contrária, que, inclusive, contaria com a divulgação de informações falsas.

"O que está claro é que há uma campanha contra Florentino Perez, contra o Real Madrid e contra o treinador e tudo o que pode ser criticado é criticado e que não é, é inventado, manipulado, etc. Há muitas pessoas que questionam uma trajetória e todos devemos estar conscientes de que temos que fazer a nossa parte, a começar por mim", declarou.

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Benítez chegou ao Real Madrid em junho, para suceder o italiano Carlo Ancelotti, demitido após não conseguir levar o clube aos títulos nacional e europeu, ambos conquistados pelo rival Barcelona. O treinador garantiu nesta terça-feira que sabia do desafio que teria pela frente e garantiu ter condições de suportar a pressão de comandar um dos gigantes do futebol mundial.

"Sabia que vinha a um clube tão grande, em que tudo é ampliado para melhor e para pior. Estou há 30 anos sentado no banco, então conheço o mundo do futebol, o Real Madrid e o que isso significa. Também as soluções. Quando as coisas não estão indo tão bem, o que você tem a fazer é se concentrar em seu trabalho e ganhar o próximo jogo e estabelecer uma base", afirmou.

O Real Madrid passa por um momento de turbulência, tendo sido eliminado da Copa do Rei pela escalação de um jogador irregular. Além disso, foi goleado pelo Barcelona no Santiago Bernabéu por 4 a 0 e ocupa a terceira posição no Campeonato Espanhol. Benítez garante, porém, que não perde a tranquilidade às vésperas do duelo em casa com a Real Sociedad.

"Estou focado em fazer a equipe jogar bem e ganhar títulos. Temos de começar bem, jogando bem, marcando e com intensidade. A partir daí, será mais fácil e se não for assim, teremos que mostrar personalidade. Enfrentamos uma equipe que tem velocidade, quer controlar a bola e temos de ser os protagonistas", concluiu.

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