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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, reconheceu que houve um equívoco a reestruturação da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) nos despachos publicados no Diário Oficial e que integrantes da Casa Civil já indicaram que vai haver correção, como mostrou mais cedo o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Atos publicados no domingo (1º) vincularam a ANA a dois ministérios, além de haver um decreto que contraria a legislação vigente sobre a missão do órgão de editar normas de referência para o segmento de água, esgoto e resíduos. "Já foi comunicado o equívoco que saiu no Diário Oficial e que se deve voltar atrás", disse, em entrevista à Globonews, citando que integrantes da Casa Civil informaram que seria corrigido. "Foi um comunicado do governo que gerou mal estar e está sendo corrigido, foi um equívoco da comunicação", reforçou.

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O número 2 da Fazenda ainda disse que a questão do saneamento vai continuar a ser discutida e aprimorada. Segundo ele, a questão das agências reguladoras sempre foi polêmica, inclusive por quem defende o marco regulatório do saneamento. Porque a Constituição prevê que fique com os municípios, mas que há dificuldades. O programa de Parceria de Investimentos (PPI) vai ficar na Casa Civil, lembrou Galípolo.

Galípolo ainda negou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha resistência ao investimento privado. "É um debate falso", disse, citando que as primeiras parceria público-privadas (PPP) no setor de saneamento foram feitas no governo de Geraldo Alckmin em São Paulo e que a legislação de PPP foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no primeiro governo Lula.

Ele sugeriu, contudo, que não é certo fazer "saneamento fiscal" em saneamento básico, em referência a vender ativos simplesmente para melhorar o resultado das contas públicas.

 Por meio de nota publicada nos canais instituicionais do Tribunal de Contas da União, na tarde desta sexta (27), a ministra Ana Arraes, avó do candidato a prefeito do Recife João Campos (PSB), esclarece que não sofreu qualquer tipo de agressão do neto. Circula nas redes sociais um vídeo que sugere o ocorrido, a partir da reprodução de alguns segundos de uma entrevista de 14 minutos dada por Ana Arraes. No material, ela se queixa da briga pública entre João e seu tio, Antônio Campos, atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

À época, João era deputado federal e havia dito, em uma audiência pública no congresso, que Antônio era um “sujeito pior” do que o então ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ana Arraes saiu em defesa do filho e criticou publicamente a postura do neto.

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Na nota, o TCU argumenta que a gravação que agora circula nas redes sociais está fora de contexto. “Na condição de ministra do Tribunal de Contas da União, sou impedida pela legislação de assumir posições políticas ou pessoais no processo eleitoral, no Recife ou em qualquer outro lugar. E não admito a utilização de meu nome, sobretudo em peças com viés claro de fake news, tentando prejudicar alguém da minha família. Nunca fui agredida por nem um dos meus netos, com os quais tenho uma relação de amor profundo e carinho”, escreveu a ministra.

O padre Fábio de Melo usou suas redes sociais para revelar que fez uma tatuagem de uma abelha em sua mão. Através do seu perfil no Instagram, o padre deu detalhes sobre a escolha. Segundo ele, o desenho será o seu “sinal” e também uma lembrança sobre o período da pandemia do coronavírus.

De acordo com o religioso, uma abelha costumava pousar nele em todas as suas lives de missas dominicais e a partir daí surgiu a ideia do desenho, que mede cerca de dois centímetros. O padre também revelou que deu o nome de sua mãe, Ana, a abelha.

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"Ela tem apenas 2 cm. Dei a ela o nome de Ana, o mesmo de minha mãe. Tudo começou com uma abelha que ficava pousando em mim durante as lives das missas dominicais. Quem vem acompanhando já me ouviu falando sobre elas. Será meu sinal. De um tempo difícil, mas também bonito. De reclusão, de vida interior, de buscas e realizações silenciosas. O poeta tem razão: "abelha fazendo mel vale o tempo que não voou”, escreveu Fábio de Melo em sua publicação.

"Para que eu nunca me esqueça de que o mel é fruto de dedicação, pousei, definitivamente, uma abelha em minha mão", seguiu o padre.

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Ex-mulher do atual presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, comprou 14 imóveis, parte deles com dinheiro vivo, durante o período do casamento. Os dois se uniram em 1990, quando ele era deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro e ela uma assessora parlamentar do deputado federal baiano Jonival Lucas, sem nenhum bem. As informações foram levantadas pela revista Época.

O casamento mudou não apenas o padrão de vida da assessora, mas suas atividades. De acordo com a Época, que teve acesso a quase 40 escrituras de compra e venda e 20 registros em cartórios no Rio de Janeiro e em Brasília, Ana Cristina se transformou em uma “ávida negociadora imobiliária”. Até o fim da união com Bolsonaro, em 2008, Ana Cristina adquiriu, em apartamentos, casas e terrenos, o equivalente a R$ 3 milhões na data da separação, o que agora corresponde, considerando-se a inflação, a R$ 5,3 milhões.

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Quando se casou com Ana Cristina, Bolsonaro só tinha dois apartamentos no Rio de Janeiro e um terreno- onde, posteriormente, construiu uma casa- na Vila de Mambucaba, em Angra dos Reis, tudo adquirido entre 1996 e 1997. 

As chuvas que caíram em Pernambuco no mês de março fizeram com que a severidade da seca diminuísse em comparação a fevereiro. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), Pernambuco deixou de ter áreas com seca grave e todo o seu território ainda registra o fenômeno. De forma geral, o mês de março foi de chuva acima da média, exceto em parte da Zona da Mata.

Em algumas localidades do Sertão e Agreste, os desvios positivos foram de mais de 300mm acima da normalidade, o que refletiu em uma melhora nos indicadores de seca de curto e longo prazo e no índice de saúde da vegetação.

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Nessa área houve diminuição da intensidade da seca, que passou de grave a moderada. Na porção noroeste do estado (divisa com Piauí, Ceará e Paraíba) a seca regrediu de moderada para fraca. Os impactos permanecem de curto prazo no leste do estado. Nas demais áreas os impactos são de longo prazo.

Em março deste ano aconteceram chuvas acima da média no Nordeste, com acumulados superiores a 100mm em relação à média em grande parte dos estados nordestinos.

*Com informações da Agência Nacional de Águas

Pode comemorar pois a Disney liberou nesta segunda-feira, dia 23, um novo trailer de Frozen 2! O filme, que dá continuidade à história das irmãs Elsa e Ana, irá ganhar sua segunda parte no dia 2 de janeiro de 2020 e, pelo que parece, novas aventuras precisarão ser enfrentadas. A prévia, que tem pouco mais de dois minutos, entrega um novo desafio às duas personagens, que precisaram se unir ainda mais para desvendar um novo mistério envolvendo o poder de Elsa!

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Tudo começa com as irmãs ouvindo uma história de ninar contada pelo pai, sobre uma floresta encantada que, após um evento misterioso, se tornou impenetrável. Já nos dias atuais, a trama dá a entender que essa história tem um fundo de verdade, pois Elsa confessa que está ouvindo vozes chamando seu nome. Com isso, ela, Ana, Kristoff, Sven e Olaf partem em uma jornada para descobrir de onde elas vêm.

Não há dúvidas que o segundo filme será um sucesso tão grande quanto o primeiro, né? Frozen 2 manterá os mesmos dubladores do primeiro longa, com nomes de peso como Idina Menzel, Kristen Bell, Jonathan Groff e Josh Gad.

Lançado em 2013, Frozen: Uma Aventura Congelante entrou na lista de melhores sucessos de bilheteria da Disney ao faturar, segundo o The Hollywood Reporter, mais de 1,27 bilhão de dólares ao redor do mundo - o que é equivale mais de 5 bilhões de reais.

A comissão externa da Câmara dos Deputados, criada para investigar as causas do rompimento da barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), ouvirá nesta terça-feira (19) representantes dos órgãos de controle e ambientais. Na tragédia, morreram 169 pessoas e 141 estão desaparecidas, segundo a atualização mais recente do Corpo de Bombeiros.

Na audiência pública, está prevista a participação do presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Fortunato, o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal de Oliveira.

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Também são esperados o diretor da Área de Regulação da Agência Nacional de Águas (ANA), Oscar Cordeiro Netto, e o secretário de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração do Tribunal de Contas da União, Uriel de Almeida Papa.

Na semana passada, a comissão ouviu o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, que admitiu que as medidas de monitoramento da barragem não funcionaram.  

A comissão parlamentar poderá atuar na revisão de leis, em especial a Política Nacional de Segurança de Barragens (Lei 12.334/10), para tornar mais rígidas as exigências de segurança dessas estruturas.

Há um projeto de lei nesse sentido, de autoria do ex-senador Ricardo Ferraço, e que foi desarquivado para ser analisado na Comissão de Meio Ambiente do Senado. O relator é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Tanto a Câmara como o Senado aprovaram a criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) nas duas Casas para investigação do desastre.

*Com informações da Agência Câmara

Pelo menos 723 barragens em todo o País são classificadas, simultaneamente, como apresentando algum tipo de risco e também com dano potencial associado alto. Isso significa que, além de apresentarem problemas estruturais que colocam sob suspeita sua integridade física, elas também estão muito próximas de comunidades, plantios e criações, por exemplo. Os números estão no Relatório de Segurança de Barragens de 2017, da Agência Nacional de Águas (ANA).

A estrutura de fiscalização das barragens brasileiras - um total de 24.092 - é insuficiente, como assinala o relatório. Naquele ano, apenas 3% delas foram vistoriadas por algum órgão fiscalizador. Mesmo assim, os órgãos fiscalizadores listaram 45 barragens em situação particularmente preocupante. A maioria tem problemas como baixo nível de conservação e falta de documentação da estabilidade das estruturas.

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"O relatório espelha a situação atual das obras de engenharia no Brasil", resume o engenheiro João Ferreira Netto, especialista em sistemas logísticos e professor da Escola Superior de Engenharia e Gestão. "Houve uma expansão muito grande dos sistemas no País, mas a manutenção desses sistemas foi deixada de lado, houve uma certa negligência."

O relatório afirma que a fiscalização, além de pouca, é extremamente pulverizada. É feita por pelo menos 31 órgãos diferentes, em diversas esferas, municipal, estadual e federal. No caso específico das barragens de rejeitos de minério, a supervisão da fiscalização é de responsabilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM). O órgão que conta com apenas 20 funcionários para esta função.

No caso específico de Brumadinho, que ruiu na sexta-feira, 25, matando pelo menos 99 pessoas, a ANM informou que a barragem não apresentava pendências documentais. Em termos de segurança operacional estava classificada na categoria de risco baixo e dano potencial associado alto.

"A gente precisa que as instituições, os órgãos estaduais, tenham um corpo técnico capaz de fazer fiscalizações, o que observamos hoje é um sucateamento dos órgãos responsáveis pela fiscalização", afirma o geógrafo Marcelo Laterman, do Greenpeace, que está em Brumadinho.

Para o especialista, justamente por que a fiscalização é falha, as operações em todas as barragens operadas pela Vale deveriam ser imediatamente suspensas até que sua segurança fosse comprovada de forma independente.

"A Vale tem 167 barragens em cinco Estados diferentes. Será que todas elas são bombas ativadas que podem explodir a qualquer momento? É uma empresa reincidente", afirmou. Ele se referia ao colapso da barragem do Fundão, em Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos e pelo menos 300 famílias desabrigadas.

Para os especialistas, a auditoria feitas pelas próprias empresas é mecanismo válido, mas não poderia ser o único. "A ideia de a empresa ter mecanismos para fazer a própria checagem e reportar aos órgãos públicos contribui para a gestão da segurança do trabalho, é uma ferramenta a mais", afirmou o professor Carlos Rogério Cerqueira Júnior, especialista em Ciências do Meio Ambiente da Escola Superior de Engenharia e Gestão.

A Agência Nacional de Águas (ANA) detectou, nos últimos três anos, um total de 54 barragens de água do País com problemas na infraestrutura. Esse volume equivale a mais da metade do total das 104 barragens que a agência fiscaliza. A informação foi apurada pelo 'Estado' em dezembro passado, em levantamento realizado com a agência por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Hoje, segundo a ANA, há apenas seis funcionários do órgão em todo o País para executar esse trabalho de fiscalização. As barragens fiscalizadas pela ANA são classificadas como de "uso múltiplo", ou seja, para geração de energia, consumo humano e navegação. São diferentes das barragens de rejeito de minério, que são de responsabilidade da Agência Nacional de Mineração.

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A reportagem questionou a ANA sobre o total de notificações, alertas e multas emitidas pela agência em relação a problemas com infraestrutura de barragens - sejam quais forem essas barragens - em 2016, 2017 e 2018. "No período citado, foram notificadas 54 barragens sobre diversos problemas identificados relacionados a segurança de sua infraestrutura. Dos problemas detectados neste período alguns foram resolvidos e outros ainda estão sendo sanados pelos respectivos empreendedores", respondeu a agência.

Entre 2016 e 2018, a ANA aplicou 26 multas contra 23 barragens, somando o valor de apenas R$ 79 mil. Outros oito autos de infração com multas diárias foram dados contra oito barragens, somando o valor de R$ 267 mil.

A ANA não informou, à época, quais barragens apresentaram problemas. "Estas informações são as que a ANA dispõe para informação imediata. As demais informações constam dos processos administrativos relativos a cada barragem e demandam um esforço adicional da equipe para levantamento e consolidação."

As ações de fiscalização de barragens da ANA são programadas anualmente, por meio do Plano Anual de Fiscalização de Segurança de Barragens (PAF).

Para definição das barragens que serão fiscalizadas no ano leva-se em consideração, dentre outros fatores, "o grau de risco de cada barragem", segundo a ANA. Em 2016, 2016 foram fiscalizadas 34 barragens. Em 2017, 32 barragens foram visitas pelos técnicos. No ano passado, a equipe passou por 34 barragens. Estão sob a responsabilidade da ANA, a fiscalização de 104 barragens de uso múltiplos.

A ex-BBB Ana Clara foi vítima de uma pegadinha, nesta sexta-feira (28), ao vivo, durante a apresentação do seu quadro no programa Vídeo Show, no qual interage com os internautas no Twitter. Ela leu um comentário que está sendo intitulado como “Simpatia do Queiroz” com a maior inocência, sem se dar conta que, na verdade, o texto era uma ironia e estava relacionado ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, que é investigado pelo Ministério Público por transações financeiras suspeitas.

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A apresentadora leu na maior empolgação: “Simpatia: Dia 31, meia noite beba açaí com laranja, pule 17 ondas e grite: São Queiroz! São Queiroz! Faz um depósito pra nós”.

A internet não deixou barato. “Foi hilário eu não me aguentei de tanto rir. Nossa foi pra lacrar a última sexta gente só tem que Ana Clara”, comentou uma mulher. “O dia que o estagiário dirigiu o Vídeo Show”, zombou outra seguidora. 

Queiroz é investigado devido a saques e depósitos que somam R$ 1,2 milhão no período de um ano. As transações foram mapeadas em relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). 

Três anos depois do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG) - que matou 19 pessoas e destruiu o distrito de Bento Rodrigues -, relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) denunciam que ainda não existe no Brasil uma avaliação completa dos danos gerados nem uma resposta adequada às comunidades afetadas.

Em uma carta confidencial de 11 páginas enviada ao governo brasileiro, seis relatores especiais da Organização das Nações Unidas (ONU) criticaram as medidas adotadas pelas autoridades e pelas empresas, a suposta falta de transparência no processo de avaliação dos danos e a limitada participação da sociedade civil nos órgãos criados para tratar da crise. O governo brasileiro respondeu a carta, mas nos bastidores a ONU afirma que manterá a pressão.

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Em 5 de novembro de 2015, a barragem da Samarco rompeu e um rastro de lama desceu, destruindo flora e fauna. A lama atingiu o Rio Doce e alcançou o Oceano Atlântico pelo litoral do Espírito Santo, onde está a foz do curso d'água.

"Gostaríamos de expressar nossa preocupação em relação à falta de progresso em remediar a situação afetada pelo desastre, que é o resultado, de certa forma, da falta de uma avaliação robusta dos danos socioambientais e socioeconômicos, incluindo as consequências sobre a saúde", alertaram na carta os relatores Leo Heller, que é brasileiro, Baskut Tuncak, David Boyd, Dainius Puras, Victoria Lucia Tauli-Corpuz e Anita Ramasastry. "Estamos preocupados diante da suposta manutenção das violações de direitos humanos das comunidades afetadas pela bacia do Rio Doce."

Os relatores também se referem à qualidade da água. Segundo eles, a Fundação Renova insiste que as águas do Rio Doce atendem aos padrões da Agência Nacional das Águas (ANA), "mas essa análise se contradiz com estudos independentes sobre o assunto". Eles citam pesquisas conduzidas pelas Fundação SOS Mata Atlântica que identificaram metais pesados, com impacto para a saúde.

A carta menciona também que o reassentamento da comunidade está "longe de ser concluído". Os relatores lembram que a Renova estimava que teria concluído a construção dos novos bairros - Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira - até março de 2019 para receber as pessoas que tiveram suas casas destruídas. Mas, em fevereiro de 2018, as obras sequer tinham sido iniciadas.

Um dos questionamentos centrais dos relatores se refere ao acordo assinado em 25 de junho de 2018, que levou à extinção de ação civil pública de R$ 20 bilhões e à suspensão da tramitação de outra, de R$ 155 bilhões, movida contra a empresa e as controladoras, a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.

Por fim, segundo a carta, os representantes das comunidades afetadas não estão sendo "suficientemente representados" nos órgãos que tomam decisões na Fundação Renova.

Resposta

Em resposta à ONU, a Advocacia-Geral da União (AGU) escreveu, em 16 de novembro, que o novo acordo tem o objetivo de ampliar a participação das comunidades

Mas a AGU reconhece que há estudos que apontam para a necessidade de "fortalecer a avaliação ambiental, especialmente no que se refere à qualidade da água e de peixes". Sobre reassentamentos, diz que as obras começaram em agosto e serão entregues em 2020.

Fundação destaca investimentos

O procurador-chefe de Meio Ambiente da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE-MG), Lyssandro Norton Siqueira, afirma que, se existe atraso, não é por conta do governo. "Eventuais demoras se dão por conta de ações individuais entre atingidos e as empresas. O Estado não tem interferência nestas ações."

Segundo ele, dias após a tragédia, a AGE conseguiu na Justiça bloqueio de R$ 1 bilhão, para uso em ações pós-desastre.

Procurada, a Renova nega que não tenha havido avanços e diz que ações de reparação foram executadas desde as primeiras horas depois do rompimento da barragem. "Foram investidos R$ 4,5 bilhões nas ações de recuperação. Até o momento, cerca de mil obras foram concluídas, como praças, alamedas e escolas, além da reforma de mais de cem residências e propriedades rurais", diz a Renova.

Segundo a fundação, "projetos e iniciativas com aporte de R$ 120 milhões estão desenvolvendo o biomonitoramento aquático do Rio Doce". A Renova diz ainda que há frentes de trabalho na área da saúde, como estudos epidemiológicos e toxicológicos.

O Ibama disse que a reparação dos danos ocorre sob orientação e fiscalização do Comitê Interfederativo (CIF). Segundo o órgão, foram recuperadas nascentes e áreas degradas, e o CIF aplicou quatro multas à Renova, que somam R$ 34 milhões. A maior delas é por descumprimento da dragagem da Usina Hidrelétrica de Risoleta Neves.

O Estado também procurou a Samarco e a Secretaria de Meio Ambiente do Espírito Santo, que não se manifestaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sistema Cantareira, maior reservatório de água da região metropolitana de São Paulo, está em estado de alerta há dois meses, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). O manancial, que abastece cerca de 7,5 milhões de pessoas por dia, opera com 34% de sua capacidade.

No dia 30 de julho, o volume útil de água acumulado no Sistema Cantareira atingiu a marca de 39,69% e, por isso, passou a operar, a partir do dia 1° de agosto, em estado de alerta. Na prática, isso significa que o volume de água que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pode retirar do sistema passou de 31 mil litros por segundo para 27 mil litros por segundo.

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Segundo a companhia, a diminuição da quantidade de água retirada não influencia no abastecimento da população, já que a Sabesp vem economizando e tirando menos água do que o limite máximo estabelecido pela ANA, economizando 245,8 bilhões de litros do volume útil.

A Sabesp informou em nota que desde 2014 investiu R$ 6,8 bilhões em 36 obras que garantem água para a capital e para a Grande São Paulo, mas ressaltou a importância de a população economizar.

"É essencial que a população mantenha os hábitos de consumo consciente de água, evitando o desperdício, especialmente neste período de estiagem. A entrada de água nas represas principalmente a partir de abril no Sistema Cantareira tem ficado muito próxima das mínimas já registradas", afirma o comunicado.

Após ter se envolvido em várias polêmicas com a ex-colega de confinamento Jéssica, chegando até mesmo a ser acusado de traição, Lucas e Ana Lúcia reataram o noivado. O ex-BBB, que ficou conhecido como “noivo de Taubaté”, fez uma postagem em seu Instagram, na noite dessa sexta-feira (25), abraçando a noiva que ganhou milhares de seguidores na rede social. Lucas prometeu amor eterno. “Eu te amo e assim será para sempre, Ana Lúcia”, escreveu. 

O ex-BBB, na legenda, também disse que nunca desistiria de ter a amada ao seu lado novamente. “Vivemos os mais intensos 6 anos da minha vida e é com você que quero viver o resto dela”.

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Por sua vez, Ana Lúcia também se declarou para o noivo publicando a mesma foto. “Vivemos esperando o dia em que seremos melhores. Melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo. O dia chegou. Andamos muito para chegar aqui, no caminho enfrentamos gigantes internos que nos fizeram pessoas melhores e mais fortes. Agora vivemos esperando o dia em que seremos melhores para sempre", disse. 

O presidente Michel Temer indicou Christianne Dias Ferreira para o cargo de diretora da Agência Nacional de Águas (ANA). Ela deverá ocupar a vaga aberta com o fim do mandato de Vicente Andreu Guillo.

Christianne Ferreira é atualmente subchefe-adjunta para Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Seu nome foi encaminhado ao Senado Federal, que deverá aprová-lo antes da nomeação pelo presidente da República.

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Uma das regiões que mais têm sofrido com a seca, o semiárido radical, onde estão os focos de desertificação no Nordeste, pode enfrentar um cenário ainda mais dramático em um futuro de mudanças climáticas.

É o que alerta um trabalho feito pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV), que analisou o custo-benefício de medidas de adaptação para a bacia dos Rios Piancó-Piranhas-Açu, entre o sertão da Paraíba e do Rio Grande do Norte. A região, que abriga cerca de 1,6 milhão de pessoas, já tem sofrido com seca severa nos últimos cinco anos. O trabalho, encomendado pela Agência Nacional de Águas (ANA), e coordenado pelo pesquisador Alexandre Gross, calculou como esse quadro pode evoluir nos próximos 50 anos com a mudança do clima.

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No planejamento de riscos futuros tradicional, é normal considerar somente as séries históricas do passado e projetar o mesmo comportamento para frente. Por essa conta, até 2065 (o estudo usa 2016 como ponto de partida), a pesquisa estima que haveria déficit hídrico acumulado de cerca de 1.250 m³/s.

O trabalho calculou, então, como o quadro pode se alterar em três cenários de mudanças: um moderado; um com eventos extremos - em que há muita seca, mas também eventos de chuvas fortes; e um realmente árido. Esse déficit pode saltar para 14%, 84% e 133%, respectivamente.

Do ponto de vista econômico, o quadro sem mudança do clima indica perda de cerca de R$ 17,5 bilhões em 50 anos. O incremento com a mudança do clima pode variar de 7% (cenário moderado) a 97% (árido), atingindo cerca de R$ 35 bilhões.

"A mensagem é simples: planejar o futuro sem pensar nas mudanças climáticas pode significar uma negligência de cerca de 100% das perdas econômicas", diz Gross. "Sabíamos que poderia haver um déficit maior, mas a magnitude foi surpreendente. E, consequentemente, as perdas econômicas. A ideia é que o comitê de bacias leve isso em consideração", diz Carlos Perdigão, coordenador da superintendência de planejamento de recursos hídricos da ANA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais da metade (54%) dos alunos do 3º ano do ensino fundamental no País não consegue resolver problemas simples de Matemática nem consegue informações em textos de literatura infantil. Segundo o Ministério da Educação, o baixo desempenho nessa faixa etária (oito anos) reforça a necessidade de antecipar em um ano a alfabetização - proposta da pasta para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que vai definir o que os alunos da educação básica devem aprender em cada ano.

Os dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) 2016 foram divulgados ontem. A prova foi realizada em novembro por 2,1 milhões em 48 mil escolas públicas do País.

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Maria Helena Guimarães, ministra substituta da Educação, diz que os dados mostram que o Brasil estagnou na mesma "situação de insuficiência" de dois anos atrás. Em Matemática, 54,5% das crianças tinham nível de proficiência insuficiente no ano passado. Em 2014, edição anterior da prova, eram 57%.

A avaliação classifica o conhecimento em Matemática em quatro níveis. Em dois, o desempenho é considerado insuficiente para a faixa etária. O aluno nesses níveis não consegue ler a hora no relógio analógico nem fazer adição de duas parcelas.

Em Leitura, 54,7% estão nos níveis considerados insuficientes. Já em 2014, eram 56,1%. Estes alunos não conseguem fazer tarefas como identificar informações explícitas localizadas no meio ou final de um texto.

Em Escrita, 34% dos alunos apresentaram proficiência insuficiente. Eles, por exemplo, não conseguem escrever corretamente palavras com diferentes estruturas silábicas, como lousa ou professor. A edição de 2016 teve mudanças metodológicas nos testes de escrita, o que impossibilita a comparação dos dados com a avaliação anterior.

A média do País ainda esconde desigualdades regionais. No Norte e no Nordeste, três em cada dez estão nos patamares mais elementares de Matemática e Leitura. No Sul e no Sudeste, essa taxa não chega a 15%.

Defasagem

Para especialistas, dificuldades na alfabetização e de interpretação de texto acompanham o aluno em toda a trajetória escolar. Nos anos seguintes, a criança terá problemas para aprender outras disciplinas por falta de habilidades básicas. "Esse é o ponto que nos levou a antecipar a alfabetização para os dois anos iniciais", diz Maria Helena.

A partir do próximo ano, a ANA será aplicada ao final do 2º ano do fundamental. A medida está sintonizada com a proposta do MEC para a BNCC de antecipar a idade em que a criança deve estar plenamente alfabetizada. Alguns membros do Conselho Nacional de Educação, órgão responsável por analisar o documento, têm receio de que a antecipação possa aumentar a reprovação escolar.

Cisele Ortiz, especialista em educação infantil, afirma que a preocupação não é adiantar a alfabetização, mas a metodologia a ser usada em sala de aula.

"A questão principal é a da formação dos professores, porque em muitas escolas a criança ainda é obrigada a escrever dez vezes a mesma palavra e copiar cabeçalho todo dia", diz Cisele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dados divulgados hoje (25) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam que a alfabetização estagnou entre 2014 e 2016. Para tentar reverter esse quadro, o Ministério da Educação apresentou medidas da Política Nacional de Alfabetização. Mais da metade dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental apresentaram nível insuficiente de leitura e em matemática para a idade, ou seja dificuldade em interpretar um texto e fazer contas.

De acordo com a Avaliação Nacional de Alfabetização, 54,73% dos alunos tinham nível de leitura insuficiente em 2016 e 45,27% tinham nível suficiente. Em 2014, o percentual de estudantes avaliados com nível insuficiente era um pouco maior: 56,17%.

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As regiões Norte e Nordeste foram as que obtiveram os piores resultados de leitura, com 70,21% e 69,15% dos estudantes apresentando nível de insuficiência, respectivamente. Esses percentuais caem para 51,22% no Centro-Oeste; 44,92% no Sul; e 43,69% no Sudeste.

Os estudantes que participaram da ANA foram enquadrados em quatro níveis com relação à proficiência em leitura: elementar (leitura de palavras com sílabas constituídas de uma consoante e uma vogal); básico (capazes de identificar a assunto e finalidade de textos de até cinco linhas); adequado (inferir o assunto em textos simples, localizar informação no meio ou final do texto, identificar o referente de um pronome pessoal e reconhecer significado de expressão de linguagem figurada); e desejável (reconhece participantes de um diálogo, e reconhece relação de tempo e identifica o referente de pronome possessivo). Os dois primeiros são níveis considerados insuficientes.

Escrita

No caso da escrita, 33,95% dos estudantes apresentaram proficiência insuficiente e 66,15% tiveram níveis adequados. As regiões Norte e Nordeste também apresentaram os menores resultados - 53,01% e 50,83%.

Matemática

Com relação aos conhecimentos em matemática, 54,46% apresentaram desempenho abaixo do adequado, enquanto 45,53% com nível suficiente. Em 2014, 57,07% dos estudantes tiveram seus conhecimentos matemáticos classificados como insuficientes; e 42,93% como suficientes. Norte e Nordeste registraram 70,64% e 69,46% dos estudantes com conhecimentos em matemática insuficientes.

Política Nacional de Alfabetização

A presidente do Inep, Maria Inês Fini, classificou como “sofrível” os resultados da avaliação. “Precisamos dar apoio para que essas crianças tenham um mínimo de condições para recuperar e reconstruir essas estruturas e prosseguir. Do contrário, continuaremos enxugando gelo”, disse.

De acordo com a ministra substituta da Educação, Maria Helena Guimarães, os dados mostram que as políticas desenvolvidas até o momento não produziram resultados efetivos. “A mesma situação de insuficiência dos resultados observados em 2014 são repetidos em 2016. Não houve evolução nem melhoria significativa”.

Na divulgação dos dados, o secretário de Educação Básica, Rossieli Soares da Silva, informou algumas medidas da nova Política Nacional de Alfabetização que prevê  acesso de professores a cursos de mestrado e a presença de um professor auxiliar nas salas de aula para ajudar no processo de alfabetização.

A pesquisa foi feita entre os dias 14 e 25 de novembro do ano passado em escolas públicas com pelo menos 10 estudantes matriculados no 3° ano do ensino fundamental em 2016. Foram mais de 2 milhões de estudantes de aproximadamente 105 mil turmas em 48 mil escolas. Quase 90% dos estudantes avaliados tinham 8 anos ou mais.

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O maior reservatório do Brasil em área alagada ainda desconhece os limites de sua crise hídrica. O lago de Sobradinho, na Bahia, iniciou o mês de agosto com apenas 10% de sua capacidade total de armazenamento, o pior resultado registrado para este mês desde que foi formado, em 1980. O volume de água guardada equivale a menos da metade do que Sobradinho tinha em agosto de 2016, quando o principal regulador de águas da Bacia do Rio São Francisco já enfrentava uma situação crítica.

Em agosto de 2012, quando teve início a forte estiagem que castiga toda a região Nordeste do País, o reservatório estava com 38% de reserva de água. O que está ruim, no entanto, pode piorar.

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Por causa do baixo volume de água armazenada, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Ibama analisam a possibilidade de reduzir, nos próximos dias, a vazão de Sobradinho para 550 metros cúbicos de água por segundo (m³/s). Hoje o lago tem liberado 600 m³/s, mas as estimativas apontam que esse volume pode comprometer a situação de abastecimento de água na região até o fim do período seco, ficando abaixo do volume morto em novembro. Para se ter uma ideia do que esse volume de água representa, em situações normais, o volume mínimo que o Ibama autoriza de liberação de água em Sobradinho é de 1.300 m³/s.

"Estamos partindo para volumes de vazão nunca antes praticados, porque passamos por uma crise hídrica que nunca vivemos", diz o presidente da ANA, Vicente Andreu. Ele reconhece, no entanto, que a situação estaria menos crítica se, no passado, as reduções tivessem ocorrido mais rapidamente, em vez de priorizar a geração de energia das hidrelétricas, que demandam maior volume de água para rodar suas turbinas.

Uma redução inédita para 550 m³/s, admite o presidente da ANA, poderá causar um racionamento de água em municípios abastecidos pelo São Francisco, por causa de restrições de infraestrutura nas tubulações que captam água do fundo do rio. Além disso, há preocupação com a chamada "intrusão salina" no rio, o volume de água do mar que avança pelo São Francisco, em decorrência da baixa pressão exercida naturalmente pela vazão do rio. Municípios como Piaçabuçu (AL), localizados na foz do São Francisco, já enfrentam problemas com a qualidade da água que é captada, situação que pode se agravar.

Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que, seja qual for a redução de vazão de Sobradinho, o reservatório vai atingir seu volume morto até dezembro, como ocorreu no ano passado. A preocupação atual, portanto, deixou de ser a geração de energia pelas várias hidrelétricas que operam abaixo do reservatório, mas sim garantir a segurança hídrica, com oferta de água para abastecimento humano e irrigação.

"É preciso que cada município busque soluções de captação de água que sejam estruturantes, simplesmente porque não sabemos se já chegamos ao pior cenário ou se as coisas podem se complicar no ano que vem", diz Vicente Andreu.

A reportagem procurou a estatal Chesf, do grupo Eletrobrás, para comentar o reflexo da crise nas operações de suas usinas e as iniciativas para garantir o abastecimento à população, mas não obteve resposta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os 2.830 quilômetros de extensão do Rio São Francisco deixaram de ser a única preocupação da Agência Nacional de Águas (ANA) atrelada à crise hídrica. Nesta semana, a agência criou um grupo para definir que medidas serão adotadas para evitar o colapso do Rio Tocantins. Com 2.640 quilômetros que avançam pelos Estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, o Rio Tocantins também vive um drama sem precedentes em sua região central.

Seu principal reservatório, o lago de Serra da Mesa, entre Goiás e Tocantins, está com apenas 10,8% de sua capacidade total de armazenamento. Nesta mesma semana do ano passado, esse volume era 13,2%. Na avaliação da ANA, não restará outra saída, senão reduzir as vazões de Serra da Mesa e demais represas do rio. "Passaremos a fazer reuniões regulares para acompanhar a situação da região. É algo inédito para o Rio Tocantins", diz o presidente da ANA, Vicente Andreu.

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As reduções deverão afetar, em alguma medida, o volume de energia gerado pelas hidrelétricas em operação ao longo do Tocantins, usinas como as de Serra da Mesa, Estreito e Tucuruí. Hoje o volume de água que passa pelas turbinas da hidrelétrica de Estreito, por exemplo, é de 744 metros cúbicos por segundo, de acordo com dados ANA, mas já está claro que esse volume terá que ser reduzido nas próximas semanas.

Os cortes nos volume de água preocupam o setor elétrico, porque a redução da geração hidrelétrica implica, necessariamente, em acionar mais usinas de geração térmica, que são mais poluentes e caras, com impacto direto na tarifa de energia entregue ao consumidor. Foi o que ocorreu com frequência entre 2013 e 2015.

A crise hídrica que afeta o reservatório de Serra da Mesa, maior lago artificial da América Latina em volume de água armazenado, é inédita. Nas próximas semanas, municípios localizados no entorno da represa que guarda 54,4 bilhões de metros cúbicos de água em épocas de cheia deverão reviver os mesmos problemas enfrentados no período de seca de 2016, quando a estiagem comprometeu a pesca, a geração de energia e o turismo.

Apesar de toda a pressão sobre o Alto Tocantins, na região de Goiás e Tocantins, a crise hídrica não tem previsão de afetar as operações da hidrelétrica de Tucuruí, terceira maior usina do País, só inferior a Itaipu e Belo Monte, que ainda está em construção. Localizada no município de Tucuruí, a 300 quilômetros de Belém (PA), a usina em operação na Amazônia não vive problemas com abastecimento de água, com seu reservatório próximo da plena capacidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As escolas já podem consultar a partir desta segunda-feira (22) os resultados preliminares dos estudantes na Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) através do site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A ANA avalia os níveis de alfabetização e letramento em língua portuguesa, a alfabetização em matemática e as condições de oferta do Ciclo de Alfabetização das redes públicas.

Passam pela avaliação todos os estudantes do 3º ano do ensino fundamental matriculados nas escolas públicas no ano da aplicação da avaliação. No ano passado, os testes foram aplicados para 2,5 milhões de estudantes, de 50 mil escolas e 100 mil turmas. Caso discordem dos resultados, as instituições poderão interpor recurso até o dia 5 de junho. 

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Terão acesso aos resultados apenas as instituições de ensino com, no mínimo, 10 estudantes matriculados no momento da avaliação e que tiveram taxa de participação de 80% dos matriculados no 3º ano, de acordo com os dados do Censo Escolar 2016. As escolas têm de manter atualizado o cadastro no Inep para receber os resultados. A divulgação dos resultados finais será em agosto, quando a imprensa, os gestores públicos e demais interessados terão acesso aos dados da avaliação.

Últimos resultados

Os últimos resultados da avaliação, de 2014, mostram que pouco mais de 56% dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental de escolas públicas não conseguiram superar os dois primeiros níveis do aprendizado de matemática, ou seja, não conseguem, por exemplo, resolver alguns tipos de problemas com número naturais maiores que 20 e ler horas em relógio analógico (de ponteiro).

Em leitura, a maioria dos alunos (55%) ficou nos dois piores níveis, dentre quatro, significando que eles não conseguem localizar informação explícita em textos de maior extensão e identificar a quem se refere um pronome pessoal.

No caso da escrita, que tem cinco níveis, cerca de 65% dos alunos alcançaram os dois melhores patamares da avaliação, o que significa que têm capacidade de escrever palavras com diferentes estruturas silábicas e textos correto e coerentes.

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