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Após um vídeo da barragem de Serro Azul, localizado em Palmares, Mata Sul de Pernambuco, viralizar nas redes sociais, a Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC) confirma que se trata de uma filmagem antiga e que nenhuma barragem de Pernambuco está prestes a se romper.

O vídeo em questão mostra várias infiltrações e rachaduras na barragem de Serro Azul. Muita água jorra por entre as fissuras do local. A assessoria da APAC garantiu que esse flagra foi feito há dois anos. "Esse vídeo foi feito quando a barragem estava em construção, quando ainda era permitido que as pessoas entrassem dentro do paredão da barragem", diz a APAC.

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Depois que a barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, rompeu, muita gente do Brasil começou a se preocupar com a situação das barragens de sua cidade. Em Pernambuco, existem 477 reconhecidas pela Agência Nacional de Águas (ANA). A secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos Fernandha Batista garante que nenhuma corre o risco de rompimento e são monitoradas constantemente pela APAC.

A Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos também explicou que o vídeo é antigo e garantiu a segurança do local. "A pasta reforça que monitora regularmente a estrutura. Na última segunda-feira (4/2), técnicos visitaram a Barragem de Serro Azul, na Mata Sul do Estado, começando o trabalho de atualização do relatório sobre os equipamentos, previsto no Grupo de Trabalho para Monitoramento das Barragens. Dessa forma, a administração estadual reforça seu compromisso em intensificar as fiscalizações e, assim, garantir a segurança da população".

Pelo menos duas barragens de Pernambuco, que fazem contenção de água, estão apresentando problemas com infiltração e rachaduras nas estruturas. Por uma fissura na barragem de Serro Azul, em Palmares, Mata Sul de PE, bastante água ultrapassa a barreira.

Confira o vídeo:

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Em Jucazinho, Surubim, Agreste do Estado, está localizada a terceira maior barragem do Estado, com capacidade máxima de 327 bilhões de litros; hoje, a barragem está com 3% de sua totalidade. Nela, segundo a TV Jornal de Caruaru, parece que os problemas que estão acontecendo em Serro Azul, se repetem.

Uma avaliação da Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC), em 2016, confirmou que a estrutura de Jucazinho estava comprometida. Prometendo solução, na época, o Governo Federal destinou um total de R$ 12 milhões.

Segundo constatado pela TV Asa Branca, na área onde deveria ser feito uma espécie de tobogã para diminuir o impacto da água no solo no caso da barragem transbordar, tem apenas a estrutura de ferros.

Conforme reportagem, a obra está parada desde junho de 2018, por conta de uma ordem do Tribunal de Contas da União (TCU), que revogou a decisão no dia 23 de janeiro. Agora, a expectativa é que a construtora responsável retome a obra, com conclusão prevista para julho de 2019.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), reuniu-se, na manhã deste sábado (1º), com a Defesa Civil e os secretários responsáveis pelos escritórios montados nos municípios atingidos pelas últimas enchentes no estado para um balanço da Operação Prontidão. Durante o encontro, a gestão descartou que tenha havido rompimento da barragem de Belém de Maria ou de qualquer outra, como afirmavam boatos disseminados pelas redes sociais na noite dessa sexta-feira (30).  

O secretário de Planejamento de Gestão, Márcio Stefanni, foi o porta-voz do governo após a reunião. Segundo ele, Paulo Câmara pediu para que a equipe fique em alerta durante os próximos dias, com os , já que há a previsão de mais chuvas. “Sexta começou a chover de novo. O governador determinou que todos fiquem de prontidão”, declarou. Segundo ele, há nove mil desabrigados ainda em Pernambuco.  

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Fazendo um retrospecto das chuvas que atingiram o estado em 2010, que tiveram a mesma intensidade deste ano, Stefanni disse que o impacto das deste ano é bem menor. “Hoje a barragem Serro Azul está com 110 milhões de m³ acumulados, se essa barragem não estivesse alí, essa água teria atingido as cidades de Palmares, Barreiros e Água Preta”, frisou. A barragem citada é uma das cinco prometidas pela gestão estadual para a região naquele ano. 

O senador Douglas Cintra (PTB) analisou com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, a possibilidade de usar a futura Barragem de Serro Azul, no município de Palmares, como opção ao atraso do pleno funcionamento da Adutora do Agreste. O assunto foi discutido em reunião no gabinete do senador, em Brasília. Cintra é relator da Subcomissão de Fiscalização de Obras Inacabadas, 

O petebista e Tavares concluíram ser viável fazer uma ligação de Serro Azul, que está com 80% das obras concluídas e custará cerca de R$ 500 milhões, com a Barragem do Prata, em São Joaquim do Monte, que já abastece Caruaru e outras cidades do agreste, como Altinho, Agrestina, Cachoeirinha e Ibirajuba.

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Segundo Cintra, dessa forma seria ampliado, provisoriamente, sem a necessidade de se esperar três anos pela Adutora do Agreste, o abastecimento de água de parte do agreste, outra região de Pernambuco afetada pela estiagem.  

O relator da Subcomissão de Fiscalização de Obras Inacabadas e o presidente da Compesa acertaram também a atualização de um relatório para a Subcomissão sobre o cronograma da Adutora do Agreste. A obra, de mais de mil quilômetros, um dos projetos atrasados do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Pernambuco, deverá constar do roteiro de visitas dos integrantes da Subcomissão.

A última previsão é de que a Adutora do Agreste, orçada em R$ 2 bilhões, embora deva estar concluída em dezembro próximo, só entrará em pleno funcionamento, atendendo 64 municípios pernambucanos, no segundo semestre de 2018. Este é o prazo para se concluir o Ramal do Agreste, que fornecerá à Adutora a água proveniente do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco.

Representantes do Governo de Pernambuco apresentaram à Assembleia Legislativa, na noite dessa terça-feira (2), um panorama de obras com recursos federais que sofrem com atrasos, paralisações e falta de repasses nas áreas de habitação, mobilidade urbana e recursos hídricos. Essas questões foram debatidas com os deputados integrantes da Comissão Especial que apura a situação das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A navegabilidade do Rio Capibaribe, os corredores Leste-Oeste e Norte Sul na Região Metropolitana do Recife, expansões do Porto de Suape e conjuntos habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida foram algumas obras discutidas. Na área de Recursos Hídricos, foi exposta a situação da rede de barragens para a Mata Sul, entre elas, a Barragem de Serro Azul, e as Adutoras do Oeste e do Agreste, além de diversos projetos de saneamento.

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Um problema que foi mencionado várias vezes foi a possibilidade, ou mesmo solicitação formal, de desistência das empreiteiras em continuar as obras, por conta de atrasos nos repasses do Governo Federal. De acordo com os representantes da gestão, das obras do PAC no Estado apenas a paralisação da barragem de Serro Azul, em Palmares, na Mata Sul, é de responsabilidade do governo local. Segundo eles, a União repassou o total de seus 50%, mas o Estado não teve recurso para dar continuidade à intervenção.

Outro problema levantado no encontro foi o aumento de custo. “No projeto básico, não temos como saber o valor do acabamento interno e outros detalhes de cada imóvel, o que só ocorre numa análise individualizada”, esclareceu o secretário executivo de Desapropriação da Procuradoria Geral do Estado, Luiz Viana.

O presidente da Comissão, deputado Miguel Coelho (PSB), considerou proveitosas as informações obtidas pelo colegiado. “O próximo passo é aprofundar a discussão para identificar os entraves que estão atrasando essas obras e a responsabilidade por esses problemas”, avaliou. 

*Com informações da Alepe

A Ordem de Serviço para as obras de construção da maior barragem das cinco que foram projetadas para acabar com as enchentes na Mata Sul pernambucana e no interior de Alagoas foi assinada, nesta sexta-feira (27), pelo governador Eduardo Campos. Serão investidos R$ 246 milhões na obra, divididos meio a meio entre os governos federal e estadual. O prazo de conclusão da construção do reservatório de Serro Azul é de 18 meses.

A grandiosidade da barragem é expressa em números. Ela ocupará 907 hectares de área espalhados pelas cidades de Palmares, Catende e Bonito; terá um paredão com mais de 1 km de extensão e 65 metros de altura (um prédio de 22 andares); e terá capacidade para conter 303 milhões de metros cúbicos de água. “O equivalente a uma vez e meia a quantidade de água que chegou a Palmares, Barreiros e Água Preta nas enchentes de 2010”, comparou o secretário de Recursos Hídricos, Almir Cirilo.

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As obras de Serro Azul vão atingir diretamente 460 propriedades rurais. O Governo do Estado já fechou acordos com alguns desses moradores e montou um escritório na zona rural de Palmares para cuidar de todo o processo de indenizações, evitando assim, maiores transtornos. O governador afirmou que está aberto ao diálogo e tratou de tranquilizar as famílias. ”Fiquem certos que eu estarei atento para que nenhuma injustiça seja cometida, porque o que queremos é melhorar a vida de todos e deixar essa barragem como legado para as futuras gerações”, explicou Campos.

No ano de 2010, a Mata Sul sofreu a cheia mais severa de sua história, quando 200 milhões de metros cúbicos de água caíram sobre as cidades de Palmares, Barreiros e Água Preta, as mais castigadas pelas chuvas. Além de Serro Azul, outras três barragens serão construídas na bacia do Rio Una: Gatos, em Lagoa dos Gatos, Panelas II, em Cupira e a de Igarapeba, em São Benedito do Sul. As duas primeiras já estão com as obras em andamento e o cronograma em dia. Já na bacia do Rio Serinhaém será construída a de Barra de Guabiraba, no município de mesmo nome.

O investimento nesse conjunto de obras, chamado de Plano de Contenção de Enchentes, está estimado em mais de R$ 500 milhões e conta com 50% de aporte do Governo Federal.

Na ocasião da assinatura, o governador aproveitou para anunciar o início da dragagem do Rio Una, que começa em 15 dias e será concluída em três meses - antes do período das chuvas. “Esse trabalho de proteção é muito mais complexo do que se imagina. Temos que garantir a dragagem, o monitoramento do clima, bem como plantar mata ciliar no leito dos nossos rios, que são o que chamamos de barragens verdes”, explicou o governador.

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