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O ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, pode ser punido pela participação no programa eleitoral da candidata do PT, Dilma Rousseff, nesta quinta-feira. Isto porque Amaral, apesar de ter deixado a presidência da sigla, faz parte de partido que declarou apoio ao adversário de Dilma, o tucano Aécio Neves, e portanto não poderia aparecer na televisão junto com a petista, de acordo com a legislação.

A Lei das Eleições não permite, no segundo turno, participação de filiados a partidos que tenham formalizado apoio a outros candidatos em programa gratuito de rádio e televisão. Se fosse detentor de mandato, o partido poderia pedir até a cassação do político por infidelidade partidária. Como não é o caso, o PSB pode pedir a expulsão de Amaral da sigla.

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De acordo com ministros do Tribunal Superior Eleitoral, cabe ao próprio partido - o PSB - levar o caso para ser apreciado pela justiça eleitoral.

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Após o rompimento da aliança do PTB e do PT com o PSB em Pernambuco, o quadro para as eleições a governador em 2014 começou a se delinear apresentando nomes cada vez mais concretos a postularem o cargo, ocupado atualmente por Eduardo Campos (PSB). Dados do levantamento, divulgado neste domingo (27), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) apontam que, se o processo eleitoral fosse hoje, o senador Armando Monteiro (PTB) seria eleito governador de Pernambuco no 1º turno, em quase todos os cenários. Um eventual 2º turno, de acordo com a amostra, aconteceria caso o PT lançasse uma candidatura própria, apresentando como postulante o deputado federal João Paulo.

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Na disputa entre Armando, que tem possibilidade de ser o candidato apoiado pelo PT, e o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB), um dos mais indicados a ser o nome indicado por Eduardo, o senador teria 26% das intenções, enquanto FBC é citado por 12% dos entrevistados, no primeiro cenário estimulado.

Neste caso, 27% dos eleitores da Região Metropolitana do Recife (RMR) escolheriam Armando e 7% optariam por Bezerra Coelho. Já no Sertão, região de origem de Bezerra Coelho, o ex-ministro obtém um progresso nas intenções e aparece com 28% da preferência, porém ainda com o percentual menor do que o de Armando, 30%. Com a distância do pleito, somado ao fato das candidaturas não estarem portas, o total de intenções de voto branco/nulo (42%) e os que não souberam/não responderam (20%) chega a 62%.

Quando um nome petista, o do deputado federal João Paulo, é acrescentado à disputa, o percentual de Armando cai para 23%. Neste momento, FBC aparece com 11% e João Paulo teria 14% dos votos, fazendo assim com que fosse necessária a realização de um 2º turno. Observando por regiões, João Paulo teria 22% dos votos no Recife, o senador 13% e o Bezerra Coelho 7%, nas demais cidades da RMR 23% dos entrevistados votariam em Armando, 19% em João Paulo e 4% em FBC. No Sertão, a preferência pelo ex-ministro volta a aparecer, agora com mais força, 32% dos votos, enquanto Armando teria 30% e João Paulo 1%. Com três candidatos na disputa, o percentual de intenções de voto branco/nulo (31%) e os que não souberam/não responderam (21%) reduz em 10%, ele totaliza 52%.

Ao modificar o quadro, substituindo o candidato do PSB, agora com o nome do vice-governador João Lyra Neto, retirando o petista e acrescentando um tucano a disputa, o deputado estadual Daniel Coelho, os números continuam favoráveis a Armando. O senador seria votado por 26% dos entrevistados, seguido por Daniel, 11%, e por Lyra Neto, 4%. No Recife, o tucano seria o mais votado, com 17%, Armando ficaria em segundo lugar, 14%, seguido pelo socialista com 3%. Em outros municípios RMR, o petebista voltaria a liderar, com 24% das intenções, Daniel permaneceria com 17% dos votos e Lyra Neto seria o preferido de 1% da população. Entre os sertanejos, 41% das intenções são para Armando, 3% para Daniel e 1% escolheria Lyra Neto. O total dos votos branco/nulo (35%) e os que não souberam/não responderam (24%) volta a crescer, atingindo 59%.

O último cenário abordado pelo levantamento modifica apenas o candidato do PSB, substituindo Lyra Neto, pelo secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar. Neste caso, Armando Monteiro seria eleito com 28% dos votos, em segundo lugar Daniel permaneceria com os 11% e Tadeu Alencar teria 1% da preferência. Por regiões o quadro no Recife seria novamente favorável a Coelho, com 18% das intenções e Armando receberia 13%, já Tadeu Alencar não obteria a quantidade de votos necessários para computar 1%. Em outras cidades da RMR, 25% da população é adepta ao senador, 17% escolheria Daniel e 1% votaria em Tadeu. Já no Sertão 41% escolheriam Armando, 3% Daniel e 1% o socialista. Com Armando, Daniel e Lyra se enfrentado, os entrevistados que optaram por branco/nulo e não souberam/não responderam chega a 60%.

Em uma análise sobre os dados da pesquisa, o cientista político Adriano Oliveira pontua que os candidatos do PT e PSDB são os mais bem posicionados na capital pernambucana. “Uma questão importante na pesquisa é que João Paulo e Daniel Coelho estão entre os favoritos no Recife. Essa questão deve ser bastante discutida entre os partidos, pois os prováveis candidatos ainda não têm tanta representatividade na capital”, comentou Oliveira.

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Nível de conhecimento dos candidatos

Dos 2.423 pernambucanos ouvidos pelo IPMN a maioria conhece pouco o senador Armando Monteiro (PTB), 52%, enquanto 20% admitiram conhecer muito bem e 28% disseram nunca ter ouvido falar nele. Para 49% dos entrevistados João Paulo (PT) é pouco conhecido, 19% o conhecem muito bem e 32% não sabem quem o petista é. Sobre o tucano, Daniel Coelho, 11% das pessoas afirmaram saberem quem ele é, enquanto 48% o conhecem pouco e 41% nunca ouviu falar. Entre os socialistas o mais conhecido é Fernando Bezerra Coelho, 13%, e o que a maioria dos pernambucanos nunca ouviu falar é Tadeu Alencar, 68%. João Lyra Neto é bem conhecido por apenas 6% da população, 41% já ouviram falar dele e 52% o desconhecem.

Confira a pesquisa na íntegra

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