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Milhões de mexicanos se enfileiraram para votar neste domingo nas eleições de meio mandato, marcadas por um elevado número de promessas de mudança na atual política. Em jogo estão 500 assentos na Câmara dos Deputados, governo de nove estados, assim como Assembleias Legislativas e prefeituras de 17 municípios. A votação é considerada um referendo ao presidente Enrique Peña Nieto, que está na metade de seu mandato de seis anos.

As pesquisas de opinião indicam que o Partido Revolucionário Institucional (PRI) irá manter o controle da Câmara por uma pequena maioria, com a ajuda dos partidos aliados. Mesmo com a expectativa de que metade dos eleitores compareçam as urnas, o dia é tenso.

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As autoridades federais enviaram milhares de tropas e policiais para Guerrero e outros estados mais pobres próximo à costa sul do Pacífico para evitar a manifestação de professores e outros grupo. Essas manifestações causaram a interrupção de estradas, a destruição de urnas e o saque de colégios eleitorais nos últimos dias nos estados de Oaxaca e Michoacán.

Em Nuevo León, estado rico ao norte da fronteira onde está a metrópole industrial de Monterrey, o ex-governador suburbano conhecido como El Bronco pode emergir como o primeiro candidato independente a ganhar o mandato de governador no México.

A votação deve contar também com a passagem do furacão Blanca, de categoria 1, nos estados de Baja Califórnia Sur e Sonora. Na cidade do México, o PRD enfrenta o partido de esquerda Morena, fundado por Andrés Manuel López Obrador, ex-governador da capital mexicana e um concorrente forte nas duas últimas eleições presidenciais.

Analistas dizem que um desempenho favorável do Morena pode acelerar a ascensão dos políticos de esquerda e talvez levar Obrador à disputa das eleições presidenciais pela terceira vez em 2018.

O líder político do partido de Enrique Peña Nieto na capital do México renunciou em meio a um escândalo sexual. Cuauhtémoc Gutiérrez, do Partido Revolucionário Institucional, se afastou para não obstruir a investigação. Manuel Andrade, representante do PRI, disse que um substituto já foi escolhido.

Em abril, a rádio MVS veiculou uma matéria na qual um repórter gravou recrutadores do governo dizendo a candidatas para vagas de secretárias e recepcionistas que elas teriam que manter relações sexuais com Gutiérrez se conseguissem o emprego. A reportagem disse que o processo era anunciado nos jornais como "mulher para trabalhar em escritórios do governo". Gutiérrez disse que a reportagem é "absolutamente falsa". Fonte: Associated Press.

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O presidente do México, Felipe Calderón, reconheceu nesta segunda-feira que o governo cometeu erros na luta contra o narcotráfico, embora tenha afirmado que eles foram a exceção e que sua presidência contribuiu para evitar que a criminalidade organizada tomasse conta do Estado mexicano. Calderón fez hoje seu sexto e ultimo discurso "estado da União". O mandatário passará em 30 de novembro o cargo ao presidente eleito, Enrique Peña Nieto. Calderón disse que os cartéis do narcotráfico provocaram um dano "incalculável" ao México, em particular por causa dos assassinatos e desaparecimentos.

"Certamente foram cometidos erros e em alguns casos abusos, mas foram a exceção e não a regra...por alguns casos isolados não podem ser julgadas as instituições", disse Calderón. Grupos mexicanos e estrangeiros de defesa dos direitos humanos mexicanos têm denunciado nos últimos anos abusos - incluídos assassinatos e estupros - cometidos por alguns integrantes das forças federais, polícia e militares, que participam desde 2006 da luta contra os cartéis do narcotráfico.

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Calderón é um político do conservador Partido de Ação Nacional (PAN) que governou o México desde 2000. Peña Nieto, o presidente eleito, é do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o país de 1929 a 2000 e volta ao poder.

"Jamais recorri ao Estado de exceção" disse Calderón, em referência ao fato de nunca ter ordenado o estado de sítio ou ter suspendido as garantias constitucionais para combater o crime. Desde dezembro de 2006, quando foi lançada a guerra ao narcotráfico, dezenas de milhares de pessoas foram mortas no México. Calderón desejou boa sorte a Peña Nieto e pediu a todos os mexicanos que apoiem o novo presidente. Calderón disse que o governo "deve seguir no combate ao crime, com firmeza".

As informações são da Associated Press.

O Partido Revolucionário Institucional (PRI) - junto com seus aliados do Partido Verde - ficou perto de conquistar a maioria absoluta nas duas casas do Congresso, após a eleição do dia 1º de julho.

A coalizão formada pelo PRI conquistou 241 dos 500 assentos da Câmara baixa do Congresso, de acordo com cálculos baseados nos resultados finais. A legenda pode facilmente chegar à maioria absoluta com o apoio do Partido Nova Aliança, uma sigla de tendência à direita e ex-parceiro de coalizão do PRI. O Nova Aliança obteve dez assentos.

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Os resultados surpreendem, uma vez que era esperado que o PRI ficasse mais distante de uma maioria absoluta. O candidato da legenda, Enrique Peña Nieto, venceu a eleição presidencial, marcando retorno ao poder do partido que governou o país por 71 anos, até ser removido da residência oficial de Los Pinos, em 2000, pelo governante Partido da Ação Nacional (PAN).

No Senado, a coalizão do PRI obteve 62 dos 128 assentos. O PAN conquistou 38, a coalizão de esquerda, liderada pelo Partido da Revolução Democrática (PRD), ganhou 27 e o Nova Aliança obteve 1 assento. Com isso, o PRI vai precisar do apoio do PAN para aprovar as prometidas reformas estruturais, como a do setor de energia. As informações são da Dow Jones.

Uma "contagem rápida" oficial feita pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE) do México confirmou as previsões de boca de urna e mostrou que Enrique Pena Nieto, candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), será eleito presidente. Com isso, o antigo partido dirigente voltará ao poder 12 anos depois de ter perdido a Presidência pela primeira vez em seus 71 anos de história.

O IFE baseia sua contagem rápida em uma amostra dos resultados de mais de 7,5 mil urnas de um total de 143 mil urnas em todo o país. De acordo com Leonardo Valdés, presidente do instituto, a contagem rápida é um indicador confiável dos votos e tem uma margem de erro de 0,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

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Por esse método, Pena Nieto tem entre 37,9% e 38,6% dos votos, contra 30,9% a 31,9% de Andres Manuel Lopez Obrador, da coalizão de esquerda liderada pelo Partido da Revolução Democrática (PRD). A candidata do governista Partido da Ação Nacional (PAN), Josefina Vazquez Mota, tem entre 25,1% e 26% dos votos.

Josefina já admitiu a derrota, enquanto López Obrador disse que vai aguardar os resultados definitivos antes de declarar sua posição. Pena Nieto reivindicou a vitória após o anúncio do IFE. As informações são da Dow Jones.

O candidato a presidente do México pelo maior partido de esquerda nas últimas eleições presidenciais do país, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta terça-feira que disputará novamente a presidência mexicana nas eleições de 2012, após uma pesquisa de intenção de voto interna mostrá-lo na frente para a corrida presidencial no Partido da Revolução Democrática (PRD). Seis mil eleitores partidários da esquerda foram entrevistados na pesquisa, encomendada pelo partido de Obrador, o PRD. Ex-prefeito da Cidade do México, Obrador tem 58 anos. Obrador deverá enfrentar o ressurgimento do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o México durante décadas no século passado e voltou a crescer com o desgaste do governo conservador.

O atual prefeito da Cidade do México, Marcelo Ebrard, é um possível rival de Obrador dentro do PRD. Mas Ebrard disse que poderá desistir de uma possível candidatura para que Obrador, que perdeu por pouco as eleições de 2006 para o presidente Felipe Calderón, possa se candidatar. Calderón é do Partido de Ação Nacional (PAN), de direita. As próximas eleições presidenciais acontecerão em julho de 2012.

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"Uma esquerda dividida, como tem ocorrido até agora no país, levará o México para o precipício", disse Ebrard.

A eleição de Calderón foi contestada pela esquerda mexicana, que não se conformou com a derrota, por estreita margem, de Obrador. No final de 2006, partidário de Obrador ocuparam o Zocalo, principal praça da capital mexicana, e interromperam o tráfego na elegante avenida reforma durante semana.

Pesquisas mais amplas, contudo, mostram que quem está na frente na corrida presidencial é Enrique Peña Nieto, ex-governador do Estado do México e candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), o qual governou o México desde o final da revolução, na década de 1920, até o ano 2000. Pesquisas indicam que o PRI também retoma lentamente o poder no interior do México, em parte devido ao desgaste dos 11 anos de governo do Pan e também à escalada da violência acelerada pela guerra ao narcotráfico, que Calderón lançou no final de 2006 e que já deixou cerca de 40 mil mortos desde aquele ano ao redor do país.

Mas o Partido da Revolução Democrática também perdeu força desde 2006, quando os simpatizantes de López Obrador contestaram a eleição de Calderón. O partido ficou dividido e perdeu eleitores mesmo nos Estados onde tinha votação mais expressiva. Pesquisas recentes mostram que o PRI pode derrotar o PAN e o PRD até mesmo na Cidade do México. O PRD governa a capital mexicana desde 1997.

A maioria dos mexicanos, mostram pesquisas recentes, são hoje centristas cujas maiores preocupações são a escalada da criminalidade e a situação da economia.

As informações são da Associated Press.

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