Tópicos | coordenação política

Antes do encontro que tem ainda nesta segunda-feira, 15, com líderes da base no Senado, a presidente Dilma Rousseff usou a maior parte da primeira reunião de coordenação do ano, com a presença de diversos ministros, para tratar das pautas de votação previstas na Câmara e no Senado. A reunião durou cerca de duas horas.

Ainda hoje, Dilma receberá os senadores e, amanhã pela manhã, está previsto um encontro com os líderes da Câmara.

##RECOMENDA##

O ministro da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, afirmou que o governo quer alinhar os trabalhos com a volta efetiva dos parlamentares do recesso nesta semana. O Palácio do Planalto aposta na aprovação da agenda econômica no Congresso este ano para superar a crise por que passa o País e sepultar de vez qualquer tentativa de impeachment da presidente.

A primeira reunião de coordenação do ano aconteceu sem a presença do vice-presidente Michel Temer, que está viajando em campanha para tentar garantir sua reeleição a presidência do PMDB.

Participaram do encontro, além de Edinho, os ministros Nelson Barbosa (Fazenda); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); José Eduardo Cardozo (Justiça); Gilberto Kassab (Cidades); Gilberto Occhi (Integração Nacional); George Hilton (Esporte); Marcelo Castro (Saúde); Eduardo Braga (Minas e Energia); André Figueiredo (Comunicações); Aldo Rebelo (Defesa); e Antônio Carlos Rodrigues (Transportes). Também estiveram presentes os líderes do governo no Senado, José Pimentel (PT-CE), e na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Saída de Castro

Questionado sobre uma possível saída de Marcelo Castro da pasta da Saúde, Edinho afirmou que "não tem nada disso". Aliados do atual líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), dizem que já está certa a licença de Marcelo Castro do cargo de ministro da Saúde para votar em Picciani na disputa pela liderança da bancada do partido na Casa. O ministro, no entanto, disse na manhã de hoje que "não há nenhuma definição" sobre o assunto.

Com a presidente Dilma Rousseff na Turquia para participar da reunião do G-20, o vice-presidente Michel Temer comanda nesta segunda-feira (16) a reunião de coordenação com ministros e lideranças.

Participam da reunião, que ocorre durante a manhã, os ministros Jaques Wagner (Casa Civil); Marcelo Castro (Saúde); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); Aldo Rebelo (Defesa); Eliseu Padilha (Aviação Civil); Gilberto Kassab (Cidades); Antônio Carlos Rodrigues (Transportes); Eduardo Braga (Minas e Energia) e André Figueiredo (Comunicações).

##RECOMENDA##

Estão presentes ainda o assessor especial de Presidência Giles Azevedo, o líder do governo no Senado, José Pimentel (PT-CE), e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

O ministro da Secretaria da Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, afirmou nesta segunda-feira (9) que a "prioridade" da reunião de coordenação política comandada pela presidente Dilma Rousseff pela manhã foi a pauta desta semana do Congresso Nacional. Segundo ele, a presidente defendeu mais uma vez a necessidade de aprovar as medidas do ajuste fiscal que tramitam na Câmara e no Senado. Mesmo com as divergências sobre algumas matérias, ele afirmou que o governo considera "grandes" as chances de aprová-las e usará o "diálogo" para alcançar esse objetivo.

"A presidente Dilma mais uma vez afirmou a necessidade de estarmos aprovando as medidas necessárias para que o Brasil consiga criar as bases para retomada do crescimento econômico, da geração de empregos", afirmou Edinho em entrevista coletiva após o encontro com Dilma, ministros e líderes no Planalto. O governo se apega à crença de que as lideranças partidárias no Congresso têm consciência da importância da aprovação das medidas, diante da crise econômica interna e internacional. "São lideranças que têm responsabilidade diante desse quadro e sabem da importância das medidas que garantam equilíbrio fiscal", disse.

##RECOMENDA##

Repatriação e meta fiscal

Sobre as divergências em relação ao projeto da repatriação de ativos no exterior, Edinho afirmou que o governo vai dialogar com o relator, deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), em busca de "consenso" sobre as mudanças feitas por ele em seu parecer, como a que diminuiu para 30% a alíquota total da multa que incidirá sobre os bens ou patrimônios mantidos no exterior que forem regularizados. O porcentual alterado é menor do que o defendido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. No projeto inicial, a equipe econômica queria alíquota total de 35%.

Da mesma forma, o ministro destacou que o governo também tentará dialogar com lideranças partidárias para tentar aprovar a mudança na meta fiscal de 2015 até dezembro. Conforme vem sendo publicado pela imprensa, haveria um movimento capitaneado pelo PMDB para protelar a aprovação da mudança para 2016. Dessa forma, a presidente Dilma cometeria mais um crime de responsabilidade fiscal, o que criaria novo motivo para um processo de impeachment contra ela. "O governo está dialogando para que todas as medidas importantes que garantam o ajuste fiscal sejam aprovadas pelo Congresso", reiterou.

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini, reconheceu nesta segunda-feira (26) que o Executivo terá dificuldade para aprovar a recriação da CPMF no Congresso Nacional, mas afirmou que o governo tentará a aprovação por meio do debate político.

Em entrevista após reunião de coordenação política comandada pela presidente Dilma Rousseff, o ministro disse que o governo vai respeitar a palavra do relator do Orçamento 2016, Ricardo Barros (PP-PR), mas dialogará para aprovar a proposta.

##RECOMENDA##

Berzoini ressaltou que o governo não ignora as dificuldades para aprovar as medidas do ajuste, mas que já vem notando uma melhora do ambiente político para aprovação delas. Segundo ele, o governo aposta que essas medidas vão ajudar a melhorar as expectativas no País.

A reunião de coordenação política comandada pela presidente Dilma Rousseff teve como tema principal a reforma administrativa e o corte do número de ministérios. Antes de anunciar que ministérios serão cortados, a Secretaria de Imprensa da Presidência afirmou que o governo vai conversar com os líderes da Câmara e do Senado. A ação da presidente é uma forma de aproximação com o Congresso, peça chave na aprovação do pacote fiscal anunciado na última semana.

O Palácio do Planalto informou ainda que a reforma administrativa deve ser anunciada até quarta-feira, 23, assim como o encaminhamento dos ajustes fiscais propostos. Até o momento, as medidas não sofreram alterações e deverão ser encaminhadas ao Congresso da mesma forma com que foram anunciadas.

##RECOMENDA##

Durante a reunião, a presidente também discutiu os vetos que serão apreciados pelo Congresso essa semana. A instrução de Dilma é que o governo trabalhe para mantê-los. Não haverá coletiva de imprensa com ministros após a reunião de coordenação política.

Além da Junta Orçamentária composta pela Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda) e do vice-presidente Michel Temer, estavam presentes: Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social), Eduardo Braga (Minas e Energia), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Jaques Wagner (Defesa), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Ricardo Berzoini (Comunicações) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Os líderes do governo no Senado, senador Delcídio do Amaral, na Câmara deputado José Guimarães e no Congresso, senador José Pimentel também participaram do encontro com Dilma.

Escalado pela presidente Dilma Rousseff para assumir as negociações do "varejo" com a base no Congresso, o assessor especial da petista Giles Azevedo tem sido cobrado por lideranças da base aliada para "refazer a pastinha do Padilha", uma alusão às pastas coloridas criadas pelo ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB). Nelas estão as divisões dos cargos de segundo e terceiro escalões do governo federal.

A pressão dos parlamentares para que sejam feitas alterações no mapeamento dos espaços políticos já deu origem a um novo foco de desentendimentos entre integrantes da base aliada e o Palácio do Planalto. As queixas dos congressistas, segundo a reportagem apurou, foram apresentadas a Giles Azevedo nos últimos dias em conversas em que ele tem feito "uma radiografia" das principais reivindicações dos congressistas.

##RECOMENDA##

Em encontro realizado na terça-feira (25) com representantes do PMDB e PP, o principal foco de descontentamento colocado na mesa foi a distribuição dos cargos federais nos Estados, reduto eleitorais dos parlamentares. Essa mesma queixa foi apresentada na quinta-feira passada a Giles em reunião realizada com representantes do PTB - partido que deixou a base aliada do governo na Câmara no inicio deste mês. "Estamos cobrando que seja refeita essa pastinha do Padilha", disse um parlamentar envolvido nas novas rodadas de negociação.

De acordo com representantes do PP, na divisão realizada por Padilha apenas 9 dos 39 deputados foram atendidos nas bases eleitorais. No caso do PTB, de uma bancada de 25, dois teriam sido contemplados. A principal queixa dos petebistas está no fato de não conseguirem emplacar as indicações em secretarias regionais do Incra, responsável pela condução da reforma agrária e ordenamento fundiário nacional.

Nas conversas, os parlamentares lembram que no início do processo de divisão dos espaços políticos nos Estados, as lideranças da base aliada foram orientadas por Michel Temer e pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a realizarem reuniões regionais.

O objetivo desses encontros era o de dirimir possíveis desentendimentos entre integrantes dos próprios partidos na hora de apresentar uma lista ao Palácio do Planalto com as indicações para o governo federal. "Isso foi feito, mas não teve houve avanços", criticou um líder partidário.

As movimentações do assessor especial da presidente coincidem com o anúncio feito, no início da semana, pelo vice-presidente da República e articulador do governo, Michel Temer, de que deixará as negociações de "varejo" com os congressistas. Braço direito de Temer na articulação política e responsável pelo mapeamento e negociação dos cargos, Padilha também deve deixar o posto até o próximo mês de setembro.

O clima entre Dilma e Temer se deteriorou depois de o vice declarar, no início do mês, que "é preciso alguém com capacidade de reunificar a todos". A frase foi interpretada no Planalto como uma tentativa de Temer assumir maior protagonismo político, no momento em que Dilma sofre ameaças de impeachment.

Reforma

Apesar das queixas de lideranças da base aliada, o ministro Eliseu Padilha tem dado declarações nos últimos dias de que atualmente 90% das negociações com os integrantes da base já foram resolvidas e que o restante deverá ser definido até o final do mês de setembro, quando a presidente Dilma deverá iniciar uma reforma administrativa com a redução do número de ministérios e cargos. O porcentual declarado por Padilha, segundo integrantes do próprio partido do ministro da Aviação Civil, não condiz com a realidade. "Se tem isso tudo, por que o governo não consegue painel (quórum) para votar projeto de interesse deles?", afirmou um integrante da cúpula do PMDB.

Linha direta

Embora não tenha o histórico na articulação política, a atuação de Giles Azevedo tem sido recebida de forma positiva entre os parlamentares. Em razão de ele ser homem de confiança da presidente, o entendimento entre alguns congressistas é de que as queixas, a partir de agora, chegarão à Dilma de forma direta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante do agravamento da crise política, da possibilidade de o PMDB desembarcar do governo e de ameaças de impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) fez nesta segunda-feira, 24, um apelo ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) para que ele permaneça à frente da articulação política do Palácio do Planalto. "Eu não quero mudança na articulação política", disse Dilma, na reunião de coordenação de governo.

Temer atendeu o pedido de Dilma, mas deixou claro que não vai cuidar do "pequeno varejo" da política, como a liberação de emendas parlamentares e a composição de segundo e terceiro escalões, segundo a reportagem apurou. Essas negociações seguirão sendo tocadas pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha. Tanto Temer quanto Padilha tiveram recentemente embate com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por causa da liberação de verbas para emendas parlamentares. O vice também se desentendeu com o titular da Fazenda na negociação em torno do projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento das empresas.

##RECOMENDA##

Dilma se reuniu com Temer, Padilha e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, nesta segunda-feira, por cerca de uma hora, depois da reunião de coordenação. Ficou acertado que o vice-presidente vai concentrar as atenções em grandes temas, como o diálogo com o Congresso Nacional e reuniões com líderes do governo para garantir a aprovação de projetos de interesse do Planalto.

"O Temer é muito hábil, o governo não abre mão dele", disse um auxiliar direto da presidente Dilma à reportagem.

Unificação

Temer assumiu a articulação política em abril deste ano, em meio ao aprofundamento da crise política. Na última sexta-feira, 21, o vice se reuniu com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e manifestou o desejo de deixar a função, por causa dos desgastes enfrentados no relacionamento com Dilma, Levy e Legislativo. Além disso, em conversas reservadas, Temer dizia se ressentir de uma "articulação paralela" feita por Mercadante e pelo assessor especial da Presidência, Giles Azevedo.

O clima entre Dilma e Temer se deteriorou depois de o vice-presidente declarar que "é preciso que alguém tenha capacidade de reunificar a todos", o que foi interpretado no governo como uma tentativa de ele assumir maior protagonismo político nesse momento de crise.

No dia 7 de agosto, o vice chegou a usar a sua conta pessoal no microblog Twitter para negar rumores de seu afastamento da articulação política. "São infundados os boatos de que deixei a articulação política. Continuo. Tenho responsabilidades com meu País e com a presidente Dilma", escreveu Temer na ocasião.

Depois da reunião de coordenação desta segunda-feira, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, fez elogios à conduta do Temer. "O vice é um colaborador permanente da presidente e tem tido uma conduta muito correta, muito solidário ao governo, a ela", afirmou Kassab.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira, 20, ao final da primeira reunião da coordenação política do governo depois do fim do semestre Legislativo, que o governo deve enviar no segundo semestre ao Congresso um projeto de reforma do PIS/Cofins com implantação gradual. Segundo ele, a Receita tem feito consultas com setores empresariais sobre a proposta.

Segundo Barbosa, o governo também está avaliando o projeto, em discussão da Câmara, de aumentar a correção do FGTS. Ele disse que a iniciativa, se aprovada, iria diminuir a capacidade do Estado de financiar programas de habitação e que hoje o fundo pode ser usado na retomada do crescimento econômico. "É uma iniciativa do Legislativo que respeitamos, mas temos que responder", disse.

##RECOMENDA##

Ao falar novamente sobre o projeto que revisa a política de desonerações, o titular do Planejamento disse que há uma vontade dos parlamentares de aprovarem a proposta. A discussão atual, destacou, é sobre o método e a modulação dessa política. A apreciação da recomposição das alíquotas sobre a folha de pagamento ficou para depois do recesso parlamentar.

Barbosa afirmou que a proposta de repatriação de recursos no exterior e a reforma do ICMS são temas em discussão há muito tempo no País. A proposta de repatriação, destacou, poderia gerar receitas para o governo no curto prazo.

Inflação

O ministro afirmou também que o governo tem feito esforço para garantir o equilíbrio macroeconômico e controlar a inflação para que ela possa retornar para o centro da meta, de 4,5%.

"As expectativas de inflação mostram que, apesar do aumento este ano, (haverá) redução substancial no ano que vem", disse Barbosa. Segundo a pesquisa Focus do Banco Central divulgada hoje, a projeção para a inflação neste ano está em 9,15%. Para 2016, a expectativa está em 5,40%.

Também em entrevista coletiva, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), afirmou que o governo teve "muito sucesso" com as votações de propostas do ajuste fiscal no Congresso. Padilha ressalvou, entretanto, que é do processo democrático que o Legislativo tenha feito algumas mudanças que não correspondiam à expectativa do governo.

O advogado-geral de União, Luis Inácio Adams, afirmou nesta segunda-feira, 13, que o julgamento das chamadas "pedaladas fiscais" pelo Tribunal de Contas da União (TCU) é uma questão técnica para o governo. "Para os outros, é uma questão política", afirmou sem especificar quem seriam os "outros".

Adams destacou que o governo não pode ser punido "pelo passado" caso o tribunal opte por recomendar aperfeiçoamentos nas regras de gestão fiscal. "Não temos problemas com esses aperfeiçoamentos", disse. "Desde que não tenha punição agora. Evidente, porque você não pode punir o passado".

##RECOMENDA##

O advogado-geral da União ainda ressaltou que qualquer mudança de legislação ou jurisprudência deve apontar para o futuro. "Você não pode condenar o gestor que sempre praticou uma sistemática entendendo que era legal, por mais difícil que seja a realidade, e dizer que vai punir agora", enfatizou.

Adams e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, concederam entrevista coletiva nesta manhã, após participarem de reunião de coordenação política liderada pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sinalizou nesta segunda (13) que o governo estuda novas medidas de aumento de receita, o que pode representar elevação de tributos. A indicação foi feita após reunião do Conselho Político, ao afirmar que o governo não discute revisão da meta fiscal. "A equipe fiscal está avaliando todos os cenários, medidas de aumento de receita, medidas de gasto e isso vai ser divulgado na semana que vem", afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de uma alteração na meta ou na criação de uma banda flexível para o cumprimento, Barbosa respondeu que "não foi discutido nessa reunião". O ministro ponderou, entretanto, que o governo tem obrigação de atualizar os dados e expectativas relativas ao cenário fiscal. "A receita vem sendo menor do que se esperava", disse Barbosa. "O governo vai atualizar o cenário fiscal", completou, ressaltando que de dois em dois meses é elaborado o relatório de programação fiscal com novos parâmetros. "Estamos sempre avaliando o cenário fiscal, temos por obrigação analisar, revisar".

##RECOMENDA##

Sobre o projeto que reduz a desoneração da folha de pagamentos, Barbosa afirmou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está empenhado para tentar fazer com que seja aprovado no Congresso ainda neste mês.

Participaram da reunião com a presidente o vice-presidente e articulador político Michel Temer, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues; do Desenvolvimento, Armando Monteiro; da Previdência Social, Carlos Gabas; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; de Minas e Energia, Eduardo Braga; da Aviação Civil, Eliseu Padilha; das Cidades, Gilberto Kassab; da Integração Nacional, Gilberto Occhi; da Defesa, Jaques Wagner; da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Agricultura, Kátia Abreu; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; das Comunicações, Ricardo Berzoini; além dos líderes do governo no Congresso, José Pimentel; no Senado, Delcídio Amaral; e na Câmara, José Guimarães.

O advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, apresentaram nesta segunda (13) em reunião com a coordenação política do governo, as linhas gerais da defesa que o governo apresentará ao Tribunal de Contas da União (TCU), no processo das chamadas "pedaladas fiscais".

De acordo com Adams, o ponto central da defesa é mostrar que, no passado, a sistemática adotada pelo governo federal para repasses a bancos públicos era a mesma e não foi questionada pelo TCU. "O núcleo do nosso posicionamento está pautado pela regularidade reconhecida em relação à sistemática adotada até o momento", afirmou.

##RECOMENDA##

Adams disse ainda que o governo não vê problemas em aperfeiçoamentos que poderão ser feitos a partir da análise do TCU, mas que tem que ser a partir de agora e nunca "com conteúdo punitivo". "Desde que não tenha punição agora. Evidente, porque você não pode punir o passado". Adams ressaltou que qualquer mudança de legislação ou jurisprudência deve apontar para o futuro. "Você não pode condenar o gestor que sempre praticou uma sistemática entendendo que era legal, por mais difícil que seja a realidade, e dizer que vai punir agora", afirmou.

A corte de contas julga a legalidade das chamadas "pedaladas fiscais", que consistiam em atrasos de pagamentos pelo governo federal com o objetivo de melhorar os resultados fiscais. Segundo ele, o julgamento é uma questão técnica para o governo. "Para os outros, é uma questão política", disse, sem especificar quem seriam os "outros".

O ministro Nelson Barbosa acrescentou que o governo entregará formalmente a defesa ao TCU na próxima semana e reiterou que o governo sempre seguiu a legislação em vigor. "Tratando isso de forma técnica, no mérito da questão, vai contribuir para melhor entendimento e aprimoramento da política fiscal", completou.

TCU

Adams afirmou ainda que o governo está confiante de que a análise do Tribunal de Contas da União (TCU) das chamadas "pedaladas fiscais" será feita de forma técnica e não trará punições ao governo federal. "Não é o caso de rejeitar as contas do governo", afirmou.

Ele se esforçou em mostrar que o julgamento na corte de contas deve se basear em critérios técnicos, e não políticos. "Temos plena confiança de que o TCU terá ponderação e equilíbrio para decidir", completou. O advogado-geral ressaltou que o TCU dará um parecer sobre o assunto, mas que a decisão final caberá ao Congresso Nacional. "O TCU é o espaço do debate técnico. O espaço do debate político é no Congresso", completou.

A dois dias do prazo final para que a presidente Dilma Rousseff vete ou sancione a emenda que flexibilizou o fator previdenciário, a presidente reúne no Palácio do Planalto sua coordenação política para debater o tema e as principais votações da semana. Participam do encontro com Dilma o vice-presidente, Michel Temer, e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Ricardo Berzoini (Comunicações), Carlos Gabas (Previdência), Edinho Silva (Comunicação Social), Eduardo Braga (Minas e Energia), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Jaques Wagner (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral). Também estão presentes os líderes do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE).

Os ministros de Dilma estão divididos em relação ao caminho a ser seguido a respeito do fator previdenciário. A equipe econômica quer que a presidente vete a emenda, sob o argumento de que sancioná-la enviaria um "sinal trocado" na política de controle dos gastos públicos. Embora a proposta não traga grande impacto no curto prazo, cálculos do governo apontam que, em 10 anos, a conta deverá somar R$ 40 bilhões.

##RECOMENDA##

Por outro lado, ministros mais políticos argumentam que o Planalto não está em situação de abrir uma nova frente de disputa com o Congresso Nacional. A flexibilização do fator teve amplo apoio entre deputados e senadores e a avaliação é que um veto tem grandes chances de ser derrubado pelo Legislativo.

Esses auxiliares dizem que o melhor é sancionar o texto e em seguida enviar ao Legislativo uma proposta que inclua travas à emenda aprovada pelos parlamentares. A fórmula votada pelo Congresso permite que a aposentadoria seja integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 anos, para as mulheres, ou 95 anos, para os homens. Uma das ideias discutidas no governo é estabelecer um cálculo progressivo, pelo qual a fórmula 85/95 aumentaria de acordo com a evolução da expectativa de vida da população.

O tema tem centralizado as atenções do Planalto. No domingo, 14, houve uma primeira reunião com Mercadante, Gabas, Berzoini, Barbosa e Rossetto. Hoje, o ministro da Secretaria-Geral dá prosseguimento às conversas e se encontra com centrais sindicais, também no Planalto.

Desoneração

Nesta semana, Dilma tem ainda pela frente uma votação considerada vital para o ajuste fiscal em implementação no País. A Câmara deve analisar um projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamentos e não há acordo entre o Planalto e o PMDB sobre o parecer que será apreciado.

O relator e líder do PMDB, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), quer dar um tratamento diferenciado, com alíquotas mais vantajosas a quatro setores econômicos - comunicação social, transportes tecnologia da informação e cesta básica. O governo, por sua vez, rechaça essa possibilidade, sob a justificativa de que isso "abriria a porteira" para novas concessões.

Diante da rebelião de senadores do PT, que na semana passada atuaram contra o Palácio do Planalto nas votações das medidas provisórias do ajuste fiscal, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, cobrou fidelidade da bancada do partido no Senado.

"O PT teve papel muito importante na Câmara dos Deputados na aprovação das MPs. Foi muito importante o fechamento da bancada para sustentar o ajuste. A sinalização tem de ser clara do partido e é absolutamente (clara) para o governo", declarou Mercadante, em coletiva de imprensa ao lado do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Palácio do Planalto. "O princípio da fidelidade partidária é muito importante", complementou o ministro, em outra cobrança direcionada à ala rebelde de senadores do PT.

##RECOMENDA##

O Senado precisa votar nesta semana três MPs que fazem parte do pacote de reequilíbrio das contas públicas. Na última semana, quando o governo tentou aprovar uma proposta que endurece o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, um movimento encabeçado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e do qual participaram outros dissidentes petistas levou ao adiamento da sessão.

Mercadante argumentou que o Planalto conseguiu aprovar as medidas na Câmara com "ampla vantagem" - embora a MP 665 tenha passado com uma diferença bastante apertada - e lamentou as dissidência. O chefe da Casa Civil disse ainda esperar que o apoio da bancada do PT na Câmara se repita no Senado.

Previdência

O ministro da Casa Civil disse ainda que o governo decidiu montar nesta segunda-feira, 25, uma comissão técnica para discutir a Previdência Social. De acordo com ele, o grupo será formado pelo chefe da Casa Civil e pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda), Carlos Gabas (Previdência), Nelson Barbosa (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Comunicações).

Mercadante afirmou que os cinco ministros vão ajudar nas discussões do fórum com representantes do governo, das centrais sindicais e do Congresso, que deve elaborar uma proposta de revisão do fator previdenciário. Além desse tema, o fórum deverá discutir temas como rotatividade do emprego e terceirização.

"Queremos implantar o fórum até a próxima semana", declarou Mercadante, em coletiva de imprensa ao lado de Levy, após a reunião da coordenação política realizada no Palácio do Planalto.

Ao falar sobre o fator previdenciário, cuja flexibilização foi incluída pelos deputados em uma das medidas provisórias do ajuste fiscal, Mercadante disse que essa matéria - a alternativa ao fator - só pode ser debatida dentro de uma perspectiva de sustentabilidade do sistema previdenciário. Ele reconheceu que existe um problema de sustentabilidade da Previdência Social, enquanto Levy disse que ela é "um dos pilares da sociedade e da economia".

O vice-presidente da República, Michel Temer, e os ministros que representam partidos da base aliada vão cobrar da presidente Dilma Rousseff, na reunião de coordenação política desta segunda-feira (25), uma posição do governo em relação à postura do PT nas votações no Senado, esta semana.

Depois de nova rebeldia no PT, desta vez do senador Lindbergh Faria (RJ), que assinou manifesto contra as medidas de ajuste e o corte proposto pela equipe econômica, na semana passada, Temer receia não conseguir convencer os aliados a votar pelas medidas de ajuste fiscal, no Senado, enquanto o PT se comporta como "bonzinho", deixando todos os ônus das medidas impopulares para o PMDB e demais partidos da base.

##RECOMENDA##

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que sexta-feira deixou clara sua irritação com os termos do ajuste, ao não comparecer ao anúncio do corte do Orçamento, por ser menor do que ele queria, estará na reunião.

Já estão no Palácio do Planalto para a reunião os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga; da Aviação Civil, Eliseu Padilha; da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; das Cidades, Gilberto Kassab; e da Previdência Social, Carlos Gabas; da Justiça, José Eduardo Cardozo; das Comunicações, Ricardo Berzoini; da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto; e da Comunicação Social, Edinho Silva. Também já estão no local os líderes do governo no Congresso, José Pimentel; do PT na Câmara, José Guimarães; e do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MT).

Na reunião, Temer quer cobrar de Dilma qual o caminho deve ser seguido pelo governo no caso das votações, já que considera "absurdo" o posicionamento do senador Lindbergh, que repetiu exemplo do deputado Carlos Zaratini (PT-SP) na Câmara, que levou à derrota do governo na Medida Provisória 664, que aprovou a alteração do fator previdenciário.

"O cheiro é de derrota quando o PT faz estas coisas", disse um interlocutor de Temer, ao lembrar que a postura de Zaratini desarticulou tudo na Câmara e que, agora, Lindbergh repete o gesto no Senado, com mais pompa. Lembra ainda o agravante de que, no governo, o que se ouve é que não há o que fazer contra Lindbergh porque ele estaria agindo assim "por sobrevivência política", depois de ter seu nome citado na Operação Lava Jato. Este interlocutor avisa que "quem não vai sobreviver é o governo por inteiro se essas dissidências gritantes continuarem".

Desde quinta-feira, Temer e os peemedebistas ficaram irritados com a postura de Lindbergh. O vice-presidente não gostou também de não ter sido chamado para a reunião realizada na Granja do Torto, na sexta-feira, na qual estavam presentes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vários ministros petistas.

Esse ato, lembrou um assessor, repete o que ocorreu logo que foi criado o núcleo político do governo, quando uma grande reunião petista foi realizada no Palácio da Alvorada só com ministros petistas. Na de sexta-feira, a questão das votações da semana e os problemas enfrentados no Congresso também foram discutidos. Temer quer saber se o PT seguirá apoiando o ajuste fiscal ou se isso terá "de ficar nas costas só da base aliada", o que classifica como "inadmissível".

O governo precisa aprovar no Senado esta semana as Medidas Provisórias 664 e 665, que propõem alterações nas concessões de benefícios trabalhistas e previdenciários. As duas MPs integram o ajuste fiscal.

A presidente Dilma Rousseff comanda na manhã desta segunda-feira, 4, uma reunião de coordenação política, no Palácio do Planalto. O encontro é decisivo, uma vez que nesta semana está prevista a votação na Câmara da Medida Provisória 665, que altera benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego.

A MP 665 já tranca a pauta do Plenário da Casa e junto com uma outra, a MP 664, faz parte do ajuste fiscal do governo, promovendo mudanças trabalhistas e previdenciárias. A MP 664 ainda está em análise na comissão mista, com previsão de ser votada amanhã. O Planalto ainda não divulgou a lista de participantes da reunião.

##RECOMENDA##

Um dia após a segunda leva de protestos antigoverno e contra a corrupção no país, a presidente Dilma Rousseff (PT) se reúne, na manhã desta segunda-feira (13), com a coordenação política da gestão federal, liderada pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). O encontro acontece no Palácio do Planalto.

Os dois devem discutir o sobre o impacto das manifestações e articular estratégias para lidar com a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, anunciada durante as manifestações desse domingo (12), por cerca de 50 grupos, entre eles o Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre. No Recife, a manifestação aconteceu na Avenida Boa Viagem, zona sul da cidade. 

##RECOMENDA##

De acordo com a organização cerca de 40 mil pessoas foram protestar contra a administração da petista, no entanto aparentemente a visão era de que o público ficou menor que o do primeiro ato, ocorrido no dia 15 de março que concentrou 10 mil pessoas. 

Além das manifestações, também deve entrar na pauta de discussão entre Dilma e Temer a retomada das nomeações para o segundo escalão do governo e a semana intensa no Congresso Nacional. Entre os projetos a serem apreciados está votação de destaques ao projeto que amplia a terceirização no País, cujo texto-base foi aprovado na semana passada, e os novos indexadores das dívidas de Estados e municípios com a União. 

À tarde, a presidente se encontra com representantes do Conselho Nacional de Saúde, às 15h, também no Palácio do Planalto.

Depois do anúncio da presidenta Dilma Rousseff (PT) do nome do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), para a vaga de coordenação política de sua gestão, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT) fez discurso de apoio à correligionária. Também na Tribuna do Senado, o petista disse esperar que o PMDB de Temer o "preste a mesma solidariedade política e republicana" que o PT para que a aliança governista "possa sanar as divergências".

Para Humberto Costa está na hora de encerrar as brigas e os jogos de interesse do PMDB. “É hora do fim dos sobressaltos, das bravatas, das quarteladas de ocasião, dos jogos de interesse que a nada levam, a não ser a desnudar a mesquinharia de quem os pratica", disse ele. "Como líder do PT no Senado, quero dizer que recebemos com muita confiança essa decisão da presidenta Dilma e oferecemos todo o nosso respaldo ao vice-presidente Michel Temer no exercício das suas novas e desafiadoras funções",apoiou.

##RECOMENDA##

Apesar da discreta alfinetada, o parlamentar destacou a importância do PMDB como o maior aliado do PT na coalizão e disse que o partido de Temer é governo e, como tal, deve assumir esse papel para o qual foi eleito. Ele também ressaltou que divergências entre as siglas da base são naturais, pois não existe a lógica única dentro de um Congresso que, por definição, deve ser plural. Lembrou, porém, que é necessário se utilizar os foros apropriados para aparar as arestas e resolver as diferenças entre as legendas.

“O que temos de evitar entre as forças políticas que compõem uma aliança é que elas ajam de maneira tão insana umas contra as outras que coloquem em risco a sustentação do próprio governo. Não é aceitável que um partido, sendo governo, aja deliberadamente como se oposição fosse em muitas situações”, observou. 

De acordo com o líder do PT, tal atitude "denota ignorância política e não pode ser travestida sob o véu da manutenção da independência de poderes". “Isso é uma perversão intelectual que diminui um fundamento nobre da nossa República. Em todos os sistemas democráticos de governo, há tensões políticas permanentemente”, avaliou. Segundo o senador, a diferença é que, nas democracias mais aperfeiçoadas, as tensões são resolvidas por meio do diálogo e, "nas incivilizadas, são alongadas por arrufos de gente de visão apoucada". 

Humberto considerou como "um admirável movimento no tabuleiro político" a decisão tomada por Dilma, afirmando ser uma expressiva demonstração do apreço presidencial pela busca das relações harmônicas entre os poderes – especialmente entre o Executivo e o Legislativo. “O convite ao vice-presidente Michel Temer, um homem público de profundo zelo institucional pelas suas funções, para coordenar as articulações políticas do governo, chega em um momento muito oportuno para dar firmeza à estruturação da nossa base no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados”, declarou. 

Buscando rebater as críticas da oposição, Costa alegou não ser atípica a participação ativa de um vice em atividades vitais do governo que integra e lembrou que o vice do ex-presidente Lula, José Alencar, por exemplo, chefiou em um determinado momento, o Ministério da Defesa. 

 

Líderes da oposição avaliaram como negativa a extinção da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e a transferência do comando da articulação política entre o governo e o Congresso Nacional para o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Sob a ótica do deputado federal e líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, com a decisão a presidente Dilma Rousseff (PT) está “terceirizando o governo” e “estabelecendo o caos na condução do país”.

“A presidente abriu mão de governar, é preciso que alguém lhe avise que, constitucionalmente, ela ainda está na chefia do governo”, afirmou o democrata. “A pilota sumiu! Está tudo terceirizado”, ironizou. Segundo ele, além da transferência de atribuição para Temer, Dilma também passou o comando da economia brasileira, desta vez para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. 

##RECOMENDA##

“Falta comando, falta liderança”, sentencia. “Depois ela reclama que a oposição quer lhe tirar do governo, mas ela mesma está abrindo mão dele”, cravou acrescentando.

Corroborando Mendonça, o líder da Minoria da Câmara, deputado federal Bruno Araújo (PSDB), afirmou que a petista “jogou a toalha” com a decisão.  Segundo ele, a extinção da SRI se deveu ao fato de “não haver cidadão que quisesse assumir a complexidade do que é intermediar a relação política com Dilma”.

“O ato da presidente da República diz ao Brasil que ela não tem capacidade para se relacionar com o Congresso Nacional, que não tem apetite para conversar com senador, não tem saco para atender deputado. Então, nada melhor na cabeça dela do que acabar com a SRI e pedir ao seu vice que exerça o papel que é absolutamente intransferível”, avaliou o líder.

A reunião de coordenação política com a presença da presidente Dilma Rousseff e ministros, originalmente prevista para esta segunda-feira, às 17 horas, foi transferida para terça-feira (31), às 9 horas.

Segundo o Broadcast, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, apurou, o principal motivo para a mudança foi o atraso de mais de uma hora na agenda da presidente Dilma Rousseff no Pará. A presidente retornou nesta tarde para Brasília. A reunião também teria o desfalque do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, que cumpre hoje agenda em Porto Alegre.

##RECOMENDA##

Auxiliares palacianos destacam que o fato de a reunião ocorrer poucas horas antes da posse do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Edinho Silva, marcada para as 11 horas, reduzirá as chances de eventuais desfalques.

Em entrevista no Palácio do Planalto, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disse que a coordenação política do governo é uma "atribuição coletiva e não individual" do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, bombardeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por parlamentares, inclusive petistas, de que deveria sair da coordenação política e da interlocução com o Congresso. Kassab, falando em nome da presidente e dos ministros que participaram da reunião, tentou minimizar a suposta exclusão de Mercadante desse papel.

"Ficou claro, desde o início do segundo mandato da presidente Dilma, que esta atribuição (coordenação política e interlocução com o Congresso) não seria do ministro Mercadante. Essa atribuição é do ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais), apoiado pelo conselho político, com a base do governo", tentou explicar Kassab, insistindo que essa é uma atribuição de todos os ministros políticos.

##RECOMENDA##

Até então, em muitas dessas ocasiões, cabia a Mercadante o papel de porta-voz do governo e todas as discussões políticas eram feitas com um núcleo político reduzido, integrado apenas por petistas. Só que, depois da guerra travada com o Congresso e a vitória de Eduardo Cunha na presidência da Câmara, desafeto de Dilma, a crise se agravou, e a presidente se viu obrigada a ampliar este núcleo de consultas, chamado de coordenação política institucional, que incluiu o vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB, e os ministros políticos.

"O que existe é uma trabalho coletivo e o ministro Mercadante participa deste trabalho. Ele integra o conselho político. Ele é um dos principais ministros deste governo e continua com suas atribuições, compartilhada com todos, como sempre foi", prosseguiu Kassab. O ministro das Cidades informou ainda que, "a cada fase, de qualquer governo, você tem aquele que se envolve mais ou menos em determinada atividade".

Em seguida, citou que, no caso do pacote de medidas econômicas encaminhado ao Congresso, do ponto de vista técnico, os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, têm ido constantemente conversar com os congressistas e que esse trabalho "está sendo muito bem feito", "com muito sucesso".

"A equipe econômica vai continuar com o trabalho de comunicação com o Congresso. O conselho político entende que este trabalho foi muito bem-sucedido com a abordagem feita pela equipe econômica, com visita às bancadas". E agora, continuou, este trabalho terá prosseguimento, com as discussões com as comissões que vão discutir as propostas no Congresso já instaladas.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando