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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse ser "impossível" zerar a fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas reafirmou o compromisso de chegar, até o final de dezembro, com o prazo de, no máximo 45 dias, para atendimento.

"Zerar a fila é impossível porque, todo mês, você tem que atender o pedido do mês e ainda resolver o que estava acumulado anteriormente", disse, em entrevista ao Papo com Editor, do Estadão/Broadcast. "Por isso, nunca será zerada a fila, sempre terá pedido dentro da lei. Eu espero que, até final de dezembro, a gente consiga atingir o prazo máximo de 45 dias (prazo regular)."

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Um mês após o início do Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social, dados do Portal da Transparência Previdenciária, compilados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), apontam que o estoque de solicitações pendentes passou de 1,79 milhão, em junho, para 1,69 milhão em agosto (até o dia 28) - uma queda de 5,7%.

O programa de enfrentamento à fila, prevendo o pagamento de bônus por produtividade aos servidores públicos, foi lançado no dia 18 de julho. Se forem considerados apenas os pedidos com prazo acima de 45 dias, o porcentual não é muito diferente: uma redução de 7,95% - de 1,1 milhão de requerimentos para 1,05 milhão, no mesmo período. Em entrevista ao Estadão, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, avaliou que os números, de fato, ficaram "aquém" do esperado.

Lupi, contudo, não concorda com a avaliação. "Não é minha opinião que ritmo de redução da fila do INSS está abaixo do esperado". Segundo ele, o processo de redução de filas não é simples e, portanto, o número registrado em agosto é considerado "volumoso". O assunto é considerado prioritário pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na visão do ministro, o alto volume da fila é uma "herança maldita" do governo anterior, sob gestão de Jair Bolsonaro.

Consignado

Depois de tentar uma redução "forçada" dos juros do consignado para 1,7% ao mês no início do ano e ter que recuar após reação dos bancos e da área econômica do governo, Lupi prevê que, com a queda da Selic, será possível chegar a esse patamar até o fim de 2024.

"Eu acho que vou chegar lá. Sou brasileiro, não desisto nunca", disse o ministro. "Seguindo nessa sequência de baixar taxa de juros, baixar lá, baixa aqui (no consignado)."

Em março, o Conselho Nacional de Previdência Social decidiu baixar o teto de juros cobrados no empréstimo consignado a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), reduzindo o dos então 2,14% ao mês para 1,70% mensais para aposentados e pensionistas.

A decisão, contudo, não teve aval das áreas técnicas da Fazenda, do Planejamento e da Casa Civil, o que gerou forte reação negativa do governo. Além disso, os bancos suspenderam os empréstimos para aposentados e pensionistas devido ao limite mais baixo imposto pelo governo.

Dias depois do anúncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva interveio na situação e reuniu, no Palácio do Planalto, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Lupi e o então secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo. Participaram do encontro também as presidentes da Caixa, Rita Serrano, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

Após a reunião, no final de março, o governo anunciou a taxa máxima de 1,97% ao mês para o consignado. Já em agosto, o Conselho Nacional de Previdência Social aprovou a redução do teto de 1,97% ao mês para 1,91%.

Lupi disse ter esperança de que a Selic, agora a 13,25%, encerre o ano em torno de 9% ao ano até dezembro. De acordo com ele, reunião do Conselho Nacional de Previdência Social decidiu pela proporcionalidade dos índices: "Cai lá, cai aqui."

Questionado, Lupi admitiu que a forma como foi feito o anúncio do corte no início do ano não foi a melhor. "Acho que posso ter falhado na maneira de fazê-lo", reconheceu. No entanto, ele destacou que a discussão para uma redução do índice surgiu a partir de então. "Só erra quem trabalha", disse.

A formação da maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder, nesta sexta-feira (30), gerou reações no mundo político. Opositores ao ex-presidente analisaram o posicionamento da Corte em publicações nas redes sociais.

Ex-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes disse no Twitter que a justiça foi feita. O PDT é autor da ação que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos. 

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“Fez-se justiça! Quando nós do PDT pedimos providências ao TSE, queríamos proteger a democracia e punir o abuso de poder político praticado por Bolsonaro. Bolsonaro inelegível por império da lei. O que espero é que, de hoje em diante, tenhamos os brasileiros direito de cobrar de nosso governo mudanças profundas na vida política e econômica do Brasil, sem o oportunismo de a tudo termos que engolir porque senão… ‘Bolsonaro voltaria’”, escreveu.

O presidente nacional do PDT e atual ministro do Trabalho e Previdência, Carlos Lupi, também celebrou o julgamento. 

"A justiça foi feita! O belzebu desrespeitou e atentou contra a democracia e a vida dos brasileiros, e está enfrentando as consequências. O PDT trabalhou arduamente com a justiça brasileira para cumprir nossa responsabilidade histórica contra os antidemocráticos. Vencemos!", disse. 

Veja essas e outras declarações:

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recuperou um vídeo do ministro da Previdência e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, para criticar o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode torná-lo inelegível por oito anos. Na publicação, divulgada nesta quarta-feira (28), o ex-chefe do Executivo exibe a declaração de Lupi defendendo o voto impresso para recontagem de votos.

O PDT é o autor da ação que alega que Bolsonaro usou o cargo e a estrutura do governo para espalhar informações falsas sobre o processo eleitoral e para fazer campanha em reunião com embaixadores estrangeiros em julho de 2022, enquanto ainda era presidente.

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Nesta terça-feira (27), o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso no TSE, votou pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Em três horas de leitura dos argumentos, afirmou que o então chefe do Executivo difundiu "pensamentos intrusivos a respeito de fraudes eleitorais imaginárias" e que existiu um "flerte perigoso com o golpismo".

"No dia de ontem, 27 de junho, o senhor ministro Benedito Gonçalves, relator, deu seu voto para minha inelegibilidade por oito anos, sob a acusação de abuso de poder político em uma reunião com embaixadores. Agora, o autor da ação é o senhor Carlos Lupi, presidente do PDT, e atual ministro da Previdência Social do Lula. Veja o que ele disse há poucos meses sobre esse mesmo assunto", escreveu, em texto que acompanha um vídeo publicado nesta quarta nas redes sociais.

O vídeo ao qual Bolsonaro se refere foi publicado por Lupi em fevereiro de 2022 nas redes sociais. Nele, o ministro de Lula diz que defende a recontagem de votos para evitar fraudes eleitorais. "Desde o surgimento da urna eletrônica a 25 anos atrás, nosso líder, nossa referência no partido, Leonel de Moura Brizola, já defendia uma coisa simples de se fazer, a impressão do voto. (...) Sem a impressão do voto não há possibilidade de recontagem. Sem recontagem, a fraude impera", disse, na ocasião.

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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, voltou a rejeitar o "voto útil" em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e argumentou que, se for seguida a tese defendida pelos petistas, "daqui a pouco vamos abolir a eleição". Opositores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentam convencer os eleitores de Ciro Gomes (PDT) a desistirem do voto no pedetista para tentar eleger em primeiro turno o candidato do PT, que lidera as pesquisas.

"Voto útil só serve aos inúteis. Quem imagina que eleição é corrida de cavalo, para escolher o que a pesquisa diz que vai ganhar, daqui a pouco, com esse pensamento de inutilidade, nós vamos abolir a eleição. Se a pesquisa diz quem vai ganhar, para que votar?", afirmou ao Estadão.

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Descartando a hipótese de Ciro Gomes desistir da disputa, Lupi disse que defenderá até o "último minuto" o Projeto de Desenvolvimento Nacional, nome dado ao plano de governo do presidenciável do PDT.

Ele opinou, ainda, que a defesa pelo voto útil pode ser um "tiro no pé". "A população começa a pensar: ‘Vem cá, por que estão querendo tirar esse cara? Ele deve ter valor".

O principal argumento usado para defender a adesão a Lula no primeiro turno é evitar que o presidente Jair Bolsonaro siga na disputa até o fim de outubro, com maiores chances de vitória. Segundo os favoráveis a essa tese, o chefe do Executivo poderia se beneficiar de mais tempo de propaganda no rádio e na TV e da campanha nas ruas; no segundo turno, o horário eleitoral é dividido igualmente entre os concorrentes.

A tese ganhou adesão até mesmo entre brizolistas históricos e ex-integrantes do PDT. Ex-liderança da Juventude Socialista do partido, Gabriel Cassiano, hoje no PSB, foi às redes defender que "o maior bem que Ciro Gomes poderia fazer não só pela nação, mas para si mesmo, é retirar sua candidatura e apoiar Lula ainda no primeiro turno." O mesmo argumento é reproduzido por Francisco Carlos Teixeira da Silva, ex-secretário de Educação de Brizola no Rio de Janeiro.

Lupi descartou que essas pessoas possam ser chamadas de "dissidentes" do partido. "Quando você fala dissidente, a pessoa tem que estar dentro do partido, fazendo movimento de dentro para fora. Ninguém ali é do PDT mais".

Fundado por nomes como Getúlio Vargas, Lionel Brizola e Darcy Ribeiro, o PDT chega às eleições de 2022 sem aliados no palanque. Com o partido fragmentado entre os estados, nesta quinta-feira (15), o presidente, Carlos Lupi, garantiu que a legenda está unida e que suas lideranças vão "lutar até o fim". 

Em campanha com Ciro Gomes no Recife, Lupi concluiu que a decisão do partido de não participar de coligações não enfraqueceu a campanha dos seus candidatos. "Eu não vejo prejuízos. Eu acho que quando se tem uma causa que nos alimenta e nos motiva, essa é a própria causa", pontuou. 

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Perto de perder um dos seus três senadores eleitos, o partido conta com 19 deputados federais, mas esbarra em um tempo curto de propaganda nas rádios e na televisão para atrair eleitores. Ainda assim, Lupi se mostrou confiante no resultado de 2022. "Vamos lutar até o fim, apresentando nosso projeto, visitando o Brasil todo e acreditando na inteligência do povo brasileiro", considerou. 

Para Pernambuco, o presidente do PDT espera fechar a campanha com dois representantes na Câmara e pelo menos três na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). "Vamos eleger dois federais aqui, Wolney e a Isabella de Roldão, e três a quatro estaduais", projetou. 

Carlos Lupi ainda reforçou que o partido vem forte para as urnas, sustentado por sua representatividade histórica e por um projeto de governo consolidado. "Nós vamos eleger mais de 30 deputados, podendo chegar a 35. O partido tá unido, tem 10 candidaturas a governador, 10 ao Senado, cinco a vice, e vamos continuar lutando. Nosso partido não tem 40 dias, tem 42 anos", complementou. 

O presidente do PDT, Carlos Lupi, admitiu haver pré-candidatos do partido nos Estados que vão apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa ao Palácio do Planalto. "Isso faz parte. Cada candidato quer olhar o eleitor local", disse ele.

O nome do PDT para a eleição presidencial é o do ex-ministro Ciro Gomes, mas Lupi afirmou que não haverá punição aos infiéis. "O Lula, em alguns Estados, principalmente no Nordeste, é muito forte hoje", constatou o presidente do PDT, em entrevista ao Estadão.

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Há chance de Ciro conseguir apoios regionais do PSB? O pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSB, Beto Albuquerque, disse existir essa possibilidade, embora o partido esteja na aliança do ex-presidente Lula.

Vou até ligar para ele. O Beto, que é meu amigo, quer ser candidato, e lançamos Vieira da Cunha, que também quer. Estamos discutindo com a Ana Amélia (pré-candidata do PSD ao Senado), estamos tentando essa aliança PDT, PSB e PSD. Não afirmo que o Beto vai (apoiar Ciro) porque gaúcho é meio difícil.

E o governador Renato Casagrande, do Espírito Santo (PSB)? Ele até hoje não fechou com Lula e faz acenos a Ciro.

Temos participação no governo e vamos apoiá-lo. E ele tem compromisso com a gente de abrir o palanque para Ciro. Não exclusivo, mas vai abrir.

Na outra ponta, alguns pré-candidatos do PDT elogiam Lula publicamente. Isso não enfraquece a pré-candidatura de Ciro?

Eu também elogio o Lula. Isso faz parte. Cada candidato quer olhar o eleitor local. O Lula, em alguns Estados, principalmente no Nordeste, é muito forte. Isso significa dizer para os caras: ‘Façam suas alianças locais’. Isso é natural.

O PT e o PDT podem romper no Ceará. Isso não prejudica a pré-candidatura de Ciro?

Estamos conversando. Tem uma aliança antiga lá e é bem provável que ela se repita.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, admitiu haver pré-candidatos do partido nos Estados que vão apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa ao Palácio do Planalto. "Isso faz parte. Cada candidato quer olhar o eleitor local", disse ele. Lupi afirmou, porém, que não haverá punição aos infiéis.

O nome do PDT para a eleição presidencial é o do ex-ministro Ciro Gomes, que costuma fazer duras críticas ao petista. "O Lula, em alguns Estados, principalmente no Nordeste, é muito forte hoje", afirmou Lupi ao Estadão.

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Alguns exemplos de simpatizantes de Lula no PDT são o senador Weverton Rocha, pré-candidato ao governo do Maranhão, e o ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves, que quer concorrer ao governo do Rio. Na outra ponta, Ciro tem a esperança de contar com dissidências regionais do PSB, partido que apoia Lula, mas tem conflitos com o PT em alguns Estados.

Candidato à reeleição, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que é do PSB, faz acenos a Ciro. "Ele (Renato) tem um compromisso com a gente de abrir o palanque para o Ciro. Não exclusivo, mas vai abrir", contou Lupi.

O governador participou na terça-feira, 24, de uma live promovida por Ciro e disse que o PSB "tem que avaliar até onde pode ir nessa conversa com o PT". Casagrande foi um dos principais obstáculos para que houvesse uma federação entre PT e PSB, que forçaria as duas legendas a tomarem as mesmas posições em âmbito nacional, estadual e municipal por, no mínimo, quatro anos.

"Temos decisão a ser tomada no Rio de Janeiro, aqui no Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, em São Paulo. Tem uma aliança nacional formada, consolidada, bem organizada, mas ainda temos até julho para poder discutir alguns Estados", afirmou o governador durante a live com Ciro.

O presidente Nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou ao Broadcast Político, que para fortalecer a candidatura de Ciro Gomes ao Planalto, seu partido tem conversado "corriqueiramente" com duas legendas: União Brasil e PSD. Se uma aliança fosse formalizada com as siglas, eles indicariam o vice para chapa do pedetista.

Avaliando que Ciro tem mais chances de se consolidar entre a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), Lupi avaliou que alianças são uma questão de ter paciência.

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"O único nome fora Lula e Bolsonaro que aparece solidificado há algum tempo é o Ciro. Acho que essa conversa vai acontecer naturalmente. A aliança é uma questão de ter paciência e persistência", disse.

União Brasil e PSD ainda não definiram um nome para o Planalto, apesar de as duas legendas terem mostrado interesse em ter um próprio candidato.

O PSD de Gilberto Kassab já passou pelo "plano A", ao sugerir Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e pelo "plano B", com Eduardo Leite (PSDB). Pacheco optou por focar seus esforços no comando do Senado, enquanto Leite não quis deixar o PSDB para aceitar o convite de Kassab.

Já o União Brasil, partido que nasceu da fusão entre DEM e PSL, também tem sinalizado que pode ter um nome próprio à Presidência, com a sugestão de que o deputado Luciano Bivar (PE) pode ser o cabeça de chapa. A legenda também tem negociado junto ao MDB e ao PSDB o lançamento de uma candidatura única para o Planalto, o que dificultaria uma aliança com Ciro.

Rio

Mesmo com um impasse no Rio de Janeiro, Carlos Lupi nega que um aliança entre PSD e PDT no Estado tenha acabado. "Não acabamos com aliança não, continuamos conversando", disse Lupi ao Broadcast Político.

Ambos os partidos pleiteiam a cabeça de chapa no Estado. O PSD, de Eduardo Paes, quer o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Felipe Santa Cruz como pré-candidato, enquanto o PDT defende o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves.

O plano das legendas era escolher o nome mais viável para disputar o Palácio Guanabara, sede do governo carioca, enquanto o outro comporia a chapa majoritária como vice ou candidato ao Senado.

"Ele (Paes) disse que queria ainda insistir com o nome do Felipe e ia dar o recurso para fazer do Filipe um candidato", disse Lupi, ratificando seu apoio a Neves. Sobre uma data para que seja definido um nome, "só o tempo vai dizer", afirmou.

"Estamos aguardando ainda a possibilidade de estarmos com um nome de consenso, mas política é assim, política é evolutiva, nada como um dia atrás o outro", completou. Procurado pela reportagem, Santa Cruz não atendeu aos telefonemas.

Segundo pesquisa Datafolha publicada na última quinta-feira (7), Neves está à frente de Santa Cruz. Enquanto ele tem 7% das intenções de voto, Santa Cruz tem 3%. Lideram a disputa no Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSB), com 22% de intenções de voto, seguido pelo atual governador, Cláudio Castro (PL), com 18%. (Colaborou Mateus Fagundes).

Durante a convenção nacional do PDT realizada nesta sexta-feira (21), o presidente nacional do partido afirmou que o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, é o mais rebelde dos políticos brasileiros. 

"É o único que traz a esperança de que é possível transformar o Brasil na nação que todos nós sonhamos. Foi movido pela rebeldia que o nosso Ciro desafiou a velha política do Ceará", destacou Lupi. 

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Na sede do partido em Brasília, o PDT está realizando a Convenção Nacional de forma híbrida para eleição da nova composição do Diretório Nacional.

O evento também está servindo para fortalecer o nome do Ciro Gomes como o pré-candidato da Sigla para a disputa pela Presidência da República.  Inclusive, a fala de Lupi - chamando Ciro de Rebelde - faz parte do plano do PDT para amenizar a fama de "grosso" e falta de temperamento de Gomes. 

Durante a abertura da convenção, Lupi defende que foi a rebeldia de Ciro que possibilitou que ele fosse eleito prefeito de Fortaleza, no Ceará, governador do Ceará e ministro da Fazenda - além de ter sido deputado federal.

"Ciro traz esperança de que as coisas podem ser diferentes. Diferentes e que um outro caminho é possível, que vamos sair dessa que é a maior crise social, política, econômica e moral da nossa história", pontua.

O presidente do PDT, Carlos Lupi, declarou que Ciro Gomes (PDT) continuará candidato a presidente da República em 2022. "O Ciro é candidato a presidente irreversível", disse Lupi à Globonews.

Ciro Gomes anunciou na quinta-feira (4) que estava suspendendo a sua pré-candidatura à presidência após 15 deputados do seu partido votarem a favor da PEC dos Precatórios, que foi aprovada em primeiro turno. O ex-governador do Ceará disse que foi uma "surpresa fortemente negativa" e que o partido não pode "compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas." 

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"Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional", escreveu Ciro Gomes nas redes sociais.

A PEC dos Precatórios permite que o governo federal adie o pagamento das dívidas e assim consiga viabilizar o programa Auxílio Brasil, que deve substituir o Bolsa Família em 2022. A medida é criticada por ser uma forma de o governo não seguir a regra do teto de gastos, que restringe as despesas federais. 

Carlos Lupi destacou que Ciro Gomes ficou profundamente chocado com os votos do PDT e que a posição dele foi legítima. "Eu tenho certeza que isso vai se arrumar e até terça-feira nós teremos uma mudança", afirmou. O presidente do partido também criticou a PEC, alegando se tratar de um "cheque em branco para um governo desqualificado". "Estamos conversando com os nossos deputados, principalmente com o André Figueiredo, e tenho certeza de que vamos reverter isso", acrescentou.

Após disputar a eleição presidencial de 2018 e a Prefeitura em 2020, o líder do MTST, Guilherme Boulos, de 38 anos, se consolidou como um líder nacional do PSOL. Cotado para representar o partido novamente numa disputa presidencial, ele disse que a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cenário eleitoral "altera o jogo" para 2022. "A política que eu e muita gente no PSOL defende é de construir unidade. Não dá para ter táticas eleitorais como se o Brasil estivesse andando normalmente", disse ele ao Estadão. "Tem de ter juízo e responsabilidade de colocar os projetos pessoais em segundo plano diante da necessidade do País superar este pesadelo."

O PSOL, pela primeira vez, trava um debate interno sobre a possibilidade de apoiar Lula em 2022. Como a entrada do ex-presidente no tabuleiro eleitoral muda o cenário para a esquerda?

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Esse debate ainda não começou no PSOL. Nosso foco agora é debater 2021, é construir uma unidade de ação da oposição para enfrentar os dilemas de 2021. É claro que isso tem impacto nas eleições de 2022.

Como Lula elegível muda a correlação de forças na esquerda?

Isso altera o jogo. Nós vimos as reações do (presidente Jair) Bolsonaro. Mas o foco para nós agora é discutir uma unidade da oposição em 2021, o que facilita muito a construção de uma unidade para 2022. A política que eu e muita gente no PSOL defende é de construir unidade. Não dá para ter táticas eleitorais como se o Brasil estivesse andando normalmente. Existe um risco democrático real. O Brasil está em pandarecos em termos econômicos e sociais. Isso exige uma responsabilidade histórica para buscar unidade para superar este pesadelo do Bolsonaro.

A entrada de Lula no cenário tem potencial para reunir a esquerda em torno dele?

Eu defendo uma unidade da esquerda desde agora. Essa unidade se constrói desde já e eu defendo que ela se traduza em uma unidade da esquerda e centro-esquerda em 2022.

O sr. estava no Sindicato dos Metalúrgicos quando Lula foi preso e quando deu a primeira entrevista após ter os direitos políticos restabelecidos. Essa é uma sinalização de que o PSOL está mais próximo do PT do que em outros momentos?

Num momento como esse é evidente que aquilo que a oposição tem de unidade se coloque à frente das diferenças. As nossas diferenças internas na esquerda são muito menores do que as nossas diferenças com o Jair Bolsonaro. O ambiente para a unidade é muito maior agora do que foi em outros momentos.

Onde Ciro Gomes entra nessa equação?

Espero que ele entre. Temos conversado com várias lideranças do campo progressista. Eu e o Juliano Medeiros, presidente do PSOL, conversamos com o (Carlos) Lupi, presidente do PDT. Tenho conversado com a Marina Silva (Rede), Gleisi (Hoffmann), presidente do PT, (Fernando) Haddad, Flávio Dino (PCdoB). O que defendo é uma unidade do campo progressista. Espero que o Ciro possa fazer parte dela, mas isso depende hoje muito mais de gestos e da disposição dele do que da nossa em acolher.

Historicamente o PSOL resiste a ampliar seu arco de alianças. Até onde essa frente pode ir além da esquerda? Cabem partidos do Centrão nesse projeto?

Eu não acredito em aliança com a centro-direita. Eles não querem.

Mas o Centrão esteve com Lula em 2006 e já o apoiou.

Essa é uma falsa questão. O Centrão está no barco do Bolsonaro e tudo indica que vai marchar com ele em 2022.

Lula escalou emissário para fazer pontes com João Doria (PSDB) e governadores para entrar no debate da pandemia. É um movimento correto?

Diálogo não arranca pedaço de ninguém. Ainda mais num momento grave como esse. Dito isso, o Doria representa um projeto antipopular, que não tem a mínima empatia com quem sofre. Doria é puro marketing.

Como avalia a gestão do governador João Doria na pandemia?

Doria teve o mérito de não ser negacionista. É lamentável que isso seja um mérito no Brasil. Defendeu o isolamento social e estimulou o Butantan na busca pela vacina. Mas não criou condições para que as pessoas pudessem garantir o isolamento na pandemia. Num momento como esse, deve-se garantir apoio econômico. O governo de São Paulo poderia ter feito um auxílio próprio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PDT anunciou a indicação da ex-vereadora Isabella de Roldão para ocupar a vaga de vice na chapa da Frente Popular do Recife. A confirmação foi feita através de nota, divulgada nesse domingo (13), assinada pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi. 

A postura da legenda vai de encontro com o desejo da ala aliada ao presidente municipal do PDT e deputado federal Túlio Gadêlha de indicar um nome crítico ao PSB - o do enfermeiro Rodrigo Patriota. Isabella de Roldão, inclusive, é ex-secretária da gestão de Geraldo Julio (PSB).

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“Após um intenso e amplo debate, a Direção Nacional do PDT anuncia, com base nas Resoluçoes n⁰ 006/2019 e 003/2020, neste domingo (13/09), o apoio do partido à Frente Popular e à candidatura do deputado federal João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife. Uma aliança que foi construída com muito diálogo, envolvendo diferentes agentes políticos e partidários, sempre priorizando as demandas da população e com um olhar para a construção da cidade que queremos”, diz a nota.

“Isabella foi vereadora do Recife, conhece muito bem a cidade, carrega os valores do PDT e mostrou seu compromisso com o povo recifense ao abrir mão de sua pré-candidatura à prefeita pela unidade no campo progressista. Temos certeza de que, juntos, faremos uma campanha bonita e propositiva, para vencer as eleições e seguir avançando nas conquistas populares”, acrescenta o presidente nacional do partido.

Na última sexta-feira (11), o PDT anunciou a desistência da candidatura própria ao comando da Prefeitura do Recife. Túlio Gadêlha demonstrou insatisfação com a postura.

O PDT do Recife segue sem definição sobre como se posicionará na disputa pela Prefeitura do Recife. A expectativa era de que a decisão fosse anunciada durante uma coletiva marcada para esta terça-feira (1º), com a presença do presidente nacional, Carlos Lupi, e do senador Randolfe Rodrigues (Rede), que cumpriram agenda nessa segunda-feira na capital pernambucana para tratar do assunto, mas a entrevista foi cancelada.  

Após um dia de conversas lideradas por Lupi, sem o fechamento de um acordo, o partido decidiu cancelar a coletiva ainda na noite dessa segunda. E, em nota enviada à imprensa nesta terça, confirmou-se também o adiamento da convenção municipal, antes marcada para hoje. 

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“A coletiva marcada para hoje pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Recife está cancelada. Pedimos desculpas e informamos que os impasses internos serão resolvidos na convenção do próximo dia 8 de setembro”, diz o texto.  

Postergar a convenção trouxe mais tempo para o PDT resolver os impasses internos. De um lado, há quem defenda que o partido mantenha a aliança firmada com o PSB, mas do outro, e com maior parcela da legenda, a defesa é por uma candidatura própria. Dois pedetistas se colocaram como eventuais postulantes ao cargo: o deputado federal Túlio Gadêlha e a ex-vereadora Isabella de Roldão. Isabella, inclusive, já chegou a se colocar como opção para vice na chapa do PSB. Já Túlio e aliados defendem a candidatura própria.

O PDT do Recife está com a convenção marcada para esta terça-feira (1º), mas os rumos do partido na disputa pelo comando da capital pernambucana ainda não foram fechados. Nesta segunda-feira (31), o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, está na cidade para conversar com as duas pré-candidaturas: a ex-vereadora Isabella de Roldão e o deputado federal Túlio Gadêlha. 

Além disso, também há informações de que Lupi também deve ir à mesa com o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB - de quem o PDT é aliado. Os líderes pessebistas tentam convencer o partido a seguir na Frente Popular e apoiar o nome do deputado federal João Campos.

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Após as tratativas, Lupi vai anunciar o posicionamento pedetista durante uma entrevista coletiva, agendada para às 10h de amanhã. Apesar da conversa de Lupi com Geraldo e Paulo, a direção municipal do PDT aprovou uma resolução endossando a candidatura própria no Recife. 

Inclusive, uma pesquisa encomendada pela legenda, feita pelo Datamétrica, reforça a tese, inclusive diante do nome de Túlio Gadêlha, que apresenta um desempenho maior do que o de Isabella de Roldão e atrelado ao ex-ministro Ciro Gomes aparece em terceiro lugar nas intenções de votos.

Em mensagem exibida durante a transmissão ao vivo de 1º de maio das centrais sindicais, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai contra a ciência durante a pandemia da Covid-19, e provoca mortes por conta da doença.

"Bolsonaro vai contra os médicos e incentiva a pandemia, inclusive, a matar", afirmou Lupi no vídeo. Ele disse ainda que o trabalhismo precisa olhar para o futuro, "hoje sombrio, representado pelo senhor Jair Bolsonaro". "Temos de deixar uma marca de luta contra o autoritarismo e contra o governo Bolsonaro", afirmou.

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A transmissão deve contar ainda com participações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, um dos principais entusiastas da candidatura do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) à Prefeitura do Recife, deu posse, nesta quinta-feira (6), ao parlamentar e a mais sete mulheres ligadas à política recifense na direção municipal partido. O encontro contou com a presença de filiados do partido, pré-candidatos pedetistas e simpatizantes da candidatura de Túlio à prefeitura do Recife.

Para Lupi, essa é uma aposta de longo prazo em Túlio e na participação das mulheres nos espaços de direção partidária. "Pouca gente sabe, mas ele é um quadro nacional desde os tempos da juventude. Se formou conosco. E hoje tem se mostrado um excelente deputado, leve, bem relacionado e de posições firmes”, disse.

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No ato de posse, Túlio disse que "assumir a presidência do PDT no Recife é uma tarefa que será feita com tranquilidade, diálogo e espírito coletivo". "Estou no PDT há 12 anos, como militante, e nessa nova fase do partido convidamos quadros qualificados com os quais compartilho essa missão", afirmou.

Desde a sua entrada no PDT, Túlio Gadêlha defende o fortalecimento do partido através da democratização dos espaços de direção e da participação de cidadãos comuns, principalmente jovens e mulheres. Uma forma de combater o modelo tão frequente no estado de famílias de políticos tradicionais que se revezam no poder. E nas próximas eleições vai apoiar candidaturas que representem a renovação política. Tudo isso, pautado na participação popular, na ética e na transparência.

Gadêlha já assumiu várias funções partidárias. Foi presidente estadual e dirigente nacional da Juventude, foi Secretário de Formação Política, vice-presidente da Fundação de estudos políticos, sociais e econômicos do PDT e Secretário-Geral em Pernambuco. Trabalhou com gestão na iniciativa privada e também assumiu funções de direção em instituições públicas, como a Fundacentro e o Iterpe. 

Nesta nova fase, filiaram-se ao Partido - para construção do projeto PDT para o Recife - outras 800 pessoas, entre elas: a professora de Direito a advogada, Adriana Rocha; a advogada e ambientalista, Bruna Albuquerque; a advogada e musicista, Leila Chaves; a psicóloga, produtora cultural e conselheira de Direitos Humanos, Maria do Céu; a jornalista e ex-ativista estudantil, Tatiana Ferreira; o servidor público e jurista, Rafael Bezerra; o historiador e professor, Rodrigo Bione; e a jornalista e ativista do direito das crianças e adolescentes, Sylvia Siqueira. Todos vão compor a nova direção do partido na capital.

A Comissão Provisória do PDT no Recife, empossada por Lupi, tem a importante tarefa de organizar a Convenção Municipal que decidirá como o partido entrará na disputa eleitoral de 2020.  “Temos orgulho de ver Túlio como futuro candidato a prefeito do Recife. Esta cidade tem papel importante no projeto de desenvolvimento do País, o PDT tem propostas para ela e a população já fala em Túlio para renovação da gestão municipal e enfrentamento dos desmontes impostos pelo governo federal", defendeu Lupi.

*Da assessoria de imprensa

Após se reunir com Ciro Gomes na manhã desta segunda-feira, 8, em Fortaleza (CE), o presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que o partido deve anunciar o que está chamando de "apoio crítico" à candidatura de Fernando Haddad (PT), no segundo turno. O objetivo é o partido se colocar contra Jair Bolsonaro (PSL) no pleito. Por isso, a sigla deve punir filiados ou candidatos que manifestarem apoio ao presidenciável do PSL.

A decisão será sacramentada em reunião da Executiva Nacional da legenda, marcada para acontecer em Brasília, na quarta-feira, 10. Na ocasião, o partido irá definir que não terá cargos em uma eventual gestão petista. "Não queremos nenhum cargo em lugar nenhum", disse Lupi à reportagem.

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A opção pelo apoio crítico se deve à manobra, orquestrada com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atrapalhou as negociações de apoio do PSB à candidatura de Ciro, ainda durante o primeiro turno. O caso foi encarado como uma rasteira do PT no partido. Na ocasião, os petistas retiraram candidaturas em outros Estados para não atrapalhar nomes do PSB que disputavam os mesmos cargos. Em troca, os socialistas se comprometeram a ficar neutros no primeiro turno, em vez de apoiarem o presidenciável do PDT.

Além disso, Lupi defende que Ciro Gomes lance um movimento por uma nova candidatura, visando 2022, já após a definição do novo presidente em outubro. "Isso sou eu que estou insistindo para que Ciro já se candidate a presidente para 2022, mas ele não está convencido", contou.

Porém, a opção de apoiar Haddad, ainda que de forma crítica, não é unanimidade no PDT. "A posição mais saudável para o Ciro neste momento é dizer que vai tapar o nariz, escolher o seu candidato, mas não vai recomendar ninguém. Isso não é fugir à decisão, é assumir uma posição de liderança para o próximo pleito", defendeu o deputado federal Mario Heringer (PDT-MG), reeleito para mais um mandato na Câmara.

Na avaliação de alguns pedetistas, o Ciro não conseguiu chegar ao segundo turno justamente porque parte do eleitorado enxergou muita proximidade entre a campanha do PDT e o PT, de Lula. E se posicionar em favor do petista enfraquece ainda mais a postura de liderança de Ciro Gomes para a próxima eleição. "Temos que fazer uma oposição responsável a qualquer um dos dois e não dar apoio", defendeu Heringer.

Acompanhando o candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, durante visita ao Recife neste domingo (23), o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, afirmou que tem esperanças de que o presidenciável vai conquistar a vaga no 2º turno. Lupi disse, também, que acredita que região deve decidir as eleições deste ano.

"A visita ao Nordeste foi muito positiva. Eu penso que aqui vai ser decidido esse processo eleitoral. Aqui tem cerca de 25% do eleitorado, é onde o Lula sempre foi muito forte, até por gratidão, mas a gente percebe que Ciro continua crescendo no Nordeste, a gente tem muita esperança de virar o jogo nesses próximos dias", afirmou Lupi. 

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Questionado sobre a estratégia para conquistar os eleitores indecisos - visto que Pernambuco é o estado do Nordeste onde mais eleitores afirmaram que vão votar em branco ou nulo, segundo a última pesquisa Datafolha - Lupi foi categórico. "Isso é a demonstração clara de que há um espaço vazio para ser ocupado. Desde o começo a gente está trabalhando numa opção que não seja nem coxinha nem mortela. É a opção rapadura, que é dura, mas é doce. E nós estamos trabalhando nisso", disse o presidente do PDT.

Carlos Lupi está sendo investigado em inquérito que apura peculato, lavagem de dinheiro e é réu por improbidade. O presidente nacional do PDT e ex-ministro do Trabalho disse que é "ficha limpa" e que nunca respondeu a nenhum processo criminal ou foi investigado por corrupção.

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou, neste sábado (1º), que com a impugnação do registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era preciso que o campo progressista se unisse em torno da postulação de Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República. Na avaliação de Lupi, essa é a única forma de “derrotar a direita nas urnas” e retomar o crescimento do país.

“O país passa por um momento muito grave e precisamos, o mais rápido possível, agir pela unificação do campo progressista em torno de uma candidatura que possa derrotar a direita nas urnas e levar o Brasil para um novo momento, de desenvolvimento com justiça social”, argumentou. “Essa candidatura é a de Ciro Gomes. Trabalharemos incansavelmente, dia e noite, para elegê-lo Presidente da República”, completou.

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O pedido para Lula ser candidato pelo PT foi impugnado por seis votos a um no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante um julgamento que terminou na madrugada deste sábado. Apesar das afirmações que sinalizam que na avaliação de Lupi o quadro seria favorável a Ciro Gomes, o presidente do PDT criticou o indeferimento. “A decisão do TSE sobre a candidatura de Lula, baseada numa condenação injusta do ex-presidente, é um equívoco”, ponderou. 

Sem Lula na disputa, segundo pesquisas de intenções de votos, Ciro Gomes cresce levemente na preferência da população. A maior beneficiada, de acordo com os levantamentos, é a ex-senadora Marina Silva (Rede).

O ministro Félix Fischer, relator da Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça, negou a concessão de uma liminar apresentada pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, e pelo deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O petista cumpre pena de 12 anos e 1 mês após ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no caso do triplex do Guarujá.

Para Félix Fischer, a questão deverá ser apreciada pelo plenário da Quinta Turma do STJ, "após uma verificação mais detalhada dos dados constantes dos autos".

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Em 12 de abril, os pedetistas solicitaram uma visita ao ex-presidente na condição de amigos do petista - Lupi foi ministro do Trabalho nos governos Lula e Dilma Rousseff (2007 a 2011). Apesar de não ter procuração, inicialmente o nome do pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, integrava o pedido. Depois, seu nome foi excluído.

Os pedetistas argumentavam que não apresentavam risco ao normal funcionamento da sede da PF e solicitavam a flexibilização da visitação ao petista. A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, rejeitou o pedido. De acordo com a defesa, após a decisão, a magistrada passou a autorizar a visitação a outras pessoas. Os políticos recorreram ainda ao TRF-4, que também negou o pedido, antes de ingressarem com recurso liminar no STJ.

"Não obstante tenham os recorrentes deduzido pedido liminar, não apresentaram razões justificantes da pretensão de caráter urgente", escreveu o ministro em sua decisão.

"Ademais, o caso em exame não se amolda ao disposto na Lei 12.016/2009, em nenhuma das hipóteses que autorizam a concessão de medida liminar, a exemplo do que dispõe o art. 7º, inciso III do referido diploma legal. Ao contrário, denota-se que o pedido liminar se confunde com o próprio mérito do recurso, devendo, pois, nessa seara, ser apreciado."

À reportagem, o advogado João Carlos de Matos afirmou que a decisão foi liminar e que aguarda agora o julgamento de mérito do pedido. "Agora, haverá uma solicitação de informações ao juízo da 12ª Vara. Depois, os autos irão para o Ministério Público, que deverá dar um parecer. Só aí, o ministro fará seu voto e levará para votação."

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