Tópicos | refis da crise

O plenário do Senado aprovou o texto da Medida Provisória 638 sem qualquer mudança no que diz respeito à reabertura do parcelamento de débitos fiscais com a Receita Federal de 2008 até dezembro do ano passado. A MP, entretanto, voltará à apreciação da Câmara dos Deputados por ter recebido outras duas emendas.

Dessa forma, a MP foi aprovada com a regra que prevê o pagamento antecipado de 10% do total das dívidas até R$ 1 milhão e 20% para valores superiores, para que a empresa tenha direito a refinanciar seus débitos pelo programa do governo.

##RECOMENDA##

Desde a semana passada, o governo acenou com mudança nessas regras para tentar recuperar o apoio perdido no meio empresarial. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo noticiou no sábado, 24, a presidente está disposta a reduzir à metade essa "entrada" do Refis, informou uma fonte graduada ao jornal.

A área econômica estuda uma regra alternativa à proposta de redução de 50% do chamado pagamento antecipado, como revelou uma fonte hoje ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

"Não vai haver alteração (na parte do Refis da Crise)", afirmou o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), antes da votação em plenário. Braga disse não ter sido procurado por nenhum integrante do governo ou da equipe econômica para discutir essa mudança. "Ninguém do Ministério da Fazenda me procurou", completou.

A primeira das emendas aprovadas à MP diz respeito a mudanças na regulação do transporte de passageiros. A outra, proposta pelo senador Gim (PTB-DF), refere-se à fixação do preço da venda de terreno de igrejas pelo valor previsto em 2006.

A MP tratava, inicialmente, de regulamentar apenas o Inovar-Auto, programa criado pelo governo federal, em 2011, para estimular o desenvolvimento tecnológico da indústria automotiva no País. Agora, a medida provisória, acrescida das emendas, terá de ser aprovada pela Câmara dos Deputados até a próxima segunda-feira, sob pena de perder a validade. A expectativa é que os deputados federais apreciem a matéria amanhã.

Contribuintes endividados com a União até novembro de 2008 têm até segunda-feira (30) para pedir adesão à reabertura do parcelamento especial de dívidas conhecido como Refis da Crise. Os débitos podem ser pagos à vista ou parcelados em até 180 meses (15 anos) com desconto nas multas e nos juros.

Os devedores precisarão quitar a primeira parcela até segunda-feira para não serem excluídos do programa. Quem pagar a dívida à vista terá abatimento de 100% nas multas e de 45% nos juros. A redução diminui conforme o número de parcelas, chegando a 60% nas multas e 35% nos juros para quem optar pelo parcelamento em 180 vezes.

##RECOMENDA##

Criado em 2009, o Refis da Crise abrange a renegociação de dívidas com a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Neste ano, o programa foi reaberto, mas não podem ser refinanciados débitos parcelados na primeira fase do Refis. O parcelamento pode ser requerido nas páginas da Receita Federal e da PGFN.

O valor da parcela será equivalente ao montante da dívida consolidada dividido pelo número de prestações, mas não poderá ser inferior a R$ 50 para pessoa física e R$ 100 para pessoa jurídica. Para parcelamentos de débitos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) referentes a ações judiciais que tramitaram no Supremo Tribunal Federal, a prestação não poderá ser inferior a R$ 2 mil.

A parcela não poderá ainda ser menor que 85% do valor da prestação de parcelamentos anteriores ao Refis para os contribuintes que se inscreveram em outras renegociações na década de 2000, mas deixaram de pagar as prestações. No entanto, quem aderiu à primeira fase do Refis da Crise e ficou inadimplente só poderá refinanciar débitos que não entraram no parcelamento.

O prazo para aderir à renegociação começou em 21 de novembro. Somente no início de janeiro, a Receita e a PGFN divulgarão balanço com os números totais das adesões e dos valores arrecadados na segunda etapa do Refis da Crise. Até o último dia 18, 231,7 mil contribuintes tinham pedido o parcelamento .

Em outubro, a Receita Federal tinha divulgado que até R$ 580 bilhões poderiam ser renegociados na segunda fase do Refis da Crise. O valor final, no entanto, ficará menor por causa dos descontos nas multas e nos juros, que reduzem o estoque das dívidas.

A Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) reabriram, nesta sexta-feira, 18, por meio de portaria, o chamado Refis da Crise, programa de pagamento e parcelamento de débitos voltado para empresas. O prazo final para a adesão das companhias ao programa é 31 de dezembro deste ano.

Poderão ser parcelados os débitos vencidos até 30 de novembro de 2008 em até 180 meses. Haverá uma redução de 100% de multa e 45% de juros para pagamento à vista ou para o contribuinte que queira transferir o débito de um parcelamento ordinário (60 meses) para o Refis da Crise. Para parcelar, a redução será de 60% nas multas e 35% nos juros.

##RECOMENDA##

Esse parcelamento não se aplica aos débitos que já tenham sido divididos no Refis anterior. A íntegra da regulamentação do novo Refis da Crise está na Portaria Conjunta 7, publicada nesta sexta-feira, 18, no Diário Oficial da União (DOU).

A Câmara dos Deputados adiou nesta quarta-feira, 4, a votação da Medida Provisória 615, que agora pode caducar e pôr em risco o desconto na conta de luz, uma das bandeiras do governo Dilma Rousseff. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, convocou uma sessão para esta quinta-feira, 5, para tentar votar a matéria, originalmente editada para conceder subvenção econômica aos produtores de cana-de-açúcar, mas que teve uma série de outros itens pendurados ao longo da sua tramitação.

Se votada nesta quinta, ele ainda estará dentro do prazo estabelecido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que após a votação da MP dos Portos prometeu não mais aceitar Medidas Provisórias que cheguem à Casa a menos de sete dias de perder a validade. Se ficar para a semana que vem, já estará fora do prazo.

##RECOMENDA##

"Esta matéria não será votada hoje, mas faremos um esforço para votar amanhã a partir das 9 horas da manhã, para mostrar ao Brasil que nós queremos votar essa matéria", disse Alves. Tradicionalmente, as quintas-feiras são dias de quórum baixo na Câmara dos Deputados.

A MP 615, editada em maio pelo governo federal, autoriza a União a emitir, em favor da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), títulos da Dívida Pública Federal, o que, indiretamente, garante o desconto nas tarifas de energia elétrica. O governo federal já emitiu cerca de R$ 4 bilhões em títulos em favor da CDE desde que a MP foi publicada, sendo que a última emissão foi nesta semana.

Os deputados argumentaram que, como essa MP foi aprovada na Comissão Especial ainda nesta quarta e chegou na Câmara no início da tarde, não havia tempo hábil para analisar o tema. Outro ponto que pesou foi o grande número de temas que ela abrange. O líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), por exemplo, fez um duro discurso no Plenário contra um dos pontos da reabertura do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) da Crise e disse que seu partido obstruiria a sessão.

O Refis da Crise foi criado pelo governo federal para socorrer empresas em dificuldades financeiras em decorrência da crise econômica de 2008. O texto da MP 615 prevê a reabertura, até 31 de dezembro de 2013, do prazo para adesão ao programa, que repactua dívidas de empresas vencidas até 30 de novembro de 2008. Débitos já parcelados na época da criação do programa não podem ser refinanciados. O Refis também não se aplica a débitos com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O tema inicial da matéria concede subvenção econômica a produtores de cana-de-açúcar afetados pela estiagem na safra 2011 e 2012.

Prevista para ocorrer na tarde desta quarta-feira, 28, a votação o relatório da Medida Provisória 615 na comissão especial mista ficou para terça-feira, 3. De acordo com a assessoria do relator da MP 615, senador Gim Argello (PTB-DF), o adiamento foi um pedido do Ministério da Fazenda, que pediu mais tempo para avaliar a proposta do senador de reabrir o prazo de adesão ao Refis da Crise.

A proposta do senador é que os contribuintes com dívidas vencidas na Receita Federal até o dia 30 de novembro de 2008 que não tenham aderido ao Refis possam fazê-lo até 31 de dezembro deste ano. O último prazo para adesão venceu em julho de 2011. A Receita Federal é contra, pois avalia que isso beneficia os maus pagadores.

##RECOMENDA##

A MP perde validade no dia 16 de setembro, mas, para que seja apreciada a tempo, deve chegar ao Senado até o dia 9. O novo cronograma proposto por Argello prevê a aprovação do relatório na comissão na terça-feira, para que o texto possa ser aprovado no plenário da Câmara já na quarta-feira. Assim, a MP chegaria ao Senado na quinta-feira da próxima semana.

Mesmo rechaçada pelo Ministério da Fazenda e pela Receita Federal, a reabertura do prazo para adesão ao "Refis da Crise" foi inserida no relatório final da Medida Provisória (MP) 615 pelo senador Gim Argello (PTB-DF), relator do texto. A votação do relatório ocorre nesta quarta-feira, 28. O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) fez pedido de vista e foi acompanhado pelos demais membros da comissão.

A proposta do senador é que os contribuintes com dívidas vencidas na Receita Federal até 30 de novembro de 2008 que não tenham aderido inicialmente ao Refis possam fazê-lo até 31 de dezembro deste ano. Caso o prazo seja efetivamente ampliado, ainda assim, só valerá para as dívidas vencidas dentro do prazo original, de 2008.

##RECOMENDA##

Segundo o relatório final, a extensão do prazo não se aplica às pessoas físicas e jurídicas que tenham tido parcelamento rescindido após 1º de janeiro de 2013. "Isso é importante para aqueles que perderam o prazo. Ninguém gosta de ter dívidas, então as condições especiais do novo parcelamento do Refis da Crise são importantes para quem quer pagar e perdeu o prazo. Os recursos são importantes também para a arrecadação da Receita", disse Argello.

Logo na abertura da sessão da Comissão Mista de análise da MP 615, o senador afirmou aos parlamentares que vai se reunir uma última vez com a equipe econômica nesta quarta-feira para tratar deste assunto. Em declarações anteriores, o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, sempre manifestou opinião contrária à reabertura do "Refis da Crise" e mesmo à criação de novos programas especiais de parcelamento de dívidas de empresas e pessoas físicas com o Fisco. De acordo com Barreto, os contribuintes inadimplentes que ingressam nesses programas especiais logo deixam de honrar os pagamentos, o que constitui perda de arrecadação para a União.

A votação do relatório da Medida Provisória 615 na comissão mista do Congresso que analisa a matéria ficou para esta quarta-feira, 28. O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) apresentou pedido de vista e foi acompanhado pelos demais membros da comissão.

O relator da MP, senador Gim Argello (PTB-DF), espera que o relatório seja aprovado na comissão nesta quarta para que possa ser enviado à Câmara ainda nesta semana. A MP perde validade no dia 16 de setembro, mas, para que seja apreciada a tempo, deve chegar ao Senado até o dia 9.

##RECOMENDA##

Entre os assuntos tratados pela MP 615 está a reabertura do prazo para adesão ao "Refis da Crise". A proposta do senador é que os contribuintes com dívidas vencidas na Receita Federal até 30 de novembro de 2008 que não tenham aderido inicialmente ao Refis possam fazê-lo até 31 de dezembro deste ano. Caso o prazo seja efetivamente ampliado, ainda assim, só valerá para as dívidas vencidas dentro do prazo original, de 2008.

"Isso é importante para aqueles que perderam o prazo. Ninguém gosta de ter dívidas, então as condições especiais do reparcelamento do Refis da Crise são importantes para quem quer pagar e perdeu o prazo. Os recursos são importantes também para a arrecadação da Receita", disse Argello.

Segundo o relatório final, a extensão do prazo não se aplica às pessoas físicas e jurídicas que tenham tido parcelamento rescindido após 1º de janeiro de 2013. A ampliação em cinco anos para a entrada de contribuintes inadimplentes com a Receita no programa especial de parcelamento desses débitos ainda será "discutida" com o Ministério da Fazenda, afirmou Gim Argello.

Logo na abertura da sessão da comissão, o senador afirmou aos parlamentares que vai se reunir uma última vez com a equipe econômica do governo amanhã para tratar desse assunto.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando