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Os professores do Estado, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), começaram nesta terça-feira (15) uma paralisação de alcance nacional que se estenderá até a próxima quinta-feira (17). A principal reivindicação da categoria é o reajuste de 11,35% para todos os níveis - percentual oferecido apenas a um seleto grupo que estava abaixo do piso - e cumprimento do Plano de Cargos e Carreiras.

Para reforçar o movimento dentro do Estado, o Sintepe deu inicio as atividades, visitando escolas da Região Metropolitana do Recife, para garantir apoio ao movimento. Nesta quarta-feira (16), os 13 núcleos regionais realizarão movimentos em defesa da educação. Em paralelo aos atos, ocorrerá uma manifestação em frente em frente à Câmara Municipal de Vitória de Santo Antão e o movimento intitulado como “Antes que o governo sugue nosso sangue, vamos doá-lo”, organizado pelos professores da cidade de Garanhuns, que prometem interromper suas atividades e contribuir com uma doação de sangue coletiva.

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Na quinta-feira, a categoria participa de uma assembleia geral, que acontece às 14h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Após o encontro, o movimento seguirá em caminhada com destino ao Palácio do Campo das Princesas, também no Centro do Recife, para realizar a entrega da pauta de reivindicações.

Nas escolas, o clima é de incerteza. Os estudantes não sabem se haverá aula. Em alguns colégios, as atividades foram encerradas desde o primeiro dia de paralisação. É o caso da Escola Nossa Senhora do Pilar, no Bairro do Recife, onde 13 dos 14 professores aderiram à greve. Em alguns casos a situação é completamente diferente. As escolas Dom Helder Câmara e Compositor Capiba funcionaram normalmente pelo turno da manhã.

O presidente do sindicato, José Fernando de Melo, visitou algumas escolas da Região Metropolitana. José afirmou que a maioria das instituições está aderindo a causa e que aguarda a resposta das demais. “De todas as instituições que visitamos hoje, apenas uma ficou de responder, nesta tarde, se vai, ou não, integrar-se ao movimento. O resultado está sendo positivo”, disse o presidente do Sintepe. A assessoria do sindicato prometeu divulgar, na tarde de hoje, o número de escolas e professores que apoiam o movimento.  

Na manhã desta terça-feira (8), o Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino do Recife (Simpere) realizou uma assembleia no pátio da Câmara Municipal, Centro do Recife, e decretaram greve. Os professores reivindicam a implantação do piso nacional da categoria para todos os trabalhadores e melhores condições de trabalho e ensino.  

A diretora do Simpere, Claudia Ribeiro, informou que a proposta da Prefeitura do Recife beneficia apenas 2% dos professores com o piso nacional “ Temos que ir a luta! A prefeitura quer nos privar de um direito que é nosso. De quase 7 mil professores, apenas 150 são beneficiados, um absurdo", afirmou. Uma nova manifestação foi marcada para hoje, no parque 13 de Maio, às 16 horas. O evento tem o objetivo de dar continuidade a manifestação realizada pela manhã e celebrar o Dia Internacional da Mulher.  

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Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o movimento dos professores é ilegal, porque atinge serviços públicos que são essenciais para a sociedade. A multa para o sindicato pode chegar a um valor diário de até R$ 30 mil.

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Servidores estaduais de Pernambuco quase brigaram entre si na manhã desta quarta-feira (3), em frente à sede de Secretaria de Administração do Estado, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. O princípio de confusão aconteceu porque professores da Rede Estadual de Ensino em greve, durante um ato para cobrar reajuste salarial ao Governo de 13,1%, colocaram um carro na entrada do prédio da Secretaria para impedir a passagem de outros servidores, na intenção de chamar a atenção deles para as revindicações dos docentes.

Um policial militar que estava no local não gostou da atitude dos professores e pediu a retirada do veículo que bloqueava a entrada. Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), os docentes foram agredidos pelo homem, cujo nome não foi revelado. Veja o vídeo divulgado pelo Sindicato:

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Ainda de acordo com a assessoria, os professores envolvidos não registraram boletim de ocorrência. Já a assessoria de imprensa da PM vai apurar o caso  para divulgar um posicionamento.

A greve dos professores da Rede Estadual de Pernambuco continua firme, após decisão da categoria em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (30), em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Centro do Recife. Depois de a categoria resolver continuar de braços cruzados, os docentes estão em caminhada por vias centrais da cidade. Os trabalhadores pedem melhores salários e valorização profissional.

Os cerca de 400 professores seguem pela Rua do Hospício e depois continuarão pela Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores de mobilidade da capital pernambucana. A caminhada será finalizada na Avenida Guararapes, o que deve complicar o trânsito no Centro do Recife no final desta tarde.

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Os docentes não aceitam o reajuste no piso salarial de apenas 13,01% dado aos profissionais com magistério, que representam apenas 10% da categoria. O restante, com ensino superior, teve aumento de somente 0,89%.

Com informações de Roberta Patu

Apesar da pressão dos professores durante a greve, o projeto apresentado pelo governo que reajusta o salário dos professores da rede estadual foi aprovado na noite desta terça-feira (24), pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), por 33 votos a 19. Dois deputados preferiram se abster da votação.

Segundo informações da assessoria do governo, o projeto de lei nº 19.779/2012 assegura o cumprimento do Piso Nacional da Educação para os 5.210 professores da rede estadual com formação em nível médio, integrantes de uma carreira "em extinção". De acordo com o projeto, o subsídio dos professores com nível médio será de R$ 1.659,70 (40 horas semanais) e é superior ao piso nacional segundo o governo do Estado.

O projeto não é bem visto entre os professores (que pedem um reajuste de 22,22%) porque torna a remuneração fixa, sem possibilidade de melhorar o salário com gratificações. Segundo o projeto aprovado, os professores terão reajuste de 3% em 2013 e de 4% até 2014.

O professor Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB-Sindicato, e a professora Marilene Betros, diretora jurídica e vice-coordenadora da entidade, foram enfáticos nas entrevistas concedidas a telejornais locais na noite da votação. “A greve continua. E continua porque o governo não honrou o acordo para reajustar os salários dos professores de acordo com o Piso Nacional, uma Lei Federal sancionada pelo então presidente Lula e com novos valores assinados pela presidente Dilma, ambos do mesmo partido do governador Jaques Wagner, o que torna a situação ainda mais absurda de se entender”, disse. O professor ainda ressaltou que não houve nenhuma tentativa do governo, desde a ocupação na Assembleia Legislativa (há uma semana) pelos trabalhadores em educação, de sentar à mesa e tentar negociar.

Finalizando, Oliveira ainda enfatizou que “assim, a greve continua na capital e no interior, com a força e a consciência que os profissionais da educação têm de sobra”. Apesar de ser considerada ilegal pela justiça, até o fechamento desta matéria a categoria continua reunida na Assembleia para avaliar o posicionamento.

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