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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, defendeu a reforma tributária das críticas feitas pelos governadores. "Não tem reforma inerte. Toda reforma é reorganizar, mudar as cadeiras, fazer a dança das cadeiras. Ao mudar as coisas, alguns vão pagar um pouco mais, outros um pouco menos. Não tem reforma que não haja alteração do status quo. Sem alteração, não é reforma", disse o ministro em almoço organizado pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).

De acordo com o chefe da Casa Civil, o fatiamento da reforma tributária em consumo e renda é justamente "para fazer acontecer". "O ideal seria fazer reforma tributária toda junta, mas prática às vezes não é possível", declarou.

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O ministro da Casa Civil defendeu ainda a equiparação na cobrança de impostos a quem pessoas com rendas equivalentes. "Ideal é que rendas semelhantes tenham tributação semelhantes. Se todos pagam, todos pagarão menos", comentou.

Rui Costa ainda reiterou que o governo vai taxar o e-commerce, mas quer internalizar a produção no Brasil de produtos hoje importados. "Temos que internalizar e retomar industrialização do Brasil em parâmetros mais competitivos", declarou.

Desoneração

O ministro da Casa Civil reconheceu a complexidade da desoneração da folha de pagamento, medida prorrogada pelo Congresso à revelia do Ministério da Fazenda. De acordo com o auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onerar a folha de pagamento "não é o ideal em nenhum lugar do mundo", mas é preciso discutir a fonte de recursos para bancar a iniciativa em um cenário fiscal desafiador.

"Se algum setor pagará menos e aquilo traz um desequilíbrio previdenciário, é preciso debate para encontrar de onde vem a receita para pagar a aposentadoria dessas pessoas. Todos vão se aposentar independentemente do setor em que trabalham", declarou o ministro.

Costa defendeu a redução do rombo das contas previdenciárias e um "amplo debate" sobre a desoneração da folha de pagamento. "É necessário, é importante e tem nosso apoio se pensar em desonerar a folha. Mas isso não pode estar descasado, desassociado de onde virá o recurso para cobrir o déficit gerado", disse o ministro. "Não se pode adotar medida sem ter fonte de recurso para financiá-la", acrescentou. "A desoneração da folha é debate que tem de andar em mão dupla."

O chefe da Casa Civil lembrou que o déficit fiscal gera instabilidade e aumento da projeção de inflação, o que deve ser evitado.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira, 14, que o governo vai defender a manutenção do regime de substituição tributária durante a tramitação no Congresso da reforma do sistema de cobrança de impostos no País. O modelo transfere para o início da cadeia produtiva, ou seja, para o produtor, o recolhimento de impostos das demais fases até o consumidor final.

A medida ajuda no combate à sonegação. Pela reforma, cinco impostos serão substituídos por um Imposto de Valor Agregado (IVA) dual.

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De acordo com Alckmin, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ouviu de empresários do setor varejista com quem se reuniu nesta quarta uma preocupação em manter o regime de substituição na reforma tributária.

"O relator incluiu a manutenção da substituição tributária no seu trabalho e o governo vai defender", disse o vice-presidente a jornalistas no Palácio do Planalto. "É sempre ouvir, ter diálogo, para a gente poder avançar", acrescentou, sobre a interlocução com empresários.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta segunda-feira (5), ter pedido ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, uma maior "ajuda" do governo na aprovação da reforma tributária. Lira prometeu pautar a matéria ainda neste semestre, antes do recesso parlamentar, mas disse que não poderia assumir o compromisso de aprovação da pauta.

"Eu quero pautar (reforma tributária), não posso assumir compromisso e a responsabilidade de aprovar. Eu, hoje na conversa, pedi toda ajuda ao governo, governo precisa se mobilizar porque medidas importantes para facilitação da angariação de votos no plenário dependem de medidas econômicas do Ministério da Fazenda, depende de medidas políticas do governo, depende de articulação também do governo com entes federativos, governadores, prefeitos de capitais e cidades pequenas e também dos setor privado", disse Lira durante entrevista à CNN.

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Nos bastidores, parlamentares avaliam que falta um maior engajamento do presidente e do governo como um todo na aprovação da reforma tributária, que envolve interesses de diversos setores e entes. "Eu pedi, lógico, envolvimento do governo e o presidente tem realmente interesse nessa matéria, porque sabe que isso é importante para o País", continuou Lira.

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Lira se reuniu no período da manhã com Lula no Palácio da Alvorada, em um encontro fora da agenda oficial, para tratar da articulação do governo com Congresso, depois a medida provisória que reestruturou a Esplanada dos Ministérios ter sido aprovada às vésperas de perder validade e sob pressão contrária de deputados do Centrão.

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) reafirmou nesta segunda-feira, 3, o dia 16 de maio como prazo final para a apresentação do relatório que está sendo produzido pelo grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara, coordenado pelo parlamentar. Com isso, ele disse acreditar que até o começo de junho a reforma tributária estará em debate no plenário da Casa.

Antes disso, informou, um seminário será realizado para explicar a reforma e seus impactos aos deputados.

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"Vamos abrir um seminário com todas as bancadas e partidos para explicar a reforma e seus impactos. Até o final de maio ou começo de junho, o texto entra em apreciação e debate no plenário da Câmara dos Deputados", disse o coordenador do grupo de trabalho da reforma dos impostos em entrevista a jornalistas, após participar da reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Questionado sobre quais são as pendências ao parecer final do grupo, Lopes respondeu que ainda falta detalhar como será o tratamento diferenciado de setores como saúde, educação, agroindústria, entidades sociais, e transporte de cargas.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, declarou na tarde desta quarta-feira, 29, que o novo arcabouço fiscal deve ser apresentado pelo governo na próxima sexta-feira, 31. Durante palestra no XII Prêmio da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), a ministra justificou a ausência da ministra da Gestão, Esther Dweck, no evento, declarando que ela teve que se reunir com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para discutir o tema.

"A ministra Esther teve que se ausentar, pois hoje estamos discutindo o arcabouço fiscal. Nossa equipe do ministério do Planejamento ficou ontem no ministério da Fazenda até 21 horas. Hoje é o dia da apresentação para o presidente Lula e acredito que até sexta possa ser anunciado", disse a ministra do Planejamento.

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Nesta quarta, o ministro da Economia, Fernando Haddad, se encontra com Lula e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que se reunirá com líderes do mercado para apresentar a nova regra fiscal.

Na sequência, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), convocou uma reunião de líderes na quinta, na qual Haddad apresentará aos senadores as linhas gerais do novo arcabouço que substituirá o atual teto de gastos.

Mesmo com a fala da ministra, Fernando Haddad não descartou a possibilidade de a nova regra ser apresentada ainda nesta quarta. "Já, já vou saber", disse há pouco, quando deixava a sede da pasta para se reunir com o presidente.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse nesta segunda-feira, 27, que acredita que as novas regras fiscais que estão sendo estruturadas pela equipe econômica do governo vão garantir investimentos no Brasil, com sustentação fiscal. "Não conheço os detalhes dos marcos, mas pelo que tenho conversado e visto, acredito que o marco vai garantir algum investimento, com sustentação fiscal", comentou, durante evento promovido pela Arko Advice ao ser questionado se há algum temor que a proposta limite a capacidade de aportes na área de infraestrutura.

Em sua apresentação inicial, o ministro afirmou que sua pasta apoia a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal, que está sendo elaborado pela equipe econômica, "para assegurar os recursos necessários para o desenvolvimento da infraestrutura".

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"Como tudo na vida, as despesas de um governo precisam ser hierarquizadas. Tem aquele que podemos cortar e o País não sente e aqueles que, se cortar, sente muito. Acho que o País sente muito se cortar completamente investimentos, é o que aconteceu nos últimos anos", disse ele.

Relembrando a comparação feita durante o evento em relação aos investimentos no Uruguai e Brasil, o ministro afirmou que é preciso elencar quais são os investimentos prioritários.

Segundo dados apresentados por Renan Filho em sua apresentação inicial no evento, ele afirmou que, enquanto o Brasil investiu, no ano passado, US$ 1,45 bilhão no setor, o país vizinho aportou US$ 1 bilhão.

Porém, afirmou o ministro, o Uruguai possui uma população muito menor. "O País não pode escolher investir igual ao Uruguai. Se escolher isso, tem que escolher sabendo que não terá infraestrutura. Não pode ficar aquela conversa de vamos investir pouco e exigir que o governo entregue rodovia boa pois isso, infelizmente, não é possível."

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, voltou a afirmar nesta segunda-feira, 27, após deixar um evento em São Paulo, que o governo pretende zerar o déficit público em 2024. Segundo ela, as iniciativas para que isso seja possível já estão em curso pelo governo, com a reoneração de impostos e com o corte de gastos.

"Os três ministérios da equipe econômica têm consciência de que esse é um governo fiscalmente responsável e socialmente comprometido com o Brasil. Diante desse compromisso social, nós sabemos que temos a obrigação de virar o déficit fiscal. Se olharmos o histórico dos governos Lula, ele sempre teve essa preocupação de com o déficit fiscal e de combater a inflação", disse ela.

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Tebet detalhou que o governo baixou uma portaria interministerial para que todas as pastas reavaliem as ações e os programas do governo passado, além das despesas com restos à pagar.

"No arcabouço fiscal, nós temos como meta, até o final do próximo ano, que possamos zerar o déficit. A gente zera o déficit de duas formas. Aumentando receita sem aumentar imposto. Isso já está acontecendo. E com reonerações. E sobre a ótica de qualidade de gastos públicos, de corte de despesas desnecessárias ou de políticas pública ineficientes. Nós temos dois anos para chegar nessa meta que é totalmente possível", disse a ministra.

Tebet ainda declarou que no primeiro Relatório de Receitas e Despesas apresentado pelo governo na semana passada já foi possível reduzir o déficit público de mais de R$ 231 bilhões para R$ 107 bilhões com ajustes que estão sendo feitos pelo governo. "Esse ajuste pode ser um pouquinho maior ou menor a depender das ações. Vamos reduzir o déficit fiscal desse ano", disse.

A ministra ainda afirmou que o arcabouço fiscal trará a possibilidade de que as despesas de saúde e educação tenham um orçamento maior nos próximos anos.

"Não está no arcabouço e nos parâmetros criar exceções. Ao falar em exceção, ao mandar para o Congresso, uma exceção viram 10. Não queremos isso. Não se fala em exceções. Falamos da possibilidade de ter um pouco mais de gasto sem esses gastos estarem acima do incremento da receita. Mas com um olhar específico para saúde e educação", disse Tebet.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, nesta quinta-feira (23), estar seguro de que existe ambiente no Congresso Nacional para aprovar o novo arcabouço fiscal com qualidade e rapidez necessárias. Segundo ele, o próprio Legislativo dá sinais de que há um cenário positivo para debater a âncora que substituirá o atual teto de gastos.

Padilha se reuniu na manhã desta quinta-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na sede da pasta econômica.

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"Reforcei ao ministro Fernando Haddad o ambiente positivo no Congresso Nacional para que o marco fiscal, chegando ao Congresso, tenha celeridade, na tramitação, no debate com qualidade, aprovação do marco fiscal", disse Padilha aos jornalistas, após o encontro. "Tenho certeza que existe ambiente no Congresso Nacional hoje, foi dito inclusive por várias lideranças, o próprio presidente da Câmara citou isso hoje. Tem um ambiente para aprovar na maior celeridade possível no Congresso Nacional", reforçou.

O ministro evitou estimar quando a proposta será levada ao Legislativo, após a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, mas garantiu que existe ambiente para aprovação na "data necessária".

Ele também comentou a importância de Haddad estar presente no Brasil para debater a âncora fiscal. O ministro da Fazenda vai acompanhar o presidente na viagem ao país asiático.

Na terça-feira, 21, Lula confirmou que o novo arcabouço fiscal será divulgado apenas após a viagem à China. "Por que não pode ser antes? Nós embarcamos sábado, Haddad não pode comunicar isso aí. Seria estranho, eu anuncio e vou embora. Haddad tem que anunciar e ficar aqui para responder, debater, dar entrevista, falar com sistema financeiro, com a Câmara dos Deputados, Senado, outros ministros", disse, durante entrevista à TV 247.

Padilha também minimizou as críticas de que o Executivo não tem base suficiente no Congresso Nacional para aprovação de pautas. "Até agora, neste momento, tudo que governo precisou vencer no Congresso, conseguimos vencer. Aprovamos tudo aquilo que precisamos aprovar", esclareceu.

Entrou na manhã desta segunda-feira (20), na agenda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma reunião às 18 horas com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, no Palácio do Planalto. Mais cedo, Haddad havia cancelado três encontros marcados na agenda desta segunda-feira

O ministro também declarou no período da manhã que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que ele faça reuniões com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de líderes do governo e economistas de fora do mercado, antes de apresentar oficialmente a proposta de novo arcabouço fiscal do País.

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Segundo o ministro, essas reuniões preparatórias devem acontecer entre hoje e amanhã.

Embora houvesse a expectativa de reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO) nesta segunda-feira, a Casa Civil ainda não marcou o encontro, que deve ocorrer apenas amanhã. Na quarta-feira, o novo governo publica seu primeiro Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta segunda-feira (20), que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu que ele faça reuniões com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de economistas, antes de apresentar oficialmente a proposta de novo arcabouço fiscal do País. Segundo o ministro, o anúncio do projeto de lei complementar para o público ocorrerá ainda nesta semana, mas o envio ao Congresso pode levar mais tempo, já que o limite seria o envio da Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 - até 15 de abril.

"O presidente Lula orientou que, antes do anúncio oficial, fossem feitas algumas conversas importantes com os presidentes das duas casas, os líderes do governo e alguns economistas que não fossem do mercado, para evitar algum tipo de contágio, informação privilegiada, essas coisas que temos que resguardar", afirmou o ministro da Fazenda. "Vamos agendar essas reuniões, que devem acontecer entre hoje e amanhã", completou.

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Haddad não se comprometeu a apresentar o arcabouço antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na terça e na quarta-feira (22).

Ele aproveitou, contudo, para criticar novamente o patamar dos juros, que na avaliação da equipe econômica tem desacelerado a atividade. "O Copom tem sua dinâmica. Não vamos atropelar o processo de conversa porque é preciso sair um projeto sóbrio. Não vai ser o açodamento que vai nos levar a isso. Já antecipei de agosto para meados de março", completou. "Vamos torcer para que saia ainda esta semana, antes da viagem presidencial à China", repetiu.

O ministro disse que não trabalha com vazamentos e disse lamentar que alguns companheiros de governo não sigam essa orientação de Lula. "Tinha muita preocupação que vazassem coisas antes do presidente tomar conhecimento, e felizmente conseguimos que ele fosse o primeiro a conhecer antes de começarem os vazamentos que são típicos nesse tipo de projeto", acrescentou.

Haddad ainda se esquivou das críticas de colegas da Esplanada que reclamam que o arcabouço não teria sido discutido com a ala política do governo. "Não vejo essa divisão no governo entre ala política e econômica. Fui candidato à Presidência pelo PT, então sou de que ala? Não faz sentido esse tipo de divisão. Toda divisão é técnica e política, e por isso é o presidente Lula que dá a última palavra. Temos que levar os subsídios para ele tomar uma decisão que contemple seus compromissos históricos, de campanha, e a sustentabilidade do País", concluiu.

O grupo de trabalho (GT) da reforma tributária na Câmara convidou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para uma audiência pública na terça-feira (21), para tratar da perspectiva federativa da mudança no modelo de tributação do País. Também foram chamados para o debate representantes dos Estados e dos municípios.

O impacto da reforma na autonomia e no caixa dos entes federativos é um dos principais pontos de discussão. Na semana passada, o coordenador do GT, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), disse que já é consenso a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, ou seja, com uma alíquota cobrada pela União e outra por Estados e municípios.

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O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), contudo, tem se reunido com os representantes dos municípios para tratar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 46/22, de sua autoria, que propõe unificar a legislação tributária, mas sem acabar com os impostos estaduais e municipais, como prevê as PECs 45/19 e 110/19, analisadas no GT da Câmara.

Além de Tebet, foram convidados para a audiência pública da terça-feira o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Edvaldo Nogueira, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, o diretor da Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), Carlos Henrique de Azevedo Oliveira, e o presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Carlos Eduardo Xavier.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta segunda-feira (13), que o governo não trabalha com a ideia de recriar um imposto nos moldes da antiga CPMF dentro da sua proposta de reforma tributária. Ele participou de evento organizado pelos jornais Valor Econômico e O Globo na manhã de desta segunda.

"Não está no nosso radar, nem no plano de governo do então candidato, o presidente Lula, nem nos planos da área econômica", disse Haddad. "Falo em nome da Fazenda, Planejamento, MDIC. Não está na mesa de ninguém essa possibilidade."

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Haddad garantiu que a reforma tributária será neutra em termos de arrecadação. Segundo o ministro, não está nos planos do governo aumentar os impostos sobre o consumo, já considerado elevado no País. Ele defendeu que o governo deverá pensar uma "mudança da cesta de tributos" no médio e longo prazo.

"Deve recair mais sobre renda e menos sobre consumo, como é a tendência internacional", disse Haddad, citando que a carga tributária sobre o consumo no Brasil é maior do que a média da OCDE.

Ele defendeu ajustes de alíquotas na margem, ano a ano, sem "solavancos" que possam causar "distúrbios", lembrando que a transição da reforma será de 40 anos. "Você tem dez mandatos pela frente para fazer o ajuste fino, garantindo que o impacto sobre a eficiência na economia seja muito mais rápido que o impacto redistributivo pelos entes federados", afirmou.

O ministro disse que o governo está vencendo as resistências à reforma tributária aos poucos, com transparência e diálogo com diversos setores. Ele acrescentou que prefeitos de grandes cidades já apresentam menos resistência à proposta, que implica poucas perdas com o ISS.

Simples

Haddad afirmou ainda que o governo não pretende usar a reforma tributária para fazer mudanças no Simples. Indagado sobre a relação entre a reforma e a agenda de sustentabilidade, disse que a reforma tributária terá dispositivos de "seletividade", para dosar as alíquotas com base na externalidade de cada atividade.

"Aquilo que tiver externalidade positiva pode ser contemplado por alíquotas menores, sobretudo na questão ambiental, e as negativas também, como é o caso do fumo, que já tem imposto seletivo e vai ser mantido no escopo da reforma", comentou o ministro.

Haddad disse que os mecanismos permitirão onerar ao longo do tempo setores como bebidas, fumo e combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, setores como energia eólica, solar e hidrogênio verde, que podem ser vetores para a transição energética, poderão ter alíquotas menores.

Protagonismo de Lira e Pacheco

O ministro da Fazenda destacou que os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tiveram compromisso com a transição de governo e terão "protagonismo essencial" no andamento da reforma tributária. Ele acrescentou que o governo está se reunindo com diversos setores para apresentar a proposta.

Relatou ainda que tem procurado líderes partidários e empresários para dialogar sobre a proposta. "Nós somos negociadores", disse.

Segundo Haddad, a reforma tributária é importante para buscar crescimento com compromisso social e proteger o País de choques externos.

O ministro disse ainda que será importante avançar depois na proposta de reforma tributária sobre a renda, após a primeira etapa, que trata dos impostos sobre o consumo.

Lucros e dividendos

Reforçou também que o programa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevê a taxação de lucros e dividendos. "E tem uma boa parte do empresariado que defende isso, desde que tenha compensações, uma série de coisas que precisam ser analisadas", afirmou.

Haddad lembrou ainda que a proposta trabalha com a criação de um fundo de desenvolvimento regional e defendeu o imposto cobrado no destino. "Essa agenda está no radar. Mas, de novo: a reforma tributária é uma porção de chavinhas que você está mexendo. Se você só olhar para o que vai perder, e não olhar para o que vai ganhar, vai inviabilizar a reforma", disse.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nessa quarta (1º), que o governo irá compensar a correção da tabela do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) com a taxação de "jogos eletrônicos". Ele não foi claro se essa tributação incluirá o mercado de apostas virtuais e os chamados e-sports.

"Vamos compensar a pequena perda de arrecadação com a tabela do IR com a tributação sobre esses jogos eletrônicos que não pagam nenhum imposto e levam uma fortuna de dinheiro do País", afirmou, em entrevista ao UOL. "Jogo no mundo inteiro é tributado, e no Brasil não é."

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Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deu aval para a medida. "Vamos regulamentar em março, vamos mandar para a Casa Civil", adiantou. "Estamos fazendo a estimativa de arrecadação e os números não estão convergindo. O modelo está pronto, mas precisamos de uma estimativa mais precisa."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Anitta usou as redes sociais para explicar porque está passando um tempo afastada dos holofotes. Durante a live, a cantora revelou que sua família está em pé de guerra, principalmente por causa das eleições de 2022.

"Fiquei fora da internet, aconteceram coisa na minha vida e, naquele momento, quis muito abraçar minha família. Lembrei que, no último momento que estive com eles, só tinha briga política. Nossos momentos se limitaram a discussões, ofensas e gritarias. E parei pra pensar: Nossa, é isso que o país está virando", disse.

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E continua: "Isso é muito triste, a gente só perde. Um país que tem milhões de pessoas, se essas pessoas estão unidas no mesmo propósito, não importa quem ganha ou perca... Mas se o povo quer a mesma coisa, o bem de todos, a sociedade vence sempre. O amor vence sempre. (…) Depois que fiquei um mês e pouco sem olhar as redes sociais, parecia que fiquei um ano. As pessoas estão se agredindo na rua, se matando. Queria ter o direito de chegar em casa e amar as pessoas da minha família, independente de quem elas forem votar. Não queria ter que brigar com familiar meu, ser obrigada a desprezar essas pessoas. Eu queria que essas pessoas me amassem com minha decisão de voto. Esse é um mundo triste. Quando a sociedade se separa assim, só quem ganha é o poder".

E o desabafo continuou no Twitter: "Que todos possam andar sem medo nas ruas. Antes, durante e depois das votações. Que o medo não vença de nenhuma maneira. Paz, amor, união, luz, compreensão, tolerância, compaixão, empatia. Que sejamos capazes de emanar energias de luz para todos nós para que nosso país não afunde em uma treva ainda maior nesse dia de eleições".

Anitta ainda pediu "que o medo não vença o amor". "Tolerância. Somos todos um. LGBTQ, pretos, candomblecistas, pobres, mulheres, ricos, cristãos, católicos... um mesmo povo que deve se amar, se respeitar, se ajudar se compreender. Todos merecemos pertencer. Que o medo não vença. Que o povo vença. O povo unido jamais será vencido", escreveu.

As delegações da União Europeia e do Reino Unido terão neste domingo uma nova rodada de conversas para um acordo pós-Brexit e, no dia seguinte, haverá um novo contato entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o premier Boris Johnson.

"Nenhum acordo é alcançável" se não forem resolvidas as diferenças que persistem, assinalou Ursula neste sábado em Bruxelas, após um conversa telefônica com Johnson. Por isso, os líderes deram instruções às equipes para que organizem uma nova rodada amanhã na capital belga. "Conversaremos novamente na segunda-feira", informou a presidente da Comissão Europeia.

O Talibã afirmou nesta quinta-feira (23) que está pronto para negociar a paz com o governo afegão após o feriado muçulmano do Eid al-Fitr no próximo mês, se a troca de prisioneiros for concluída.

Os rebeldes estão "prontos para iniciar negociações", uma vez que todos os seus prisioneiros foram libertados "de acordo com a lista já entregue" às autoridades, ao mesmo tempo em que liberam membros das forças de segurança em suas mãos, explicou no Twitter seu porta-voz, Suhail Shaheen.

Os Estados Unidos e o Talibã assinaram um acordo histórico em Doha no final de fevereiro, abrindo caminho para uma retirada total das tropas americanas após 18 anos de guerra e também para negociações de paz.

Na semana passada, o chefe da diplomacia afegã, Mohamad Hanif Atmar, disse que a proposta do Catar de sediar a primeira rodada de negociações foi "consensual".

Essas negociações deveriam começar em 10 de março, mas foram adiadas várias vezes devido aos contínuos combates e ao atraso na troca de prisioneiros.

O presidente Ashraf Ghani prometeu libertar 5.000 prisioneiros talibãs em troca de mil membros das forças de segurança afegãs detidas por insurgentes, conforme determina o Acordo de Doha.

Até agora, as autoridades afegãs afirmaram ter libertado cerca de 4.400 talibãs e os insurgentes, 864 detidos das forças afegãs.

A Presidência do Senado comunicou que a sessão desta quinta-feira (10) terá caráter deliberativo extraordinário, com horário de início às 11h. O único item da pauta será a PEC da Previdência (PEC 6/2019), para sua primeira sessão de discussão em segundo turno de votação. Uma série de três turnos de discussão deverá ocorrer para que no dia 22 de outubro ela seja votada pelo Senado.

A PEC 6/2019 realizou uma grande modificação nas regras de aposentadoria e pensão aplicáveis aos trabalhadores segurados do Regime Geral de Previdência Social, aos servidores públicos civis e aos detentores de mandato eletivo. Foi aprovada inicialmente pela Câmara dos Deputados e agora  deverá ser votada em dois turnos pelo Senado Federal, como determina a Constituição.

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Entre outros pontos, o texto aumenta o tempo para se aposentar, eleva as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS (hoje em R$ 5.839) e estabelece regras de transição para os atuais assalariados. Foram ainda apreciados 4 dos 10 destaques apresentados pelos partidos.

Para evitar uma nova análise da Câmara dos Deputados, que atrasaria a promulgação, foram feitas apenas supressões e emendas de redação. Os pontos sobre os quais não havia consenso foram desmembrados durante a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e passaram a tramitar como PEC Paralela (PEC 133/2019), que também está sendo analisada pelo Senado.

A principal mudança estabelecida pela PEC 6/2019 é a fixação de uma idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) para servidores e trabalhadores da iniciativa privada se tornarem segurados após a promulgação das mudanças. Além disso, o texto estabelece o valor da aposentadoria a partir da média de todos os salários, em vez de permitir a exclusão das 20% menores contribuições.

*Da Agência Senado

 O reality ‘A fazenda’ chegou ao fim na última semana, no entanto, alguns participantes continuam se desentendendo fora do confinamento. A ex-peoa Nadja Pessoa compartilhou nesta terça-feira (18), via stories, um vídeo onde diz que a modelo Luane queria ‘holofotes’ ao revelar que estava sofrendo de depressão e tinha tentado suicídio pós-reality.

“Não sejam ingênuos, achando que as pessoas ‘ah, eu quero me matar’.. É tudo para holofotes, tudo para chamar atenção.”

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Nadja e Luane protagonizaram várias discussões durante a estadia de ‘A fazenda’. A modelo se pronunciou após Nadja minimizar sua depressão. “ Vamos começar a orar, também, por pessoas que acham que podem julgar os outros sem mesmo ter o poder de ver o que está por dentro, porque essas pessoas estão mais doentes do que eu”, escreveu.

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O BBB 18 está começando a pegar fogo. Com as decisões sobre o paredão da próxima terça-feira, dia 6, feitas, a nave louco teve um monte de discussões durante a madrugada. Você lembra que Jaqueline foi para a berlinda no dia da prova do líder, certo? Pois no último domingo as anjas Jaqueline e Gleici imunizaram Jéssica e, logo em seguida, o líder indicou Gleici ao paredão. Já Mahmoud foi o escolhido para se juntar às duas, o que fez com que os ânimos ficassem exaltados dentro do Big Brother Brasil.

Tudo porque o dedo-duro da rodada revelou o voto de Patrícia e decepcionou o emparedado Mahmoud, que acreditava que não ganharia o voto da sister neste momento do jogo. Foi aí que o bicho pegou. O sexólogo ficou bravo, xingou muito em árabe e disparou 'Gente falsa!', enquanto Lucas tentava se explicar para Gleici, que também não esperava a indicação.

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Diante de toda a decepção, Mahmoud ganhou o colo de Lucas para desabafar: - Se eu voltar, eu vou voltar com sangue nos olhos. Ele, aliás, foi um dos convidados do líder para dormir em seu quarto, assim como Jéssica.

Os ânimos só foram acalmados por carinhos. Gleice, por exemplo, foi consolada por Wagner, o que fez com que os fãs que shippam o casal pirassem.

E Jaque ganhou abraços e beijos de Breno para tentar se acalmar, o que fez com que Ana Clara ficasse novamente desolada.

Mas a paz durou pouco. Lucas disse que poupou Ayrton do paredão por causa da Ana Clara e fez com que o ái da garota ficasse irritado. Além disso, Lucas ainda ajudou a arrumar a cozinha reclamando dos confinados que ficam acordados à noite e sujam tudo de novo. Eita, o clima está cada vez mais tenso com todas essas reclamações!

Nayara foi outra que resolveu desabafar. Ela não gostou nada da opção de voto dos brothers Diego, Caruso, Wagner e afirmou que da próxima vez, não vai se unir a eles. Parece que este paredão mexeu com os ânimos de todos e pode mudar o rumo do jogo daqui para frente, não acha?

Qualquer cidadão que esteja ao menos um pouco atento ao cenário político já deve ter ficado surpreso ou ter a atenção voltada, nem que seja por um momento, para um político que extrapolou em seu discurso ou que falou sem receio sobre temas polêmicos beirando ao sensacionalismo. Muitos nem sabem, mas essa é uma estratégia utilizado por muitos deles em busca de se tornarem mais conhecidos entre a população e, consequentemente, barganhar alianças mais poderosas aumentando a chance de conquistarem mais votos. 

Quando se trata de falar em políticos polêmicos é quase automático vir à mente o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). Se para muitos a sua forma “sincera” e “despojada” choca e traz repugnação, também há quem acredite que esse perfil do tipo que “fala tudo na cara” fez Bolsonaro se tornar cada dia mais conhecido, odiado e amado. 

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O próprio, que vai disputar a presidência da República, falou sobre o assunto. Durante entrevista concedida, nesta semana, afirmou que para “mudar o Brasil” não tem que ficar “cheio de dedos”, nem tampouco ser “educadinho”, e muito menos de mimimi. “Não dá mais para ficar nessa vaselina que está não”, disparou sem medo das interpretações que suas falas provocam. Vale ressaltar que Bolsonaro, em um cenário de disputa sem Lula, lidera com 18% a 20%, de acordo com a pesquisa do Instituto Datafolha. 

O deputado federal Silvio Costa (Avante) é outro que não fica atrás quando se trata de causar. Os discursos, no plenário da Câmara dos Deputados, são conhecidos por elevar o tom de voz ao fazer críticas diversas. Em entrevistas concedidas, ele também não titubeia ao opinar sobre qualquer assunto que for questionado. 

Entre as últimas declarações mais polêmicas, Silvio disparou sem pensar afirmando que “quem vota em Bolsonaro é idiota”. O parlamentar, que pretende disputar uma vaga no Senado Federal, também não poupa o governo Paulo Câmara e já detonou a atual gestão dizendo que “Pernambuco virou casa da mãe Joana”. “O assaltante, o bandido, olha para a cara de Paulo Câmara, aí fala que Pernambuco não tem governador”, criticou. 

O colega de bancada Jean Wyllys (PSOL) é outro que, não raro, expõe suas opiniões de forma direta. Ele chegou a ser vaiado pelos colegas de bancada, durante uma sessão, por defender a exposição Queermuseu, em Porto Alegre, no ano passado, que foi acusada de fazer apologia à pedofilia e zoofilia. Ele, que também defende abertamente a regulamentação do aborto e segurança jurídica para as prostitutas, vira e mexe fala que é vítima de preconceito por ser homossexual. “Eu sei o que é ser gay e atravessar esses corredores. Eu sei o que é ser gay e ser olhado pelos homens héteros, inclusive pela polícia legislativa aqui e a maneira como eu olho para eles é, o tempo inteiro, julgada”, desabafou em texto no seu Facebook. 

O senador Magno Malta (PR) não se intimida ao falar. Ele, que se diz defensor das crianças e adolescentes, e faz um trabalho de combate à pedofilia, já chegou até criticar menores de idade afirmando que eles também podem “estuprar e matar”. Também comenta, em muitos vídeos publicados em seu Facebook, a questão de identidade de gênero chegando a dizer que estão querendo “erotizar as crianças brasileiras”. Magno, que já foi cogitado para ser o vice de Bolsonaro, também já falou sobre a corrupção. “Ficar rico roubando dinheiro público é fácil”, disparou. 

Um caso curioso envolve o deputado federal Marco Feliciano (PSC) que, nos últimos meses, decidiu seguir uma nova tática: quase que diariamente o também pastor publica em seu Facebook um vídeo abordando algum tema polêmico como homossexualismo, religião e afins. Já virou marca a frase que utiliza “a nossa família merece respeito”. Ele também sempre pede com veemência que os internautas compartilhem suas publicações já ganhando grande repercussão em algumas delas. 

Demarcação de espaço 

A cientista política Priscila Lapa, em entrevista ao LeiaJá, destacou que a corrida eleitoral já começou e que, neste momento de pré-campanha, é a hora em que os candidatos demarcam o seu espaço. Alguns não irá se lançar como candidato, mas visam “barganhar” apoio político. “Por exemplo, um Marco Feliciano já é uma pessoa conhecida, tem uma legião de seguidores e, provavelmente, o que ele está tentando é aumentar o seu espaço de atuação para ele poder barganhar alianças mais poderosas e mais consistentes para a eleição deste ano". 

“É muito comum nesse período pré-campanha, nessa arrumação dos partidos, saber quem vai coligar com quem, quem vai fazer chapão, quem não, e esse espaço que eles vão ganhando nas redes sociais é uma maneira de ganharem o apoio e visibilidade. A gente sabe que, hoje, as redes sociais potencializa muito essa exposição dos candidatos. Eles ganham força para possíveis alianças e ganham espaço dentro do seu partido também”, declarou. 

Lapa ainda explicou que, quando a campanha começar efetivamente, a tendência é que se amenizem essas discussões sobre temas polêmicos. “Neste momento, os políticos estão querendo se firmar, mas quando começar a campanha propriamente dita, nas ruas, aí começam a recuar um pouco nessa temática e procuram agradar o eleitorado com temas mais gerais fugindo dessas polêmicas, mas agora a estratégia é fidelizar os eleitores que já são seguidores e demarcar esse espaço”, reiterou. 

A cientista ressaltou que as redes sociais são o principal espaço para o debate político e que a campanha de rua perdeu muito espaço devido a essa ascensão. “Existe toda uma cobrança por parte dos que utilizam as redes sociais para que os políticos se posicionem. As pessoas querem saber o que eles pensam sobre determinados temas. Essa cobrança aumentou a partir das redes sociais sobre o posicionamento. Não dá mais para fugir e ficar em cima do muro”. 

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