Tópicos | aumento de impostos

Líder do PT do Senado, Humberto Costa (PE) fez duras críticas à política econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o senador, o governo vem ampliando os encargos aos mais pobres, enquanto a camada mais rica da população segue sendo beneficiada pelos projetos do governo.

Jair Bolsonaro pretende, segundo o líder petista, acabar com a isenção de imposto de alimentos e itens considerados essenciais que compõem a chamada cesta básica. Com isso, produtos como pão, arroz, feijão e carne devem ficar mais caros. Na tentativa de justificar o aumento, o governo promete restituir parte do dinheiro arrecadado com os mais pobres através de algum mecanismo, como o Bolsa Família.

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Para Humberto, a proposta é mais uma ação do projeto de maldades que vem sendo produzido pelo governo Jair Bolsonaro. “Em um dos raros momentos de sinceridade, Bolsonaro disse que não gostava de pobre. E é verdade. Desde que assumiu, vem fazendo de tudo para massacrar a camada mais vulnerável da população. Depois de anunciar que vai taxar os desempregados, o governo quer acabar com a cesta básica e diminuir ainda mais o acesso das pessoas a produtos essenciais. Em vez de taxar as grandes fortunas, o governo taxa as grandes pobrezas”, ironizou o senador.

O senador também criticou a proposta do governo de criar um mecanismo para restituir os mais pobres que pagarem o imposto. “O que ele está propondo é que pessoas com renda mensal de até R$ 178 reais paguem mais por produtos básicos para depois serem ressarcidos pelo governo. O povo vai comprar o arroz e não vão ter dinheiro para comprar o pão porque o governo só vai restituir o dinheiro no outro mês”, afirmou o senador.

O senador ainda lembrou o aumento de preço recente da carne vermelha, que chegou a subir 60% em alguns locais. “O consumo de ovo no Brasil segue batendo recorde porque o brasileiro não tem mais dinheiro para comprar carne. Se esse projeto passar, vai ficar difícil para o brasileiro comprar até o ovo”, disse.

*Da assessoria de imprensa

O governador Paulo Câmara (PSB) sancionou os projetos que preveem a criação do 13º para beneficiários do Bolsa Família, o aumento de impostos sobre alguns produtos e a ampliação do prazo para a cobrança das alíquotas atuais do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O pacote de novas leis, oriundo de projetos aprovados pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na última semana de novembro, foi sancionado nessa segunda-feira (3) e publicado no Diário Oficial do Estado desta terça (4).

No caso do IPVA, o reajuste efetivado em 2015 que encerraria em 2020 segue até 2023. Já quanto ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), houve o aumento de 2% na cobrança de itens incluídos no Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FECEP), de onde deve sair o pagamento do 13º do Bolsa Família - instituído com o programa Nota Fiscal Solidária (NFS) também sancionado no mesmo pacote.

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Os itens que sofrerão o reajuste são: bebidas alcoólicas, refrigerantes, veículos novos com preço igual ou inferior a 50 mil, motos de mais de 250 cilindradas, jóias, bijuterias, etanol, água mineral em embalagem não retornável, saco plástico, copo plástico e canudos.

No caso dos descartáveis, por exemplo, o ICMS vai passar de 18% para 20%.  A nova lei, por outro lado, também prevê o recuo do ICMS cobrado sobre o óleo diesel, de 18% para 16%.

Enquanto o texto que cria a Nota Fiscal Solidária prevê que para ter direito ao pagamento extra de R$ 150,00 por ano, os beneficiários do Bolsa Família devem apresentar uma soma anual de R$ 3 mil em compras de itens da cesta básica, em estabelecimentos com nota fiscal, o que equivale a um gasto de R$ 250 mensal.

Líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Silvio Costa Filho (PRB) afirmou que é favorável ao projeto que estabelece o décimo terceiro do Bolsa Família, mas não pode aceitar que a população seja penalizada com o aumento de impostos sobre alguns produtos, como prevê outra proposta que visa ampliar a arrecadação do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FECEP), de onde deve sair o pagamento do 13º.

“Não podemos aceitar que o Governo do Estado, para implantar o programa, penalize a população e o setor produtivo com o aumento de impostos. Entendo, que ao invés disso, deveria reduzir o número de cargos comissionados, de secretarias e o tamanho da máquina, além de outros gastos”, sugeriu o parlamentar.

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Os itens previstos no projeto prevê o aumento de 2% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) são: bebidas alcoólicas, refrigerantes, veículos novos com preço igual ou inferior a 50 mil, motos de mais de 250 cilindradas, jóias, bijuterias, etanol, água mineral em embalagem não retornável, saco plástico, copo plástico e canudos. No caso dos descartáveis, por exemplo, o ICMS vai passar de 18% para 20%. A matéria, por outro lado, também prevê o recuo do ICMS cobrado sobre o óleo diesel, de 18% para 16%.

Para Costa, o aumento reduz a competitividade. “Defendo que a população pague menos impostos. Todo projeto que reduza, nós vamos votar favorável, só não vamos aceitar uma medida que traga prejuízos ao setor produtivo e ao povo de Pernambuco. Por isso, queremos fazer um debate com o governo do Estado sobre o tema. Além de prejudicar a população, o aumento de 2% reduz a competitividade, e vai na contramão dos procedimentos fiscais que incentivam biocombustíveis limpos, hoje utilizados nas matrizes energéticas", observou Costa Filho.

O líder pontuou ainda que vai fazer um pedido de informação, cobrando explicações sobre o projeto e vai solicitar a presença do secretário da Fazenda de Pernambuco na Comissão de Finanças, para prestar esclarecimentos sobre o aumento.

O senador Armando Monteiro Neto (PTB) afirmou, nesta terça-feira (26), que o governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) adotou “posições frouxas” em relação à área fiscal. Para o ex-ministro da extinta pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior “não há como fugir” do aumento de impostos ao contrário do que vem pregando o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao dizer que isso só acontecerá “em último caso” e de forma “pontual”. 

“O que a gente verifica é que eles estão, por conta da interinidade, estão escondendo algumas posturas. Por exemplo, vai ter aumento de imposto. Não há como fugir. Agora há uma estratégia de deixar esta decisão para depois da votação [do processo de impeachment]. Isso está contratado, vai ter aumento de imposto, não tem como não fazer”, analisou o petebista. 

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Sob a ótica de Armando, a gestão peemedebista está evitando “criar arestas” com alguns seguimentos ao liberar alguns contingenciamentos operados pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT). 

“Em relação a algumas medidas da área fiscal, o governo teve posições muito frouxas, diria que contraditórias a um governo que quer promover um ajuste fiscal. Veja, por exemplo, a questão da renegociação da dívida dos estados, o atendimento de muitas demandas salariais dos servidores, o que há é uma espécie de gestão política da interinidade. Eles têm que fazer média, contemplar alguns seguimentos, não pode criar arestas”, salientou. “Depois que passar a votação, se eles ficarem, vem todas essas questões: aumento de impostos, a reforma da previdência, medidas de contenção de gastos. Aí é a hora da verdade”, acrescentou. 

Indagado sobre as articulações para impedir o processo de impeachment, o ex-auxiliar de Dilma reconheceu que o “quadro é difícil”, mas destacou que ainda há “esperanças” na reversão de alguns votos. 

As três emendas apresentadas pela bancada de oposição ao pacote fiscal que aumenta as alíquotas do ICMS, IPVA e ICD foram aprovadas, nesta segunda-feira (28), pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa (Alepe). As proposições serão avaliadas no Plenário da Alepe em primeira votação na tarde de hoje.

A primeira emenda apresentada propõe a retirada do pacote o aumento da alíquota do ICMS sobre a gasolina, de 27% para 29%, e sobre o setor de telecomunicações, de 28% para 30%. “Sugerimos a supressão desses aumentos por entender que eles têm um caráter de gerar mais inflação e reduzir o poder de compra dos pernambucanos, penalizando ainda mais os menos favorecidos”, explicou o deputado Silvio Costa Filho (PTB), líder da bancada.

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A oposição também propôs que as medidas apresentadas pelo governo tenham caráter provisório, vigorando por 12 meses prorrogáveis por mais 12. E, por fim, também foi apresentada emenda ampliando o número de faixas de cobrança do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) sobre os automóveis, com o objetivo de preservar os carros populares. A proposta é que o IPVA incidente sobre carros com até 120 cavalos (cv) de potência seja de 2,7%; de 3% entre 120 cv e 150 cv; de 3,5% de 150 cv até 180 cv, e de 4% acima de 180 cv.

Em resposta as críticas do líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Waldemar Borges (PSB), o líder da bancada de oposição deputado Silvio Costa Filho (PTB), encaminhou uma nota à imprensa reafirmando o compromisso de contribuir com o Estado nesse momento de crise, apoiando o ajuste fiscal. No entanto, no texto ele deixa claro que “não aceita que se aumente o imposto da gasolina e da telefonia, gerando mais inflação e perda de poder de compra para a sociedade, sobretudo para aqueles que mais precisam”.

“Esses R$ 205 milhões que eles apontam como perdas provocadas por nossas propostas poderiam ser compensados pela redução de gastos e alternativas já apresentadas pela bancada”, pondera o líder. Para ele, o governo se limita a dizer que “já cortou onde podia”, mas não apresenta números detalhados de onde se deram esses cortes. “Infelizmente, o que observamos é que o ajuste fiscal apresentado, em duas etapas, pelo governo não condiz com o esforço fiscal do Estado. Tendo em vista que em nove meses, dos R$ 920 milhões anunciados, apenas R$ 290 foram efetivamente economizados”, comparou Costa Filho.

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Segundo o deputado, a ausência de um debate mais aprofundado sobre os impactos fiscais das propostas que aumentam as alíquotas do ICMS, IPV e ICD é fruto da “forma açodada” com que a gestão tratou a questão, deixando para enviar o pacote no final do prazo, sem condições, inclusive, de se cumprir os ritos regimentais. “E mais que isso, de se promover o amplo debate na Casa e ouvir a sociedade civil organizada. No entanto, ao invés de tentar obstruir, construímos um acordo para que as propostas tramitassem com celeridade”, destacou.

Em relação à perda de arrecadação para os municípios, o líder da bancada de oposição pontuou que gastando menos com custeio da máquina pública e com o tamanho do Estado, sobraria mais dinheiro para apoiar os municípios. “Somente este ano o Estado já gastou mais de R$ 40 milhões com a Arena Pernambuco, mais de R$ 25 milhões com publicidade e mais de R$ 10 milhões em consultorias, além de outros gastos já apontados pela Oposição, que poderiam ter sido destinados a áreas mais sensíveis à população, como saúde, segurança e educação”, avaliou.

Apesar de a oposição e o governo terem firmado um acordo para a tramitação do pacote de projetos que aumenta as alíquotas do ICD, IPVA e ICMS, o líder da bancada governista na Assembleia Legislativa (Alepe), Waldemar Borges (PSB), se colocou contrário às emendas apresentadas pelos parlamentares oposicionistas aos projetos. De acordo com o socialista, as medidas acarretariam uma diminuição na ordem de R$ 205 milhões no valor esperado para a arrecadação tributária geral de R$ 487,8 milhões. Desse valor, segundo Borges, R$ 56,25 milhões seriam repassados aos municípios, através de IPVA e ICMS. Com os textos da oposição deixariam de ser arrecadados R$ 49 milhões de ICMS em telecomunicações; R$ 136 milhões de ICMS da gasolina; e R$ 20 milhões de IPVA.

“Os municípios e o Estado seriam duramente castigados se essas medidas fossem acatadas. Elas mutilam quase metade do pacote proposto pelo Executivo, diminuindo também expressivamente o repasse para os municípios. Por causa disso, os prefeitos estão pressionando o governo para que os projetos não sofram essas perdas, já que as prefeituras teriam um apoio fundamental para enfrentar as adversidades da crise se fossem aprovados como o governo propõe”, observou. 

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O deputado pontuou ainda que as emendas poderiam significar um “grave desequilíbrio” para as contas governamentais do próximo ano e que, inevitavelmente, se refletiriam na prestação de serviços à população. “É realmente algo muito preocupante, afinal de contas a oposição diz entender a conjuntura que leva à necessidade das medidas, mas ao mesmo tempo apresenta emendas que diminuem praticamente à metade o resultado financeiro que o pacote traria”, disparou.

 

As bancadas de oposição e do governo na Assembleia Legislativa (Alepe) firmaram um acordo para garantir a tramitação e discussão dos projetos de lei do Governo de Pernambuco que aumentam as alíquotas do ICMS, IPVA e ICD. Os textos -  aprovados nessa quinta-feira (24) pelas comissões de Constituição, Legislação e Justiça; Finanças, Orçamento e Tributação; Administração Pública e Desenvolvimento Econômico e Turismo - receberam emendas do colegiado oposicionista que serão apreciadas durante uma nova sessão conjunta das comissões na próxima segunda (28). 

A primeira emenda propõe que o pacote tenha um caráter provisório, com até 24 meses de duração (12 prorrogáveis por mais 12). A segunda é contrária à elevação das alíquotas do ICMS sobre a gasolina, de 27% para 29%, e sobre telecomunicações, de 28% para 30%. E a terceira propõe mais faixas para a cobrança do IPVA sobre os automóveis, com o objetivo de preservar os carros populares. Outra medida também sugerida pela oposição, que destina 30% da receita do Detran-PE para a saúde, de forma impositiva, será tratada em novo projeto de Lei. 

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“Somos contra o aumento do imposto sobre a gasolina e telecomunicações por acreditar que isso penaliza a sociedade e tem um impacto grande no custo de vida, por causa do efeito cascata e, além de de gerar aumento da inflação, reduz o poder de compra dos pernambucanos”, explicou o deputado Silvio Costa Filho (PTB), líder da Bancada. “A crise está sendo enfrentada com responsabilidade pelo Governo e pelos deputados. É contraditório a oposição ser contra o aumento na gasolina e na telecomunicação, pois esses são os elementos que mais podem contribuir com o aumento da receita”, considerou o líder da bancada governista, deputado Waldemar Borges (PSB).

Outros deputados que queiram apresentar emendas aos textos têm até o meio-dia de hoje para encaminha-las. A expectativa da bancada governista é de levar as matérias para o plenário ainda na segunda. Apesar de ter a maioria na casa, 35 de 49, a discussão promete ser acalorada. Um grupo formado pelos deputados Beto Accioly (SD), Professor Lupercio (SD), João Eudes (PRP), Eduino Brito (PHS) e Joel da Harpa (PROS) – denominado de “G5” –  anunciou, nessa quinta, que não concorda com o aumento dos impostos e votará contrario ao pacote que “vai contribuir para aumentar o desemprego”. 

Os projetos que promovem um ajuste fiscal no estado – aumentando as alíquotas do ICMS, IPVA e ICD – estão sendo analisadas, nesta quinta-feira (24), pelas Comissões de Justiça e Administração Pública da Assembleia Legislativa (Alepe). Com um esforço concentrado da base aliada, já que as matérias têm até a próxima quarta (30) para serem sancionadas, os textos foram apresentados nessa quarta (23) pelo secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, aos parlamentares e voltam à pauta de hoje na Casa. 

Durante a discussão dessa quarta, Stefanni apontou o contexto de fragilidade econômica nacional – e seu consequente impacto nos cofres pernambucanos – para justificar a proposta de aumento de impostos aos contribuintes do Estado. De acordo com ele, os R$ 487,8 milhões que o governo espera injetar nos cofres públicos a partir de 2016, com a aprovação do pacote, não serão direcionados a novos investimentos. “O compromisso do governador é garantir a manutenção das conquistas dos últimos anos. Os recursos não serão para ampliar os serviços ou fazer novas obras, mas para terminar o que está inconcluso”, explicou. “Tão logo o cenário melhore, o objetivo de Paulo Câmara é revogar tais medidas”, acrescentou.

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O prazo de validade das medidas gerou discussão entre os parlamentares, a oposição sugeriu que os projetos durassem um ano. Já a bancada governista se baseou no governo federal e propôs o período de 48 meses, ou seja, quatro anos. Tempo em que também deverá vigorar a CPMF, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional. 

O líder da oposição, deputado Sílvio Costa Filho (PTB), lamentou o prazo restrito que a Alepe terá para avaliar o pacote, visto que, para os impostos com novas alíquotas vigorarem em 2016. “Estamos dispostos a ajudar o Governo, mas de forma responsável e consciente”, afirmou entregando uma série de sugestões ao secretário, entre elas, o aumento das alíquotas para bebidas alcoólicas, tabaco e armas de fogo.

Já o líder governista, deputado Waldemar Borges (PSB), falou sobre a dificuldade de se garantir um prazo para o retorno às atuais alíquotas, visto a imprevisibilidade da economia. “Trocar o ajuste do ICMS de combustíveis e telefonia pelo incremento de tabaco e armas, como propõe a Oposição, não permite que cheguemos ao valor que o Estado precisa arrecadar. São produtos com pesos diferentes”, argumentou.

A expectativa inicial é de que as comissões concedam ainda hoje um parecer sobre as emendas e os projetos para que eles possam ser votados em primeira discussão na próxima segunda-feira (28), na terça (29) ser avaliado novamente e sancionado na quarta. Caso isso não aconteça, o governo não poderá iniciar a cobrança do aumento dos impostos a partir de janeiro de 2016.

Na expectativa de aprovar até o próximo dia 30 os projetos que reajustam as alíquotas ICMS, IPVA e do PCD em Pernambuco, o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, participa, nesta quarta-feira (23), de uma reunião na Assembleia Legislativa (Alepe). Durante o encontro, marcado para as 16h30, Stefanni vai detalhar para os parlamentares as alterações dos impostos e deve fazer uma projeção sobre o que já foi economizado pela gestão, pouco mais de R$ 250 milhões. 

>> Oposição propõe alternativas ao aumento de impostos em PE

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O pacote, encaminhado a Alepe na última segunda (21), visa ampliar a arrecadação tributária estadual em R$ 487,8 milhões. Para que as mudanças passem a valer a partir de janeiro de 2016, os textos precisam ser aprovados até o fim deste mês.  

Com apenas menos de oito dias para a tramitação, o governo sugeriu que os textos passassem pelo crivo dos deputados em regime de urgência. Os projetos já receberam o parecer favorável da Comissão de Constituição Legislação e Justiça (CCLJ). Antes de ir ao Plenário, eles devem passar por mais três colegiados. 

Os pernambucanos vão pagar impostos mais caros em 2016. Pelo menos é o que estabelece um pacote de projetos de lei encaminharia pelo governador Paulo Câmara para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta segunda-feira (21). As medidas atingem impostos como o IPVA (sobre a Propriedade de Veículos Automotores), o ICD (sobre Causa Mortis e Doação) e o ICMS (sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). 

Caso os textos sejam aprovados pelo Legislativo, as novas alíquotas vão passar a ser cobradas a partir de janeiro. A estimativa da gestão é de que os novos percentuais injetem R$ 487,8 milhões no Tesouro estadual a cada ano.

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Segundo o pacote, o ICD e o IPVA terão um escalonamento da carga tributária, cobrando mais imposto de bens e veículos de maior valor. A alíquota do ICD, por exemplo, passa dos atuais 2% ou 5% para uma escala de 0% a 8%, dependendo do valor do bem. A faixa de isenção do imposto aumenta de R$ 5 mil para R$ 50 mil e passam a ser tributados com a alíquota máxima os bens acima de R$ 400 mil.

Já no IPVA, carros com até 180 cavalos-vapor (CV) passam a ser tributados em 3% e acima disso a alíquota será de 4%. Aeronaves e embarcações pagarão 6%. O escalonamento, neste caso, é de 0% a 6%. Os táxis continuam com isenção, no entanto haverá uma restrição de um táxi por CPF. As pessoas que mantêm frotas não serão contempladas. 

“Vamos manter a isenção para táxi, mas com o limite de um táxi por CPF. Frotistas passam a pagar. Locadoras, que pagam 0,5%, passam para 1%, sendo que agora passam a ser consideradas locadoras aquelas que têm mais de 30 veículos. Atualmente, são 10”, explicou o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, no fim da tarde desta segunda, durante a coletiva de imprensa para esclarecer as propostas.

As motocicletas de até 50 cilindradas, mais conhecidas como cinquentinhas, também passam a ser tributadas com IPVA, em 2,5%, como forma de amenizar as despesas do Estado com os envolvidos em acidentes de moto. A cobrança vai acontecer para as emplacadas pelo Detran-PE. A regularização acontece até novembro deste ano. 

Aumento do ICMS

Nas operações com motocicletas, a alíquota ICMS sobe de 12% para 18%.A alteração, de acordo com Stefanni, atendo uma demanda tanto da saúde quanto do Pacto Pela Vida. “Os dados da saúde de Pernambuco mostram que foram gastos com R$ 500 milhões somente nas unidades de saúde da rede estadual, isso sem os gastos da Previdência, quando as pessoas morrem”, detalhou.

Outro item que terá alteração será as alíquotas do ICMS incidentes sobre a gasolina e o álcool. A alíquota da gasolina sobe de 27% para 29%, enquanto que a do álcool cai de 25% para 23%. “Pretendemos com isso dar um estímulo para a produção sucroalcooleira, isso gera emprego”, argumentou o secretário. De acordo com ele, o Estado deve ganhar com a retomada das atividades das usinas como a Pumaty e Cruangi, que voltaram a moer este mês. 

Os serviços de telecomunicação também sofrerão um acréscimo. Neste caso o ICMS passa de 28% para 30%, e de TV por assinatura, de 10% para 15%. O aumento nessa alíquota será destinado ao Fundo de Combate à Pobreza, que financia a assistência social e a saúde do Estado. “Essa alteração é uma tendência, vem sendo adotada por outros estados. Alguns chegam a 35%”, observou.

Ainda no quesito ICMS, os produtos que não contam com legislação específica a alíquota modal sobe de 17% para 18%, a mesma já praticada, segundo Stefanni, pelos estados do Sul e do Sudeste e que também está sendo adotada pelos governos da Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Distrito Federal.

Pacote reflete nos municípios

Com a estimativa de arrecada mais R$ 487,8 milhões por ano, o pacote de medidas do governo também reflete na arrecadação municipal. Desses, R$ 50 milhões correspondem ao IPVA que destinará 50% aos municípios. Já dos R$ 437,8 restantes, 25% segue para os cofres municipais. 

“Estamos lançando mão de alguns remédios amargos, mas sempre de olho na justiça tributária. Sem falar que ao contrário do que estamos fazendo com os municípios, a União não apresentou proposta para aumentar o repasse aos estados e municípios em seu pacote. É uma questão de sobrevivência”, justifica o secretário da Fazenda. Quando aprovadas e iniciada a execução, não há um prazo de validade para que as medidas sejam abortadas pela gestão. 

O Governo de Pernambuco convocou uma coletiva de imprensa para anunciar, na tarde desta segunda-feira (21), um pacote de"novas medidas para enfrentar a crise". Apesar de não confirmar, a expectativa é de que os novos projetos versem sobre o aumento de impostos estaduais. De acordo com a assessoria de imprensa da gestão, o governador Paulo Câmara (PSB) não participa do comunicado que será feito pelo secretário da Fazenda, Márcio Stefanni. 

O reajuste deve atingir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos (ICD). Os percentuais em cima das alíquotas atuais foram estudados pela Secretaria da Fazenda e apresentados ao governador no último fim de semana. 

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Segundo informações de bastidores, a previsão inicial é de que os projetos de lei sejam encaminhados a Assembleia Legislativa (Alepe) ainda esta semana. Com maioria na Casa, Paulo Câmara não deve enfrentar grandes dificuldades para aprovar os textos. Caso seja aprovada ainda este mês, segundo a legislação brasileira, os reajustes podem começar a vigorar apenas em 2016.

O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, criticou as últimas medidas do Governo Federal quanto aos reajustes nos impostos sobre operações de crédito, na alíquota do PIS/Cofins, no IPI para o setor de cosméticos e no PIS e na Cide sobre os combustíveis. De acordo com o democrata, as alterações fazem parte de um "pacote de maldade" articulado pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). 

“O brasileiro não está tendo tempo nem para respirar. Em 19 dias de governo, já temos más notícias para o ano inteiro", disparou Mendonça. "Aumentar gasolina e diesel vai incidir diretamente na inflação e no poder aquisitivo do trabalhador. Estamos diante de um pacote de maldades com o contribuinte que parece não ter fim”, acrescentou. 

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Corroborando a opinião do correligionário, o líder da oposição no Congresso Nacional, Ronaldo Caiado (DEM-GO), argumentou que a lista de medidas é "o oposto do prometido durante a campanha" da petista. 

“Temos que reconhecer que se trata de uma mentira teatral que conseguiu ainda convencer 53 milhões de brasileiros que hoje estão sentindo na própria pele. Os discursos da presidente em campanha eleitoral têm que ser lido às avessas", alfinetou. "O brasileiro quer solução que não o penalize”, completou Caiado.

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