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O recém-criado PSD e o veterano PSDB estão mobilizando forças para conquistar espaço no mundo sindical, antigo e influente reduto do PT. O primeiro teste desse esforço está marcado para as eleições municipais deste ano. De acordo com o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra, no pleito municipal os tucanos vão lançar, em todo o País, cerca de 200 candidatos originários de sindicatos de trabalhadores. A maior parte deve concorrer a cargos em câmaras municipais, mas o grupo também reunirá pretendentes às cadeiras de prefeito e vice.

Na mesma trilha, o partido presidido pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab já contabiliza quase 90 pré-candidatos sindicalistas. "Mas esse número deve aumentar", anuncia, entusiasmado com a ideia, Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) - uma das seis centrais legalmente constituídas no País, com cerca de mil sindicatos filiados.

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Desde que preencheu a ficha de filiação ao PSD, em setembro, Patah articula a base e as candidaturas sindicalistas do partido. Antes de ser convidado por Kassab, ele foi sondado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Também preocupados em romper o cerco do PT no meio sindical, os dois manifestaram seu desejo de ter a UGT próxima de seus partidos.

Alianças

A corrida pelos sindicalistas tem boas razões. Uma delas é o bem cimentado casamento entre o PT e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior e mais influente, com 3.438 entidades filiadas. Mesmo independentes oficialmente, as duas organizações quase sempre funcionam, na bonança e na crise, sincronizadas como se fossem uma só máquina.

O PT também é mais hábil e convincente no diálogo com outras correntes. Na eleição presidencial de 2010, para citar um caso, nenhuma central apoiou o tucano José Serra: as seis ficaram ao lado de Dilma Rousseff. "Esse apoio foi fundamental para a vitória de Dilma, da mesma maneira que antes havia garantido a vitória de Lula", assegura Antonio de Souza Ramalho, presidente do Sindicato da Construção Civil de São Paulo e vice-presidente da Força Sindical - a segunda maior do País, com 2.675 entidades filiadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PSOL vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a criação na Câmara de 66 cargos para serem preenchidos pela bancada do PSD, ao custo de R$ 10 milhões anuais para os cofres públicos. O texto aprovado na noite de ontem, assinado pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), revogou ainda uma decisão, de 1995, de extinguir 865 cargos à medida que fossem ficando vagos. Com a nova posição, cerca de 300 cargos, cujo salário inicial é de R$ 5,2 mil, permanecem abertos para serem transformados e preenchidos.

A ação do PSOL tem por base a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) que estabelece que os projetos propondo criação de cargos e aumentos salariais precisam ser apresentados à Câmara até o dia 31 de agosto. "Se compôs um acórdão às escuras e o projeto chegou para ser votado na hora, sem discussão. Além de ocultar a recriação de cargos, o projeto desrespeitou a resolução aprovada em junho pelo plenário", afirmou o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ).

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Alencar disse ainda que houve cumplicidade dos partidos, e citou o PT, o PMDB, o PSDB e o DEM, para garantir a aprovação do projeto. Na sessão, o PSOL ainda tentou realizar a votação por meio de registro dos votos no painel eletrônico, mas não obteve apoio para isso. "O PDT, o PRB, o PV e o PSC receberam pressão e recuaram do apoio para a votação nominal", disse Alencar. Ele esperava derrubar a proposta, se os deputados tivessem de expor os seus votos nominalmente. A bancada do PSOL tem apenas três deputados e, regimentalmente, não tem poder para exigir esse tipo de votação.

Em junho, os deputados aprovaram o remanejamento dos cargos de livre nomeação - preenchidos sem concurso público - que são distribuídos entre os partidos proporcionalmente ao tamanho das bancadas. O PSOL argumenta que, se fosse atendida a regra, as bancadas que reduziram de tamanho perderiam 16 cargos e o remanejamento daria para atender o recém-criado PSD.

No lugar de aplicar a tabela dos cargos, a Câmara criou 56 Cargos de Natureza Especial (CNEs) e dez Funções Comissionadas (FCs), que são gratificações pagas ao servidor efetivo da Casa para trabalhar em outra tarefa. O PSOL reclama ainda do critério de distribuição dos CNEs. Enquanto a bancada de três deputados tem o direito a oito cargos, um suplente de secretário da Mesa Diretora tem dez cargos para livre nomeação.

Na quarta-feira à noite, depois da aprovação do projeto e temendo desgaste político, Marco Maia anunciou que não permitirá o preenchimento dos cargos que seriam extintos. A disposição de Maia, no entanto, não tem força para impedir a nomeação no futuro. O Ato da Mesa sugerido pelo presidente não anula o projeto de resolução, que tem força de lei.

Projeto que cria 66 cargos e funções, ao custo de R$ 10 milhões anuais, para preenchimento por indicação política do PSD embute artigos dando superpoderes ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para alterar atribuições, criação, transformação, extinção e lotações dos servidores. O projeto será votado hoje pelos deputados. A proposta também retira 92 cargos destinados à administração da Casa e transfere sua ocupação à definição de Marco Maia. Para fazer as novas mudanças, Maia precisa da autorização da Mesa que preside e não poderá aumentar despesas.

Com a aprovação do projeto, as alterações na estrutura da Casa não precisarão mais passar por votação em plenário. Com isso, aumenta o poder de barganha para o presidente negociar apoio entre os líderes em troca de cargos e diminui o desgaste político dos deputados em aprovar essas mudanças. A proposta é como um cheque em branco para a Mesa fazer reestruturações significativas na Casa. Pode, por exemplo, tirar funcionários que atuam em funções políticas para a administração e vice-versa.

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O próprio projeto já traz alteração. Dos 156 Cargos de Natureza Especial (CNEs), que são preenchidos sem concurso público, destinados à administração, passarão a ser decididos pela Mesa. Esses cargos são preenchidos quando as diretorias precisam contratar serviços temporários. "A proposta faz uma distribuição injusta, desequilibrada e amplia em demasia os poderes da Mesa. A proposta é dispendiosa sem necessidade", protestou o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ). Ele lembrou que, se o projeto aprovado há cinco meses redistribuindo os CNEs fosse aplicado, não seria necessário criar cargos para o PSD. Haveria apenas uma adequação ao tamanho das bancadas parlamentares. Os CNEs são distribuídos de acordo com o número de deputados de cada partido.

Pelo projeto, por exemplo, o DEM, que passou de 43 deputados para 27, não perderá nenhum CNE. A proposta em votação cria 56 CNEs para a bancada do PSD, mais 10 Funções Comissionadas (FCs), que são gratificações a serem pagas aos servidores concursados que forem trabalhar para o PSD. Na redistribuição, o PSD vai ganhar mais 16 cargos e funções que serão retirados de outros partidos para a bancada recém-criada. O PSD forma uma bancada de 48 deputados.

A votação do projeto está marcada para a sessão de hoje depois de um acordo entre os líderes partidários e Marco Maia. O presidente da Câmara avisou os líderes que definirá por Ato da Mesa o aumento da verba de gabinete dos deputados, sem votação pelo plenário. Atualmente, cada deputado dispõe de R$ 60 mil por mês para contratar até 25 secretários parlamentares para trabalhar em seu gabinete na Câmara ou nos escritórios em seu Estado de origem. A ideia é subir esse valor para R$ 70 mil ou R$ 80 mil por mês. O maior salário pago ao secretário parlamentar é de R$ 8 mil atualmente.

Por falta de previsão orçamentária, o projeto que aumenta os salários dos funcionários da Casa, concursados ou não, será votado no próximo ano, segundo informou Marco Maia aos líderes. A proposta prevê reajuste de até 39% dos salários, com aumento nos gastos da Casa em torno de R$ 320 milhões por ano.

O ex-governador de São Paulo José Serra e o senador Aécio Neves (MG) concordaram na noite de ontem (10) que o PSDB não deve fechar as portas para uma eventual aliança com o PSD, sigla recém-criada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Serra considerou que existe a hipótese de as duas legendas estarem juntas em "diferentes áreas ou regiões". Aécio defendeu a formação de uma política de alianças que tenha como meta não só a disputa presidencial de 2014, mas também a retomada do espaço da oposição no Congresso Nacional. Os dois participaram ontem de reunião do Conselho Político do PSDB, promovida no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.

Após o encontro, Serra avaliou como importante o diálogo com todos os partidos, "exceto com aqueles que podem ser considerados adversários". Mais cedo, antes do início da reunião, Aécio defendeu a composição de uma aliança mais robusta do que a construída nas últimas eleições presidenciais, em 2010. "O que eu defendo é que o PSDB deixe, sim, as portas abertas para construir uma aliança mais ampla", afirmou. Ele ponderou, contudo, que, antes de qualquer diálogo, é necessário aguardar a postura que tomará o PSD em relação ao atual governo federal. "Eu acho que agora é aguardar qual será a forma de agir do partido. Vamos ver que tipo de posicionamento terá no Congresso Nacional."

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A reunião do Conselho Político, que durou em torno de três horas, teve a participação de seus seis integrantes: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO), o ex-governador José Serra (SP) e o senador Aécio Neves (MG).

Na saída, Serra foi perguntado o que achou da entrevista concedida por Aécio ao jornal "O Estado de S. Paulo", publicada domingo e na qual o senador mineiro afirmou que, caso venha a disputar a sucessão presidencial, estará pronto para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou a presidente Dilma Rousseff. "Eu achei interessante, verdadeira", afirmou Serra, negando que tenha se colocado como candidato na disputa presidencial de 2014. "Mas acho positivo que o Aécio se coloque ", disse.

Gilberto Kassab criou sabiamente o PSD para ser uma alternativa de poder aos atores políticos nas disputas municipal (2012), estadual e presidencial (2014). Mas o PSD não será nestas competições o ator principal. Ele tende a ser coadjuvante nas eleições para prefeito de capitais, para governos e para a presidência da República. A partir de 2016, talvez o PSD venha a ser o ator principal.

Kassab constatou que variados atores políticos na Câmara dos Deputados não desejavam continuar a ser oposição ao PT. Por isto, precisavam de uma nova opção partidária. O prefeito de São Paulo constatou também que nas eleições municipais, atores políticos ficam à procura de espaços no Estado. No caso, de legendas que estejam próximas ao poder. Deste modo, o PSD passou a ser uma alternativa. Ou melhor: um instrumento utilizado por atores políticos para se aproximar do prefeito.

No Brasil é difícil praticar a atividade política distante do poder estatal. Em razão do tamanho do estado brasileiro, cargos e espaços no ente estatal são ofertados aos atores e estes servem como ferramentas para a conquista e a manutenção do poder.

Teoricamente, os atores que ocupam espaços no estado têm mais chances de vencer disputas eleitorais. Mas isto não significa que os atores que não ocupam espaço no estado, não tenham chance de obter sucesso eleitoral.

Em Pernambuco, o PSD surge como um partido aliado do governador Eduardo Campos. Esta aliança deve ser mantida até 2014. Após isto, embora eu tenha a premissa de que a expectativa de poder do Eduardismo seja até 2018, o PSD poderá caminhar com outras legendas, como, por exemplo, o PSDB.

No âmbito municipal, desconfio que o PSD caminhará com João da Costa. Caso ocorra a aliança entre PSD e PT, esta será em razão do PSB. Na disputa proporcional, o PSD será aliado do PSB ou participará de um grande chapão. Se assim ocorrer, alguns dos novos vereadores que se filiaram ao partido tendem a não renovar o mandato.

O PSD, por enquanto, não é oposição e nem aliado do governo Dilma. Caso a aprovação de Dilma na opinião pública se mantenha estável ou cresça, o PSD tende a fazer parte do governo Dilma. Caso ocorra um decréscimo na avaliação da presidenta, o PSD poderá ser uma alternativa de poder através de José Serra, ou se aliar ao PSDB.

O PSD deve continuar a crescer, em razão do seu hibridismo. Ou seja, o seu caminho será traçado pela expectativa de poder dos atores de outras legendas, não importando as cores ideológicas e partidárias.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que convidará o líder do PSD, partido que obteve registro essa semana, a ter assento nas reuniões semanais dos líderes da base aliada. Vaccarezza disse que já fez um primeiro contato com o deputado Guilherme Campos (que era do DEM-SP) e que eles voltarão a conversar antes da reunião dos aliados da próxima terça-feira. Campos foi escolhido líder do novo partido na Câmara.

O deputado petista afirmou que a avaliação do governo sobre a criação do novo partido é positiva. "A maioria que formou o PSD votou favorável ao governo em boa parte dos temas propostos. A minha expectativa é que o partido venha a compor a base do governo", declarou Vaccarezza. Ele avaliou a formação do novo partido como "uma conjunção do projeto vitorioso do governo nos últimos anos e a falta de projetos alternativos da oposição".

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Na primeira reunião após obter o registro partidário no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PSD apresentou a sua primeira proposta programática. O partido vai defender a realização de uma Assembleia Nacional Constituinte em 2014 para revisar a Constituição. Segundo o presidente do novo partido, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a ideia é fazer uma reforma ampla na Constituição ao invés de atacar os temas separadamente.

A proposta do PSD é para uma constituinte exclusiva, com mandato de dois anos. A senadora Kátia Abreu (TO), vice-presidente do partido, apresentará nos próximos dias a proposta oficialmente ao Congresso Nacional. Segundo Kassab, o partido terá cerca de 50 deputados federais e poderá ampliar sua participação no Senado, onde até agora tem duas adesões. Ele afirmou que a prioridade é que todos os envolvidos com o PSD se desfiliem de seus partidos anteriores com rapidez para se filiar a nova legenda.

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Em entrevista após a reunião da Executiva, Kassab agradeceu o carinho da presidente Dilma Rousseff com a legenda, lembrando de encontro realizado no mês passado. Ele fez ainda agradecimentos nominais aos governadores Eduardo Campos (Pernambuco), Jaques Wagner (Bahia) e Marconi Perillo (Goiás). O partido decidiu também criar uma fundação para a realização de seminários com o objetivo de definir seu programa partidário. O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, será o responsável por esse trabalho.

O PSD, partido do prefeito Gilberto Kassab, vai poder disputar as eleições municipais de 2012. Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitaram hoje o pedido de registro do PSD, que será o 28º partido brasileiro. Por 6 votos a 1, o TSE concluiu que a sigla cumpriu todos os requisitos para a constituição de uma legenda, entre os quais, obter o apoio de pelo menos 491 mil eleitores.

Logo após o julgamento, o advogado do Democratas (DEM) Maurício Medeiros anunciou que o partido vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar a decisão que concedeu o registro. De acordo com ele, não há comprovação de que as assinaturas foram coletadas de forma correta já que nem todas passaram pelo crivo dos tribunais regionais eleitorais (TREs). Pelos cálculos de Medeiros, apenas 360 mil assinaturas foram analisadas pelos TREs. Segundo ele, o restante saiu dos cartórios eleitorais e foi diretamente para o TSE.

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O advogado do PSD Admar Gonzaga garantiu que todo o processo ocorreu de acordo com a legislação. "Tudo o que fizemos foi com a orientação da Constituição Federal, afirmou. Conforme ele, documentos emitidos por cartórios têm validade e fé pública. Gonzaga disse ser a favor de investigar as suspeitas de fraudes na coleta de assinaturas em apoio ao PSD.

O único ministro a concordar com os argumentos do DEM foi Marco Aurélio Mello. Ele não aceitou o fato de o PSD ter apresentado diretamente no TSE certidões emitidas por cartórios eleitorais como comprovante da autenticidade das assinaturas em apoio à sigla. Para o ministro, a legenda descumpriu uma resolução do tribunal segundo a qual as certidões têm de ser emitidas pelos tribunais regionais eleitorais (TREs).

Fundadores do PSD afirmam que o partido será a terceira maior força política do País. Eles anunciaram que terão a filiação de pelo menos 50 deputados federais e 2 senadores. A expectativa é de que a legenda integre a base de apoio ao governo no Congresso.

A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, acaba de encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um parecer no qual pede, pela segunda vez neste mês, que a Corte converta em diligência o processo para criação do PSD - partido lançado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ex-DEM. Na semana passada, a ministra Nancy Andrighi já tinha negado o pedido de diligência feito por Sandra Cureau.

No parecer enviado hoje ao TSE, a vice-procuradora diz que, se a diligência for novamente recusada, o Ministério Público Eleitoral se manifestará contra o registro do partido.

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O PSD está numa corrida contra o tempo para conseguir disputar as eleições de 2012. Para concorrer, o partido tem de ser criado um ano antes da eleição. Hoje o jornal O Estado de S.Paulo publicou reportagem informando que em Tocantins o PSB é acusado de trocar cestas básicas por assinaturas de apoio ao partido. Para criar uma legenda, são necessárias 490 mil assinaturas de apoio.

Em meio à pressão dos opositores para impedir a liberação do registro do Partido Social Democrático (PSD) junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, lançou hoje o braço sindical da nova legenda. De olho na capilaridade dos movimentos sociais e na força das entidades sindicais, Kassab assinou a ficha de filiação de Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), considerada a terceira maior central sindical do País.

Com a entrada de Patah - e mais 20 sindicalistas ligados à entidade, além de representantes de movimentos sociais -, Kassab se alia às bases que deram origem ao PT e segue o exemplo do PSDB, que recentemente criou um núcleo sindical para estreitar suas relações com a base dominada até então pelos petistas.

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Como presidente da UGT, Patah comanda 1.013 sindicatos que representam mais de 7 milhões de trabalhadores. No PSD, o sindicalista presidirá o núcleo responsável pelas políticas sociais do partido e terá à disposição 50% dos recursos da sigla provenientes do fundo partidário. "Será uma organização de mobilização, de ação", explicou Kassab.

De acordo com o prefeito, idealizador e presidente nacional do partido, 25% dos recursos do PSD serão destinados à direção executiva e os outros 25% para formação doutrinária, esta última sob a responsabilidade do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. "É um passo consistente que o partido dá para ter representatividade. Isso mostra a importância que estamos dando para os movimentos sociais", comemorou Kassab, ao dar as boas-vindas ao sindicalista.

Até pouco tempo, Patah orgulhava-se de não ter vínculos com nenhum partido e de presidir uma entidade sindical pluripartidária. Após ser procurado por vários partidos, ele mudou de ideia quando o prefeito de São Paulo ofereceu a coordenação das ações sindicais e sociais, mais duas vagas na executiva nacional da sigla.

Os advogados do DEM entraram na noite desta segunda-feira (29) com um pedido de impugnação do registro do PSD, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A legenda argumenta que o partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não cumpriu as exigências legais sobre quantidade de assinaturas de adesão, nem sobre o formato da entrega dessas assinaturas.

De acordo com o DEM, o PSD pulou uma etapa do processo ao delegar para o TSE a responsabilidade de verificar as assinaturas de adesão, que deveriam ser certificadas pelos tribunais regionais eleitorais. De acordo com o advogado do DEM, Carlos Horbach, apenas os tribunais de Santa Catarina e de Goiás certificaram cerca de 50 mil assinaturas, sendo que a lei exige nove certificados das justiças regionais, totalizando pelo menos 490 mil assinaturas.

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"Estão pedindo que o TSE desconsidere sua própria resolução, que é uma cópia de uma norma que está em vigor desde 1995 e que foi seguida por todos os partidos até agora. A resolução é válida e tem que ser seguida nos seus estritos limites", afirma o advogado.

Horbach diz que os advogados do DEM também identificaram irregularidades nos certificados de cartórios, que foram apresentados ao TSE como uma solução emergencial. "Isso deve fazer com que o suposto número de adesões caia ainda mais", prevê.

O DEM também argumenta que o PSD descumpriu seu próprio estatuto quanto à regulação do funcionamento de seus órgãos e alega que houve clonagem de atas de convenções. Um dos documentos anexados na ação é um post do Twitter, do deputado Eduardo Sciarra, coordenador do PSD no Paraná, comunicando que a ata de convenção do estado estava em aberto para assinatura de integrantes do interior.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, minimizou nesta quarta-feira o impacto das suspeitas de irregularidades nas listas de pedido de criação do Partido Social Democrata (PSD), sigla da qual Kassab é fundador. No Rio de Janeiro, a Procuradoria Regional Eleitoral identificou fraudes nas listas de assinaturas de apoiadores da criação da legenda no Estado e na semana passada encaminhou a apuração do caso à Polícia Federal (PF).

O prefeito disse que a assessoria jurídica está convencida de que o pedido de registro do PSD será aceito e ofereceu um elogio à Justiça Eleitoral. "A nossa tranquilidade e o nosso reconhecimento à ação valorosa e eficiente da Justiça Eleitoral", afirmou.

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Kassab participou hoje da cerimônia de início das obras do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas. A obra terá 43,5 quilômetros de extensão e a previsão é de que seja entregue em março de 2014. No evento, o prefeito não quis comentar sobre os encontros que terá em sua viagem amanhã a Brasília. Kassab ressaltou, contudo, que o novo partido não fará parte da base de apoio do governo da presidente Dilma Rousseff. "O PSD será independente", reforçou.

O prefeito afirmou ainda que defende o diálogo com os agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que desde o fim da semana passada realizam uma operação-padrão na capital paulista, com a redução da quantidade de multas aplicadas. Kassab, porém, ponderou que a prefeitura não pode abrir mão de exigir que seus funcionários cumpram seus deveres. "Em momentos como este, de negociação, os funcionários sabem que têm limite", disse. Os agentes pedem reajuste salarial geral de 15% e de 20% para o piso da categoria, além de aumento em benefícios como vale-alimentação. A proposta de reajuste salarial da empresa é de 5%.

O PSD (Partido Social Democrático), a ser criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, registrou até agora no Tribunal Regional Eleitoral paulista apenas 30 mil assinaturas de eleitores que apoiariam a formação da nova legenda. O Estado de São Paulo é o berço político do prefeito e onde se concentra o seu maior capital eleitoral.

Os advogados do prefeito entraram na Justiça Eleitoral com as assinaturas, certificadas em cartórios por todo o Estado, no último dia 25. Na terça-feira, o processo de criação da legenda foi publicado no Diário Oficial, abrindo o prazo de três dias para contestação.

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Kassab e aliados correm contra o tempo para conseguir o registro da sigla no Tribunal Superior Eleitoral antes de outubro. De acordo com a legislação brasileira, para concorrer a uma eleição, um novo partido precisa estar oficialmente registrado até um ano antes da disputa.

Até agora o PSD já enviou assinaturas certificadas em cartórios a tribunais de pelo menos oito Estados, totalizando cerca de 191 mil eleitores. Para ser criado, são necessárias 492 mil assinaturas, que devem ser colhidas em, pelo menos, nove Estados.

Os advogados do PSD disseram ontem que o número de 30 mil assinaturas é o mínimo que a Justiça determina que seja recolhido no Estado de São Paulo, e que eles pretendem apresentar mais nomes no decorrer dos próximos dias.

Entre os Tribunais Regionais Eleitorais que já receberam as listas do PSD estão Goiás, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Acre, Bahia, Paraná e Rondônia, além de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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