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O Governo Federal tem R$ 90 milhões disponíveis para liberação imediata aos municípios atingidos por chuvas desde 17 de abril. A informação é do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. Neste domingo, o ministro esteve em Belo Horizonte em reunião com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e com prefeitos de cidades atingidas pelas chuvas. De acordo com ele, há possibilidade de aumentar os recursos com remanejamento orçamentário.

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Técnicos do ministério estão à disposição das prefeituras municipais para capacitar e ajudar municípios na solicitação formal dos recursos emergenciais. “É essencial preparar as cidades”, disse o ministro em entrevista coletiva em Belo Horizonte. Segundo ele, o objetivo “é não deixar que os papéis atrapalhem neste momento”. O governo deverá publicar ato reconhecendo a situação dos municípios para a liberação dos recursos.

Além dos recursos emergenciais, Canuto descreveu que será antecipado o pagamento do Bolsa Família para famílias atingidas que estão inscritas no programa. Pessoas afetadas também poderão fazer saques no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em outra frente de atendimento à população, o ministério da Saúde está distribuindo medicamentos necessários e identificando hospitais do SUS para atendimento de necessitados.

De acordo com Romeu Zema, “a quantidade de chuvas [que caiu em Minas] foi a maior da história desde que se iniciou a medição”. O governador quer apoio federal para ações emergenciais e, após as chuvas, recursos para reconstrução das áreas afetadas.

Conforme Zema, que fez um sobrevoo na região, os pontos mais atingidos são aqueles que têm ocupação desordenadas e algumas pessoas vivem em “verdadeiros despenhadeiros”. Ele declarou ainda que a solução do problema é de longo prazo, como um “plano habitacional”.

Em Minas Gerais, as enchentes e deslizamentos de terra por causa das chuvas causaram 38 mortes até o momento. Quarenta e sete municípios tiveram estado de emergência decretado pelo governo estadual. No Espírito Santo, 22 cidades estão sob alerta de risco “alto” conforme a Defesa Civil.

De olho nas chuvas

Em viagem oficial à Índia, o presidente Jair Bolsonaro disse à imprensa que tem conversado com o vice-presidente Hamilton Mourão e com o ministro do Desenvolvimento Regional sobre a crise vivida tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo em razão das fortes chuvas.

“Mandei recado pro Mourão, ele está tomando providência. As Forças Armadas estão agindo em Minas Gerais e no Espírito Santo, fazendo o possível. Entrei em contato com o Canuto, ele já está ligado no tocante a isso. Agora, é uma área muito grande que foi atingida, é difícil atender a todos, mas estamos fazendo o possível”.

 

Único governador eleito pelo Novo em 2018, Romeu Zema, de Minas Gerais, destoa do discurso do presidente da sigla, João Amoêdo, e defende o alinhamento do partido com o presidente Jair Bolsonaro, além de classificar a legenda como "direita" no espectro político. Em entrevista recente ao jornal O Estado de S. Paulo, Amoêdo fez críticas ao governo federal, afirmou que o bolsonarismo está "decrescente" e rejeitou o rótulo de "direita" no partido Novo.

"Nós somos um partido de direita, liberal. Eu acredito que o ser humano é a pessoa mais apropriada para resolver seus problemas. E sou contrário às empresas estatais", disse Zema em entrevista ao jornal. Sobre Bolsonaro, o governador mineiro classificou o presidente como um "patriota". "Minha relação com Bolsonaro é boa. Ele é um patriota. Gosta do Brasil e está fazendo o possível para que o País melhore. O Novo tem sido um partido bastante alinhado com o governo federal. O presidente montou um excelente ministério." Segundo o governador, o Novo é "próximo" do bolsonarismo ao defender uma solução "via mercado" e sem intervencionismo.

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Desde o processo de transição, o Novo tem acompanhado de perto o governo mineiro e chegou a mandar ao Estado o ex-CEO do Flamengo e empresário Fred Luz, diretor núcleo de apoio ao mandatário. Zema nega que esse gesto tenha sido uma intervenção e rechaça notícias de que teria entrado em atrito com o comando partidário.

O governador, porém, afirmou que não participa da vida partidária, o que é previsto no estatuto da legenda. "O Novo participa (do governo) no sentido cobrar metas. Não há nem meia dúzia de filiados ao partido no governo, que tem mais de 300 mil funcionários."

Zema disse, ainda, que seu partido "fiscaliza" a administração.

Privatização

Depois de elaborar um projeto de privatizações, Zema enfrenta dificuldades em constituir maioria na Assembleia Legislativa mineira para aprovar a medida. O primeiro teste será a privatização da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais), plano que já foi enviado ao Legislativo.

Pelos cálculos de aliados do governador, ele tem base de apenas 21 dos 77 deputados estaduais mineiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O uso de equipamentos públicos para o benefício próprio entre políticos tem sido cada vez mais recorrente. No último domingo (21), o vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (Novo), chamou a atenção por utilizar o helicóptero estadual para se deslocar de um spa de luxo localizado no distrito de Nova Lima para Ouro Preto.

A vice-governadoria confirmou o uso, segundo informações do jornal O Tempo. Brant e a esposa, Alexia Paiva, passaram o feriado da Semana Santa no spa. A justificativa dada para o uso do helicóptero é que o hotel estava na rota aérea para Ouro Preto. A postura repercutiu negativamente.

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Paulo Brant e o governador Romeu Zema (Novo) foram eleitos em 2018 com a promessa de "acabar com a farra de voos" do ex-governador Fernando Pimentel (PT), contudo a realidade tem sido outra. Zema, por exemplo, prometeu que se deslocaria apenas em voos de carreira, mas ele usou as aeronaves do Estado 16 vezes, entre janeiro e março. 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), participou nesta quarta-feira (17) da abertura de um seminário para discutir barragens de rejeitos e o futuro da mineração no estado do Sudeste.

 Durante o evento, que foi organizado por seu governo em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Zema afirmou que a tragédia de Brumadinho deve servir para “agregar no futuro” de Minas Gerais. Além disso, o gestor afirmou que “não se pode viver do passado”

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 "Nós queremos que essa tragédia venha a agregar no futuro para o estado. Temos que lamentar as vítimas? Lógico. Mas, não podemos conviver com o passado, temos de estarmos olhando para o futuro. Queremos com isso que a economia de Minas venha se diversificar mais, a mineração sempre foi, continuará importante, mas outras atividades precisam surgir e dinamizar nossa economia", pontuou.

 De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, 47 pessoas ainda estão desaparecidas pelo rompimento da barragem na mina Córrego do Feijão, da Vale, ocorrido no último dia 25 de janeiro. Até o momento, há 230 mortos identificados.

 Zema também aproveitou o evento para se definir como um otimista e que a tragédia de Brumadinho foi "um ponto fora da curva, que serve de reflexão", mas que "a longo prazo, década após década, a tendência tem sido só de melhorias".

 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse em entrevista na noite desta sexta-feira, 25, que são mínimas as chances de encontrar sobreviventes da tragédia em Brumadinho. "Vamos resgatar somente corpos", lamentou.

Zema comparou o rompimento com o caso de Mariana, que ocorreu em 2015. "O vazamento tem uma característica diferente daquele que aconteceu em Mariana que foram centenas de quilômetros. Este teve um maior número de vítimas, mas vai ficar territorialmente mais limitado", disse o governador.

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Até a noite de sexta, o governo estadual havia confirmado a morte de ao menos sete pessoas atingidas pela lama. Nove pessoas haviam sido retiradas com vida da lama, e cerca de 100 pessoas ilhadas foram resgatadas, ainda segundo o governo. Dados repassados pela Vale ao governador indicaram que havia 427 pessoas na sede da mineradora onde a barragem cedeu. Ao menos 279 foram resgatadas vivas do local.

A prioridade das forças de resgate agora é acompanhar o estado de uma outra barragem na mesma área, que não se rompeu. "Vamos ver se ela continua segura e tomar todas as medidas necessárias", pontuou Zema.

Apesar das proporções do desastre, o governador acredita que a situação está sob controle, e disse que não é necessário reforço do governo federal ou de outros estados. "Temos recebido várias propostas de ajuda de outros estados e do governo federal, o que agradecemos muito, mas no momento nossa força-tarefa tem sido o suficiente. Vamos sim, precisar de ajuda, muito provavelmente, a partir de segunda-feira, com cães farejadores para resgatar os corpos", afirmou.

Sem responder às perguntas dos repórteres presentes, Zema encerrou seu pronunciamento dizendo que não é a hora de apontar culpados "Neste momento não estamos apurando causas. Este não é o foco. Estamos fazendo o atendimento aos afetados", completou.

As declarações do governador vão no mesmo sentido da entrevista do presidente da Vale, Fabio Schvartsman, que se disse "arrasado" pela tragédia desta sexta. "Dessa vez o dano ambiental será muito menor que em Mariana, mas o humano será maior", disse Schvartsman, ao se referir ao rompimento dabarragem da Samarco.

O governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), desistiu de participar da posse de Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 1º. O motivo alegado pela assessoria de Zema é a falta de um voo de carreira que faça a tempo o percurso entre Belo Horizonte, onde ele toma posse pela manhã, e Brasília, onde a cerimônia deve começar às 15 horas.

Zema poderia usar uma aeronave do Estado, mas quer evitar "gastos extras". Minas enfrenta uma das maiores crises fiscais da sua história.

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O futuro governador mineiro foi eleito com o discurso sobre a necessidade de austeridade nas contas públicas, bem como a associação com a imagem de Bolsonaro ainda no primeiro turno.

Após surpreender no primeiro turno e receber mais de 4 milhões de votos, o candidato do partido Novo ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema, chega à eleição, hoje, à frente nas pesquisas e com chances de pôr fim a uma alternância de poder entre PT e PSDB que dura 16 anos no Estado. O adversário neste segundo turno, Antonio Anastasia, do PSDB, tenta voltar ao cargo após quatro anos.

No primeiro turno, Anastasia liderou todas as pesquisas de intenção de voto, mas viu Zema disparar na reta final da campanha, saindo de 10%, uma semana antes do pleito, e terminar a votação com 42%. O empresário conseguiu tirar o atual governador mineiro, Fernando Pimentel, candidato do PT à reeleição, da disputa do segundo turno e se consolidou como alternativa à polarização entre petistas e tucanos.

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A campanha no segundo turno foi marcada por ataques de Anastasia ao plano de governo de Zema. O candidato do PSDB insistiu em mostrar contradições em propostas do Novo para as áreas de saúde e segurança. Zema, por sua vez, se apresentou como alternativa aos "mesmos políticos de sempre" e rebateu as críticas do tucano, afirmando ser vítima de fake news.

O senador Antonio Anastasia tenta voltar ao governo mineiro depois de comandar o Estado entre 2010 e 2014. Foi o candidato que conquistou maior apoio ao formar coligação com 12 partidos, além de ter obtido um expressivo apoio dos prefeitos do interior do Estado. No primeiro turno, foi incisivo nas críticas ao atual governador, chamando a gestão do petista de "desgoverno". Além disso, evitava comentar sobre a campanha de Aécio Neves (PSDB) para a Câmara dos Deputados - o senador não apareceu em nenhum evento de campanha do candidato ao governo mineiro.

Desconhecido

Em sua primeira candidatura a cargo público, o empresário Romeu Zema chegou ao primeiro turno como um desconhecido. Nascido em Araxá, no Triângulo Mineiro, ele é proprietário do Grupo Zema, de lojas de departamento e de rede de distribuição de combustível.

Zema conseguiu se consolidar como alternativa à polarização entre PT e PSDB após a saída de Marcio Lacerda (ex-PSB) e de Rodrigo Pacheco (DEM) da disputa eleitoral. A ascensão do empresário coincidiu com a declaração de apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), antes mesmo do fim do primeiro turno.

De acordo com pesquisa Ibope/TV Globo divulgada ontem, Zema chega à votação com vantagem sobre Anastasia. O candidato do Novo tem 68% das intenções de votos válidos, enquanto Anastasia soma 32%. Na pesquisa anterior, Zema tinha 67% e Anastasia, 33%. Para calcular os votos válidos, são excluídos os votos brancos, nulos e os indecisos.

Nos votos totais, Zema aparece com 58% e Anastasia, 27%. Brancos e nulos são 10% e 5% não sabem. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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