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Luísa Sonza desabafou sobre os ataques que sofre na internet. Em entrevista ao podcast Pod Delas, a cantora revelou como se sente quando está ao vivo.

"Qualquer coisa na minha vida, que está ao vivo, eu fico pensando o tempo todo: As pessoas estão me xingando muito. A galera vai acabar comigo. Eu faço acompanhamento psicológico. Entendo que cada um entrega o que pode na vida. Se as pessoas estão me entregando isso, é porque elas também não estão bem. Aprendi a entender mais as pessoas. Talvez um dia eu possa não estar bem. Eu aprendi a ter empatia com o outro que está me atacando", disse.

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A artista também relembrou como foi o início de sua carreira: "Eu achei no Instagram um assessor que trabalhava numa empresa, que tal pessoa estava lá. Eu ficava: Por favor! Olha aqui meus covers! É legal! Eu canto desde os sete anos [de idade]. Eu comentava nas redes de famosos: Gente, vejam o meu cover. Não era tanto de famoso, famoso. Eram de pessoas de redes de covers, neste nicho".

A cantora ainda abriu o jogo sobre seus relacionamentos: "Nunca tive problemas com essas coisas. Nunca levei fora, essas paradas aí. Mas é porque eu namorei quase que minha vida inteira. Tive um relacionamento de três anos, um de cinco, e um agora de um. O de três anos foi no colégio".

Luísa também encantou os seguidores ao aparecer dançando em um vídeo no seu perfil do Instagram. A cantora fez a publicação na última quinta-feira (2) e recebeu uma série de elogios. "Sua maravilhosa", escreveu Sabrina Sato. "Te amo, garota", comentou uma internauta.

Desde o início das Olimpíadas Tóquio 2020, diversas situações envolvendo os atletas da competição repercutiram em todo o mundo. É o caso da norte-americana Simone Biles, 24 anos, ganhadora de seis medalhas olímpicas nos Jogos do Rio 2016, que desistiu há alguns dias de participar das provas de ginástica olímpica para as quais tinha se classificado. A esportista  alegou que a decisão foi tomada por conta de sua saúde mental, que precisa ser priorizada nesse momento, o que abre  uma reflexão sobre as condições físicas e mentais de atletas de alto nível.

De acordo com Bianca Panvequi Liberati, psicóloga e especialista em terapia integrativa, existem pontos que atletas olímpicos devem seguir para não ceder à pressão psicológica, assim como, encontrar meios de conseguir se reconectar consigo mesmo, e não focar apenas no resultado, mas na competição como aprendizado. “Claro que ninguém fica feliz com um resultado ruim, mas modificar o olhar para uma visão de estar ali como uma oportunidade”, explica Bianca.

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Já quando se trata de cuidados relacionados ao preparo físico, Raphael Matheus de Aquino, educador físico e especialista em pedagogia do esporte e treinos de alto rendimento conta que existem diversos fatores que resultam no desempenho final de um atleta em determinado esporte, como a questão emocional, física e nutricional. Assim, é necessário que cada atleta siga a dieta recomendada, além de horários adequados para descanso mediante a intensidade dos treinos.

Sobre a alimentação, Aquino explica que é necessário que haja uma balança na dieta do esportista, já que um atleta precisa ter uma variedade “muito” grande de alimentos, vitaminas e nutrientes para poder deixar o corpo da forma mais perfeita possível para a competição. Além disso, a hidratação também se mostra importante, mas a quantidade varia de acordo com cada esportista em sua modalidade em questão.

Desta forma, o especialista e educador físico esclarece que o preparo físico e o preparo mental precisam estar completamente ligados, já que ambos andam lado a lado e dependem um do outro. Aquino ressalta que os dois aspectos possuem a mesma importância, e em conjunto, podem trazer o melhor resultado para o esportista. Além disso, é necessário cumprir à risca o calendário de compromissos e descansar após os eventos esportivos, para que não haja desgaste físico e uma possível lesão.

 

 

Submetidos esgotamento físico e mental, profissionais de Saúde na linha de frente do combate ao novo coronavírus podem contar com algumas iniciativas de apoio psicológico no período de crise sanitária. A mais recente delas é a “Cuidando de Heróis”, articulado pela empresa de desenvolvimento de softwares para gestão de saúde MV, em parceria com voluntários da área. Os atendimentos já podem ser agendados através do site do projeto, funcionando de maneira online e gratuita.

O espaço virtual é composto por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros voluntários do setor. Os interessados podem participar de grupos de apoio psicossocial, ericksonianos, bem como de rodas de conversas que têm por objetivo evitar níveis críticos de comprometimento da saúde, a exemplo de estresse, ansiedade e burnout.

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“Idealizamos este projeto pensando no adoecimento emocional de profissionais de saúde que estão no front neste momento de pandemia. Nosso propósito é oferecer conforto e escuta empática e colaborativa para a dor destes profissionais, cuidando de quem cuida,” explica Nazareth, explica a psicoterapeuta Nazareth Ribeiro, uma das profissionais a frente do “Cuidando de Heróis”. 

Também responsável pela ação, a administradora hospitalar Andréa Drumond comenta que a iniciativa é uma grande rede colaborativa entre os profissionais de saúde. “Trata-se de um trabalho que vai além de uma consulta ou teleatendimento, porque oferece ferramentas e suporte psicossocial, técnicas de relaxamento e descompressão e outras atividades que ajudarão os profissionais a lidarem melhor com este momento de tantas incertezas e ansiedade. É um projeto de pessoas ajudando pessoas”, frisa.

Nos próximos dias 13, 14 e 15 de maio, o Libertas Comunidade promove um congresso internacional para debater sobre os traumas causados pela pandemia da Covid-19 e seus impactos futuros. Com participação de profissionais da Saúde de todo o mundo, o encontro será realizado de forma on-line e vai abordar diversas temáticas e práticas para superar a vulnerabilidade e a fadiga psicológica provenientes da realidade imposta pelo vírus.

“Diversas abordagens terapêuticas possibilitam que as pessoas  acessem recursos internos, como suporte emocional, enraizados no corpo e em si mesmo. O congresso pretende apresentar atividades como caminhos possíveis de fortalecimento  individual e coletivo na travessia de situações potencialmente traumáticas”, enfatiza Jayme Panerai Alves, psicólogo e sócio-fundador da Libertas.

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Para participar do Congresso Internacional Sobre Trauma: Caminhos na Vulnerabilidade, basta acessar o site ou pelo link fixado no perfil oficial do Instagram. A inscrição custa a partir de R$ 200. Pra mais informações, a Libertas disponibilizou os telefones para contato (81) 3268.3596 e 3268.3311.

Na tarde desta segunda (25), o The Intercept Brasil publicou o depoimento de uma ex-funcionária da Arvato, terceirizada a qual presta serviço para o Facebook, que denuncia as condições de trabalho dos moderadores, isto é, dos trabalhadores responsáveis por assistir e remover os conteúdos impróprios da plataforma. A mulher, que preferiu não se identificar diz ter testemunhado “crises de choro, colapsos emocionais e ataques de fúria” de outros trabalhadores, submetidos a grande desgaste psicológico.

“Quando eu avaliava postagens em uma página ou grupo, não via os comentários – e isso deixava as coisas um pouco mais tranquilas. Ainda assim, lidei por muito tempo com conteúdos extremamente gráficos. Desmembramento, assassinato, suicídio, estupro e coisa pior. Abuso infantil ou animal eram os piores. E tinha bastante”, relata a mulher.

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Em outro trecho da reportagem, a mulher menciona até registros de homicídio compartilhados na rede social. “Vídeos de execução também eram foda, porque geralmente contavam com muitos detalhes – e, nos últimos anos no Brasil, tem-se produzido muitos desses vídeos, em especial nos presídios. Facções criminosas inundam a plataforma com essa prática e diversos grupos e indivíduos compartilham esses vídeos e imagens. É uma forma de demonstrar poder, e o Facebook é a plataforma ideal para aumentar a imagem desses grupos”, acrescenta.

Também é dito que os moderadores estão expostos a baixos salários, assédio moral e desrespeitos trabalhistas. Em março de 2020, o Facebook fechou um acordo para pagar 52 milhões de dólares em indenizações a moderadores norte-americanos os quais adquiriram  transtornos mentais em decorrência do trabalho. A empresa segue respondendo a processos por danos à saúde mental de moderadores de conteúdo.

Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado nos dias 4 e 11 de novembro, estudantes de todo o Brasil buscam métodos para controlar a ansiedade antes da prova. Especialistas alertam quanto às maneiras de estabelecer o autocontrole para a aplicação de todo conteúdo estudado no decorrer do ano. Além do preparo emocional, técnicas de relaxamento e respiração são as principais maneiras que trabalhadas por psicólogos com vestibulandos que vão encarar o Exame.    

O psicólogo Cognitivo e Comportamental Marcos Strider ressalta a importância do preparo emocional no dia da prova. Para o especialista, é necessário que o vestibulando trabalhe o a mentalidade positiva para prestar a prova com tranquilidade, aplicando todos os conteúdos estudados no decorrer do ano. “Conteúdo e estudo com mentalidade positiva vão fazer com que você no dia da prova não corra o risco de ter o ‘branco’. O ‘branco’ no dia da prova pode vir no aluno que se preparou, estudou e está nervoso, com ansiedade, medo, com pressão e mentalidade negativa. Então é preciso ter uma mentalidade positiva no dia do Exame”, pontua.

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A psicóloga Olga Miranda destaca que a ansiedade é mais comum em meninas do que em meninos. De acordo com a especialista, as mulheres estão entre aquelas que mais procuram ajuda psicológica quando se trata do problema emocional. As técnicas, segundo a especialista, são trabalhadas mediante a especificidade de cada caso.

“Em cada estudante usa-se uma maneira diferente de se trabalhar. Até porque, existem várias abordagens que são trabalhadas de acordo com a situação de cada um. Normalmente, são utilizadas algumas técnicas de relaxamento e respiração que possam levar o aluno a manter o autocontrole, bem como, técnicas de aterramento, focando no aqui e no agora. Na vida de um adolescente não é simplesmente o fato de ter uma prova que acarreta na ansiedade, outros fatores também contribuem para essa sensação, como a cobrança dos pais por um bom resultado e até mesmo a pressão do próprio aluno que estudou durante um longo tempo e espera obter o resultado desejado, que é a aprovação”, destaca Olga.

A estudante Renata Araújo, de 17 anos, que vai prestar o Enem nos dias 4 e 11 de novembro, afirma que a ansiedade aumenta de acordo com a proximidade do Exame. A aluna do 3º ano do Ensino Médio da Escola Técnica Estadual Maria José Vasconcelos (ETE) de Bezerros, pretende cursar Enfermagem ou Fisioterapia e diz que a preparação para a prova passa também por um trabalho emocional. “Essa semana que antecede o Enem eu estava bem nervosa, receosa por causa da responsabilidade dessa prova. Para que isso não me afete na hora do Enem, eu fico pensando nas coisas boas que podem acontecer comigo depois do Exame, naquilo tudo que eu desejei ao longo do ano, tento procurar a calma e ter autoconfiança, acreditar em mim, tenho certeza que durante os dos dias de aplicação vou estar focada em tudo aquilo que estudei e com mentalidade positiva em um bom resultado”, afirmou. 

Ainda segundo Olga, o tratamento com alunos que sofrem com a ansiedade antes do período da prova não deve acabar após a realização do Exame. “Não é simplesmente aquela questão, não se resume apenas em uma prova, é preciso fazer um trabalho antes e depois do Exame, porque não acaba ali. Sempre digo aos meus clientes que quando tiverem ansiedade prestem atenção em como o seu corpo reage e em o que você está sentido. Se possível, anote e veja se essas sensações se repetem, se vem por que o período de prova se aproxima ou se aparecem repetidamente”, afirma.

Confira as dicas da terapeuta Cognitivo Comportamental Jéssica Targino para aliviar a tensão antes da prova:

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Aquelas palmadas que parecem inofensivas para as crianças podem ser mais prejudiciais do que se imagina. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Michigan concluiu que esse tipo de agressão pode gerar problemas severos na vida adulta como depressão e compulsão por bebidas. 

Segundo o estudo dos pesquisadores Andrew Grogan-Kaylor e Shawna Lee, professores da Escola de Serviço Social da U-M e outros colaboradores, além desses problemas, o desejo por suicídio e compulsão por drogas ilegais também são consequências das palmadas. 

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Conforme Grogan-Kaylor, “classificar as palmadas em uma categoria semelhante às experiências de abuso físico/emocional aumentaria nossa compreensão sobre esses problemas de saúde mental para adultos”. Ele ainda explica que palmadas são definidas com uso de força, sem lesão, com o intuito de, através da dor, fazer a criança compreender e corrigir sua atitude. 

Diante disso, eles acreditam que tanto o abuso físico/emocional quanto as palmadas geram resultados semelhantes na saúde mental desses futuros adultos. Para essa conclusão, o estudo contou com a avaliação de 8.300 pessoas, com idades entre 19 e 97 anos. Um relatório era feito por eles, que respondiam questionamentos como a frequência com que levaram palmadas até os 18 anos. Além disso, se um adulto praticou abuso físico  - empurrar, pegar, dar tapas ou empurrões - ou abuso emocional - insultar ou amaldiçoar - a eles. 

O resultado publicado no Child Abuse & Negligence apontou que quase 55% dos participantes relataram ter levado palmadas. Os dados apontam que os homens sofreram mais ataques. Além disso, os entrevistados brancos – minoria – apresentaram mais propensão a denunciar essas agressões. Os que apontaram terem recebido palmadas tiveram probabilidade maior à depressão e os demais aos problemas mentais apresentados. 

A batalha judicial envolvendo a cantora Kesha e seu produtor, Dr. Luke, a quem acusa de abuso sexual e psicológico, parece não ter fim. Dessa vez, a loira foi novamente até a Corte americana para apresentar e-mails do empresário, reforçando suas acusações, um ano após um juiz de Nova York determinar que ela deveria continuar o contrato com ele e com a Sony e não se desligar dos compromissos e obrigações profissionais.

Os e-emails trocados entre Dr. Luke e a empresária de Kesha, Monica Cornia, divulgados pelo Page Six, reforçam as acusações da cantora de que ele não se preocupava com os problemas que ela enfrentava, como os distúrbios alimentares:

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Nós estávamos tendo uma discussão sobre como ela poderia ser mais disciplinada com a dieta. Muitas vezes as pessoas testemunharam Kesha quebrando seu plano alimentar. Nesta ocasião em especial, foi com Coca-Cola Diet e peru, quando ela estava em jejum de sucos, teria dito o produtor.

Monica pediu então que o produtor fosse mais compreensível com a situação de Kesha, dizendo que ela é um ser humano e não uma máquina. Luke então respondeu: Se ela fosse uma máquina seria muito mais legal e poderíamos fazer o que quiséssemos.

Na reabertura do processo, Kesha afirma que pretende se livrar do produtor, a quem considera um abusador, para tentar reconstruir sua vida, assim como sua saúde mental, física e emocional.

Na troca de mensagens sobre a música We r who we r, Kesha teria se negado a alterar a letra para as preferências de Dr. Luke. Sem sucesso, ela teria obtido a resposta do produtor:

Eu não dou a mínima para o que você quer. Se você fosse esperta, você iria em frente e cantaria isso.

Além disso, Dr. Luke teria mandando um e-mail falando sobre uma lista de compositores e produtores que estão relutantes em dar suas canções para Kesha por causa de seu peso, deixando a cantora ainda mais insegura sobre sua carreira.

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O caminho é difícil e de abdicação. Às vezes é estressante, chato e arranca até lágrimas. Não é fácil ver alguns amigos curtindo, viajando, enquanto você dedica todo o seu tempo aos livros. E o que falar dos aulões em pleno domingo, cedinho, mesmo horário em que muita gente está curtindo um dia ensolarado, de frente para o mar? Mas toda essa renúncia pode sim valer muito a pena e o caminho até a vitória começa a ser traçado neste final de semana. 

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Mais de 7 milhões de pessoas, a maioria jovens, serão submetidas, neste sábado (24) e domingo (25), ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Considerado a principal forma de ingresso no ensino superior brasileiro e até em universidades estrangeiras, o Enem é cercado de expectativa e fortes emoções. É justamente o lado emocional, quando não há um controle do candidato, que pode causar alguns malefícios. Por isso, nestas últimas horas que antecedem as provas, é preciso ter calma e saber que todo o esforço do ano precisa ser concretizado agora.

Mas controlar o emocional de fato não é fácil. Os feras vivem diante de toda uma expectativa familiar e das amizades. Muitos, inclusive, há anos tentam passar no curso dos sonhos, porém, por causa da forte concorrência e até mesmo por causa do nervosismo, acabam deixando escapar seu lugar na universidade. Há mais de 15 anos convivendo com a missão de ensinar e ao mesmo tempo tranquilizar seus alunos, o professor de matemática do Colégio Boa Viagem (CBV), Fabiano Nader, acredita que agora o fera precisa se sentir confortável, seja relaxando ou, inclusive, continuando a estudar.

“É uma coisa muito particular de cada estudante. O fera precisa fazer o que deixa ele confortável. Acredito que o melhor a se fazer não é mudar a rotina, mas também sei que não é indicado revisar tudo o que foi estudado durante o ano todo, porque não existe mais tempo para isso. É fundamental chegar bem na prova e evitar estresse. Não discuta sem necessidade com quem quer que seja”, orienta o professor.

Nader, além de ser professor, é pai de uma jovem que também vai fazer o Enem. Manuela Nader, 16, acredita que pelo fato de ter um “pai/professor”, a pressão por um bom desempenho é bem maior. “Acho que existe sim uma pressão porque meu pai é professor. Porém, também acho interessante essa profissão dele, porque consigo ver de perto como é o dia a dia de um professor”, conta a jovem, aos risos. Diferente do que a filha pensa, o docente afirma que não pressiona a garota e por isso deixa um recado para os pais: “O papel da família é de total apoio. O fera precisa estar bem emocionalmente”.

Para o também professor de matemática, Ricardo Berardo, o aluno que estudou precisa ficar ciente de que este é o momento de colocar em prática tudo o que ele viu durante o ano. Segundo ele, as questões vão abordar justamente o que o fera estudou e por isso o emocional não pode interferir nesta etapa. De acordo com Berardo, o bom desempenho dos candidatos reflete também nos professores. “Acreditem! Nosso sucesso é o sucesso de vocês. Pensem em tudo que vocês fizeram o ano todo. O esforço foi grande e por toda esta dedicação, tanto de vocês, feras, quanto de nós, professores, estou torcendo muito”, declara o docente.

A emoção dos feras

Rodrigo Soares, de 20 anos, e Rannaly Souza, de 21, estão entre os feras que sonham em cursar medicina. Objetivo difícil, diante da graduação que é uma das mais concorridas no Brasil. Durante quatro anos eles “bateram na trave”, mas não desistiram e neste final de semana prometem colocar nas provas as melhores respostas. Ambos alegam estar mais maduros e confiantes na aprovação. Veja a seguir depoimentos deles sobre a expectativa para a prova. Confira também como foi a última aula antes do Enem de um curso preparatório localizado no Centro do Recife:

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Em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá, o presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco, Albérisson Carlos, falou sobre o caso do assassinato envolvendo dois integrantes da Polícia Militar de Pernambuco e ainda fez duras criticas ao Pacto pela Vida. Ele revelou ainda que o acompanhamento psicológico dos militares é precário e que muitos soldados estão na rua sem condições de trabalho. Por fim, Carlos ainda mostrou preocupação com a recente onda de assaltos que buscam roubar as armas de policiais na Região Metropolitana do Recife. Confira:

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No aeroporto desde as 9h da manhã da última quinta (29), Maria das Dores Cândido (à esquerda) saiu de Águas Belas, no Agreste pernambucano, para receber a filha que chegaria ao Recife somente sete horas depois. Entre caminhadas ansiosas no saguão de desembarque e olhares atentos ao monitor que anuncia o horário dos voos, a mãe contou como foi passar 40 dias longe da menina. “É um desgosto, sabe? Não consegui dormir direito e perdi quatro quilos nesse tempo. A gente se falava por internet e pelo telefone, mas toda vez que eu desligava, caía no choro”, lembra. 

Difícil de traduzir e explicar, mas fácil de sentir. Seja de alguém quem está longe, de quem já se foi ou da terra natal, a saudade parece ser difícil para qualquer pessoa. Entretanto, a ciência explica que o sentimento é vivenciado de formas distintas por cada indivíduo e também pode diferir de acordo com o que a pessoa sente falta. “As saudades são diferentes e podem desencadear outros sentimentos no indivíduo, como a tristeza, a melancolia – uma tristeza crônica – e até mesmo raiva. Além disso, a saudade de uma pessoa não é a mesma saudade de um lugar”, explica Aline Lacerda, Doutora em Neurociência pela Universidade de São Paulo. 

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Morando há exatos quatro anos em Fortaleza, no Ceará, Suzana Cunha deixou irmãos, cunhados e sobrinhos no Recife para acompanhar o marido. Apesar de se comunicar com a família por telefone, a pernambucana explica que, além da saudade das pessoas, a terra natal também faz falta. “Outro dia mostrei a alguns amigos aqui de Fortaleza o Hino do Elefante. É de deixar a pessoa arrepiada”, conta, referindo-se a uma das músicas mais representativas do Carnaval de Pernambuco. “Acho que quando você está longe, consegue sentir mais a cultura do lugar”, conta.

A especialista Aline Lacerda explica que, no cérebro, o sentimento tem origem a partir do sistema límbico, regulado pelo córtex pré-frontal. “Essa é a área relacionada às lembranças, às memórias. Ganho ou perda de peso são consequências consideradas normais, devido à influência dos sentimentos nos hábitos alimentares”, afirma. “O hipocampo, outra região do cérebro, também faz parte do desenvolvimento da saudade, porque é a área que transforma a memória curta em memória de longo prazo”, pontua. Por ser um sentimento complexo, a saudade pode desencadear outras sensações, como alegria, tristeza e até mesmo raiva. 

No caso de Rosângela Monteiro (à direita), angústia e saudade surgiram quase que simultaneamente. “Minha filha passou dois meses em Xangai, na China. Ela ia justamente para uma praça onde houve um acidente no fim do ano passado. Fiquei preocupada e pedi pra ela adiar a viagem, cheguei até a ligar para a embaixada”, conta, segurando as lágrimas. Apesar de aparentar calma, o pai, Cícero Monteiro, explica que o sentimento é parecido. “A gente tenta parecer forte, mas por dentro, não dá pra segurar”, brinca. 

Apesar de uma mesma pessoa conseguir desenvolver “saudades diferentes”, a neuropsiquiatra explica que, até agora, não há como medir o sentimento cientificamente. “Existem métodos capazes de verificar a ansiedade, que é uma consequência da saudade, mas não há nenhum inventário criado para medir esse sentimento propriamente dito”, diz Lacerda. A especialista comenta que há teorias divergentes na Psicologia quanto à idade em que a saudade começa a ser desenvolvida. Em alguns casos, fala-se em primeira infância e até mesmo pré-disposição genética, mas também há correntes que defendem o processo de aprendizado natural do ser humano como a chave para a sensação. 

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São 16h da quinta-feira (29) e o monitor indica que o voo que saiu de Campinas está confirmado. Cinco minutos depois, o avião está aterrissando. Logo depois, o letreiro indica que a aeronave está no pátio. Maria das Dores sente pressa, cruza os dedos em sinal de oração, tenta encontrar a filha por trás das portas automáticas. Ao avistá-la, os acenos se destacam em meio ao aglomerado. Antes mesmo de a menina sair da fila de desembarque, é surpreendida com um longo abraço da mãe. “Agora o aperto passou”, sorri, entre lágrimas e abraços. A partir de agora, mãe e filha têm 314 quilômetros até Águas Belas para anularem todos os efeitos da distância. 

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