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O vereador de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Denis Alves (PTB), pode ter o mandato cassado por faltar mais de 1/3 das sessões deliberativas da Câmara. Segundo o pedido, de autoria do PSB, o petebista esteve ausente em 30 reuniões, quase o dobro do permitido, e não justificou as faltas. De acordo com informações coletadas pelo Portal LeiaJá, o processo será concluído na próxima semana após o aval do jurídico da Casa.  

A regra é definida pelo artigo 12 do Regimento Interno da Casa, de 2008. Segundo o documento, o parlamentar que deixar de comparecer a 1/3 das sessões ordinárias no ano, salvo em licença ou missão autorizada, poderá perder o mandato. Neste caso, a cassação é decidida pela Mesa Diretora por meio de ofício, a partir da provocação de um vereador ou de partido político representado na Câmara.  

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À reportagem, um dos membros da Mesa Diretora confirmou, em reserva, a quebra do regimento. No entanto, ele pontuou que o andamento do processo de cassação só se deu após uma notificação da instância local do Ministério Público alegando que o colegiado poderia ser punido por prevaricação se omitisse a quebra das regras. 

“Ele teve 30 faltas, sem justificativas, durante o ano. O pedido de cassação é de autoria do PSB e a Mesa Diretora ficou inerte quanto a ele, mas o Ministério Público foi acionado e foi preciso dar andamento ao processo”, revelou a fonte.

Procurado pelo LeiaJá, Denis Alves afirmou que o pedido de cassação é uma retaliação do PSB a fiscalização que fez a gestão do ex-prefeito da cidade e atual presidente da Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), Ettore Labanca. 

“Ele encaminhou um projeto para a confecção de livros para idosos com um custo de mais de R$ 2 milhões e eu pedi vistas para analisar com profundidade. Derrubaram o meu pedido de vistas e aprovaram na marra, depois disso disseram que iriam cassar o meu mandato”, salientou o petebista. 

Indagado sobre as faltas nas sessões, que justificam o processo, Denis Alves confirmou a ausência. “No Regimento Interno as reuniões têm que ser às 20h e eles por não gostarem da participação da população mudaram para às 10h. Isso ajudou os capachos do ex-prefeito e do prefeito a aprovarem esses projetos assombrosos sem que o povo soubesse. Comecei a faltar de propósito mesmo, para que as normas fossem cumpridas”, cravou. 

O artigo 83 do Regimento confirma a tese do parlamentar, nele diz que “salvo as reuniões solenes, as demais terão duração de três horas, iniciando-se às 20 horas”. 

Denis Alves também acusou o ex-prefeito de barganhar o apoio dos parlamentares com uma espécie de “cargos fantasmas”. “O ex-prefeito acha que é o dono da cidade e ninguém pode ser contra ele. Aqui os vereadores recebem uma propinazinha em forma de cargos, três pessoas fantasmas. Não participei desta prática e por isso me perseguem”, disse. 

O Portal LeiaJá procurou o ex-prefeito de São Lourenço da Mata e presidente Arpe, Ettore Labanca para esclarecer as denúncias, porém ele não atendeu as ligações até o fechamento desta matéria. O contato com presidente da Câmara dos Vereadores, Celso Luiz (PR), também foi sem êxito.   

A realização da Copa do Mundo irá alterar o calendário de votações do Congresso Nacional. Além disso, no mês de junho também serão realizadas as convenções partidárias. Em reunião, os líderes partidários da Câmara definiram como serão as sessões nos próximos dois meses. Nos dias de jogos do Brasil ou que serão realizados em Brasília, não haverá atividade no plenário.

Antes da Copa, na primeira semana de junho, os deputados deverão fazer esforço concentrado, com sessões deliberativas de segunda (2) a quinta (5), e sessão de debates na sexta (6). Já na segunda semana, as votações ficarão restritas a terça e quarta (dias 10 e 11), já que na quinta (12) será a abertura do mundial. Na terceira semana do mês só haverá sessão de debates –segunda, quarta e sexta (dias 16, 18 e 20). Na última semana, haverá sessão de votação nos dias 24 e 25 (terça e quarta), com discursos na sexta-feira (27).

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Em julho, por enquanto, não está previsto cancelamento de sessões. O calendário segue até o dia 17, quando o Congresso entrará em recesso. Os líderes marcaram sessões deliberativas nas três semanas de trabalho (1º a 3, 8 a 10 e 15 a 17). Nas segundas e sextas, debates no plenário. Os parlamentares só deverão voltar ao trabalho no dia 1º de agosto, como determina a Constituição.

Com informações da Agência Câmara.

O Senado fará um esforço concentrado nesta semana com sessões deliberativas de segunda à sexta. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu que todos os senadores estivessem no plenário a semana inteira para garantir quorum e votação expressiva.

Entre as matérias a serem apreciadas, está a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto aberto. O texto propõe a abolição do voto secreto nas deliberações do Congresso Nacional. A medida também será aplicada, se aprovada, nas Assembleias Legislativas dos Estados, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas Câmaras Municipais. Essa PEC ainda não é consenso entre os senadores, porque alguns alegam a possibilidade de constrangimento em votações de indicação de autoridades e na apreciação de vetos presidenciais.

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Também deverá ser votada a minirreforma eleitoral, que visa baratear os custos das campanhas eleitorais, passando a valer já no próximo ano.

Estão na pauta também a PEC da Música, o projeto que regulamenta o funcionamento das casas lotéricas e o projeto de lei que define o crime de feminicídio. A lista ainda inclui o projeto de resolução que propõe que cada comissão permanente acompanhe políticas públicas do governo; a PEC que obriga estados e municípios a terem a carreira de auditor fiscal; o PL que aumenta as penas para quem pratica "racha" no trânsito; e o PL que disciplina o rateio da gorjeta.

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