Carlos Alberto de Nóbrega surpreendeu, na noite da última sexta-feira (24), ao aparecer no programa Conversa com Bial. Diferente de seu personagem em A Praça é Nossa, o apresentador e humorista, surgiu bem à vontade de barba e moletom para falar sobre a atração do SBT e sua carreira.
Ao comentar sobre a paralisação das gravações do programa por causa da pandemia do coronavírus, citou ter ficado deprimido: "Quando a coisa estourou eu fui para o meu sítio. Pensei que iríamos ficar uns 40 dias parado e que em maio iria voltar a gravar, mas não. Quando retornei para São Paulo, a ordem do Silvio foi que eu, ele e o Raul Gil só voltássemos quando tivesse vacina. Então comecei a ficar muito deprimido, com depressão, que é uma coisa que eu não sou, pois sou um cara alegre, pra frente e que acha que tudo vai dar certo".
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Com 84 anos de idade, Carlos Alberto disse que tudo piorou quando teve que ir aos estúdios do SBT para preparar as reprises do programa que seriam exibidas no período de quarentena: "Quando eu cheguei e vi aquilo vazio, cara, eu comecei a chorar dentro do carro. Chorei muito, muito mesmo. Foi aí que eu fiquei mal, porque aquilo é minha vida. Eu vi o SBT crescer lá na Anhanguera".
Ele explicou que Silvio Santor até aceitou que ele voltasse a gravar, depois de suplicar para retornar ao trabalho, no entanto, impondo algumas condições, como fazer o programa fora do estúdio. Mas, dias depois, quando Eliana foi diagnosticada com o vírus, o patrão mudou de ideia novamente.
Questionado por Bial sobre como enxerga o programa daqui para frente, Carlos Alberto, que está no banco da praça desde 1987, quando herdou o posto de seu pai, Manuel de Nóbrega, ele explicou que não gostaria de ver o filho, Marcelo, que atualmente dirige a atração, em seu lugar.
"Não imagino a Praça nem daqui a cinco anos. Acho que a Praça acaba comigo. Seria desejar um mal enorme para o Marcelo passar tudo aquilo que eu passei. E o sonho do Marcelo seria sentar ali no banco. Mas eu acho que é muito peso. E eu gosto demais dele para querer isso pra ele. Porque o lugar é dele. Só que a comparação... Ele não tem a estrutura que eu tive. Eu comecei a trabalhar com meu pai aos 9 anos de idade. Nós tínhamos uma afinidade muito grande", declarou.