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Em uma sessão que durou mais de 16 horas, o Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (25), em votação simbólica, o projeto com a revisão da meta fiscal para 2016. O texto autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit primário de até R$ 170,5 bilhões nas contas públicas.

“A aprovação da meta resulta em ajuste de receitas de forma real porque a receita que previa superávit de R$ 30 bilhões, que era o texto do governo anterior, era algo extremamente irreal. Estamos ajustando as receitas, ajustando as despesas e estamos retomando investimentos estratégicos para o país”, disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

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Os parlamentares aprovaram o relatório do deputado Dagoberto (PDT-MS), que invocou o “momento excepcional” ao pedir a aprovação do texto. “Não podemos ignorar as dificuldades financeiras que o país vem enfrentando. O momento politico requer grande esforço de todos em prol da retomada do crescimento”, disse.

A meta fiscal, economia que o governo promete fazer para pagar a dívida pública, gira em torno da expectativa da receita arrecadada e também dos gastos. A nova meta com o déficit foi anunciada na sexta-feira (20) pelo então ministro do Planejamento, Romero Jucá, e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Dificuldades

Apesar de o texto não detalhar os cortes, do total de R$ 170,5 bilhões, R$ 163,9 bilhões dizem respeito ao déficit para o setor público não financeiro para o Governo Central, dos quais R$ 114 bilhões referem-se ao déficit fiscal, acompanhado de R$ 21,2 bilhões de descontigenciamento de receitas; R$ 9 bilhões para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); R$ 3,5 bilhões para o Ministério da Defesa; R$ 3 bilhões para a Saúde; R$ 13,3 bilhões para renegociação de dívidas dos estados e outras despesas. Também entram no cálculo RS 6,554 bilhões para os estados e municípios.

O governo interino justificou o resultado alegando dificuldades diante da crise econômica e queda nas receitas com um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,8%. Também contribuiu o fato de que, caso a meta não fosse revista até o dia 30 de maio, o governo ficaria “paralisado”, uma vez que, na prática, teria que cortar mais despesas para cumprir a meta enviada por Dilma, com previsão de superávit de R$ 24 bilhões.

O valor, fixado na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, passava para R$ 30,5 bilhões, considerado todo o setor público (estados e municípios também). Contudo, já em março, o governo da presidenta afastada Dilma Rousseff disse que teria como cumpri-la e apresentou proposta de revisão com déficit de R$ 96,6 bilhões nas contas públicas.

Embate e reclamações

A sessão do Congresso destinada a apreciar os 24 vetos presidenciais antes da votação da meta fiscal começou às 11h de ontem (24) e seguiu com governistas e oposcionistas travando uma batalha política em torno do tema. Liderados pelo PT, partidos contrários ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, como o PCdoB, PDT, PSOL e Rede, esforçaram-se ao máximo para obstruir os trabalhos e prolongar a votação dos vetos. O objetivo era fazer com que a sessão acabasse sendo encerrada por falta de quórum e sem votar a meta fiscal.

Os parlamentares se revezavam criticando a proposta de revisão da meta de R$ 170,5 bilhões. “Não é possível ampliar o déficit para R$ 170 bilhões prevendo frustração de receita futura. Isso é o paradigma da irresponsabilidade fiscal. É outro golpe! Foi golpe contra a democracia, foi golpe contra a aposentadoria, a política de salário mínimo, o Minha Casa, Minha Vida e, agora, é um golpe contra a estabilidade fiscal do país, no mesmo dia em que o ministro da Fazenda apresenta uma previsão de pedalada fiscal”, disse o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA).

A meta proposta também foi criticada pelo deputado Silvio Costa (PTdoB-PE). Segundo ele, a aprovação do valor proposto seria passar um cheque em branco para o novo governo.

Outra crítica dos parlamentares de oposição foi a condução dos trabalhos para a votação da meta fiscal. Segundo eles, Renan Calheiros “atropelou” o regimento para conseguir a aprovação do texto. “O presidente do Congresso [Renan] adotou algumas posturas diferentes das que adotava quando a oposição não era governista”, reclamou o senador Humberto Costa (PT-PE), referindo-se ao fato de Calheiros ter feito a votação sem deixar que os partidos orientassem suas bancadas.

Com uma postura de independência na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a deputada estadual Priscila Krause (DEM) se posicionou na tarde desta segunda-feira (3), através de aparte, para criticar os embates na Casa. Para a democrata, a primeira sessão plenária foi pautada por quem seria pior: o Governo do Estado ou o Federal. 

Sem está escrita para se pronunciar, Priscila Krause pediu o aparte do tempo do líder da oposição, deputado Sílvio Costa Filho (PTB) quase no término da sessão Plenária. Alegando ter desejado apenas observar o comportamento dos colegas na volta do recesso, a deputada revelou não ter resistido e preferiu posicionar-se. “Eu não resisti. Eu tive que vir porque a preocupação só aumenta. A minha expectativa é que a gente se debruce sobre algumas coisas como as contas públicas federais e estaduais. Se uma ação do governo federal atinge alguma coisa no Estado temos que discutir sim, e não dá para ficarmos omissos em relação a isso (...). Agora, no primeiro dia, o que vimos é exatamente a questão do debate político quem é menos ruim o Governo Federal ou Estadual?”, questionou. 

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Revelando está ansiosa para ver as contas públicas do próximo quadrimestre da gestão de Paulo Câmara, ela analisou o debate dos líderes da oposição e governo, de forma errônea. “No meu ponto de vista as coisas estão equivocadas porque não adianta ficar discutindo quem está pior”, reforçou. 

Já para o líder da oposição na Alepe, Sílvio Costa Filho (PTB), a democrata só fez os comentários porque atua de maneira independente na Casa. “A senhora está numa situação confortável que é a situação de independência, mas temos que cumprir o nosso papel estadual e é esse papel que precisa unir essa Casa e cobrar”, enfatizou o petebista. 

 

O líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Waldemar Borges (PSB), rebateu nesta segunda-feira (3), às criticas dos parlamentares da oposição na volta do recesso. Para o socialista, alegar que o governador Paulo Câmara (PSB) não sabe liderar o Estado é uma atitude preconceituosa. 

“Isso é um preconceito, como também é errado dizer que o ministro Armando ainda não trouxe, se quer, um fiteiro. Paulo tem essa liderança, ele é responsável, não podemos deixar o circo pegar fogo. Estamos arcando com um modelo errado”, defendeu Borges, em relação à crise vivenciada no Brasil e respingada também em Pernambuco. 

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Rebatendo ainda a afirmação do líder da oposição, deputado Sílvio Costa Filho (PTB) sobre o Estado, o parlamentar enfatizou que “não iremos defender a tese de que crescemos mais do que deveríamos” e contabilizou os recursos do Governo Federal enviado aos Estados. 

“O SUS está pagando para uma consulta de alta e média complexidade R$ 5,00. Numa operação de vesícula Pernambuco recebe do SUS apenas R$ 200 reais. Já uma diária de um leito de um hospital que custa em média R$1.200 reais, a federação tem repassado apenas R$ 400 reais e essa situação (do pacto federativo) da distribuição do que é feito nos Estados brasileiros é que faz 130 municípios encontrarem-se inadimplentes porque a despesa diminui”, contextualizou. 

Apesar de alegar, primeiramente, não ser justo colocar a culpa no ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), Borges disparou críticas ao petebista garantido que ele se preocupa mais com as articulações para o pleito de 2016 de que com Pernambuco. “O ministro Armando não trouxe nenhum fiteiro para cá, só vejo conversar sobre eleição e não sobre Pernambuco”, alfinetou, lembrando que se quer, o ministro foi convidado por Dilma para participar da reunião com os governadores semana passada. 

Em resposta ao posicionamento do líder do governo, Sílvio Costa ironizou. “Eu não sabia que tinha tanta gente preocupada com o ministro Armando, o que me chama atenção é que o tempo da emoção já passou e chegou o tempo da razão, e a razão começa a bater na porta dos pernambucanos, olha a violência, olha a educação”, enumerou o parlamentar. 

Os deputados integrantes da bancada da oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deixaram claro, nesta segunda-feira (3), o tom que será usado neste segundo semestre na Casa Legislativa. Com cobranças e críticas à gestão do governo estadual, parlamentares garantiram que a atuação será mais dura. Além disso, o deputado estadual Edílson Silva (Psol) fez questão de dizer, em pleno Plenário, que “o povo pernambucano está lascado”, em virtude da situação atual. 

De acordo com o líder da aposição na Alepe, deputado Sílvio Costa Filho (PTB), o debate eleitoreiro visando 2016 ficará de lado e não pautará a atuação do colegiado. “Vamos evitar ao máximo o debate eleitoreiro para não contaminar. Esse ano o nosso foco é cobrar ao governo do Estado os compromissos e não eleitoralizar, pois sabemos que há ainda R$ 54 milhões de resto a pagar (da gestão estadual) e até agora só foram investidos apenas 5% do FEM nos municípios”, denunciou. 

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O petebista também elogiou a existência de parceria entre o ex-governador Eduardo Campos e o ex-presidente Lula e pediu reconhecimento. “A parceria de Eduardo com o Lula foi muito benéfica para Pernambuco, mas hoje nossa preocupação é com a saúde do custeio. Nós sabemos que o ex-governador Eduardo Campos, uma das primeiras ações dele foi cuidar do calendário dos servidores e hoje, depois de quase nove anos, tivemos este calendário alterado e todos foram pegos de surpresa”, criticou. 

Em resposta ao discurso de Sílvio Costa, o líder do governo na Alepe, Waldemar Borges (PSB) garantiu que sempre foi reconhecida a parceria com Lula, no entanto, alegou que a conjuntura atual é diferente. “Gostaríamos que não existisse essa relação Governo Federal x Governo Estadual e que fosse diferente. Em nenhum momento não deixamos de conhecer a parceria com Lula, mas a conjuntura não permite fazer”, avaliou explicando ainda que em sete meses é difícil fazer uma “grande obra” como cobrou a oposição anteriormente.  

No discurso de Edílson Silva, ele trouxe algumas problemáticas na saúde como a falta de medicamento no Hospital Oswaldo Cruz, algumas paralisações como a dos policiais civis e uma inusitada licitação do Governo do Estado para compra de gelo. “Fui surpreendido no Diário Oficial, onde o governo do Estado faz um pregão para comprar gelo. A conta foi fechada com quase R$ 35 mil. Se esse orçamento for para um ano, isso significa que irão gastar R$ 100 reais de gelo por dia no Palácio. Não é o valor não, é a simbologia que passa. Como é que o povo é chamado a fazer sacrifício? será que o Palácio não pode fazer esse sacrifício?”, questiona o parlamentar, comparando a licitação com a mudança no pagamento do servidor. 

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Para o deputado, “é necessário que o governo abra as contas”. Ele ainda ironizou a licitação do Estado. “Se gasta 35 mil por ano com gelo, quanto gasta com uísque?”, e traçou um perfil econômico negativo de Pernambuco. “O governo não pode ficar aqui brigando. Estou aqui para defender o povo do Estado de Pernambuco e é esse povo que está lascado, está ferrado. Por favor, base do governo traga soluções, traga um bom debate. Abram as contas do Estado, sejam transparentes, como estão gastando R$ 100 milhões com publicidade? questionou o parlamentar.

Para Edílson Sílvia as críticas ao governo estadual e federal é uma “retórica contundente que não resolve os problemas, nem coloca remédios nos hospitais”. Ele também ironizou às justificativas de Borges sobre os recursos federais. “A bancada governo vem toda vez dizer: olha, o problema está em Brasília, então vamos transportar essa bancada para Brasília”, zombou o parlamentar. 

Considerada a “Princesa do Sertão”, a cidade de Petrolina, localizada a quase 800km da capital pernambucana também configura um cenário de rivalidade no quesito política. Não diferente disso, os embates na cidade devem ser mantidos no próximo ano e dentre este contexto, além do PT do deputado Odacy Amorim, o PSB já mandou recado e carimbou que “vai ter candidato no município”. 

A informação partiu do conterrâneo e filho do senador Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB), o deputado federal Fernando Filho (PSB). “O PSB vai ter candidato. Vamos debater isso no momento certo, mas não vamos ficar sem disputar”, confirmou. 

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O parlamentar sugeriu o nome do correligionário e deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) para disputa, mas também fez questão de pontuar que há outros nomes. “Tem Gonzaga Patriota e tem outros nomes que temos condições de disputar as eleições”, destacou. “O que eu posso adiantar é que o PSB vai ter candidato”, reforçou.

Questionado se a disputa deve ser acirrada, ele não esquivou em responder: “Em Petrolina sempre é, né?” ressaltou. Além do PSB e do PT, outro nome ventilado para entrar na disputa é do deputado federal Adalberto Cavalcanti (PTB). 

A noite dessa terça-feira (16) foi de embate no plenário do Senado entre o PT e a oposição. O partido do governo rejeitou a decisão de que fosse tramitado, em regime de urgência, um projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que diminui o poder da Petrobras na exploração dos campos de petróleo do pré-sal. Líder do PT na Casa, o senador Humberto Costa (PE) criticou a maneira apressada de apreciação de uma proposta dessa complexidade, mas - dado apoio de partidos da base, como o PMDB - o requerimento foi aprovado por 42 votos contra 17.

Em um acordo com os líderes o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), propôs a entrada da urgência em pauta. No plenário, Humberto orientou a bancada do PT a votar contra a matéria e discursou, com base em dados oficiais, sobre os prejuízos que o projeto traz ao povo brasileiro porque quebra o direito de que ela seja operadora única do petróleo produzido.

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Segundo ele, além de desfigurar o modelo de partilha do pré-sal já definido em lei, que também estabelece participação mínima de 30% da estatal nos negócios, a proposta é baseada em uma série de questões contestáveis. “O que quer a oposição, como externa aqui no plenário com todas as letras, é privatizar a maior empresa do país. A partilha garante soberania do Brasil sobre suas riquezas. O petróleo é brasileiro e, em razão disso, a Petrobras deve ser a operadora única dessa riqueza nacional”, afirmou Humberto.

O projeto de autoria do parlamentar tucano trata, em seu primeiro artigo, da “retirada da obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora exclusiva e possuir participação mínima de 30% nos consórcios de empresas que venham a ser contratados, mediante licitação, para exploração e produção de petróleo no pré-sal e em áreas estratégicas”.

Para o líder do PT, o argumento de que a estatal não tem capacidade para realizar os investimentos necessários para a produção de petróleo, usado de forma intensa pela oposição para justificar a aprovação do texto, é falso. “A Petrobras teve lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano. A empresa tem reservas de 30 bilhões de barris. O pré-sal já bate recordes de produção. Que ideia é essa de que a empresa não tem capacidade para investir?”, questionou.

O senador ressaltou ainda que as licitações para a exploração do pré-sal só serão realizadas em 2016, fato que, por si só, já derruba a justificativa da pressa do Senado em votar o requerimento de urgência da matéria. “Se a Petrobras segue como operadora única, evitaremos a exploração predatória. A empresa não corre o risco de ser passada para trás, ludibriada por outras que explorem petróleo e declarem menos do que produzem, em prejuízo do país”, afirmou.

Humberto acredita que o Congresso Nacional tem de ouvir os interessados no assunto antes votar o texto, incluindo a própria Petrobras, o Ministério de Minas e Energia, sindicatos de engenheiros e trabalhadores e a opinião pública. “E digo mais: retirar o direito da Petrobras de ser a operadora única é o primeiro passo. Daqui a pouco, por meio de decreto legislativo, vão querer mudar o regime de contratação da empresa, deixando-a sem capacidade de concorrência, e vão chegar no debate sobre o modelo de partilha”, analisou.

Em menos de seis meses à frente do governo neste segundo mandato como presidente da República, é notório a dificuldade e o jogo de cintura que Dilma Rousseff (PT) precisa ter com partido de seu principal aliado, o PMDB, do vice-presidente Michel Temer. Enquanto uma ala como a de Temer faz aliança com a chefe do Executivo, outros peemedebistas como é o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), faz o papel afrontador em relação ao governo e é visto como um personagem de quadrinhos, o “Hulk”, por petistas mais críticos. 

Para diminuir a “pressão” da legenda em cima do governo, há quem acredite que a decisão de entregar a coordenação política a Michel Temer foi uma jogada inteligente, mas essa avaliação não é maioria no meio político. A postura divergente do PMDB é cheia de particularidades, assim como ocorre em Pernambuco. No Estado, o senador Jarbas Vasconcelos e o vice-governador, Raul Henry assumem posturas opositoras ao governo federal. Já outros peemedebistas como o prefeito de Petrolina, Julio Lossio, apoia a petista. “Vejo que o presidente recebeu missão para ajudar o governo e o país”, analisou Lossio, sobre a função que Temer assumiu no governo de Dilma.

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Para a presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão, a unidade entre o PT e o PMDB necessidade de muitas articulações. “É preciso estratégias do PT. Tem que discutir muito na política”, avaliou a parlamentar. Ela também analisou a postura de Eduardo Cunha. “Contraditoriamente ele faz parte da base de apoio, embora tenha contribuído muito pouco até o momento com a governabilidade, mas ele também está recebendo o troco. Ele está sendo hostilizado em todos os estados que ele vai discutir a reforma política e não é pelo PT, ele está sendo hostilizado pelos movimentos sociais, pelos sindicatos e por todos aqueles que se sentem prejudicados com essa pauta tão obscura que ele está trazendo para discussão no Congresso”, destacou.

Teresa Leitão frisou existir pautas bem mais interessantes e importantes para serem tratadas no Congresso Nacional, reprovando o Projeto de Lei 4330 – da terceirização - defendido pelo peemedebista. “Tantas coisas são importantes de serem discutidas. A pauta da reforma política, tantas  coisas que a gente precisava colocar na agenda e ele fica preocupado com essa agenda tão conservadora e tão obscurantista”, alfinetou.

Questionada sobre a decisão de Dilma em entregar a coordenação política a Temer, a presidente do PT em Pernambuco aprovou a atitude da chefe do Executivo. “Na verdade ela não deu, ela dividiu. Uma presidenta não está fora da discussão política em nenhum momento. Acho que foi um gesto importante porque se a principal crise está na relação com o PMDB, o PMDB também tem que contribuir para resolver. Então, neste aspecto, acho que foi uma jogada inteligente”, avaliou Leitão afirmando que Temer irá dividir a coordenação política com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, além da própria Dilma. 

Diferente da opinião da deputada estadual, o vereador do Recife, Osmar Ricardo (PT) não se intimidou em dizer que a presidente errou em escolher Temer para um cargo tão importante. “Dilma errou e eu acho que não vai animar (o PMDB) porque ele (Michel Temer) na verdade está perdendo o controle do PMDB e quando ele perde o controle, quem está governado, mandando hoje no Congresso,  é o cara que é o rival dele, que quer tomar inclusive a presidência do partido no lugar dele”, criticou, reprovando a decisão de Dilma. “Tirar um grande companheiro que tem uma história limpa do Rio Grande do Sul para colocar o Temer que tem uma história manchada no Congresso, e o partido dele não se une, a diferença é muito grande”, repudiou o parlamentar.

Osmar Ricardo também acusou Eduardo Cunha de ser organizador de quadrilha e reforçou que a função assumida por Temer não vai ajudar a mudar a relação de entendimento entre PT e PMDB. “Eu acho que não vai mudar em muita coisa não, porque na verdade quem está lá são aqueles que têm o monopólio do poder no Congresso que é muito grande. Está ai a PEC, o aumento de 300% dos partidos políticos e outras lambanças que estão fazendo no Congresso que o Eduardo Cunha é o chefe da quadrilha”, disparou o vereador. 

Apesar das opiniões divergentes entre petistas da Assembleia Legislativa de Pernambuco e da Câmara do Recife, Dilma continua dando cargos ao PMDB. Na tarde desta quinta-feira (16) ela empossou o peemedebista e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, como ministro do Turismo

Depois de embates semana passada, por meio de notas oficiais dos Poderes Judiciário e Executivo do Estado, o Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiu, nesta segunda-feira (13), aguardar o final de abril para o governo apresentar uma solução para o problema no orçamento no Poder Judiciário. Em ofício enviado para a Presidência do TJPE nesta manhã, o Governo reforça a autonomia do Judiciário e afirma a impossibilidade de repasse de parte dos recursos aprovados na Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2015.

Segundo o documento encaminhado pelo Executivo, com o fechamento do primeiro quadrimestre do ano será possível construir uma solução dialogada para o problema. O Pleno ficará em estado de convocação permanente e deve se reunir no início de maio.

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O presidente Frederico Neves ressaltou a disposição do Judiciário para o diálogo, colocando que a preocupação do TJPE é com a prestação do serviço para a população. “Queremos reafirmar o nosso compromisso com os postulados da independência e da autonomia do Judiciário, para que possamos prestar um serviço mais eficiente para a população. Isso não impede, antes aconselha, que estejamos disponíveis para o diálogo com vistas à resolução do problema. É importante dizer que sem esses recursos muitos projetos ficam inviabilizados”, destacou.

Entre as medidas que estão suspensas e aguardam a solução para o orçamento, estão vários projetos que reforçam o combate ao crime, previstos para este ano, tais como a duplicação das Varas de Violência contra a Mulher e das Varas de Entorpecentes da Capital, a instalação das Varas de Violência Contra a Mulher de Caruaru e Petrolina, a criação da Vara de Combate ao Crime Organizado e de mais uma Vara de Execuções Penais.

*Com informações da Assessoria

Depois do anúncio da presidenta Dilma Rousseff (PT) do nome do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), para a vaga de coordenação política de sua gestão, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT) fez discurso de apoio à correligionária. Também na Tribuna do Senado, o petista disse esperar que o PMDB de Temer o "preste a mesma solidariedade política e republicana" que o PT para que a aliança governista "possa sanar as divergências".

Para Humberto Costa está na hora de encerrar as brigas e os jogos de interesse do PMDB. “É hora do fim dos sobressaltos, das bravatas, das quarteladas de ocasião, dos jogos de interesse que a nada levam, a não ser a desnudar a mesquinharia de quem os pratica", disse ele. "Como líder do PT no Senado, quero dizer que recebemos com muita confiança essa decisão da presidenta Dilma e oferecemos todo o nosso respaldo ao vice-presidente Michel Temer no exercício das suas novas e desafiadoras funções",apoiou.

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Apesar da discreta alfinetada, o parlamentar destacou a importância do PMDB como o maior aliado do PT na coalizão e disse que o partido de Temer é governo e, como tal, deve assumir esse papel para o qual foi eleito. Ele também ressaltou que divergências entre as siglas da base são naturais, pois não existe a lógica única dentro de um Congresso que, por definição, deve ser plural. Lembrou, porém, que é necessário se utilizar os foros apropriados para aparar as arestas e resolver as diferenças entre as legendas.

“O que temos de evitar entre as forças políticas que compõem uma aliança é que elas ajam de maneira tão insana umas contra as outras que coloquem em risco a sustentação do próprio governo. Não é aceitável que um partido, sendo governo, aja deliberadamente como se oposição fosse em muitas situações”, observou. 

De acordo com o líder do PT, tal atitude "denota ignorância política e não pode ser travestida sob o véu da manutenção da independência de poderes". “Isso é uma perversão intelectual que diminui um fundamento nobre da nossa República. Em todos os sistemas democráticos de governo, há tensões políticas permanentemente”, avaliou. Segundo o senador, a diferença é que, nas democracias mais aperfeiçoadas, as tensões são resolvidas por meio do diálogo e, "nas incivilizadas, são alongadas por arrufos de gente de visão apoucada". 

Humberto considerou como "um admirável movimento no tabuleiro político" a decisão tomada por Dilma, afirmando ser uma expressiva demonstração do apreço presidencial pela busca das relações harmônicas entre os poderes – especialmente entre o Executivo e o Legislativo. “O convite ao vice-presidente Michel Temer, um homem público de profundo zelo institucional pelas suas funções, para coordenar as articulações políticas do governo, chega em um momento muito oportuno para dar firmeza à estruturação da nossa base no Congresso Nacional, especialmente na Câmara dos Deputados”, declarou. 

Buscando rebater as críticas da oposição, Costa alegou não ser atípica a participação ativa de um vice em atividades vitais do governo que integra e lembrou que o vice do ex-presidente Lula, José Alencar, por exemplo, chefiou em um determinado momento, o Ministério da Defesa. 

 

Apesar do pacto de lealdade que existe entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, assessores de ambos têm tido embates nos bastidores da campanha. A informação, que vem sendo publicada em reportagens recentes, agora foi confirmada pelo jornalista Ricardo Kotscho, ex-porta-voz de Lula e figura próxima ao ex-presidente. Em texto publicado em seu blog no portal R7, Kotscho vê Dilma "cada vez mais sozinha na estrada, com a campanha à reeleição mostrando rachaduras no governo, no partido e na base aliada".

"De um lado, Franklin Martins e Gilberto Carvalho, mais próximos a Lula, defendem uma estratégia ofensiva contra a oposição e a mídia aliada; de outro, os colaboradores mais próximos de Dilma, tendo à frente o marqueteiro João Santana, preferem tocar o barco sem fazer marola até começar a propaganda na TV", escreve Kotscho. Ele lembra que "raros são os que saem em defesa das políticas de governo, mesmo entre seus ministros" e que algumas das lideranças empresariais que apoiaram Dilma em 2010 "agora estão na moita ou pularam para o outro lado".

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Kotscho afirma que Aécio, até aqui, preocupou-se apenas em criticar o governo "sem apresentar propostas viáveis para os problemas que o país enfrenta". O jornalista vê o quadro econômico como um adversário para a presidente Dilma, mas ressalta que Aécio, pela primeira vez na campanha, passou "de estilingue a vidraça" com as denúncias sobre a construção do aeroporto em Cláudio, Minas Gerais. Ele critica a cobertura da imprensa, que chama de "amiga" de Aécio, e conclui: "Muita água ainda vai correr por baixo da ponte nesta campanha eleitoral".

A Arena Gastronômica UNINASSAU/ Engenho dá o seu pontapé inicial da terceira edição nesta terça (29), tendo a Copa do Mundo de 2014 como tema principal. O evento de disputa culinária vai até esta quarta (30), com ações realizadas nas instalações da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, no bairro das Graças. 

A arena traz embates gastronômicos entre alunos de Gastronomia de diversas instituições de ensino. A menos de dois meses para o início da Copa do Mundo no Brasil, o foco para as disputas será a cultura gastronômica dos países que jogarão na primeira fase do Mundial na Arena Pernambuco: Alemanha, Estados Unidos, Croácia, México, Costa do Marfim, Japão, Costa Rica e Itália.

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A Arena Gastronômica também promove oficinas demonstrativas preparadas com base na gastronomia dos países, sendo ministradas por chefs de cozinha, sommeliers e baristas. Entre os nomes confirmados estão Bela Gil, Danielle Noce, Dalton Rangel, Paulo Machado, Joca Pontes, Paolo Salvadori, Tsuyoshi Murakami, Ludmila Soerio, Bruno Didier, Rodrigo Lima e Miau Caldas. A apresentação da terceira edição do evento fica por conta do chef pernambucano André Falcão. 

O clima de Copa do Mundo não invade só a gastronomia, mas também o espaço em que os pratos serão preparados: as cozinhas gourmet ganham espaço inspirado nos campos de futebol oficiais da Fifa. Quem passar pelo centro da UNINASSAU ainda pode conferir o empório Encontro de Sabores, que será comandado pelo chef Cláudio Kovacic. Serão 20 estandes, com receitas feitas por chefs de renome a preços acessíveis. 

O evento também terá um segmento voltado para a fotografia gastronômica e terá concurso de hambúrgueres, no qual alunos da UNINASSAU participarão de uma competição de hambúrgueres inspirados na cozinha norte-americana.

Serviço

Arena Gastronômica UNINASSAU/Engenho

Terça (29) e quarta (30) | 18h

UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau (Rua Guilherme Pinto, 114 - Graças)

(81) 3413 4611

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