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Pedido de vista da ministra Cármen Lúcia suspendeu o julgamento, pela Segunda Turma do Supremo, de agravo regimental na Petição (PET) 7791 apresentado pela defesa de Ricardo Berzoini, ex-ministro nos governos Lula e Dilma, contra decisão que indeferiu pedido de arquivamento da investigação a que ele responde por associação criminosa.

As informações estão no site do Supremo. De acordo com o Ministério Público Federal, de 2002 a 2016, Berzoini e outros investigados do denominado "núcleo político" do chamado "Quadrilhão do PT" teriam "estruturado organização criminosa para o cometimento de delitos contra a Administração Pública, em especial em desfavor da Petrobras".

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Após investigações, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia no Inquérito (INQ) 4325 contra oito dos dez investigados - Lula, Dilma, Antônio Palocci, Guido Mantega, Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo Silva, João Vaccari Neto e Edinho Silva.

Sobre Berzoini e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, a Procuradoria pediu a remessa dos autos à 13ª Vara Federal de Curitiba para que as investigações prosseguissem em primeira instância.

A defesa de Berzoini sustenta que o fato de o ex-ministro não ter sido incluído entre os denunciados significou o arquivamento implícito das investigações em seu desfavor.

A defesa do ex-ministro alega que pesa contra ele "apenas a acusação, por meio de colaboradores premiados, de que teria participado de reunião com representantes da Construtora Andrade Gutierrez para tratar de pagamentos indevidos em favor do PT".

Os advogados de Berzoini argumentam que "não foram obtidos elementos de prova que demonstrem a veracidade das alegações dos colaboradores".

O julgamento teve início no dia 13 de novembro, quando o relator, ministro Edson Fachin, votou pelo desprovimento do agravo para manter a decisão por meio da qual havia determinado o envio dos autos em relação a Berzoini para a Justiça do Distrito Federal. Após o voto do relator, o ministro Gilmar Mendes pediu vista antecipada dos autos.

Voto-vista

Em seu voto-vista, na sessão desta terça-feira, 11, Gilmar Mendes destacou que a jurisprudência do Supremo prevê a possibilidade de arquivamento de ofício de investigações nos casos em que se verifica, desde logo, a extinção da punibilidade e a atipicidade do fato, a inexistência de justa causa ou a retomada indevida de investigação arquivada.

Mais recentemente, complementou o ministro, a Corte aplicou este entendimento para os casos em que não existirem elementos mínimos de materialidade ou autoria delitivas e de hipótese de violação de direito à razoável duração do processo.

"Portanto, é possível que o Judiciário determine o arquivamento de inquéritos infundados para a proteção dos direitos e garantias fundamentais dos investigados", disse Mendes.

No caso concreto, após mais de dois anos de investigações sem apresentação de denúncia contra Berzoini, anotou o ministro, "fica evidente a ausência de provas do fato que foi imputado através do depoimento dos colaboradores".

"O oferecimento da denúncia contra oito dos dez investigados, com o auxílio das declarações e dos elementos de provas carreados aos autos pelos colaboradores, evidencia que foram realizadas todas as diligências cabíveis sem, contudo, se apurarem elementos mínimos de participação do recorrente", afirmou Mendes.

Ele ressaltou que a Procuradoria-Geral, em contrarrazões, "não indicou eventuais diligências ainda pendentes que possam demonstrar a participação do ex-ministro nos fatos em apuração".

A acusação, diz o ministro, "pretende apenas remeter à primeira instância uma investigação absolutamente destituída de base fática, um inquérito natimorto em relação ao recorrente, em evidente prejuízo aos seus direitos de não ser submetido a uma investigação por prazo indefinido e desarrazoado sem a existência de justa causa".

O ministro votou pelo provimento do agravo com o arquivamento de ofício do Inquérito 4325 em relação a Berzoini. Ressalvou, contudo, a possibilidade de reabertura das investigações "caso surjam novas provas" - nos termos do artigo 18 do Código de Processo Penal.

Reformulação

O relator da ação, Edson Fachin, reformulou o voto anteriormente dado para acompanhar a conclusão apresentada no voto-vista de Gilmar Mendes.

O relator reconheceu que não houve, por parte do Ministério Público, a oferta de denúncia tampouco a indicação de qualquer elemento que justifique a manutenção da investigação contra Berzoini na primeira instância.

"Verifiquei que o Ministério Público não aditou nenhum elemento de prova nem fez referência a nenhuma diligência em curso", concluiu Fachin. O relator também fez a ressalva de que a investigação poderá ser reaberta, "caso surjam novos elementos de prova".

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, disse que o vazamento do áudio gravado pelo vice-presidente Michel Temer, em que fala como se o impeachment já tivesse sido aprovado pela Câmara dos Deputados, demonstra as características "golpistas do vice".

Berzoini se disse "estupefato" com a divulgação da mensagem de voz e que Temer confunde a "apuração de eventual crime de responsabilidade" da presidenta Dilma Rousseff com "eleição indireta". Segundo o ministro, Temer, está "disputando votos".

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No áudio, classificado por Temer como mensagem de “palavra preliminar à nação brasileira”, o vice-presidente diz que precisa estar preparado para, caso os senadores decidam a favor do impeachment, enfrentar os “graves problemas que afligem” o Brasil, mas lembra que a decisão do Senado deve ser aguardada e respeitada.

No comunicado, o vice-presidente pede a pacificação do país, diz que é preciso um governo de “salvação nacional”, com colaboração de todos os partidos para sair da crise e defende apoio à iniciativa privada como forma de gerar investimentos e confiança no Brasil.

As declarações de Berzoini foram divulgadas pelo Blog do Planalto. “Esse áudio demonstra as características golpistas do vice. Transformou o processo em uma eleição indireta para conseguir votos em favor do impeachment”, disse o ministro.

Após virem à tona as primeiras reportagens sobre as críticas, Temer, ao conversar com jornalistas, disse que não iria respondê-las. "Certas afirmações não merecem, digamos assim, a honra da minha resposta", disse o vice-presidente.

Terminou nesta segunda, 28, a reunião da presidente Dilma Rousseff com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Nelson Barbosa (Fazenda), Valdir Simão (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo). Foi o primeiro encontro de Dilma com os membros da junta orçamentária depois da saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda. O encontro durou quase três horas.

A reunião serviu, para entre outros temas, discutir o fechamento das contas da União deste ano. Nesta tarde, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou um texto pedindo uma "nova e ousada" política econômica para 2016, no qual pede o fim da "altas de juros e cortes de investimentos" e cobra a adoção de medidas para a retomada do crescimento em 2016.

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Falcão disse confiar na nova equipe econômica. "Sabemos da competência, habilidade e capacidade de diálogo dos novos ministros Nelson Barbosa e Valdir Simão. Confiamos em que eles deem conta da tarefa, mudando com responsabilidade e ousadia a política econômica." Com o texto, o presidente do PT junta-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e grupos sociais e sindicais que cobram a adoção de medidas concretas para acompanhar a entrada do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Pedaladas

Enquanto Dilma estava com os ministros, o secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, informou que governo decidiu pagar ainda em 2015 todas as dívidas com bancos públicos e fundos apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) - as chamadas pedaladas fiscais. Segundo Ladeira, a intenção é quitar os passivos com recursos do caixa do Tesouro, do colchão (reserva) para pagamento da dívida pública e uma pequena fatia com a emissão de novos títulos.

Governadores

Um pouco antes do início da reunião, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, esteve no Palácio da Alvorada para cumprimentar a presidente e desejar "feliz ano novo". Ele negou que tenha ido entregar a lista de reivindicações elaborada em reunião hoje com outros governadores.

Mais cedo, Pezão fez cobranças para que o governo federal publique os novos indexadores que serão utilizados no cálculo da dívida dos Estados e dos municípios como medida para aliviar a crise enfrentada por todas as unidades da Federação. Ele também cobra uma revisão dos valores repassados pela União para a área de saúde. Doze governadores reúnem-se nesta tarde em Brasília para discutir pontos de consenso e elaborar a lista de reivindicações para apresentar ao Palácio do Planalto.

Antes de Pezão, também esteve no Alvorada o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que cuida da defesa da presidente Dilma no processo de impeachment.

Desde que assumiu a articulação política do Palácio do Planalto, há um mês, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini (PT), recebe uma romaria de deputados e senadores em seu gabinete. "Aqui não é nem consultório. É um pronto-socorro mesmo", define Berzoini.

Apesar dos atendimentos, a base aliada continua rebelde no Congresso, a presidente Dilma Rousseff ainda sofre ameaça de impeachment e o PMDB critica a política econômica do governo. "Nós estamos vivendo um momento muito complexo", admite o ministro. Berzoini diz também que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é um nome muito competitivo do PT para a sucessão da presidente Dilma em 2018, "mas não é a única opção".

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Faz um mês que a presidente Dilma concluiu a reforma ministerial para contemplar o PMDB, mas até hoje sofre derrotas no Congresso e não conseguiu recompor sua base de apoio. De que adiantou a reforma?

Mudou o quadro, a relação com o PMDB da Câmara e estamos construindo um caminho para consolidar a base. Mas é óbvio que o governo não sente, de maneira alguma, que tem uma base organizada. Nós estamos vivendo um momento muito complexo. Não há mágica na política. Parte da base está preocupada com a questão econômica e social, parte foi atingida pelos processos da Operação Lava Jato e outra parte tem demandas que não foram atendidas. Mas o ambiente, hoje, é muito melhor.

Uma queixa constante dos parlamentares era a falta de diálogo com o Planalto. O sr. conseguiu mudar isso?

Tem dia que eu recebo 70, 80 parlamentares. Eu brinco que aqui não é nem consultório, que só atende com hora marcada. É um pronto-socorro mesmo.

Esse toma lá, dá cá não incomoda?

Não há toma lá, dá cá. Em nenhum país do mundo existe democracia sem participação da base parlamentar no governo. No parlamentarismo é assim e no presidencialismo também. Não vejo problema nisso.

Diante de tantas dificuldades, o governo desistiu de tentar aprovar a CPMF neste ano no Congresso Nacional?

Ninguém desistiu de nada. Vamos trabalhar para acelerar tudo que for possível, mas temos que ser realistas em relação ao calendário. Há pouco tempo até o fim do ano.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que vai decidir neste mês sobre os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma. O governo tem base para barrar o processo, caso ele seja deflagrado?

Não há nenhum elemento factível para se produzir uma decisão pela abertura de um processo assim.

Nem o fato de o governo ter continuado a praticar as chamadas pedaladas fiscais em 2015?

Não. Aquilo que foi feito era necessário fazer em qualquer governo. Eu não concordo com a decisão do Tribunal de Contas da União. E o TCU dá um parecer, não julga ninguém. Quem pode tomar uma decisão sobre as contas governamentais é o Congresso. As contas de 2014 não foram julgadas. Muito menos as de 2015, porque o ano não terminou.

O Palácio do Planalto nega que tenha feito acordo com Cunha para salvar a presidente Dilma, mas o PT não pediu a cassação dele no Conselho de Ética, embora a maioria da bancada tenha assinado requerimento nesse sentido. Não é estranho?

Eu acho que os integrantes do PT não devem fazer prejulgamentos. Devem tomar uma decisão no momento apropriado. Do ponto de vista político, não há razão para o Executivo se meter num assunto que é do Judiciário, do Ministério Público e da Câmara.

O sr. não tinha essa mesma cautela quando era oposição e propôs o "Fora FHC", em 1999...

Mas, como parlamentar, eu nunca apresentei nada à bancada do PT nesse sentido. Naquela época, eu propunha que nós trabalhássemos com o conceito político de que, para mudar o Brasil, era preciso, por meio do processo eleitoral, mudar o governo. A expressão "Fora FHC" era "fora a política econômica".

O que o sr. achou do documento do PMDB criticando a política econômica?

É natural, em um governo com tantos partidos na base, que haja heterogeneidade de opiniões. O importante é dialogar, e não transformar isso em elemento de crise.

Mas o texto traz expressões duras, como "nosso desajuste fiscal chegou a um ponto crítico"...

Essa é uma opinião que já foi manifestada inclusive pela presidenta Dilma. Nós tivemos, de fato, um problema fiscal grave, do fim do ano passado para cá, motivado por uma mudança de conjuntura, que pode ser explicada por dois fatores: a queda de preços das commodities e da expectativa de crescimento de vários países, especialmente da China, e o impacto que a Lava Jato teve em relação às grandes empresas de engenharia. Grandes empregadoras sofreram muito com essa operação e estão reorganizando a sua estratégia.

A Operação Lava Jato atrapalha o governo?

A Lava Jato atrapalha a economia, o País e o governo do ponto de vista empresarial. Provoca impactos severos no PIB.

A Operação Zelotes também prejudica?

Qualquer fato que impacte a economia nos preocupa. Essas operações produzem efeitos colaterais que devem ser tratados de maneira responsável pelo governo. Sei que vocês vão perguntar se o governo queria que as investigações acabassem. Não é isso. O governo simplesmente acha que precisamos encontrar mecanismos para reverter este quadro. Por isso a discussão sobre os acordos de leniência é importante. É preciso separar a parte criminal daquilo que estas empresas representam. Quem cometeu ilícitos que se responsabilize pelo que fez. O que não se pode é destruir riqueza.

Como o sr. avalia a investigação que resultou na busca e apreensão de documentos no escritório de um dos filhos do ex-presidente Lula?

Primeiro, é bom lembrar que essa Operação Zelotes investiga muitas megaempresas. E é curioso que ela hoje tenha um foco que pareça essencialmente político, voltado para alguém com uma liderança histórica no País.

O sr. está dizendo que houve exagero por parte da PF?

Eu acho muito estranho haver uma intimação às 23 horas para um cidadão que tem endereço fixo e que não está tentando evitar nada. Ninguém quer blindar ninguém, mas é preciso que as investigações sejam feitas de maneira correta, alinhadas com o Estado Democrático de Direito.

Como está a relação entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula após esse episódio?

A relação entre os dois é tranquila, afetuosa, de diálogo permanente, o que não quer dizer que eles pensem igual sobre tudo.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, resiste até o ano que vem? O ex-presidente Lula chegou a dizer que ele tinha prazo de validade...

Todos nós temos prazo de validade, que é dezembro de 2018. Além disso, ministro da Fazenda e técnico da Seleção são sempre objetos de crítica, em qualquer conjuntura. Não vejo nenhuma razão para prever a saída do ministro Levy por causa de alguma divergência sobre a questão econômica. Eu, por exemplo, recebo críticas com muita tranquilidade. Quem não gosta de crítica não deve fazer política.

A presidente aguenta mais três anos com popularidade abaixo dos dois dígitos?

Todo mundo que governa trabalha para aumentar sua popularidade. Nós queremos chegar em 2018 com a presidenta reconhecida pelo povo por suas qualidades.

E o ex-presidente Lula vai ser candidato do PT em 2018, mesmo se a "pancadaria", como ele diz, continuar?

Ele é um dos nomes mais competitivos que o PT pode apresentar em 2018, mas não é a única opção.

Quem seria a outra opção? O sr.?

Se alguém lembrar do meu nome, posso até não aceitar, mas triste eu não fico (risos).

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), participou na manhã desta terça-feira (27) de uma reunião com o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini, para discutir, entre outras as medidas do ajuste fiscal, a proposta que recria a CPMF. O Governo Federal quer apoio de governadores e prefeitos à medida. O socialista, no entanto, ainda não deu sinalizações positivas quanto ao imposto. 

“Ainda não tenho uma posição fechada sobre a CPMF. É um tema que precisa ser melhor debatido”, disse Paulo, após o encontro com o ministro. Desde a retomada da discussão pela nova CPMF, Paulo Câmara se colocou contrário. Em conversa recente com a imprensa, o governador chegou a dizer que a medida “não tem ressonância popular”. 

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A recriação do imposto já conta com o apoio das entidades representativas dos municípios, como a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), a Associação Brasileira dos Municípios (ABM) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM). “A CPMF tem sido a única alternativa colocada pelo Governo Federal para melhoria das contas públicas em 2016. Os municípios entendem que a contribuição é importante para a manutenção de serviços à população, principalmente os de Saúde”, pontuou Câmara. 

Com os prefeitos, o ministro e a presidente Dilma Rousseff (PT) fecharam um acordo na semana passada de alíquotas cobrando 0,38%. Desses 0,20% para a gestão federal, 0,9% para os estados e 0,9% para os municípios. A expectativa da reunião de hoje era que os governadores solicitassem a ampliação do repasse aos estados. 

Além do governador pernambucano, a reunião com Berzoini contou com a participação do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, do presidente da FNP e prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e do prefeito de Colatina (ES) e vice-presidente da ABM, Leonardo Deptulski, além de dirigentes entre outras lideranças do movimento municipalista. 

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini, reconheceu nesta segunda-feira (26) que o Executivo terá dificuldade para aprovar a recriação da CPMF no Congresso Nacional, mas afirmou que o governo tentará a aprovação por meio do debate político.

Em entrevista após reunião de coordenação política comandada pela presidente Dilma Rousseff, o ministro disse que o governo vai respeitar a palavra do relator do Orçamento 2016, Ricardo Barros (PP-PR), mas dialogará para aprovar a proposta.

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Berzoini ressaltou que o governo não ignora as dificuldades para aprovar as medidas do ajuste, mas que já vem notando uma melhora do ambiente político para aprovação delas. Segundo ele, o governo aposta que essas medidas vão ajudar a melhorar as expectativas no País.

Com a conjuntura nacional repleta de altos e baixos para o Governo Federal, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, reuniu-se, na noite dessa segunda-feira (28), com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. Segundo o parlamentar, o encontro durou mais de três horas e os representantes da gestão debateram com os senadores temas como a reforma administrativa e a apreciação dos vetos presidenciais, marcada para esta quarta (30). 

A reunião aconteceu na tentativa de afinar os discursos do PT tanto no Senado quanto no governo, principalmente diante da perda de alguns espaços representativos da legenda na máquina federal para partidos da base. "Todos esses aspectos que vêm sendo tratados nos últimos dias foram abordados: a negociação com o PMDB, as mudanças de posições do PT dentro da Esplanada, com a perda de alguns espaços, tudo isso foi discutido”, detalhou Humberto. 

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Para o senador, os petistas vão entender as articulações do Palácio do Planalto. “Obviamente, na política, nós não só queremos preservar espaços como ampliá-los. Mas acredito que o PT entenderá que, num novo contexto ministerial, será preciso ter um primeiro escalão mais representativo da base de sustentação no Congresso e que garanta a governabilidade", ponderou.   

Já para a apreciação dos vetos presidenciais foram definidas estratégias para a manutenção dos vetos feitos pela presidenta Dilma Rousseff e o avanço dos projetos de interesse do Governo e do partido no Senado. Na madrugada da última quarta-feira, o Congresso Nacional manteve, com votos contrários da oposição, 26 vetos da presidenta Dilma. Outros seis que estavam na pauta, incluindo o veto ao reajuste de até 78% aos servidores do Judiciário, serão examinados esta semana.

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, defendeu nesta quarta-feira (19) a regulação de serviços de internet que competem com os serviços de telecomunicações regulados pela legislação brasileira. Para ele, é preciso resolver as “assimetrias regulatórias e tributárias” e dar “tratamento equânime” a serviços de telecomunicações e os serviços chamados “Over the Top” (como Skype, Netflix, You Tube, WhatsApp).

“É preciso encontrar uma maneira – que não é fácil, porque são serviços que se apoiam na rede mundial de computadores – para regular algumas atividades que atuam à margem da lei, por exemplo, aplicativos que fornecem chamadas de voz sem serem operadoras”, afirmou.

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Berzoini participou de audiência pública sobre a baixa qualidade dos serviços de telefonia fixa e móvel e de internet no País, promovida pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e pela Comissão Especial de Telecomunicações da Câmara dos Deputados.

Segundo o ministro, as operadoras de telefonia, que têm muitas obrigações regulatórias e poucas oportunidades de prestar serviços diferenciados, geram emprego e investimentos no Brasil. Já as empresas de internet estrangeiras, que ofereceriam serviços supostamente gratuitos em troca de dados do usuário, não gerariam empregos no País. “Esse tipo de serviço subtrai empregos do povo brasileiro”, afirmou. “O setor de telecomunicações tem que ter viabilidade econômica de médio e longo prazo. E, se os serviços de internet passarem a competir e subtrair receitas, evidentemente que teremos daqui a 10 ou 15 anos dificuldades grandes de infraestrutura no País”.

Na visão do ministro, a discussão de um marco regulatório para os serviços “Over the Top” deve ocorrer em âmbito nacional e internacional. A União Europeia, por exemplo, já debate o assunto. “É uma questão difícil, em que existem interesses conflitantes”, apontou.

Conforme Berzoini, o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14), aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado, é um avanço, mas não é suficiente para regular os novos serviços. Já o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou que hoje a agência não tem competência para regular aplicativos de internet.

O ministro defendeu ainda a atualização da Lei Geral de Telecomunicações (9.472/97), para que o modelo seja centrado na banda larga, e não na telefonia fixa, como o modelo atual. “A telefonia celular e a internet estavam só começando em 1997. Hoje há convergência dos serviços, e o telefone fixo não é mais objeto de desejo de ninguém”.

Banda larga

Ele informou que o governo está finalizando a nova fase do Programa Banda Larga para Todos e deve lançá-lo “em breve”. Berzoini não quis, porém, se comprometer com datas. A previsão era lançar o programa no primeiro semestre do ano. O ministro reafirmou que a meta do programa é expandir a banda larga para 300 milhões de acessos e aumentar a velocidade média da banda larga para 25 Mb/s (Megabits por segundo) até 2019. Atualmente, a velocidade média de acesso à internet no Brasil é 6,8 Mb/s.

Berzoini defendeu ainda um fundo de garantia para infraestrutura de telecomunicações em pequenas cidades; a desoneração tributária para serviços na área rural; a simplificação da tributação setorial; e a modernização do marco legal para aplicação dos fundos setoriais, que hoje vêm sendo contingenciados pelo governo.

Fundos setoriais

Na audiência, diversos deputados reclamaram do contingenciamento dos fundos. Os deputados Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), relator da comissão especial da Câmara dos Deputados sobre telecomunicações, e Sandro Alex (PPS-PR) defenderam a suspensão da cobrança das taxas relativas aos fundos enquanto eles não forem efetivamente utilizados para investimentos no setor.

Para o ministro, “é natural que os secretários do Tesouro queiram utilizar recursos para compor osuperavit primário”. No entanto, ele defende que o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) tenha um conselho curador para estabelecer diretrizes de utilização dos recursos. Segundo ele, o fundo deve ser utilizado para acabar com a exclusão digital.

O deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), por sua vez, defendeu que parte do orçamento arrecadado com os fundos setoriais seja direcionada para a modernização da Anatel. Ele disse que os serviços de telefonia fixa e celular estão caros e péssimos, e ressaltou que falta pessoal na Anatel para promover a fiscalização dos serviços. “Sem dinheiro, não tem fiscalização”, afirmou.

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, voltou a dizer nesta quarta-feira (19) que o crescente uso de serviços de dados e a declinante utilização das chamadas de voz por parte dos usuários de smartphones é um desafio para o governo e os órgãos reguladores do setor, mas também para as empresas privadas, que precisam intensificar seus investimentos.

"O fenômeno do smartphone faz com que o serviço de dados suplante a finalidade original dos celulares, que era o serviço de voz. Há também o surgimento de empresas internacionais, os grandes provedores de conteúdo, que usam infraestruturas dos países sem investirem nessas redes locais, como o Google, o Netflix e o Facebook", citou, em audiência pública conjunta das comissões de Defesa do Consumidor e de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.

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O ministro faz uma apresentação aos parlamentares com dados e estatísticas sobre a evolução do setor de telecomunicações. "Já há alguns anos a telefonia fixa está estagnada devido ao apelo da telefonia móvel, que, apesar da situação financeira do País, ainda cresce em relação ao fim do ano passado", destacou. O ministro omitiu, porém, que as teles móveis registraram uma queda de 1,7 milhão de linhas em suas bases de clientes em junho.

O ministro das Comunicações e ex-presidente do PT, Ricardo Berzoini, afirmou nesta terça-feira, 5, que acredita que a bancada petista fechará questão em favor da Medida Provisória 665, prevista para ser votada hoje no plenário da Câmara. "Acho que o PT vai acompanhar (o relatório a favor da matéria)", disse Berzoini na chegada a uma nova reunião do partido que decidirá a posição da bancada.

Mais cedo, um encontro do PT foi suspenso diante da falta de acordo entre os deputados sobre a matéria. Os petistas deram a justificativa pública para suspender a reunião de falta de um quórum expressivo de deputados da bancada e o início da reunião do colégio de líderes.

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Berzoini disse que o que está em discussão são questões meramente políticas e que o partido, quando tomar uma decisão, será acatada por todos. Questionado se os deputados petistas poderiam rejeitar alguns pontos da própria MP, como o prazo de carência para a requisição do seguro-desemprego, o ministro disse que não.

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, disse nesta quarta-feira (29) que a meta do governo é alcançar 95% da população com banda larga de alta velocidade, com conexão média de 25 megabits por segundo (Mbps) em 2018. Segundo ele, o "Plano Banda Larga Para Todos", com a participação da Telebras e de grupos privados, deve ser anunciado em breve.

"O Brasil não ocupa uma posição das melhores em termos de infraestrutura por causa de desigualdades que ocorrem em todos os segmentos no País. Na média, situação do Brasil em telecomunicações não é ruim, mas ainda há uma disparidade muito grande. O nosso grande desafio é avançar na infraestrutura não do ponto de vista de uma média, mas da inclusão de todos", afirmou em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.

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O ministro voltou a dizer que o Brasil é o quinto maior mercado de telecomunicações do mundo, sendo, portanto, um dos mercados mais interessantes para as grandes corporações do setor. "Novas tecnologias poderão melhorar a gestão pública, a saúde e a educação. Existe uma demanda muito forte em todo o mundo para que infraestrutura possa atender a todos", completou.

Ele admitiu que há queixas constantes sobre a qualidade dos serviços de telefonia e internet móvel, mas disse que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem punido as empresas. "As multas são expressivas", ressaltou, lembrando que o governo mantém o diálogo aberto com as empresas. Ele destacou que a aprovação da chamada Lei das Antenas permitirá às companhias instalarem mais equipamentos de transmissão e recepção nas cidades, melhorando a cobertura e a qualidade dos serviços.

Radiodifusão

Berzoini também citou o setor de radiodifusão, garantindo que o Ministério está implementando mudanças para acelerar os processo de outorgas e pós-outorgas de rádios e emissoras de TV, que em alguns casos chegaram a levar até 12 anos. A migração de rádios AM para FM também foi elencada como uma das medidas viabilizadas pelo governo para o setor.

O ministro destacou ainda o processo de digitalização das transmissões de TV. Segundo ele, hoje o Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (Gired) irá decidir qual tipo de conversor será distribuído aos beneficiários de programas sociais do governo federal. O governo defende que as operadoras de telecomunicações vencedoras do leilão de 700 megahertz (MHz) entreguem não apenas conversores simples para o sinal digital, mas equipamentos habilitados com software de interatividade na plataforma Ginga C.

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, disse nesta quarta-feira, 22, ao deixar reunião do núcleo de coordenação política do governo com líderes de partidos da base, que é preciso "perseverança" para chegar a um acordo sobre o projeto de lei que regulamenta a terceirização no País. "Se não houver perseverança e firmeza dos líderes, nós podemos não chegar a um acordo para votar", disse.

A Câmara retoma hoje a votação de emendas que podem mudar substancialmente o texto-base do projeto, já aprovado pela Casa há duas semanas, à revelia da vontade do Palácio do Planalto. Berzoini avaliou que é preciso avançar em pontos que o PMDB e outros aliados divergem da orientação do Palácio do Planalto antes do início da votação das emendas.

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Segundo ele, o encontro serviu para tentar "organizar as divergências" que o Projeto de Lei 4.330/2004 gerou na base. "Há uma tentativa de pelo menos organizar as divergência. A medida que algumas medidas são questão de princípios para alguns partidos e as posições são divergentes na base e na oposição, organizar as divergências seria um avanço para a gente poder caminhar para uma votação que pelo menos possa trazer algum entendimento sobre o mérito da matéria", afirmou.

Berzoini disse que ainda há conflito sobre o pedido do Ministério da Fazenda para que empresas bom baixo uso de mão de obra como na sua atividade terceirizada recolham uma alíquota de 5,5% sobre a receita como contribuição ao INSS - hoje, essa categoria paga 20% sobe a folha de pagamento, enquanto setores com uso intensivo de pessoal recolhe 11% da receita.

Outro ponto de divergência está na definição de atividade-fim e atividade-meio. O governo defende que apenas a atividade-meio seja permitida. "A questão da atividade-fim e atividade-meio é fundamental para a organização da negociação coletiva no Brasil. Então são dois temas centrais (junto com o INSS) que se desdobram em quatro ou cinco outros temas cada um", disse.

O líder do PMDB, Leonardo Pisciani (RJ), deixou a reunião afirmando que o PT precisa retirar uma emenda definindo a terceirização apenas nas atividades-meio. Caso contrário, o governo pode perder na votação os pontos que tenta mudar no texto-base do projeto da terceirização. "É um sentimento que tenho do que tenho visto na Câmara", disse. "Eu diria que o governo para ver a sua proposta aprovada precisa convencer o PT", afirmou.

Já o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que integra a coordenação política do governo, disse que há dois pontos de consenso na base: a responsabilidade solidária que obriga a empresa contratante a responder no caso de a terceirizada não pagar diretos trabalhistas; e a regra para que ex-funcionários só prestem serviço como terceirizados à sua antiga empregadora após 12 meses do fim do vínculo empregatício - no texto-base do projeto da terceirização esse prazo era de 24 meses.

"No processo de negociação política tudo é possível. Temos a missão de tentar construir o consenso, tentar fazer com que a base do governo possa ser preservada como base. Não pode de nenhuma forma sair daqui com fracionamento, com todo mundo pensando que tem razão ou pensando que não tem razão", disse Padilha.

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Nesta sexta-feira (27), Pernambuco ganhou o primeiro laboratório de teste de aplicativos do Nordeste. O espaço funciona no Portomídia, localizado no Centro do Recife, e ajudará os desenvolvedores do Porto Digital a entregarem ferramentas de qualidade que farão parte do cotidiano dos usuários de smartphones e tablets.

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A cerimônia de inauguração contou com a presença do ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, da secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Lúcia Melo e do presidente da Qualcoom para a América Latina, Rafael Steinhauser.

A iniciativa, que representa um investimento de R$ 500 mil, é resultado de uma parceria entre o Porto Digital, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Informação de Pernambuco e a Qualcomm, empresa global de tecnologias móveis conhecida por seus processadores para smartphones e tablets.

Equipado com tecnologias capazes de detectar falhas de execução, o laboratório analisa os aplicativos quanto à sua funcionalidade, usabilidade, desempenho, segurança de dados e estabilidade.

O presidente da Qualcomm para a América Latina, Rafael Steinhauser, enfatizou a importância de simular possíveis problemas que não devem chegar ao consumidor final dos aplicativos.

“Para o usuário é importante não só ter um telefone que funciona, mas também um aplicativo que tenha a ver com as coisas que ele quer estar relacionado, seja ele de informação, educação ou a nível social”, ressalta.

As 250 empresas embarcadas no Porto Digital poderão realizar os testes de maneira gratuita, com apoio de engenheiros de software da Qualcomm, do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Para o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, o laboratório vai ajudar as empresas de Pernambuco a criar soluções mobile mais aprimoradas, que chegarão ao mercado trazendo excelência em desempenho para os usuários.

“É difícil para uma empresa absorver esse investimento de ter seu próprio laboratório com essas características. É certo que daqui pra frente nossas empresas contarão com um diferencial para enfrentarem o mercado das tecnologias da informação e da economia criativa. Isso fará uma enorme diferença”, complementa Saboya.

O ministro das Comunicações Ricardo Berzoini, por sua vez, enfatizou a importância para o Brasil de não apenas ser um consumidor de tecnologias, mas também atuar no papel de país produtor.

“Esse é mais um passo para que o Brasil dispute na linha de frente, junto com outras economias avançadas, o processo produtivo de tecnologia, tanto de equipamentos quanto de aplicativos”, pontua o ministro, que prometeu, ainda, ampliar a parceria. “Vamos concluir essa etapa e vamos ampliá-la em um futuro próximo”.

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, falou na tarde desta quinta-feira, 26, para um plenário esvaziado na Câmara dos Deputados. Ele participou da comissão geral da casa, que ouvirá todos os ministros do governo Dilma Rousseff até o fim do ano. Mas, como há sessão da CPI da Petrobras no mesmo horário, poucos deputados assistiram a apresentação de Berzoini.

O ministro mostrou dados sobre a evolução do setor de telecomunicações nos últimos anos e citou iniciativas regulatórias adotadas pelo governo para cobrar das empresas uma melhor qualidade dos serviços por elas prestados. Ele também voltou a citar iniciativas para desburocratização dos processos de concessão de licenças para radiodifusores.

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O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini (PT), afirmou nesta sexta-feira, 6, que Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil e escolhido para substituir Graça Foster no comando da Petrobras, é um "executivo competente e preparado". Berzoini definiu como "adequada" a escolha de Bendine pela presidente Dilma Rousseff e minimizou a reação negativa do mercado à indicação.

Bendine deve ser anunciado oficialmente para o cargo nesta sexta, após a reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, ainda em andamento. Serão anunciados também cinco novos diretores.

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"O critério para escolha é da presidente (Dilma) e eu creio que ela avaliou bem e fez uma escolha adequada", afirmou Berzoini, ao chegar na reunião do diretório do Partido dos Trabalhadores que acontece hoje em Belo Horizonte.

Questionado se Bendine seria um presidente "tampão", uma vez que o governo buscava uma alternativa do mercado para recuperar a imagem da estatal, alvejada por uma série de denúncias de corrupção, Berzoini alegou que "ninguém nomeia um presidente fraco". "Ou seja, quando se nomeia um presidente não é para estabelecer um prazo curto para a sua permanência. Creio que é um presidente para gerir a Petrobras e para tomar todas as providências cabíveis para e empresa se fortalecer ainda mais", argumentou.

No hotel na capital mineira onde ocorre o encontro do diretório do PT, o ministro também minimizou a receptividade negativa de analistas do mercado que, segundo Berzoini, "às vezes faz avaliações que depois não se confirmam". "Se olhar o mercado, em várias fases da história do Brasil ele foi para um lado e a economia foi para outro. E depois o mercado tem que corrigir suas avaliações", concluiu.

O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, considerou positivo o primeiro pronunciamento do ministro Ricardo Berzoini sobre regulação da mídia, pela ênfase que deu à liberdade de expressão e à disposição para dialogar com a sociedade. Mas disse que o governo precisa definir qual proposta quer discutir: "Ninguém sabe o que o governo quer dizer com regulação econômica da mídia".

Para Slaviero, em qualquer proposta a premissa da liberdade de expressão será inegociável. "Qualquer iniciativa que vise restringir ou interferir no conteúdo das empresas de comunicação vai ter o rechaço da Abert e de toda a sociedade."

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O presidente da Abert considerou positivo o fato de Berzoini ter se referido em quatro momentos de seu discurso à questão da importância da liberdade de expressão.

A jornalista Bia Barbosa, da direção do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, também considerou positivo o pronunciamento. "É preciso desinterditar esse debate." Mas lembrou que o ex-ministro Paulo Bernardo, que comandou a pasta no 1º mandato de Dilma Rousseff, também assumiu prometendo debater o assunto e depois engavetou as propostas existentes.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) não quis se manifestar sobre o pronunciamento. Segundo sua direção, o governo deve apresentar antes suas propostas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados e candidato à presidência da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), utilizou sua conta no Twitter para afirmar que será "radicalmente contrário" a um eventual projeto de regulação da mídia. Na sexta-feira (2), o novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, sinalizou que pretende levar o tema a debate e que todos os setores da economia com "grande impacto social, democrático e econômico" serão regulamentados. Berzoini foi eleito deputado pelo PT de São Paulo, mesmo partido de Arlindo Chinaglia (PT-SP), que disputa a presidência da Câmara com Cunha.

"Quero reafirmar que seremos radicalmente contrários a qualquer projeto que tente regular de qualquer forma a mídia", afirmou Cunha no Twitter. O deputado afirmou que o tema "incomoda muito o PMDB" e disse que o partido não aceita sequer discutir o assunto.

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O candidato do PMDB também fez questão de defender uma posição de independência em relação ao governo federal, e insinuou que Chinaglia não teria condições de adotar a mesma postura. "Que independência pode ter quem acabou de deixar a liderança do governo, nomeou o filho e era a favor dos conselhos populares?", indagou Cunha. "Não seremos submissos ao governo e não seremos de oposição", disse o deputado em outra publicação feita na noite de ontem. Cunha acusa Chinaglia de indicar o filho para um cargo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O peemedebista afirmou querer uma "Câmara independente" e pediu a seus seguidores para que não confundam a "pauta congressual da governabilidade" da "pauta ideológica do PT". Esta, segundo o deputado, não será apoiada "de forma alguma". Sem citar o nome de Chinaglia, o deputado do PMDB ainda afirmou que o petista não é o candidato do governo, mas sim o "candidato da submissão ao governo".

A candidatura de Cunha já recebeu o apoio formal dos partidos PTB, PSC, Solidariedade, PRB e DEM, informou o deputado. "Outros apoios partidários deverão ser manifestados em breve", complementou o deputado. A eleição para presidente da Câmara dos Deputados ocorrerá no próximo dia 1º de fevereiro.

O novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, disse na sexta-feira (2) em seu discurso de posse que uma de suas missões na pasta é levar adiante o projeto de debate da chamada regulamentação da mídia. Segundo ele, o principal alvo da discussão são os veículos de comunicação detentores de concessão pública, caso de emissoras de rádio e TV.

"Todos os setores da economia que têm grande impacto social, democrático e econômico são regulamentados. Queremos fazer um debate amplo e profundo sobre o tema, especialmente em relação à comunicação no que tange a concessões públicas", afirmou após cerimônia de transmissão do cargo no ministério.

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A presidente Dilma Rousseff chegou a defender, durante sua campanha à reeleição, a "regulamentação econômica dos meios de comunicação" para evitar a formação de monopólios e oligopólios no setor, além da chamada propriedade cruzada, quando há concentração de mais de um veículo nas mãos de um só proprietário.

O tema chegou a constar nas diretrizes do PT para o programa de governo da reeleição, mas foi retirado do documento final por pressão de aliados. O ex-ministro do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Franklin Martins, também chegou a elaborar um projeto sobre o assunto, mas foi logo engavetado por ter sido interpretado por partidos da oposição como medida de censura dos meios de comunicação.

Questionado sobre tal proposta da sigla, Berzoini afirmou não haver nada estabelecido. "Vamos ouvir todas as propostas. Vamos trabalhar com o conceito amplo de democracia", disse. Sobre a possível criação de uma agência reguladora de mídia, o ministro respondeu que ainda não há uma formatação de proposta nesse sentido. "Vamos fazer o processo com tranquilidade, sem pressa. Se houver participação popular, faremos um bom trabalho." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, passou o cargo, no final da manhã desta sexta-feira (2), ao novo ministro da pasta, Ricardo Berzoini, e elencou a evolução dos serviços de telecomunicações no Brasil nos últimos quatro anos. Segundo Bernardo, o Brasil sempre esteve entre o terceiro e o quarto lugar no mercado mundial de telecomunicações e seu objetivo no ministério foi aumentar o acesso à banda larga e disseminar o uso das tecnologias de informação e comunicações, além de incentivar uso de tablets e smartphones.

Ele citou desonerações ao setor e relatou que o acesso à banda larga fixa cresceu 50% no País nos últimos quatro anos, para 23 milhões de conexões. Na banda larga móvel, o salto foi de 634%, passando de 18,9 milhões de usuários para 138,8 milhões. "Avançamos muito, mas ainda há muitos gargalos a serem enfrentados", completou.

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Ao passar o cargo para Berzoini, Bernardo destacou ainda dois temas com os quais o novo ministro deve trabalhar já a partir deste ano, como a regulamentação do marco civil da internet e a chamada "atualização regulatória" das empresas de mídia.

Para 2015, o ex-ministro recordou que existe a obrigação das teles em levarem internet e telefonia móvel para as áreas rurais em um raio de até 30 km das sedes dos municípios e que, até 2017, o serviço de 4G estará disponível em todas as cidades com mais de 30 mil habitantes. "E a presidente Dilma Rousseff já anunciou o programa Banda Larga Para Todos, para universalizar acesso a internet no País", pontuou.

Bernardo lembrou que tanto ele como Berzoini foram funcionários do Banco do Brasil e recordou embates sindicais, quando o ex-ministro era do sindicato de base e o novo ministro ocupava cargo de chefia na instituição. "Temos trajetórias muito parecidas. Também fomos deputados federais e ministros nos governos Lula e Dilma", afirmou.

O novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, disse nesta sexta-feira (2) que o setor de telecomunicações tem papel central na produção de empregos e no desenvolvimento da economia brasileira. Ao receber o cargo do ex-ministro Paulo Bernardo, o novo chefe da pasta fez um breve discurso, ressaltando que terá a missão de fazer com que a liberdade de expressão seja valor assimilado por cada cidadão.

"A partir dessa premissa, teremos uma democracia mais consolidada, não só com o direito de votar, mas também com o direito de construir conjunto de ideias e transmiti-las livremente", afirmou. "Meu gabinete estará aberto para fazer essa discussão", completou, sem citar especificamente a chamada "atualização regulatória" das empresas de mídia, elencada por Bernardo no início da cerimônia como um dos principais itens na pauta do novo ministro.

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Segundo Berzoini, a pasta buscará construir um amplo debate com a sociedade sobre as missões do ministério. "Queremos debater abertamente o futuro de algo que se transformou muito nos últimos anos, que são as comunicações no Brasil", concluiu.

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