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O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) suspendeu na noite desta quinta-feira, 4, a nomeação do advogado Filipe Mello, filho do governador Jorginho Mello (PL), para assumir a Casa Civil do Estado.

O mandado de segurança preventivo foi protocolado pelo PSOL-SC e aprovado pelo desembargador João Marcos Bush que concedeu a medida liminar. A decisão classificou a nomeação como de "dano grave, de difícil ou impossível reparação" e apontou "risco aos princípios da moralidade, impessoalidade e nepotismo" que envolvem a ação.

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Um dos argumentos citados ressalta a lei estadual nº 1.836/2008 que proíbe a nomeação de cônjuge, companheiro(a) ou parente, para cargos em comissão, confiança ou de função gratificada na administração pública de Santa Catarina.

"Não pode o chefe de Poder tratar a máquina pública como coisa privada e transformá-la em entidade familiar, compondo a equipe de governo com membros da sua família", discorreu o documento.

O desembargador também questiona a qualificação do advogado para o cargo e aponta mérito para decisão. "Cumpre questionar, entre os mais de cinco milhões de eleitores de Santa Catarina, existiria alguém mais qualificado que o filho do Governador?", indaga Bush.

O anúncio da nomeação de Filipe pelo governador foi feito na quarta-feira, 3, e substituiria Estêner Soratto da Silva Júnior (PL), que deve retomar as atividades como deputado estadual após próxima nomeação do governador. Além do filho, Jorginho Mello nomeou outros oito novos nomes para o seu governo.

Segundo currículo divulgado pelo governo de Santa Catarina, Filipe Melo foi secretário na administração estadual entre 2011 e 2016, durante a gestão de Raimundo Colombo (PSD). O advogado controlou as pastas de Planejamento, Assuntos Internacionais e Turismo, Cultura e Esporte. Ele também foi secretário na prefeitura de Florianópolis, de 2005 a 2006 e de 2017 a 2018.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), vai nomear o filho Filipe Mello para assumir a Secretaria da Casa Civil. O anúncio foi feito nesta quarta (3).

Já que a nomeação de parentes de chefes do Executivo para cargos políticos não configura nepotismo, o ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso aproveitou para beneficiar o filho advogado. Filipe vai ocupar a vaga deixada pelo deputado estadual Estener Soratto (PL), que vai retomar o mandato na Assembleia Legislativa.

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Não é a primeira vez que Filipe ganha uma Secretaria no Governo de Santa Catarina. Em 2011, na passagem do ex-governador Raimundo Colombo (PSD), ele comandou a Secretaria de Planejamento. Em 2013, o filho do atual governador também foi nomeado como secretário executivo de Assuntos Internacionais e depois assumiu a pasta de Turismo, Cultura e Esporte.

Filipe Mello começou a atividade política em 2005, como secretário de Administração da Prefeitura de Florianópolis, onde, posteriormente, se tornou secretário da Casa Civil.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), celebrou o avanço de antigas obras hídricas e de infraestrutura que estavam, há anos, paradas ou sob avanço lento no estado. Esse conjunto de investimentos está contemplado no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Lula, lançado no Rio de Janeiro, em agosto, e apresentado à população pernambucana nesta segunda-feira (11), no Recife.

Para a apresentação do PAC, a gestora se reuniu com parlamentares, prefeitos, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no auditório da Faculdade de Ciências da Administração da Universidade de Pernambuco (FCAP/UPE). A introdução dos eixos do programa foi feita pela secretária-executiva da pasta, Miriam Belchior. Dos R$ 51,1 bilhões destinados a Pernambuco, R$ 10 milhões serão exclusivos do estado. O valor deve abraçar empreendimentos como a Ferrovia Transnordestina e a Adutora do Agreste, que há décadas são idealizadas pelas gestões municipal, estadual e federal.

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- - > 'Obras inacabadas são o maior foco do PAC em Pernambuco

“Quando a [reserva] Cantareira entrou em colapso, não deu seis meses para se resolver. Na época, o governador do estado era Alckmin, e rapidamente se conseguiu R$ 4 bilhões e se fez o investimento. A obra da Adutora do Agreste tem exatamente esse valor, mas se arrasta há anos e foi necessário que o presidente [Lula] voltasse a ser presidente da República para a obra poder ser concluída. Agora temos a espinha dorsal da aplicação da BR-232, que era uma peleja danada desde a época da privatização [...] A mesma coisa acontece com a BR-104, que caiu por causa da Delta, depois por causa da obra, e foi se arrastando. É uma obra importante para a conexão dos estados e para o fortalecimento do polo de confecções do Agreste. Agora chegamos em um consenso com o ministro Renan Filho [Transportes] e devolveremos dinheiro ao Governo Federal, para que nos devolvam em obras”, celebrou Raquel. A BR-104 é paralela à BR-101 e uma cobrança de anos por parte da população interiorana.  

Pernambuco será um dos estados mais beneficiados com o novo PAC. A infraestrutura, em especial as estradas e canais portuários, deve ser o setor mais impactado com os novos investimentos. A governadora Raquel Lyra elogiou o Governo Federal pela atenção ao estado e creditou a capacidade de diálogo com o principal fator para que a parceria pudesse ser feita. 

“A gente conseguiu construir um relacionamento com o Governo Federal que permite que a gente tenha reuniões semanais de ponto de controle, para que as obras, que hoje estão anunciadas, possam, de fato, ser a realidade do nosso Estado. A gente só combate a desigualdade com investimento, e a gente não tem uma capacidade de investimento muito alta. Agora, a gente está buscando empréstimos, mas a parceria com o Governo Federal é fundamental”, completou a chefe do Executivo estadual.

"Governo anterior não tinha projeto estruturante"

O ministro Rui Costa, em seu discurso, também elogiou a atuação do Governo Federal no primeiro semestre de trabalhos e o que colocou como celeridade na comunicação entre as esferas administrativas. Segundo ele, o novo PAC não pode repetir os erros do programa anterior. 

“Não podemos deixar acontecer o que aconteceu no PAC 1, porque antes não tinha nenhum projeto estruturante no país enxergando a possibilidade de faltar mão de obra. Não é razoável, com esse nível de desemprego no país, a gente ter obra em andamento e as empresas se queixarem de mão de obra qualificada para contratar. É preciso, imediatamente, buscar parcerias entre os poderes e as redes de escolas técnicas federais, para que se identifique em cada cidade e região [as necessidades], para ‘customizar’ a formação e a mão de obra. Ver que tipo de mão de obra se busca naquela região. Fazer formação direcionada”, declarou. 

Por fim, elogiou as conquistas econômicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ironizou a “sorte” do mandatário frente à economia do Brasil. “Falaram que não conseguiríamos crescer a economia nem em 1%, depois aumentaram para 1,5%, depois 2%, e sempre admitem que erraram e erraram porque não acreditaram no país, porque não acreditem na ‘sorte’ do presidente Lula, porque eles dizem que é sorte. Graças a Deus Lula tem sorte e é por isso que o povo vota nele. Toda vez que ele volta, a economia cresce, o emprego aumenta e as coisas melhoram”, concluiu. 

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou, nesta quarta-feira (16), que o metrô do Recife será incluído no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do governo federal. A menção foi breve e sem detalhes, mas o ministro foi assertivo ao dizer que o equipamento vai ser atualizado tecnicamente. 

“Nós vamos incluir no PAC também o metrô [do] Recife, para atualizá-lo tecnicamente, melhorar a sua operação e melhorar a sua qualidade, e melhorando, portanto, o serviço público de mobilidade”, afirmou Rui Costa, durante o programa matinal “Bom dia, Ministro”, do canal do governo no Youtube. 

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Mesmo com a promessa recente, e a inclusão da requalificação do MetroRec no PAC – o item faz parte do subeixo de mobilidade urbana sustentável –, o equipamento está classificado como estudo, e não como obra, ainda.  

Do Novo PAC, Pernambuco receberá investimentos na faixa dos R$ 91,9 bilhões nos próximos anos. Confira os valores distribuídos para cada um dos eixos do programa no estado: 

INCLUSÃO DIGITAL E CONECTIVIDADE: R$ 3,1 bilhões. 

SAÚDE: R$ 7,9 bilhões. 

EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA: R$ 21,1 bilhões. 

INFRAESTRUTURA SOCIAL INCLUSIVA: R$ 400 milhões. 

CIDADES SUSTENTÁVEIS E RESILIENTES: R$ 14,8 bilhões. 

ÁGUA PARA TODOS: R$ 10,3 bilhões. 

TRANSPORTE EFICIENTE E SUSTENTÁVEL: R$ 11,2 bilhões. 

TRANSIÇÃO E SEGURANÇA ENERGÉTICA: R$ 16,8 bilhões. 

INOVAÇÃO PARA A INDÚSTRIA DA DEFESA: R$ 6,3 bilhões. 

A segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passará a ser feita por uma estrutura híbrida, composta por militares, civis e policiais federais, conforme anunciaram nesta quarta-feira (28) os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A estrutura ficará sob o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).   

Desde janeiro, a segurança de Lula era feita pela Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, comandada por um delegado da Polícia Federal. A secretaria será extinta com a publicação do modelo híbrido, o que deve ocorrer na próxima sexta-feira (30). 

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 O ministro Rui Costa disse que o presidente Lula decidiu pela estrutura híbrida, que irá atuar de “forma consensual, harmônica”, onde todos vão trabalhar, “GSI e Polícia Federal, para garantir segurança do presidente, vice-presidente e respectivos familiares”.   

Flávio Dino explicou que o presidente e o vice-presidente terão liberdade para escolher quem será responsável por sua segurança em viagens e compromissos.   

“A PF vai participar duplamente: institucionalmente e com a cessão de policiais federais para o GSI, a critério do presidente da República e do vice-presidente, que são dos destinatários da proteção. Se eles quiserem 10 PFs, eles terão dez. Se eles quiserem 100, terão 100, porque, evidentemente, todo o Estado brasileiro está à disposição dessa missão fundamental de proteger o presidente da República”, afirmou Dino.   

O anúncio foi feito após reunião de Lula com Costa, Dino e o ministro-chefe do GSI, general Marcos Amaro. 

A primeira-dama Janja Silva e o ministro da Casa Civil Rui Costa convivem em um clima de desacertos nos bastidores do governo. Enquanto ela cobra a compra de móveis caros e um gabinete oficial, o ex-governador da Bahia tenta evitar prejuízos à imagem do presidente Lula. As informações são da Folha de S. Paulo 

Sem uma estrutura formal para tocar os assuntos estratégicos voltados às Políticas Públicas, Janja usa uma sala no Palácio do Planalto e enxerga possíveis perdas pela falta de um gabinete. 

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O ministro ainda não concedeu a permissão sobre o gabinete e também não autorizou a aquisição de móveis que ela havia escolhido para o Alvorada, onde mora com Lula. Entre a lista de decoração da primeira-dama estava uma mesa de R$ 200 mil. 

A equipe da Casa Civil aponta que o preço dos móveis poderia respingar de forma negativa no governo. Janja teria contra-argumentado, e dito que os itens adquiridos seriam parte doa cervo do Palácio. 

Machismo dentro do governo

Em um dos impasses com Rui Costa, a primeira-dama teria insinuado que "é mais popular que muito ministro". A fala teria sido feita após o resultado da pesquisa Quaest que mostrou a popularidade de Janja maior que da sua antecessora Michelle Bolsonaro. 

Integrantes da equipe de Janja entendem que os desacertos são causados por ações machistas e receio que ela seja escolhida por Lula como próxima candidata à Presidência. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou atenção da equipe ministerial durante reunião realizada na manhã desta terça-feira (14) e alertou que nenhum dirigente das 37 pastas pode anunciar medidas sem passar pela Casa Civil, comandada por Rui Costa.

"É importante que nenhum ministro e nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordado com a Casa Civil, que é quem consegue fazer que a proposta seja do governo", disse, logo no início do encontro. "Não queremos propostas de ministros, todas as propostas de ministros devem ser transformadas em propostas de governo."

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O presidente reforçou ainda que "qualquer genialidade" que alguém possa ter deve ser anunciada à Casa Civil para que a pasta discuta com a Presidência. "Para que a gente possa chamar o autor da genialidade", ironizou.

Ele afirmou que essa comunicação entre governo e ministérios é importante para manter a coesão. Disse ainda que os ministros terão todo apoio do Executivo, inclusive dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que "cuidam do caixa", para que não ocorra erros.

"Se tiver que arriscar alguma coisa, a gente vai arriscar com viés de acerto acima de uns 80%, porque a gente também não pode correr risco de anunciar coisa que não vai acontecer. Minha sugestão para que as coisas fiquem bastante corretas, coesas e harmônicas, é que ninguém anuncie nada, absolutamente nada que seja novo, sem passar pela Casa Civil", disse. Ele anunciou que citaria alguns casos ocorridos durante a reunião.

O presidente afirmou ainda ter orgulho de sua equipe que trabalha para criar condições de promover políticas públicas à sociedade. No campo da educação, ele pretende avançar em propostas e viajar com ministro da pasta, Camilo Santana, aos Estados para fazer anúncios.

A Casa Civil designou três novos diretores para a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em Portarias publicadas em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta segunda-feira, o governo está designando Rafael de Brito Aquino Soares para a diretoria de Administração e Logística da PRF; Antônio Jorge Azevedo Barbosa como diretor-executivo da PRF; e Marcus Vinícius Silva de Almeida para diretoria de Operações.

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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, reconheceu que houve um equívoco a reestruturação da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) nos despachos publicados no Diário Oficial e que integrantes da Casa Civil já indicaram que vai haver correção, como mostrou mais cedo o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Atos publicados no domingo (1º) vincularam a ANA a dois ministérios, além de haver um decreto que contraria a legislação vigente sobre a missão do órgão de editar normas de referência para o segmento de água, esgoto e resíduos. "Já foi comunicado o equívoco que saiu no Diário Oficial e que se deve voltar atrás", disse, em entrevista à Globonews, citando que integrantes da Casa Civil informaram que seria corrigido. "Foi um comunicado do governo que gerou mal estar e está sendo corrigido, foi um equívoco da comunicação", reforçou.

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O número 2 da Fazenda ainda disse que a questão do saneamento vai continuar a ser discutida e aprimorada. Segundo ele, a questão das agências reguladoras sempre foi polêmica, inclusive por quem defende o marco regulatório do saneamento. Porque a Constituição prevê que fique com os municípios, mas que há dificuldades. O programa de Parceria de Investimentos (PPI) vai ficar na Casa Civil, lembrou Galípolo.

Galípolo ainda negou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha resistência ao investimento privado. "É um debate falso", disse, citando que as primeiras parceria público-privadas (PPP) no setor de saneamento foram feitas no governo de Geraldo Alckmin em São Paulo e que a legislação de PPP foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no primeiro governo Lula.

Ele sugeriu, contudo, que não é certo fazer "saneamento fiscal" em saneamento básico, em referência a vender ativos simplesmente para melhorar o resultado das contas públicas.

No primeiro dia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, 1.204 servidores que desempenhavam funções de confiança na gestão de Jair Bolsonaro foram exonerados. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou que haverá mais dispensas de comissionados, mas negou qualquer viés ideológico nas demissões.

Ao tomar posse na segunda-feira (2), Costa disse que o governo Bolsonaro apagou obras não concluídas do sistema federal de monitoramento e, a exemplo de Lula, classificou a herança recebida como "caos".

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Dezenove dos 37 ministros foram empossados ao longo do dia. Uma das cerimônias mais concorridas foi a de Alexandre Padilha, novo titular da Secretaria de Relações Institucionais, realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Embora também tenha dirigido críticas à gestão Bolsonaro, Padilha adotou tom de conciliação. Um dia depois de ter dito que o Centrão é apenas "um conceito que não existe", o responsável pela articulação política entre o Planalto e o Congresso sustentou que vai tratar todos os partidos "com civilidade e harmonia", mesmo aqueles contrários a Lula.

Na plateia, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi vaiado ao ter o nome anunciado pelo locutor. A ex-presidente Dilma Rousseff, por sua vez, recebeu muitos aplausos. "Dilma, guerreira, da Pátria brasileira", gritavam militantes do PT, no Salão Nobre. Até o ex-presidente José Sarney ganhou palmas. Só Lira foi hostilizado.

"Nesse ministério está proibido insultar, agredir, ameaçar qualquer agente político, seja de qual partido for", disse Padilha. "Não existe aqui alguém que vai falar de metralhada contra a oposição. Essa época acabou", emendou ele, numa referência a declarações de Bolsonaro, que fez elogios à ditadura militar e disse que ia "metralhar" petistas no Acre.

Enquanto ministros tomavam posse, Lula estava no Itamaraty, onde recebeu líderes estrangeiros. Eles disseram que o Brasil estará "de volta" ao cenário internacional e organismos multilaterais com o novo governo.

"Lula é um líder regional e vai dar o impulso à América Latina muito importante. Sua presença é a volta do Brasil a todos os fóruns internacionais. A ausência brasileira nos fóruns internacionais foi muito evidente (nos últimos quatro anos)", resumiu o presidente da Argentina, Alberto Fernández. Lula viajará para a Argentina no próximo dia 23 e participará de um encontro da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Buenos Aires.

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, que também esteve com Lula, disse ver o retorno de um "Brasil multilateral". "Brasil multilateral, Brasil na cena internacional, Brasil nas organizações, que faz muita falta", afirmou Rebelo. Ele elogiou o fato de Lula ter valorizado a proteção ambiental em seu discurso de posse, no domingo, 1º.

MDB

O presidente também decidiu extinguir a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e dividir suas atribuições entre os ministérios da Saúde, comandado por Nísia Trindade, e de Cidades, nas mãos de Jader Filho, do MDB. O partido ficará responsável pelo setor que faz obras em saneamento e concentra a maior fatia do orçamento da Funasa.

O Estadão apurou que parlamentares do MDB querem uma reunião com Jader Filho, Rui Costa e Alexandre Padilha para debater o destino da Funasa. A fundação é tradicionalmente disputada por partidos do Centrão pela oportunidade de controlar orçamento bilionário. Em 2022, mais de R$ 3,4 bilhões foram direcionados para lá.

A missão da Funasa é levar saneamento básico e água de qualidade à população. Nas mãos do Centrão, porém, tornou-se um duto de escoamento do dinheiro do orçamento secreto. Durante a gestão de Bolsonaro, a Funasa era área de influência do PSD.

Costa disse que sua prioridade será destravar as conclusões de obras com recursos federais. "Nem sabemos quantas obras no Brasil estão paralisadas. Cada um tem um número. Nem o próprio ministério consegue precisar quantas obras temos paralisadas hoje. Isso é a demonstração do caos que estamos recebendo", afirmou o ministro, em discurso.

Em seus últimos pronunciamentos, Lula tem dito que há 14 mil obras paradas no Brasil. "Ao buscar detalhar isso, a transição verificou que obras foram deletadas dos arquivos, como se concluídas estivessem. É como se o governo federal dissesse: 'Aquela creche que está com 70% de execução, como a responsabilidade é do prefeito, não é mais minha. Apaga do sistema'", destacou.

Costa disse, ainda, que desde o governo Dilma há casas prontas do Minha Casa, Minha Vida, nunca habitadas por falta de condições básicas. Algumas, por exemplo, não têm vias de acesso aos condomínios residenciais. "Isso é inadmissível. Todas serão habitadas ainda no primeiro semestre deste ano", afirmou o novo chefe da Casa Civil, que é ex-governador da Bahia.

Ao falar sobre a herança de dificuldades recebida de Bolsonaro, Costa negou que a máquina pública será paralisada com as demissões e insistiu que é preciso fazer o ajuste porque o governo ampliou o número de ministérios de 23 para 37 sem aumentar os cargos. "Quase todos os 23 ministérios que existiam perderam cargos. Só Justiça e Defesa não perderam", observou Costa.

Conselhão

Padilha, por sua vez, anunciou a volta do chamado "Conselhão", grupo formado por representantes da sociedade civil para discutir políticas públicas. O colegiado terá agora o nome de Conselho de Fomento Econômico-Social e Sustentável. "Nós temos urgência de combinar responsabilidade social, ambiental e a responsabilidade fiscal. Um país que não tem responsabilidade social e ambiental é um país entregue à barbárie. Um país que não tem responsabilidade fiscal é um país entregue à insegurança econômica", argumentou Padilha, que foi titular da mesma pasta no segundo mandato de Lula e ministro da Saúde sob Dilma.

Outro ministro que tomou posse ontem, no Planalto, foi Márcio Macêdo, encarregado de ouvir os movimentos sociais. Deputado, vice-presidente do PT e tesoureiro da campanha de Lula, Macêdo disse que, sob sua gestão, o Planalto será "o endereço oficial para que a sociedade possa apresentar as suas reivindicações".

"O antigo governo fechou a porta do palácio para o povo, destruiu os conselhos e as conferências", criticou o novo chefe da Secretaria-Geral da Presidência. "Está na hora de deixar para trás esse passado de ódio e intolerância." Na prática, o trio formado pelos petistas Macêdo, Costa e Padilha compõe a chamada "cozinha" do Planalto, que auxilia Lula na gestão política do governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O novo ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta segunda-feira, dia 2, que o governo Jair Bolsonaro apagou obras não concluídas dos sistemas federais de monitoramento e controle. Costa disse que nem os próprios ministérios souberam informar ao gabinete de transição quantas obras paralisadas existem nas próprias pastas e que os números oficiais são divergentes.

"Isso é a demonstração do caos que estamos recebendo", afirmou o ministro, em discurso de posse no Palácio do Planalto. "Obras foram deletadas dos arquivos como se concluídas estivessem. Aquela creche que está com 70% de conclusão apaga do sistema e o problema passa a ser do prefeito. Não, é problema nosso e vamos resolver logo no início."

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Rui Costa também afirmou que há casas prontas do Minha Casa Minha Vida desde o governo Dilma Rousseff e que jamais foram habitadas. O ministro prometeu solucionar a questão e disse que ainda no primeiro semestre todas as casas já construídas serão entregues a novos moradores que estão na fila do programa.

Disse ainda que a prioridade dele será destravar as conclusões de obras com recursos federais. Segundo reiterou o ministro, esse é um pedido direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao cumprimentar ministros do Tribunal de Contas da União e de cortes superiores, pediu cooperação e falou em diálogo para dar andamento às intervenções federais.

"Vamos buscar muito diálogo para destravar ações e obras judicializadas para o Brasil gerar emprego e renda para as pessoas", disse o ministro.

Costa também pregou parcerias internacionais com embaixadas de países representados em Brasília e disse que há expectativa internacional em relação ao presidente Lula e ao Brasil.

"O mundo inteiro tem grande expectativa do Brasil, do presidente Lula, de retomada do Brasil como ator e como sujeito de um planeta melhor, ambientalmente sustentável. O Brasil é muito relevante nesse debate. Assim como sempre foi muito relevante como palavra pacificadora, de buscar a solução dos conflitos internacionais pelo diálogo", afirmou Costa.

Mudança de nome do cargo

O ministro pregou uma gestão "sem vaidades", no "ritmo da correria", com união em busca de consensos, sem anular opiniões. Anunciou que deixará de usar o antigo título do cargo, "ministro-chefe" da Casa Civil da Presidência da República, outrora o mais poderoso dos ministérios do governo.

Segundo Costa, ele deseja ser chamado agora apenas de ministro. "Um projeto dá certo quando cada um coloca sua vaidade pessoal um degrau abaixo do coletivo", afirmou Costa. "Como não queremos ser chefe, tiramos a palavra chefe. Ninguém faz nada sozinho, e não é com relação de chefe, é de cooperação."

Ele anunciou como membros da equipe a secretaria-executiva, Miriam Belchior, o subchefe de Assuntos Jurídicos, Wellington Cesar Lima e Silva, o secretário de Análise Governamental, Bruno Moretti, o secretário de Administração, Norberto Queiroz, e o secretário de Articulação e Monitoramento, Maurício Muniz. Marcus Cavalcanti será o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

República da Bahia

Antes do discurso de Rui Costa, ex-governador da Bahia por dois mandatos, o grupo político do PT baiano, que será influente, na Casa Civil discursou. Chamado por Lula de Galego, o senador Jaques Wagner (PT-BA), também ex-governador e padrinho político de Rui Costa, foi o primeiro. Wagner é o "mentor" da aliança política que governa a Bahia desde 2006.

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner disse que conversará com todos os parlamentares, mesmo os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, para que façam oposição de forma "inteligente" ao governo Lula. "Vamos conversar com todo mundo inclusive com a oposição", disse o senador.

Também discursaram o senador Otto Alencar (PSD-BA) e o novo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).

Otto Alencar disse que seu partido tem o compromisso de apoiar a aprovação das pautas encaminhadas por Lula. O senador Ângelo Coronel (PSD-BA) não discursou.

"Nossa próxima missão é ajudar o Lula a por o Brasil nos eixos", afirmou Rodrigues.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, nesta segunda-feira (2), durante sua solenidade de posse no cargo, que o governo vai buscar diálogo com o Judiciário para destravar obras judicializadas.

A cerimônia, no Palácio do Planalto, foi acompanhada pelo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e pela presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, mencionados no discurso de Costa.

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"Vamos buscar muito diálogo com o Judiciário federal e estadual, para a gente poder destravar todas aquelas obras que estão judicializadas", declarou Costa.

O ministro disse que, com isso, o governo quer gerar emprego.

Apesar das tentativas da cúpula do MDB de turbinar o Ministério do Planejamento com o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a pasta a ser assumida pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) deve manter a estrutura sugerida pelo governo de transição. O PPI, assim, vai de fato migrar do Ministério da Economia, onde foi alocado pelo presidente Jair Bolsonaro, para o controle da Casa Civil. O desenho foi confirmado mais cedo pelo futuro ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

O Broadcast Político mostrou mais cedo que o PPI tornara-se uma disputa interna nos bastidores do governo eleito, com aliados de Tebet na tentativa de levar o programa para o Planejamento e a cúpula petista barrando o movimento. Como revelou a reportagem, Rui Costa, inclusive, já havia escolhido quem será o responsável pelo PPI: o secretário de infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti.

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O pano de fundo das tentativas de turbinar o Ministério do Planejamento é eleitoral. Aliados de Simone desejam ter a senadora em uma pasta robusta que amplie seu capital político para disputar novamente a Presidência da República em 2026. Neste ano, ela ficou em terceiro lugar e apoiou Lula no segundo turno. O PT, de outro lado, quer conter o crescimento de Simone para manter o caminho aberto para Haddad, provável sucessor do petista.

"Conjunto dos projetos prioritários do governo, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, inclusive o PPI, são projetos monitorados e coordenados pela Casa Civil. E o Planejamento historicamente participa do comitê gestor que é coordenado pela Casa Civil", afirmou Padilha mais cedo, após reunião com o presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Atualmente, a Secretaria Especial do PPI fica alocada no Ministério da Economia. Há também o conselho do PPI, que participa das reuniões deliberativas do órgão. Nele são integrantes o presidente da República e vários ministérios, como o da Economia, Casa Civil, Infraestrutura e Minas e Energia. Para que Tebet seja contemplada de alguma forma, a ideia é de que o Planejamento tenha assento também no Conselho.

O PPI foi estruturado no governo Temer para alavancar concessões à iniciativa privada. Na prática, o órgão é responsável por uma carteira de projetos que são estruturados para irem a leilão. A modelagem dos projetos, em muitos casos, é feita pelo BNDES, pelos próprios ministérios responsáveis, pelas agências reguladoras ou pela Caixa Econômica.

O Ministério do Planejamento, assim, participa de conselhos e instâncias de deliberação do PPI. Junto à Casa Civil, ao Ministério da Fazenda e até mesmo à Advocacia-Geral da União (AGU), quando o caso envolver pareceres jurídicos, a pasta de Tebet terá a competência de avaliar parâmetros e normativos. A execução dos projetos estruturados pelo PPI, como, por exemplo, a fase de leilão, contudo, cabe a cada pasta.

Para além do PPI, aliados de Simone Tebet tentaram na noite de ontem engordar o Planejamento com o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O movimento, porém, foi logo barrado pelo governo eleito, que vê a oferta de crédito dos dois bancos públicos como política estritamente fazendária. As instituições, assim, devem seguir sob o guarda-chuva do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, confirmou hoje (22) que a secretaria-executiva de sua pasta ficará sob a responsabilidade de Miriam Belchior. Ela foi ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão e presidente da Caixa Econômica Federal no governo de Dilma Rousseff.

Antes, atuou na Casa Civil, nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, e foi responsável pelo monitoramento dos projetos estratégicos do governo Federal e pela coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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Miriam é mestre em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas. De 1997 a 2002 foi secretária de Administração e Modernização Administrativa e posteriormente Secretária de Inclusão Social e Habitação da Prefeitura de Santo André.

Em comunicado, a assessoria de Rui Costa também informou que o atual secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, comandará a Secretaria Especial do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). O PPI, que hoje está na estrutura do Ministério da Economia, será integrado à Casa Civil no próximo governo.

Cavalcanti é servidor público efetivo da Bahia, já ocupou diversos cargos de chefia em secretarias e autarquias do governo baiano. Está à frente da Secretaria de Infraestrutura desde 2014. Em 2010, assumiu a Superintendência de Transportes do estado. Atualmente, também preside o Conselho de Administração da Bahiagás.  Ele é graduado em Engenharia Mecânica pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia.

Durante o ato contra os cortes orçamentários de universidades e Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), nesta quinta-feira (15), em frente ao Palácio do Campo das Princesas, localizado na área central do Recife, uma comissão formada por estudantes foi recebida pela Casa Civil. Na ocasião, as entidades estudantis protocolaram um ofício pedindo que seja revogada pontos da emenda que retida R$ 8,5 milhões da instituição.

A vice-presidente da União dos Estudantes de Pernambuco e militante do Levante Popular da Juventude, Maya de Sena, fez parte da comissão recebida pela Casa Civil. Ao LeiaJá, Maya expôs os impactos causados pelos cortes. “A gente entende que o estudante não tem como estudar com fome, não como estudar sem passagem, sem bolsas que garantam a permanência dentro das universidades”.

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De acordo a vice-presidente da União dos Estudantes de Pernambuco, a Casa Civil deu um prazo até a próxima quarta-feira (21) para dar uma resposta sobre a demanda. “A gente queria dessa vez uma resposta imediata, mas não vamos ter agora. Vamos continuar nos mobilizando e pressionando a Assembleia Legislativa de Pernambuco para que a gente consiga esse veto”.

No final do dia, os estudantes se organizaram em frente à Alepe para pressionar os deputados. Os manifestantes chegaram a sentar no chão e alegaram que não dão paz enquanto o corte não for revogado. Com a ausência de retorno por parte do governo estadual, as entidades promoveram vaias. 

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, no final da manhã desta sexta-feira (9), que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), será o ministro-chefe da Casa Civil em seu governo. O favoritismo de Costa foi antecipado pelo Broadcast Político,, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em 28 de novembro. "Rui Costa será o meu ministro-chefe da Casa Civil", anunciou Lula em pronunciamento à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição em Brasília.

O PT tem uma espécie de "dívida" com Rui Costa, que abriu mão de disputar o Senado para manter a aliança com o PSD na Bahia. Após dois mandatos, Costa lançou o afilhado político Jerônimo Rodrigues para concorrer ao governo e apoiou a reeleição de Otto Alencar ao Senado. Os dois saíram vitoriosos.

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Homem da confiança de Lula, Rui Costa, porém, é visto com reservas no PT por sua postura "pouco à esquerda", na avaliação de filiados, e favorável a discutir privatizações. A expectativa é que ele assuma uma postura essencialmente "gerencial" no Ministério responsável por acompanhar os projetos do governo.

A articulação para levar Costa à Esplanada dos Ministérios foi feita pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), amigo pessoal do presidente eleito e padrinho político do governador da Bahia.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicou na manhã desta sexta-feira (4), em postagem no Twitter, uma reprodução da nomeação, no Diário Oficial da União (DOU), do seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), como coordenador da equipe de transição do governo. Lula disse trabalhar por um futuro melhor.

"Bom dia. Vamos trabalhando na transição para um futuro melhor para todos", escreveu o presidente eleito.

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A nomeação de Alckmin foi formalizada nesta sexta-feira no DOU pelo o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Ele assume o Cargo Especial de Transição Governamental (CETG), nível VII, conforme portaria publicada.

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, formalizou a nomeação de Geraldo Alckmin (PSB) como coordenador da equipe de transição do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alckmin, que também é o vice-presidente eleito, assume o Cargo Especial de Transição Governamental (CETG), nível VII, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (4).

Alckmin chegou nesta quinta-feira (3) a Brasília, com sua equipe, que inclui a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, e o ex-ministro Aloizio Mercante, para dar início ao trabalho de obtenção de informações do governo atual. Na agenda, teve encontro com o relator do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), e a primeira reunião presencial com Ciro Nogueira, responsável legal pela nomeação da equipe de transição do novo presidente. Alckmin também teve breve encontro com o presidente Jair Bolsonaro.

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Ainda nesta quinta, Alckmin anunciou, junto com seus colegas de equipe, a articulação para aprovação da chamada PEC de Transição, que pretende tirar do Teto de Gastos despesas urgentes, prometidas por Lula durante a campanha, como a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, que deverá a voltar a ser chamado de Bolsa Família.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), afirmou ter certeza de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vencerá as eleições de 2022 contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A análise do centrista ainda mencionou que o atual mandatário poderá levar a vitória no primeiro turno, o que contraria as pesquisas de intenção de votos mais recentes. As previsões foram feitas em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, na madrugada desta quinta-feira (17). 

“Eu tenho uma previsão. Muita gente acha que daqui a dois meses o presidente já vai estar em empate com o Lula. Nas convenções, já vai estar na frente. Mais perto da eleição, nós vamos fazer as contas se ele ganha no primeiro turno. Minha previsão é essa, pelas pesquisas que nós temos em mãos”, afirmou o ministro. 

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Para Nogueira, no entanto, Bolsonaro crescerá e ‘com certeza’ irá vencer as eleições, menos em estados do Nordeste, onde apresenta as maiores taxas de rejeição. 

“Um presidente nunca deixou de ser reeleito no Brasil. Tem um sentimento de que as pessoas merecem um segundo mandato”, disse Nogueira ao afirmar que não tem dúvidas sobre a vitória do ex-capitão. “Em algumas regiões, nós vamos superar o presidente Lula. Mas no geral, ele ganha no Nordeste, mas vai perder no resto do país”, avaliou Nogueira. 

Uma das pesquisas mais recentes sobre as Eleições 2022 foi divulgada pela consultoria Quaest, na quarta-feira (16), a diferença entre Bolsonaro e Lula é de 20 pontos percentuais. O ex-presidente tem 45% da preferência do eleitorado, enquanto Bolsonaro soma apenas 25%. Na PoderData, o crescimento que o ex-capitão vinha registrando perdeu força. Neste caso, o saldo entre os candidatos é de 10 pontos percentuais. 

Questionado pelo apresentador Pedro Bial se aceitaria o resultado das urnas eletrônicas, Nogueira declarou que confia nas mesmas, mas não acha que elas não possam ser fraudadas, além de ter minimizado as acusações de Bolsonaro sobre a segurança eleitoral. "Precisa haver uma vigilância constante", reforçou. 

Depois de assumir o poder de controlar o Orçamento da União, a Casa Civil, chefiada por Ciro Nogueira (PP), ganha mais uma atribuição do presidente Jair Bolsonaro: dar a palavra final quando houver impasses entre ministérios sobre propostas de atos normativos. A decisão consta de decreto publicado nesta terça-feira (15) no Diário Oficial da União (DOU). A ideia, segundo o governo, é aperfeiçoar o processo de submissão de atos normativos ao presidente da República.

"Compete à Casa Civil da Presidência da República coordenar as discussões para resolver impasses entre órgãos quanto ao mérito de propostas de atos normativos", determina o decreto. "Caso não seja possível solucionar o impasse, a Casa Civil da Presidência da República poderá formular e propor ao Presidente da República alternativa de ato normativo", completa.

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A Secretaria-Geral da Presidência explica em comunicado distribuído à imprensa que, antes disso, para expedição da posição de mérito quanto às matérias e proposições a serem submetidas ao presidente da República, era necessário convergência de opiniões entre os ministérios envolvidos. Mas agora, com o novo mecanismo, o "Centro de Governo" poderá ponderar dados e argumentos apresentados pelos ministérios e sugerir solução do impasse, inclusive com a adoção de redação alternativa para o ato.

Em defesa da mudança, a pasta diz ainda que mecanismo semelhante já existe para dirimir controvérsia de posições entre órgãos de assessoramento jurídico, cabendo ao advogado-geral da União unificar o entendimento jurídico. "As mudanças no Decreto 9.191/2017 viabilizarão a solução de impasses nas posições de mérito, permitindo mais celeridade no processo de análise dos atos quanto ao alinhamento da matéria com as políticas e as diretrizes do Governo".

Fortalecimento

Com o decreto de hoje, Bolsonaro reforça o movimento de fortalecimento da Casa Civil de Ciro Nogueira, um dos líderes do Centrão, às vésperas da campanha eleitoral em que o chefe do Planalto busca a reeleição. Esse movimento começou ainda em janeiro, quando Bolsonaro decretou que atos relacionados à gestão do Orçamento público precisarão de aval prévio da Casa Civil, num processo que também esvaziou funções que até então eram conduzidas pelo chefe da Economia, Paulo Guedes.

Com isso, ações como remanejamento de verbas, alterações de despesas, abertura ou reabertura de créditos extraordinários e abertura de créditos especiais continuam sendo feitas pelo Ministério da Economia, mas condicionadas "à manifestação prévia favorável do Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República".

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