Tópicos | redução de estômago

O sobrepeso é uma das maiores preocupações entre brasileiros, mesmo com mais da metade da população (56%) acima do peso, segundo o Ministério da Saúde, muitos têm vontade de eliminar o excesso de gordura, mas encontram alguma dificuldade em praticar exercícios físicos ou manter uma alimentação saudável. Com isso, algumas pessoas recorrem a cirurgia bariátrica.

Entre os idosos que se encontram nessas condições, a cirurgia tem sido uma das alternativas para eliminar o peso. É o caso da apresentadora Mamma Bruschetta, que revelou recentemente que irá realizar a redução de estômago. Aos 70 anos, ela pesa 130 quilos. Para ela, a cirurgia ajudará a ter uma vida mais saudável e mais disposição no dia a dia.

##RECOMENDA##

Segundo o cirurgião bariátrico Thales Delmondes Galvão, o procedimento cirúrgico é liberado entre as pessoas acima de 60 anos, porém, o paciente dever ser avaliados com alguns critérios diferenciados. “Os idosos estão vulneráveis a certos tipos de doenças. O critério de avaliação deve ser maior para qualquer tipo de cirurgia, não só a bariátrica”, explica.

A indicação para cirurgia bariátrica entre os idosos é a mesma da população em geral. Precisam ser pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 35, desde que já apresente comorbidades, decorrentes de excesso de gordura corporal, há mais de cinco anos e em tratamento. De acordo com Galvão, em grande parte dos idosos que passam pela cirurgia os benefícios são maiores do que os malefícios. “Os resultados em termos de perda de peso, solução de doenças associadas e índice de complicações acabam sendo semelhantes aos da população mais jovem”, diz.

O cirurgião afirma que as pessoas que mais procuram a cirurgião bariátrica são aquelas que tentaram perder peso por meio de atividade física, dieta e até medicação, porém não tiveram sucesso. Principalmente entre os idosos, que possuem um metabolismo mais lento e menor capacidade e praticar exercícios. “Não há limites de idade para realizar a cirurgia. O número de pacientes idosos submetidos a bariátrica está aumentando porque a expectativa de vida também está e a cirurgia vem se tornando cada vez mais padronizada e segura”, afirma.  

Não existe uma contra indicação específica para realizar a cirurgia bariátrica. Há casos de pacientes com mais doenças e há mais tempo, o que faz com que o profissional precise realizar uma investigação mais profunda. Os casos precisam ser avaliados com cautela, considerando o risco e o benefício para a saúde.

Criado há oito anos, o Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica do Rio de Janeiro chega à marca de 2,6 mil pacientes operados. O objetivo é, ao final deste ano, ter feito 3 mil cirurgias, uma média de quase uma intervenção por dia.

As intervenções cirúrgicas são feitas no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, zona norte da capital fluminense.

##RECOMENDA##

De acordo com o chefe da equipe, Cid Pitombo, o hospital é o único do país a fazer cirurgia por videolaparoscopia. "É minimamente invasiva e proporciona recuperação mais rápida do paciente."

Pitombo comanda uma equipe de 25 pessoas, entre cirurgiões, anestesistas, clínicos, psicólogos, enfermeiros e nutricionistas. De acordo com ele, a obesidade mórbida é uma doença muito séria, em especial, para o doente de baixa renda.

"A gente atendeu mais de 4 mil doentes no ambulatório, operamos mais de 2,6 mil pacientes em pouco mais de oito anos. É um volume de cirurgias, para o SUS [Sistema Único de Saúde], absurdo", disse o especialista, revelando que, muitas vezes, a equipe tem de ir à casa dos doentes que não conseguem mais se locomover em função do peso elevado.

Como fazer a cirurgia na rede pública

O Índice de Massa Corporal (IMC) determina se a pessoa obesa é uma candidata a fazer a cirurgia bariátrica. O IMC é calculado dividindo o peso da pessoa pela altura elevada ao quadrado.

Se o IMC estiver acima de 40, a pessoa pode procurar uma unidade pública ou posto de saúde e pedir para ser avaliada pelo Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica do Hospital Estadual Carlos Chagas. Um médico fará a inscrição no Sistema Estadual de Regulação, que vai enviar o nome para a equipe de Cid Pitombo. "A gente não atende diretamente os pacientes. Todos vêm pelo sistema de regulação", afirma.

Se for apontado como potencial candidato à cirurgia, o paciente passa por avaliação do cirurgião, por um nutricionista, um psicólogo e faz diversos exames. Só depois dessas etapas de avaliação, o paciente é encaminhado para a cirurgia.

Em uma manhã, a equipe realiza quatro cirurgias. Cada uma dura cerca de 40 minutos.

Nova vida

O hospital mantém acompanhamento dos pacientes operados por cinco anos. "Se futuramente alguém precisar de uma plástica, a gente encaminha para serviços específicos. Mas é um percentual pequeno que busca a plástica depois da cirurgia". Segundo Cid Pitombo, o paciente que faz a cirurgia bariátrica melhora a auto-estima e a vida sexual, "porque se sente mais bonito ou bonita".

De acordo com o especialista, a cirurgia traz mais qualidade de vida ao paciente e melhora outras doenças como hipertensão, diabetes e artrose de joelho.

Hábitos saudáveis

O especialista afirma que o paciente precisa manter hábitos saudáveis para o resto da vida. "Tem que lembrar que, futuramente, vai envelhecer, ter mais dificuldade de perda de peso porque está mais velho. Precisa manter um regime de vigília de dieta saudável para o resto da vida. Assim como todos nós deveríamos fazer", destacou o médico.

Atualmente, cerca de 1 mil pacientes estão na fila do programa estadual para a realização de cirurgia bariátrica. Em média, são atendidas 160 pessoas por mês para a primeira consulta.

O estado do Rio de Janeiro é o terceiro no ranking do país em cirurgias bariátricas concluídas, perdendo apenas para São Paulo e Paraná.

O Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade (NTCO) realizou, nesta sexta-feira (1°), a quinta edição do concurso Miss Bariátrica. A competição será realizada em Salvador, na Casa Salvatore, bairro do Cabula, às 20h.

Segundo o Núcleo, o concurso é destinado às mulheres que descobriram uma nova vida após terem sido submetidas ao tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, e busca elevar a autoestima delas. Esta edição terá como tema "Mulheres que fizeram a diferença", e 30 candidatas participam da competição. Elas deverão se inspirar em mulheres que marcaram história, que deixaram seu legado e até hoje estão presentes no nosso cotidiano, trajando fantasias que passem essa ideia.

##RECOMENDA##

 

O evento, que também possui um papel beneficente, será aberto ao público. Para participar, era necessário fazer a doação de três quilos de alimentos não perecíveis, que serão destinados a instituições filantrópicas. Além do público, as candidatas também devem contribuir. 

 

Pacientes com sobrepeso ou obesidade moderada (IMC acima de 30) poderão tratar o excesso de peso com uma nova técnica de redução de estômago aprovada recentemente no Brasil: a gastroplastia endoscópica, procedimento realizado via endoscopia, de forma menos invasiva, sem cortes, que reduz o tamanho do estômago para cerca de 60%, promovendo a saciedade. A perda de peso estimada no período de um ano é de 20% a 25% do peso original.

A técnica foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro e, por enquanto, os procedimentos são realizados apenas pela Faculdade de Medicina do ABC, por meio de um protocolo de pesquisa aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao Ministério da Saúde, sob coordenação dos endoscopistas Eduardo Grecco e Manoel Galvão Neto - responsável pelo desenvolvimento da técnica.

##RECOMENDA##

O protocolo permite que a cirurgia seja feita em 30 pacientes - 8 já foram operados. A ideia é expandir ainda mais o protocolo, para que mais pacientes sejam beneficiados. Enquanto isso não acontece, Galvão Neto percorre o mundo treinando médicos para o uso da técnica, enquanto Grecco comanda os procedimentos no Brasil. No mundo todo, mais de 3 mil procedimentos já foram realizados em cinco anos, 300 deles pelo grupo de Galvão Neto.

Ao contrário da cirurgia bariátrica tradicional, indicada apenas para pacientes com IMC acima de 35 (associado à comorbidades), a gastroplastia endoscópica não é uma cirurgia propriamente dita, embora seja realizada em centro cirúrgico e com anestesia geral. Na nova técnica, um endoscópio flexível com uma câmera de alta resolução é inserido no paciente por meio da boca até chegar ao estômago. Uma agulha com um fio altamente resistente costura parte do órgão, diminuindo seu tamanho e o deixando em formato de tubo. "Dessa forma, o estômago fica mais restritivo e com menor complacência, ou seja, não consegue dilatar", explica Grecco.

De acordo com ele, o tempo de "cirurgia" é reduzido - cerca de 50 minutos, ante 2 horas no procedimento tradicional -, o que diminui os riscos de complicações no pós-operatório. Além disso, a recuperação é mais rápida, pois o paciente pode ir para a casa no mesmo dia e retomar as atividades normais em menos de uma semana. Na bariátrica convencional, o tempo de internação fica em torno de três dias e é necessário um repouso maior antes de retomar as atividades.

Primeiro brasileiro

O empresário Laurindo Gonçalves Cirqueira, de 57 anos, foi o primeiro brasileiro a se submeter ao procedimento, há um ano, dentro do protocolo de pesquisa. Ele soube que a faculdade estava selecionando voluntários e a filha o inscreveu. Na época, pesava 119 quilos e tinha obesidade de grau 1. Em um ano, o empresário perdeu 27 quilos (22,6% do peso original).

"Mesmo sabendo que eu seria o primeiro do Brasil, topei fazer o procedimento. Eu já tinha tentado todos os tipos de regime e não conseguia perder peso. Tomava remédios, fazia dietas, tomava chás, fazia de tudo e não conseguia emagrecer", diz Cirqueira. Além disso, o empresário conta que sentia muita dor nos joelhos e tinha de usar uma bengala para conseguir se movimentar. "Foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida. Hoje, graças a Deus, voltei à minha vida normal, faço caminhada, frequento a academia. Não tive dor nenhuma no pós-operatório e a recuperação foi ótima."

Por se tratar de um procedimento novo no País, a gastroplastia endoscópica ainda não tem cobertura dos planos de saúde e será oferecida apenas para pagamento particular. Segundo Grecco, o procedimento todo gira em torno de R$ 40 mil. Vários médicos brasileiros já passaram pelo treinamento e aguardam a chegada dos equipamentos para poder começar a operar.

O cirurgião bariátrico e endoscopista Admar Concon Filho, de Valinhos, já passou pelo treinamento. "Esta é uma alternativa eficiente para pacientes que não têm indicação cirúrgica, mas já esgotaram outras possibilidades de tratamento. Existem muitos pacientes que querem fazer a cirurgia tradicional, mas não eram elegíveis. Já atendi cerca de 20 pessoas interessadas nessa técnica", afirma Concon.

Caetano Marchesini, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), diz que a gastroplastia endoscópica é uma técnica que vem complementar as opções existentes para o tratamento da redução de peso e não compete com a cirurgia bariátrica por apresentar resultados muito diferentes. "Esse procedimento se aproxima mais dos resultados do balão intragástrico e não da cirurgia."

Diferenças

Segundo Marchesini, a restrição alimentar promovida pela cirurgia bariátrica tradicional é muito maior do que na técnica por endoscopia porque na cirurgia parte do estômago é realmente separada, o que altera também hormônios ligados à fome e saciedade. "A perda de peso na cirurgia bariátrica gira em torno de 40%, enquanto na endoscópica é 25%", afirma.

Em nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que a gastroplastia endoscópica ainda não consta do rol de procedimentos bariátricos reconhecidos pelo órgão. Informa ainda que, até o momento, não houve formalização de pedido para reconhecimento dessa técnica junto ao CFM e, por enquanto, o procedimento pode ser realizado apenas por meio de protocolos de pesquisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O julgamento do médico Gustavo Menelau, acusado de homicídio culposo devido à morte pós-operatória da empresária Fernanda Nóbrega depois de uma cirurgia para redução do estômago, será retomado na próxima sexta (23). O inquérito, apresentado em dezembro de 2013, acusa o médico de negligência por não ter assistido a paciente depois de um segundo procedimento cirúrgico, consequência da redução de estômago. 

Uma primeira audiência de instrução processual já foi realizada no último dia 9, realizada pela 7ª Vara Criminal do Recife. Durante a sessão, que durou cerca de oito horas, foram ouvidas seis testemunhas de acusação. Na audiência desta sexta (23), segundo o advogado Érik Gondim, também serão ouvidas mais testemunhas do caso e um haverá um possível interrogatório do réu, caso o tempo de duração da audiência não seja estendido. A sessão será realizada no Fórum Joana Bezerra, área central do Recife. 

##RECOMENDA##

ENTENDA O CASO – Fernanda Patrícia Nóbrega, de 26 anos, faleceu em 2 de novembro de 2013, vítima de uma tromboembolia pulmonar. A paciente foi submetida a uma gastroplastia no dia 29 de outubro, cirurgia popularmente conhecida como redução de estômago, e alegou sentir dores e ter crises de vômito após o procedimento médico, feito no Hospital Unimed II, no Recife. Gustavo Menelau também responde a um Processo Ético Profissional no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). 

A cirurgia bariátrica, que consiste em restringir a absorção de alimentos, é de longe o método mais eficaz para controlar o diabetes tipo 2 em pessoas obesas ou com sobrepeso - é o que mostra um estudo divulgado nesta segunda-feira (31), que acompanhou pacientes durante três anos.

Cerca de 80% dos 23 milhões de norte-americanos com diabetes também têm sobrepeso ou são obesos, segundo os autores da pesquisa. O estudo clínico foi o mais amplo e de maior duração já realizado, e foi apresentado nesta segunda-feira durante a conferência anual do Colégio Norte-Americano de Cardiologia (ACC), em Washington.

##RECOMENDA##

Os 150 participantes, com idades entre 41 e 57 anos no momento do recrutamento, sofriam de diabetes adulta (tipo 2) não controlada. O grupo, 66% composto por mulheres, foi dividido aleatoriamente em três sub-categorias. O primeiro foi submetido a um tratamento médico intenso, que combinava exercícios, dieta e medicação. O segundo recebeu tratamento anti-diabetes e foi submetido à cirurgia de de bypass gástrico, que reduz o estômago em 2 a 3% de seu volume original mediante a criação de uma derivação no trato digestivo para reduzir a absorção de nutrientes pelo intestino delgado.

Por último, o terceiro grupo - além do tratamento com medicamentos - sofreu uma gastrectomia, que consiste numa incisão no estômago para reduzir seu volume. O objetivo do estudo, batizado "Stampede", era comparar a eficácia dos três enfoques para o controle do diabetes mantendo uma taxa de açúcar no sangue superior a 6% em média, durante três meses. Os participantes tinham uma taxa média de glicose de 9,2% antes de começar o estudo.

"Diabesidade", uma verdadeira epidemia - Três anos após as intervenções, somente 5% dos integrantes do primeiro grupo - tratado apenas com medicamentos - foram capazes de controlar o diabetes, contra 37,5% dos que se submeteram à cirurgia de bypass gástrico e 24,5% daqueles que fizeram a diminuição de estômago.

"Vemos pessoas que tinham a vida devastada pelo diabetes, e três anos mais tarde este estudo mostrou que a cirurgia bariátrica é o tratamento mais eficaz, com maiores efeitos positivos duradouros para pessoas com obesidade de grau II e III", disse Sangeeta Kashyap, endocrinologista da Clínica Cleveland (Ohio, norte dos Estados Unidos), um dos principais autores da pesquisa.

"Mais de 90% dos pacientes submetidos a uma das cirurgias bariátricas conseguiram perder 25% de seu peso e controlar o diabetes sem necessidade de recorrer à insulina ou a múltiplos anti-diabéticos", explicou.

Em comparação, os participantes do primeiro grupo, tratados apenas com uma terapia convencional, reduziram somente 4% de seu peso. O estudo mostra também que a cirurgia permite melhorar a qualidade de vida dos pacientes e diminuir a necessidade de tomar medicamentos para controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol se comparados aos tratados com a terapia convencional.

Assim, os participantes submetidos a um procedimento bariátrico tomavam significativamente menos remédios cardiovasculares e contra o diabetes. O estado mental dos voluntários também apresentou uma notável melhora.

Os médicos ressaltam que, apesar dos grandes benefícios, a cirurgia bariátrica não está isenta de riscos, já que pode acarretar em complicações como sangramento, infecção e embolia. Nenhuma complicação importante foi observada entre as 100 pessoas que foram submetidas a uma intervenção durante o estudo, segundo os autores da pesquisa. Após um ano, os problemas mais frequentes foram sangramentos e desidratação.

A obesidade, que afeta mais de um terço dos adultos nos Estados Unidos, é o principal fator desencadeador do diabetes tipo 2. As autoridades sanitárias falam de uma verdadeira epidemia, à qual deram o nome de "diabesidade".

Segundo a Associação Norte-Americana de Diabetes, caso a tendência atual continue, um em cada três adultos norte-americanos será diabético em 2050. O estudo também foi publicado na versão online da revista New England Journal of Medicine.

Pelo menos 3 mil obesos de vários cantos do País lotaram o ginásio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na manhã desta quarta-feira, 12, em busca de uma cirurgia bariátrica. Eles passaram pelo processo de triagem, com pesagem e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), para serem habilitados no grupo pré-operatório de cirurgia de redução do estômago, feito no Hospital das Clínicas, da universidade, pelo SUS.

São aptos a integrar a fila de espera, que é de 2 mil pessoas, quem está com o IMC igual ou maior que 40 ou acima de 35 para quem tem doenças associadas como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, síndrome metabólica e apneia do sono. Os candidatos devem ter também mais de 16 anos. O processo acontece duas vezes ao ano.

##RECOMENDA##

"A obesidade mórbida não é uma questão estética, mas trata-se de uma doença crônica e inflamatória, de acordo com a Organização Mundial de Saúde", explica o gastrocirurgião Elinton Adami Chaim, chefe do grupo de cirurgia bariátrica do HC da Unicamp.

A universidade informou que reduziu o tempo de espera da cirurgia de oito para até quatro anos. Chaim afirma que além do crescimento da população doente, há carência de mais leitos e de estrutura. "Temos feito a média de 20 cirurgias mês, mas as vagas são restritas", disse Chaim. "Fomos incentivadas por um amigo que operou no ano passado. Ele está lindo", afirmou Vera Lúcia Fernandes, que viajou de Rifâina até Campinas para se candidatar ao procedimento e tem diabetes.

A morte da empresária Fernanda Patrícia Nóbrega, de 26 anos, após cirurgia de redução de estômago no Hospital Unimed III, teve seu inquérito apresentado nesta segunda-feira (9) pela Delegada Maria Helena Couto Fazio. O documento indicia o médico Gustavo Menelau por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) por ato de negligência.

Fernanda havia realizado uma gastroplastia para emagrecer, no dia 29 de outubro, mesmo sem patologias graves comprovadas. Segundo a delegada, no dia 31 de outubro, a paciente havia passado mal em casa, sentindo dores e com crises de vômito, tendo seguido para o hospital novamente e passado por uma segunda cirurgia. No mesmo dia a empresária apresentou falta de ar, dor nas costas e peso no braço, mas para os médicos que a atenderam, a paciente estava sofrendo de ansiedade.

##RECOMENDA##

Fernanda morreu na noite do dia 2 de novembro de tromboembolia pulmonar, minutos após tomar o medicamento Diazepan. Com o resultado da investigação, a delegada acredita que o desfecho da paciente podia ter sido diferente se os médicos não tivessem apenas considerado ansiedade como causa dos sintomas.

O resultado do inquérito será enviado ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). O Hospital Unimed III também será avaliado pelo órgão por dificultar a entrega do prontuário médico à investigação, documento obtido após a família conseguir liminar, e ainda com ausência de informações.  

Os parentes da paciente agora aguardam a entrega dos demais documentos como os exames realizados por Fernanda e a guia de internamento. A descrição do caso, por Rosineide Oliveira, tia da empresária, já alcança a marca de mais de 200 compartilhamentos na sua página da rede social facebook.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando