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O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) pediu “responsabilidade” aos brasileiros no momento em que o país passa. O parlamentar também pediu que o povo mantenha a esperança. “Não se deve deixar levar por teorias anarquistas, revolucionárias. Não há saída para esse momento que não seja pela via democrática - através do mais estrito respeito à Constituição”, pediu. 


Novaes disse que “a luta dos brasileiros não é vocalizada pelos gritos de guerra da esquerda, nem pelos discursos ousados e progressistas da direita”. “Falar a verdade, a população nem entende direito essas diferenças - se é que elas existem. O que se quer é seriedade e respeito pelo que é publico. Não é um corrupto, dois ou todos que irão tirar nossa força de lutar e manter viva a esperança por dias de dignidade”.

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Ele pontuou que o Brasil nunca mais será o mesmo. “E é bom que não seja. A bandeira da decência, da correção, de quem ama esse país, não cabe nos punhos dos que passaram. E não falo das legendas partidárias, mas de seus principais líderes porque em todos esses partidos há homens públicos sérios”.


O deputado ainda afirmou que “os maiores líderes que representam os mais importantes segmentos da política perderam a oportunidade de apresentar alternativa ao Brasil”. “A situação do país requer responsabilidade e determinação das pessoas de bem”, acrescentou.

Com tons críticos e avaliando o cenário político do país, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou, nesta sexta-feira (27), que a presidente Dilma Rousseff (PT) “não tem mais condições” de gerir o Brasil. Ao palestrar durante o seminário do Instituto Teotônio Vilela (ITV), Caminhos para o Nordeste - Mobilidade Urbana, que aconteceu na zona sul do Recife, o parlamentar alegou que diante da população a petista não tem mais status de presidente e, em vez de retomar o crescimento econômico do país, ela tem administrado com “incompetência e irresponsabilidade”. 

“O projeto de Dilma e do PT é manter-se no poder por mais um tempo, custe o que custar. Mas nem isso vai ser suficiente, na minha avaliação, para que a presidente Dilma conclua o seu mandato”, observou. Lembrando a disputa eleitoral de 2014, Aécio pontuou ser “gratificante” voltar às cidades por onde passou e dizer as mesmas coisas que pregou durante a campanha e aproveitou para alfinetar a petista. “O PT optou por fraudar a verdade [nas eleições], por ocultar números. Negaram-se a tomar medidas efetivas que iam diminuir o impacto da crise na vida dos brasileiros. A razão maior dessa situação é a mentira. E hoje vivemos a mais grave crise moral da historia democrática”, disparou.

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Sob a ótica do tucano, o Brasil está enfrentando uma crise “social de dimensões grandes e extremamente graves” e com tendência se se aprofundar nos próximos meses. Segundo dados coletados por ele, dos que votaram pela reeleição de Dilma 67% não votariam mais. “A realidade é que a presidente Dilma Rousseff perdeu as condições de continuar governando o Brasil e o país não suportará mais três anos sem que a roda da economia volte a girar”, disse.

Bolsa Família

Em sua palestra, o senador ainda pontuou a importância do Bolsa Família, mas disse que em 2016 a tendência é que os beneficiários do programa estejam em uma situação econômica pior do que antes da iniciativa. “Queremos políticas públicas que nos permitam a superação da pobreza. A grande verdade é que uma boa parte dos que ascenderam retornarão ao seu status de origem, mas muito pior do que no passado”, conjecturou o parlamentar. “O conjunto de equívocos desse governo está tirando o prato de comida da mesa dos brasileiros. Inflação alta, endividados, desempregados e sem uma perspectiva de retomar aos empregos. Este é o quadro doloroso e real do país”, acrescentou. 

Diante dessa avaliação, Aécio garantiu que o PSDB é o partido mais “preparado e qualificado” para assumir o comando do país. “A política é criminalizada pela irresponsabilidade de muitos, mas a população confia e acredita na capacidade do PSDB de ser o condutor do novo cenário brasileiro”, frisou. 

O seminário do ITV celebra os 20 anos da fundação e já discutiu, entre outros assuntos, a segurança pública e a economia do país. A ideia, de acordo com Aécio, é de copilar as ideias debatidas nos encontros para atualizar o programa de governo apresentado por ele durante as eleições de 2014.

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Prefeitos de Pernambuco vão realizar um ato, na próxima segunda-feira (9), em defesa dos municípios. Na mobilização, que vai acontecer na sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a partir das 9h, os gestores pretendem divulgar para população o que eles denominam de “números da crise econômica”. A ideia, de acordo com Associação Municipalista (Amupe), é divulgar as dificuldades das prefeituras em fechar as contas mensais. 

De acordo com a Amupe, cerca de 100 prefeitos confirmaram presença no ato e prometem parar suas atividades, executando apenas os serviços essencias, durante todo o dia. “Muitos prefeitos não aguentam mais e já falam que vão parar. Esse ato é mais um grito de socorro diante da falta de recursos e as constantes quedas do FPM [Fundo de Participação dos Municípios] que vem afetando as obrigações dos municípios para dar uma qualidade de vida digna aos seus moradores”, frisou o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB).

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Segundo Patriota, o foco principal é cobrar do Governo Federal mais atenção aos municípios. “Os prefeitos reclamam também dos programas sociais do Governo Federal que chegam para os municípios sem os recursos suficientes para dar andamento, ficando a carga onerosa para os municípios. Como ente federativo, os municípios querem igualdade na divisão tributária da União e que o país encontre logo caminhos para sair dessa crise esmagadora que afeta a todos”, enfatizou lembrando da importância do novo pacto federativo. 

Após o ato na Alepe, os prefeitos vão encontrar com o governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas. Eles devem discutir sobre a recriação da CPMF, como alternativa à crise econômica nacional. Com a opção que inclui os municípios, as alíquotas da CPMF seriam de 0,38% com 0,20% para a União e 0,18% divididos igualmente para estados e município. A fatia renderia, segundo uma projeção da CNM, R$ 14,4 bilhões para os municípios brasileiros por ano. Os municípios de Pernambuco seriam beneficiados com pouco mais de R$ 214,6 milhões.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), participou na manhã desta terça-feira (27) de uma reunião com o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini, para discutir, entre outras as medidas do ajuste fiscal, a proposta que recria a CPMF. O Governo Federal quer apoio de governadores e prefeitos à medida. O socialista, no entanto, ainda não deu sinalizações positivas quanto ao imposto. 

“Ainda não tenho uma posição fechada sobre a CPMF. É um tema que precisa ser melhor debatido”, disse Paulo, após o encontro com o ministro. Desde a retomada da discussão pela nova CPMF, Paulo Câmara se colocou contrário. Em conversa recente com a imprensa, o governador chegou a dizer que a medida “não tem ressonância popular”. 

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A recriação do imposto já conta com o apoio das entidades representativas dos municípios, como a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), a Associação Brasileira dos Municípios (ABM) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM). “A CPMF tem sido a única alternativa colocada pelo Governo Federal para melhoria das contas públicas em 2016. Os municípios entendem que a contribuição é importante para a manutenção de serviços à população, principalmente os de Saúde”, pontuou Câmara. 

Com os prefeitos, o ministro e a presidente Dilma Rousseff (PT) fecharam um acordo na semana passada de alíquotas cobrando 0,38%. Desses 0,20% para a gestão federal, 0,9% para os estados e 0,9% para os municípios. A expectativa da reunião de hoje era que os governadores solicitassem a ampliação do repasse aos estados. 

Além do governador pernambucano, a reunião com Berzoini contou com a participação do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, do presidente da FNP e prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e do prefeito de Colatina (ES) e vice-presidente da ABM, Leonardo Deptulski, além de dirigentes entre outras lideranças do movimento municipalista. 

A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) adiou a mobilização que estava agendada para acontecer nesta segunda-feira (26). O ato, que seria realizado na sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), também marcaria a paralisação das atividades das prefeituras do estado e a divulgação do que os prefeitos denominam de “números da crise econômica”. Ainda não foi definida a data que o ato será reagendado.

“Com a realização do Congresso [na quinta e sexta da semana passada] e a reunião da CNM, com a Federação dos Prefeitos e representantes do Congresso Nacional marcada para amanhã [terça-feira] decidimos postergar um pouco o ato”, disse o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB). A ideia da manifestação, de acordo com Patriota, é divulgar as dificuldades das prefeituras em fechar as contas mensais.

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A reunião marcada para esta terça-feira (26) em Brasília é para fechar uma nova proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), acordada pelos presidentes das associações com a presidente Dilma Rousseff (PT) na última quinta-feira (22)

Com a opção que inclui os municípios, as alíquotas da CPMF seriam de 0,38% com 0,20% para a União e 0,18% divididos igualmente para estados e município. A fatia renderia, segundo uma projeção da CNM, R$ 14,4 bilhões para os municípios brasileiros por ano. Os municípios de Pernambuco seriam beneficiados com pouco mais de R$ 214,6 milhões.

Os desgastes no processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) estão atrapalhando o Brasil. Pelo menos esta é a visão do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Segundo ele, é necessário que se tenha uma "definição urgente" desse tema para que as instituições brasileiras voltem a funcionar.  

“[O processo] só atrapalha. Está todo mundo aguardando o desfecho dessa crise política para tomar as medidas que precisam ser tomadas”, disse. “O Brasil está andando para trás com a ausência de definições e de caminhos. É muito importante que aja definições e as instituições voltem logo a funcionar. A gente quer que isso seja logo resolvido, de um caminho ou outro, mas que seja logo resolvido”, acrescentou Câmara.

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Sob a ótica do governador, a instabilidade política nacional está atrapalhando a retomada da estabilidade econômica. “O ajuste fiscal é uma realidade, o Brasil avançou pouco nele. A projeção já é de -3% do PIB para 2015 e -15% para 2016, isso representa R$220 bilhões a menos de mercadoria na economia brasileira em dois anos, isso tendo como parâmetro 2014, que já foi um ano que não se cresceu”, observou. 

Apesar dos socialistas estarem com um pé na oposição, Paulo Câmara é contra a mudança e defende a independência ao governo Dilma. Isso dá a ele e outros membros do PSB a possibilidade de sugerir opções de melhorias a presidente, como fez durante uma reunião que aconteceu nessa terça (13) com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. “Ela [Dilma] nos pediu sugestões para as governanças dos estados e municípios”, disse. 

Defensor ferrenho da gestão da presidente Dilma Rousseff, apesar de compor um partido majoritariamente de oposição, o deputado federal Silvio Serafim Costa (PSC) concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá. Vice-líder da bancada governista da Câmara dos Deputados, o pernambucano avaliou a conjuntura nacional e pontuou que “90% da oposição tem agido com irresponsabilidade” diante das estratégias da gestão para melhorar o atual quadro político e econômico.   

Além disso, durante a conversa com a nossa reportagem, ele admitiu que as medidas do ajuste fiscal são consequências, por exemplo, das desonerações concedidas durante o primeiro mandato da petista. No entanto, o deputado encarou com otimismo a votação da CPMF no Congresso e pontuou que esta “é a única saída” mais uma vez. 

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Confira a entrevista completa:

LeiaJá - Desde 1992, o senhor cumpre cargos eletivos. Como avalia o cenário político e econômico atual?

Silvio Costa (SC) - A economia mundial tem um movimento ondulatório. Observe que, por exemplo, a China já cresceu 12% ao ano e agora a previsão é de crescer 7%. No primeiro mandato da presidente Dilma, a Europa passou por uma crise terrível. Neste momento, o Brasil está passando por um problema de fluxo de caixa e isso acontece porque no primeiro mandato, em função da crise nos EUA e na Europa, ela [Dilma] fez uma política para manter o emprego e estimular o consumo. Desonerou a folha e o IPI, deixando de entrar nos cofres da União R$ 100 bilhões. A oposição, para fazer demagogia, junto com parte do governo, acabou com a CPMF [em 2007]. O Brasil perdeu mais R$ 60 bilhões. Então só de uma pancada, no primeiro mandato, deixaram de entrar nos cofres públicos R$ 160 bilhões, por isso a presidente Dilma está sinalizando agora a necessidade de votar o ajuste fiscal. Quem tem responsabilidade pública, evidentemente, tem que votar a favor do ajuste fiscal. Pois o mandado do presidente da República é finito, dura quatro anos, mas o país não tem prazo. O país é muito maior do que qualquer mandato de presidente. 

LJ - Essas medidas do ajuste fiscal vão ajudar na retomada do crescimento do país?

SC - Para fechar a conta do país precisamos de um incremento de R$ 60 bilhões. Como é que você consegue resolver o problema de fluxo de caixa? De duas formas: ou cortando custos ou aumentando tributos. A presidente Dilma está cortando custos, por exemplo, ao mexer no Sistema S; está tentando diminuir o número de cargos comissionados e ministérios, questão sem grande relevância no impacto financeiro; e ela não teve outro caminho, lamentavelmente, a não ser a recriação da CPMF. É claro que ninguém gosta de pagar imposto, agora não tem outro caminho para que o país se equilibre financeiramente e retome sua capacidade de investimento. A presidente precisa que o Congresso Nacional tenha um choque de realidade, não siga pelo corporativismo, e aprove essas medidas. 

LJ - Membros da oposição e do governo estão em embate com relação à recriação da CPMF. De que forma a liderança governista vai atuar para conquistar a aprovação de medidas polêmicas essa?

SC - Essa questão me dá a oportunidade de cobrar a coerência da oposição. Primeiro vamos para o PSB, partido do governador de Pernambuco [Paulo Câmara], que disse votar contra a CPMF, mas em Pernambuco aumenta impostos. Então qual é o PSB que o povo tem que acreditar: o de Pernambuco ou o nacional? Segundo, foi o PSDB e o DEM que, durante um momento de dificuldade, criaram a CPMF. Então, qual é o discurso agora deles para não recriar? Quando eles criaram lá atrás não tinha outro caminho a não ser esse. É evidente que a gente sabe que haverá uma dificuldade de aprovar, mas não tenho dúvidas que iremos, pois as pessoas precisam entender que, lamentavelmente, não tem outro caminho. Sei que será um placar duro, por ser uma PEC e a presidente estar mandando como um imposto para poder dividir com os estados e os municípios. E o correto é isso, porque eles também estão com dificuldade. Espero que os governadores e prefeitos ajudem nisso, peçam aos seus deputados. Tem que parar com a arenga e rinha política para pensar no país, no presente e no futuro. 

LJ - A oposição não está pensando na população?

SC - Veja só, 90% da oposição brasileira têm agido de forma irresponsável. Lamentavelmente, eles têm trabalhado contra o país. Mas alguns setores responsáveis da oposição, como [os senadores] José Serra e Aloysio Nunes, já começam a dizer claramente que nós não podemos complicar a vida do Brasil. O país está precisando que a oposição pare de fazer demagogia, pare de ter a fala fácil, desarme o palanque e pense no Brasil. O Serra disse, por exemplo, que não era bom votar os vetos [presidenciais]. A derrubada dos vetos quebraria o país. Eles não podem ter raiva da presidente a ponto de prejudicar o presente o futuro do país. 

LJ - Acredita que a presidente Dilma poderá recuperar a popularidade nacional e a boa avaliação do governo? 

SC - Sou um otimista de plantão e lhe digo que agora no segundo semestre a questão de desemprego vai começar a diminuir. Em dezembro, sempre tem a questão do décimo terceiro e o setor terciário, de serviço, sempre contrata a mais. Na crise, tem alguns setores, por exemplo, onde o emprego cresce. O turismo... Como o dólar está alto, as pessoas não viajam para o exterior, então estimula o turismo interno, com muitos vetores de emprego. Nós vamos ter um processo de desformalização da economia, ou seja, vão surgir muitos empregos informais no turismo, no comércio, gente que perdeu o emprego formando uma empresa pequena. A minha preocupação é com a indústria, sobretudo, a civil. As pessoas estão com medo de comprar imóveis e o construtor não vai ofertar emprego. 

LJ - Apesar do seu otimismo, no último fim de semana a oposição comemorou a conquista de 1 milhão de assinaturas para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O senhor acredita que essa mobilização popular, acrescida à pressão da oposição, poderá inflamar o assunto no Congresso Nacional?

SC - Modéstia à parte, eu fiz um discurso criticando a oposição que foram mais de 20 milhões de acessos na internet e nem por isso fiz espuma. A oposição consegue 1 milhão de assinaturas na internet e quer fazer disso uma grande bandeira. O Brasil tem 200 milhões de habitantes. Eles não vão derrubar a presidente Dilma. Em setembro de 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso tinha 8% nas pesquisas, era o tempo da campanha Fora FHC, e mesmo assim ele terminou o mandato. Eles sabem que a presidente Dilma não vai renunciar e que não há impedimentos jurídicos. Quem pede impeachment, neste momento, está trabalhando contra o país e sendo irresponsável. Só cabe impeachment quando o presidente comete um erro no mandato em exercício. Ela não cometeu nenhum erro, nem cometerá. 

LJ - Dentro do PSC, sua postura crítica é condenada por alguns parlamentares, como o deputado Marcos Feliciano. Ele inclusive pediu sua expulsão da legenda. Como é o seu convívio dentro do PSC nacional?

SC - Quando entrei no PSC, procurei o pastor Everaldo e disse para ele que voto no PT desde 1989, sempre fui admirador do presidente Lula e das políticas adotadas por ele. Disse também que não tem comparação, do ponto de vista social, o governo do PT com as gestões tucanas. Expliquei tudo isso e ele entendeu. Pouco tempo depois, decidiu ser candidato a Presidência da república, mas já sabia das minhas posições. Quando me reelegi, fui convidado pelo ministro Aloizio Mercadante para ser vice-líder do governo, comuniquei ao pastor e ele disse que não tinha dificuldade. Lamentavelmente, somos 13 deputados e 12 estão na oposição, mas eu respeito demais o meu partido. 

LJ - Em um âmbito mais local, o senhor é presidente estadual do PSC. Como a legenda tem se preparado para disputar as eleições de 2016?

SC - O projeto do PSC, que está se estruturando, é ter candidatos a prefeitos em pelo menos 40 municípios pernambucanos.  

LJ - E no Recife, como deve ser a disposição do partido?

SC - Defendo que no próximo ano a oposição tenha várias candidaturas. Nós temos pesquisas internas sinalizando que o Recife está querendo mudar de prefeito. O vento que soprará aí é o da mudança. O PSB está no poder desde 2006 quando Eduardo se elegeu, pois a gestão deles [Geraldo Julio e Paulo Câmara] se confundem. Prevejo que já há uma fadiga de material com relação ao PSB. 

LJ - O PSC apoiaria uma candidatura de Silvio Costa Filho a Prefeitura do Recife?

SC - Pelo que eu sei, o deputado Silvio Costa Filho é candidato a deputado federal em 2018. É esse o planejamento dele. É evidente que a atuação dele na Alepe tem dado muita musculatura política à história dele. Mas se, eventualmente, essa candidatura for colocada pelo PTB, o PSC vai apoiar com certeza. Essa discussão ainda não está instalada. O momento é de não falar sobre 2016.

LJ - Como o senhor avalia a gestão do PSB em Pernambuco?

SC - Respeitando o posicionamento da oposição, nunca falei sobre a gestão em Pernambuco, mas acho que o Paulo Câmara sinceramente vendeu um estado que não existia. Vendeu que o estado tinha saúde financeira, que tínhamos capacidade de investimento, a educação e a saúde estavam uma maravilha. Mas o que estamos vendo hoje? Pagamentos atrasados e adiados. O estado sem a capacidade de investimento e no lugar dele assumir a culpa, ele terceiriza. Quer dizer que o Estado vive uma situação ruim por conta da presidente Dilma Rousseff, o que não é verdade. Essas turbulências em Pernambuco não são de responsabilidade da União. Esse discurso dele é falacioso.

Os pernambucanos vão pagar impostos mais caros em 2016. Pelo menos é o que estabelece um pacote de projetos de lei encaminharia pelo governador Paulo Câmara para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta segunda-feira (21). As medidas atingem impostos como o IPVA (sobre a Propriedade de Veículos Automotores), o ICD (sobre Causa Mortis e Doação) e o ICMS (sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). 

Caso os textos sejam aprovados pelo Legislativo, as novas alíquotas vão passar a ser cobradas a partir de janeiro. A estimativa da gestão é de que os novos percentuais injetem R$ 487,8 milhões no Tesouro estadual a cada ano.

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Segundo o pacote, o ICD e o IPVA terão um escalonamento da carga tributária, cobrando mais imposto de bens e veículos de maior valor. A alíquota do ICD, por exemplo, passa dos atuais 2% ou 5% para uma escala de 0% a 8%, dependendo do valor do bem. A faixa de isenção do imposto aumenta de R$ 5 mil para R$ 50 mil e passam a ser tributados com a alíquota máxima os bens acima de R$ 400 mil.

Já no IPVA, carros com até 180 cavalos-vapor (CV) passam a ser tributados em 3% e acima disso a alíquota será de 4%. Aeronaves e embarcações pagarão 6%. O escalonamento, neste caso, é de 0% a 6%. Os táxis continuam com isenção, no entanto haverá uma restrição de um táxi por CPF. As pessoas que mantêm frotas não serão contempladas. 

“Vamos manter a isenção para táxi, mas com o limite de um táxi por CPF. Frotistas passam a pagar. Locadoras, que pagam 0,5%, passam para 1%, sendo que agora passam a ser consideradas locadoras aquelas que têm mais de 30 veículos. Atualmente, são 10”, explicou o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, no fim da tarde desta segunda, durante a coletiva de imprensa para esclarecer as propostas.

As motocicletas de até 50 cilindradas, mais conhecidas como cinquentinhas, também passam a ser tributadas com IPVA, em 2,5%, como forma de amenizar as despesas do Estado com os envolvidos em acidentes de moto. A cobrança vai acontecer para as emplacadas pelo Detran-PE. A regularização acontece até novembro deste ano. 

Aumento do ICMS

Nas operações com motocicletas, a alíquota ICMS sobe de 12% para 18%.A alteração, de acordo com Stefanni, atendo uma demanda tanto da saúde quanto do Pacto Pela Vida. “Os dados da saúde de Pernambuco mostram que foram gastos com R$ 500 milhões somente nas unidades de saúde da rede estadual, isso sem os gastos da Previdência, quando as pessoas morrem”, detalhou.

Outro item que terá alteração será as alíquotas do ICMS incidentes sobre a gasolina e o álcool. A alíquota da gasolina sobe de 27% para 29%, enquanto que a do álcool cai de 25% para 23%. “Pretendemos com isso dar um estímulo para a produção sucroalcooleira, isso gera emprego”, argumentou o secretário. De acordo com ele, o Estado deve ganhar com a retomada das atividades das usinas como a Pumaty e Cruangi, que voltaram a moer este mês. 

Os serviços de telecomunicação também sofrerão um acréscimo. Neste caso o ICMS passa de 28% para 30%, e de TV por assinatura, de 10% para 15%. O aumento nessa alíquota será destinado ao Fundo de Combate à Pobreza, que financia a assistência social e a saúde do Estado. “Essa alteração é uma tendência, vem sendo adotada por outros estados. Alguns chegam a 35%”, observou.

Ainda no quesito ICMS, os produtos que não contam com legislação específica a alíquota modal sobe de 17% para 18%, a mesma já praticada, segundo Stefanni, pelos estados do Sul e do Sudeste e que também está sendo adotada pelos governos da Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Distrito Federal.

Pacote reflete nos municípios

Com a estimativa de arrecada mais R$ 487,8 milhões por ano, o pacote de medidas do governo também reflete na arrecadação municipal. Desses, R$ 50 milhões correspondem ao IPVA que destinará 50% aos municípios. Já dos R$ 437,8 restantes, 25% segue para os cofres municipais. 

“Estamos lançando mão de alguns remédios amargos, mas sempre de olho na justiça tributária. Sem falar que ao contrário do que estamos fazendo com os municípios, a União não apresentou proposta para aumentar o repasse aos estados e municípios em seu pacote. É uma questão de sobrevivência”, justifica o secretário da Fazenda. Quando aprovadas e iniciada a execução, não há um prazo de validade para que as medidas sejam abortadas pela gestão. 

Filho mais velho do ex-governador Eduardo Campos, o estudante de engenharia João Campos projetou, nesta segunda-feira (10), o que possivelmente o pai dele faria diante da crise política e econômica do país. Em conversa com jornalistas, após a reunião suprapartidária que homenageou os 50 anos de vida do líder socialista, João pontuou a capacidade do pai em “juntar os bons” e “lutar pelo bem do país” sem “querer o poder pelo poder”. 

“[Neste cenário] Ele estaria disposto a juntar quem tinha interesse em lutar pelo bem do país e formar um grande time para escrever uma nova página na história do país”, observou. “O meu pai [Eduardo Campos] tinha uma capacidade de diálogo e de juntar os bons. Principalmente de lutar pelo bem do país e não fazer uma disputa pelo poder, mas sim discutir uma agenda que o Brasil merece e precisa”, acrescentou.

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Questionado sobre como havia sido os últimos doze meses para a família, o filho de Renata Campos disse que foi difícil, mas baseado no amor. “Foi um ano muito difícil e completamente diferente, de um jeito que nós não esperávamos. Mas sempre estivemos unidos e recebendo muita energia do povo. Por onde passávamos era só carinho e admiração. E, claro, baseados sempre no amor que tivemos por ele como pai, político e líder”, afirmou.

Sobre a postura de Eduardo Campos em família, o estudante de engenharia destrinchou o “modelo de pai” que o ex-governador foi. “Era o melhor pai do mundo. Era muito atencioso, carinhoso, presente. Um amigo leal, companheiro de todas as horas, um homem de palavra. Era uma pessoa espetacular. Mesmo com uma agenda cheia de coisas, ele nunca deixou de participar de uma festa nossa na escola, de estar presente nos aniversários, nunca deixou de viver a família na essência”, destrinchou, emocionado. 

Cotado como herdeiro político de Campos, pouco antes de conversar com os jornalistas, João Campos foi abordado por um popular que o indagava quando ele seria candidato a algum cargo eletivo. “Depois que eu terminar a faculdade, veremos isso”, respondeu educadamente. Indagado sobre qual característica política de Eduardo Campos ele levaria para a vida dele, João disse que a “lealdade e a verdade”. 

“Meu pai foi um político leal baseado, sobretudo, na verdade. Ele só falava aquilo que sabia que era verdade e poderia realizar. A verdade e a lealdade, que ele sempre baseou a vida, foram fundamentais para ele se tornar quem se tornou. Pretendo seguir e me basear nisso”, frisou.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se colocou a disposição para firmar o “pacto” pelo desenvolvimento estadual proposto pelo senador Humberto Costa (PT), nesta segunda-feira (23), durante a abertura do 2° Congresso Pernambucano de Municípios, organizado pela Associação Municipalista (Amupe) e que reúne prefeitos de todo o estado. O socialista afirmou que vê “de forma positiva” a união de forças e reforçou o discurso por um novo pacto federativo para o país. 

“As obras citadas pelo senador (Humberto Costa) são muito importantes para Pernambuco, umas já estão em andamento, precisam ser concluídas, e outras já são promessas da presidente Dilma (Rousseff) que a gente quer que saia do papel porque são fundamentais para o desenvolvimento do nosso estado, como o Arco Metropolitano”, observou o governador, em conversa com a imprensa. 

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Questionado se levaria estes pleitos para a reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT) na próxima quarta-feira (25), Paulo Câmara afirmou que o encontro será mais regionalizado, sem o foco de demandas locais. “A reunião de quarta é dos governadores do Nordeste. Vamos apresentar um pleito conjunto, que envolve, sem dúvida nenhuma, obras que estão em andamento em todos os estados”, frisou. “A gente quer fazer uma pauta comum para a região e ao mesmo tempo vamos nos colocar a disposição do Governo Federal para contribuir dentro do debate de ações do governo que possibilitem o crescimento do Brasil”, acrescentou. 

Novo Pacto Federativo

Paulo Câmara proferiu um dos discursos de abertura do encontro com os prefeitos e aproveitou para endossar a necessidade do país rediscutir a distribuição dos recursos federais com o novo pacto federativo. “Sem o novo pacto federativo vai ficar cada vez mais difícil administrar estados e municípios. Mas somos confiantes que mesmo nesses momentos vamos continuar a falar e vocês vão nos ajudar a falar sobre isso também”, observou ao criticar a concentração de renda da União e o repasse de responsabilidades para os Estados e Municípios. 

“Este é o ano de fazer isso, de discutir estas questões. Não tenho dúvida que nossa voz é fundamental e importante. Pernambuco sempre teve voz no cenário nacional, não vai ser agora que nós não vamos manter a nossa altiva e coerente, propositiva para que o país possa sair do cenário que vive hoje”, reforçou o governador.

O socialista afirmou ainda que só com o “pacto” do Legislativo e do Executivo pernambucano; “humildade”, “cabeça erguida”, “coragem” e “boas ideias” é se conquistará “um estado melhor e de municípios mais fortes”. O governador também aproveitou o contato com os gestores para lançar a edição 2015 do Fundo de Desenvolvimento e Apoio aos Municípios (FEM) e o Escritório de Projetos para dar suporte técnico e de gestão aos municípios pernambucanos.

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2° Congresso Pernambucano de Municípios

O encontro que acontece no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, segue até a próxima quarta-feira (25). Até lá dezenas de oficinas e palestras estão programadas. Participam nomes como o da economista Tânia Barcelar, do deputado federal Tadeu Alencar (PSB) e do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, prestam esclarecimentos aos prefeitos de todo o estado. 

O cenário econômico nacional, o financiamento da educação municipal e a transferência dos ativos de iluminação pública para os municípios estão entre os temas que serão abordados no encontro. Além das palestras, em paralelo também está sendo promovida uma feira com estandes dos municípios e de instituições e empresas que oferecem serviços às gestões públicas.

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