Tópicos | Sem ministério

O senador Magno Malta (PR) andou um pouco sumido das redes sociais nos últimos dias, bem diferente do que a rotina habitual onde o parlamentar fala sobre diversos assuntos, muitos deles polêmicos. O “amigo fiel” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tem sido assunto ultimamente por ter ficado de fora das escolhas do militar para a composição do primeiro escalão do governo.

Ao jornal O Globo, o senador garantiu que não sente mágoas do presidente eleito. “Minha vida não depende de Bolsonaro. Depende de Deus. Eu continuo orando para que Deus dê a ele a chance de fazer um país diferente”, disse.

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Apesar de toda a situação, Magno voltou a elogiar Bolsonaro e afirmar que ele não tinha obrigação de lhe dar emprego ou ministério. “É um sujeito honrado, de caráter, continua sendo meu amigo. E eu estava ali em oração. Ele não tem obrigação de me dar ministério ou emprego. Expectativa é uma coisa”, ressaltou.

Magno ainda falou que vai se dedicar à carreira gospel, curtir a família e fazer palestras a partir de fevereiro de 2019, quando encerra seu mandato parlamentar. “Vou viajar o país inteiro. Fazer palestra. Tenho uma luta contra abuso de criança, pedofilia, minha marca está aí. Vou continuar fazendo palestra, cantando. Tenho 41 anos de carreira. Tenho 28 CDs gravados. Vivi sempre da minha música”, antecipou ao jornal.

O presidente eleito Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira (5), que o senador Magno Malta (PR-ES) terá espaço em seu governo, mas não indicou qual seria o cargo. Malta candidatou-se à reeleição, mas não conseguiu renovar o mandato de senador

Segundo Bolsonaro, “as portas estão abertas” para o parlamentar, que foi convidado para ser candidato a vice na chapa do presidente eleito e recusou.

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"As portas estão abertas para ele. [Quanto à] questão de um possível ministério, nós não achamos adequada no momento. Agora, ele pode, sim, estar do meu lado, em outra função. As portas nunca foram fechadas para ele. Se eu fosse ofertar um ministério para todos os amigos que me ajudaram durante a campanha, ficaria complicado", enfatizou o futuro presidente.

Bolsonaro disse que é um "devedor" de Magno Malta, a quem é "grato", mas ressaltou que "não houve um comprometimento neste sentido durante a campanha".

Para o presidente eleito, o “perfil dele [Malta] não se enquadrou" ao ministério que está sendo montado.

Após convidar uma assessora do senador Magno Malta (PR-ES) para o Ministério dos Direitos Humanos e frustrar a expectativa de que pudesse convidar o parlamentar para uma pasta, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que Malta não ficará "abandonado", mas que não deve assumir um ministério.

"O Magno Malta é uma pessoa que me ajudou muito, que eu respeito. Não vai ficar abandonado, ele tem como participar do governo em outra função", disse Bolsonaro a jornalistas em Cachoeira Paulista (SP), onde visitou o Santuário da Canção Nova.

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A função para Magno Malta, no entanto, não está definida. "Existe campo para ele, sim. Mas, infelizmente, os ministérios estão se esgotando", declarou o presidente eleito.

Bolsonaro procurou afastar sua responsabilidade após deixar a bancada evangélica e pastores descontentes com a falta de convite a Magno Malta. "Não fiz campanha prometendo absolutamente nada para ninguém, pretendemos aproveitar as boas pessoas, agora não podemos dar ministério para todo mundo", disse.

Em entrevistas que deu no Vale do Paraíba nesta sexta-feira (30), Bolsonaro afirmou que faltam dois ministérios para oficializar os titulares, fazendo referência às pastas do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos.

Questionado sobre a quantidade de ministérios no governo, Bolsonaro afirmou que ficará "na casa dos 20" e próximo à metade do quadro atual. Na campanha, ele havia falado em reduzir para 15 Pastas.

O presidente eleito afirmou também que poderá escolher mais militares para o governo e que as indicações ocorrem com base no currículo dos indicados.

Apesar de ter devolvido ao Governo Federal o comando do Ministério do Trabalho, o PDT deve permanecer, pelo menos até o início de 2018, na base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, não há um “desembarque” total do PDT, mas o desejo de diante do cenário eleitoral em 2018 criticar a gestão petista com mais “liberdade”. 

“Não queremos mais ter funções de responsabilidade do primeiro escalão. É uma linha de coerência, pois o partido já decidiu ter candidatura própria em 2018. Queremos construir esta candidatura criticando o que a gente acha que deve criticar e com mais liberdade”, frisou o pedetista, ao participar da cerimônia de posse da vereadora Isabella de Roldão como presidente do PDT no Recife. 

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A atitude adotada pela sigla, segundo Lupi não cria constrangimentos. “Acho que estando no ministério isso cria alguns constrangimentos”, observou, levantando mais uma vez a tese de candidatura própria à presidência da República. 

Mesmo com o parcial desembarque do apoio a Dilma, Lupi deixou claro que o PDT não defende o impeachment da petista. “Impeachment só deve acontecer numa sociedade democrática quando você tem provas contra o chefe da nação. Até agora você não tem nem indícios contra Dilma. Então, passa a ser discurso de quem quer uma nova eleição. Quem perdeu, não levou e quer ganhar no tapetão. Estamos com uma posição fechada contra o impeachment”, cravou o dirigente nacional.  

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