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O governo russo anunciou hoje que o primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, fará uma visita ao país na próxima semana para um encontro com o presidente Vladimir Putin. De acordo com o comunicado, o presidente Putin deve receber Abe na próxima sexta-feira na cidade de Sochi, na região do Mar Negro, que recebeu as Olimpíadas de Inverno de 2014.

Os ministros de relações exteriores dos dois países tinham se encontrado duas semanas atrás e acordado promover um encontro de seus líderes ainda este ano. Até então, nenhuma data havia sido oficialmente anunciada.

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A viagem faz parte de um esforço de Abe para aprofundar as relações do Japão com a Rússia, ofuscadas por disputas territoriais entre os dois países após a Segunda Guerra Mundial. Ambos disputam ilhas hoje sob domínio da Rússia, chamadas pelos japoneses de Territórios do Norte e pelos russos de Kurils do sul. A disputa fez com que até hoje os dois países não tenham assinado formalmente um tratado de paz pondo fim às hostilidades decorrentes da Segunda Guerra Mundial Fonte: Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff elevou na sexta-feira (1°) a relação do País com o Japão, terceira maior economia do mundo, ao nível de parceria estratégica, durante visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, a Brasília. Na prática, no entanto, o número de acordos assinados pelos dois países ficou abaixo do desejado tanto por brasileiros quanto pelos japoneses, que manifestaram desejo de fechar parcerias para exploração do pré-sal e participar de investimentos em ferrovias. Foram 9 acordos, 4 deles entre empresas privadas, contra uma expectativa de 17 tratados.

Maior empresa brasileira, a Petrobrás assinou um empréstimo de US$ 500 milhões para a construção de cascos de oito navios-plataforma, operação segurada pela Nippon Export and Investment Insurance e o Banco Mizuho.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por sua vez, buscará parcerias com o Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC), por meio de um memorando de entendimento firmado ontem.

Na área comercial, Dilma elogiou o início da importação japonesa de carne suína de Santa Catarina, mas não obteve a abertura do importante mercado da ilha asiática à carne bovina termoprocessada, como há anos pede o setor. Antes de Abe, Junichiro Koizumi foi recebido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004. Lar da maior comunidade nipônica fora do Japão, com quase dois milhões de pessoas, o Brasil tem atualmente um estoque de investimentos japoneses de US$ 32 bilhões, segundo Dilma.

Diálogo

O estabelecimento da parceria estratégica deve aumentar a intensidade do diálogo político e pode facilitar negociações comerciais pontuais, mas não deve representar uma mudança profunda na balança comercial dos dois países. O Japão atualmente dedica seus maiores esforços para concluir a Parceria Trans-Pacífico, um acordo de livre-comércio de países asiáticos com Estados Unidos, Canadá, Chile, México e Peru. Segundo fontes japonesas, não se pode descartar uma conclusão das negociações até o fim deste ano, o que resultaria em menor comércio do Brasil com esses países.

Mensagem

O Brasil foi a última parada da passagem de Abe pela América Latina, depois de México, Trinidad Tobago, Colômbia e Chile. Conhecido pelo pacote de estímulos econômicos "Abenomics", que pode superar duas décadas de deflação no Japão, Abe passa o dia hoje em São Paulo e deve transmitir, em discurso para a comunidade de descendentes, sua mensagem para a América Latina. Segundo fontes da chancelaria japonesa, a palavra-chave é "Grow Together", o Japão quer "crescer junto" com a região, em especial por meio de maior intercâmbio comercial e investimentos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Brasil e o Japão firmaram quatro atos de cooperação entre o setor privado dos dois países. Na presença da presidente Dilma Rousseff e do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, foi firmado um acordo de empréstimo de até US$ 200 milhões para a Amaggi Exportação e Importação Ltda., segurado pela Nippon Export and Investment Insurance (NEXI). O empréstimo virá do Sumitomo Mitsui Banking Corporation, de acordo com o Ministério de Relações Exterior (MRE), e servirá para projetos agrícolas de soja, milho e outros grãos.

Também foi assinado um memorando de entendimento para fortalecer a cooperação na área de mineração entre a Vale e a Japan Oil, Gas and Metals Corporation (JOGMEC). Segundo ementa distribuída pelo MRE, o acordo tem como objetivo a cooperação em carvão e tecnologia de minas e a finalização do projeto de Xixano, em Moçambique.

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Foi celebrado ainda um memorando de entendimento entre a Vale e o Japan Bank for International Cooperation (JBIC) sobre colaboração em empreendimentos para o financiamento de projetos de mineração de ferro, carvão e outros minerais.

O último memorando do setor privado assinado envolve a Universidade Federal de Pernambuco, o estaleiro Atlântico Sul e a IHI Corporation, para cooperação para ensino de engenharia naval.

A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, elevaram nesta sexta-feira (1º) a relação bilateral para o nível de "parceria estratégica global". Isso significa que Brasil e Japão manterão diálogo permanente e consultas frequentes sobre temas políticos, estratégicos e econômicos. Além disso, os dois chefes de governo assinaram cinco acordos governamentais e testemunharam a assinatura de outros quatro acordos entre representantes do setor privado dos dois países.

Brasil e Japão, a partir de agora, vão cooperar em regulação farmacêutica, trocar experiências sobre sistemas públicos de saúde e dialogar sobre estratégias para promoção de estilos de vida saudável e medicina preventiva. Outro acordo prevê cooperação em projetos das ciências do mar e da terra. O terceiro acordo envolve questões ambientais e de sustentabilidade em desastres naturais. O penúltimo tratado estabelece parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Japan Bank for International Cooperation (JBIC), o banco japonês de cooperação internacional. O último acordo prevê um empréstimo segurado por uma empresa japonesa no valor US$ 500 milhões para a construção de oito cascos e navios-plataforma de petróleo.

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Shinzo Abe está realizando hoje visita oficial de trabalho a Brasília, acompanhado de delegação empresarial. A visita do primeiro-ministro japonês tem sequência programada para este sábado (2), em São Paulo, onde estão previstos encontros com a comunidade nipo-brasileira e evento empresarial. O Ministério de Relações Exteriores (MRE) destaca que o Japão é o mais tradicional parceiro do Brasil na Ásia e o sexto sócio comercial brasileiro no mundo, com comércio bilateral de US$ 15 bilhões em 2013.

Conselho de Segurança da ONU

Dilma voltou a defender a ampliação do número de assentos permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Ela disse que o aniversário de 70 anos da ONU é um bom momento para uma reforma que ajuste sua atuação a uma nova realidade mundial. "Reiteramos a importância de uma ampla reforma da ONU, com ampliação e expansão de seu Conselho de Segurança no que se refere a seus membros permanentes", afirmou.

A presidente disse ainda que o déficit de governança da ONU alimenta conflitos de dimensões humanitárias sem perspectiva de solução. "Destacamos a importância da ONU na resolução de conflitos regionais no Oriente Médio e Leste da Ásia e a solidariedade do Brasil a toda e qualquer iniciativa que promova paz em todas as regiões do mundo."

Ao fim do discurso de Dilma, Abe disse que Japão e Brasil atuam juntos na defesa da reforma do Conselho de Segurança da ONU e felicitou a elevação das relações internacionais das duas nações para o nível de parceria estratégica global.

Dilma disse ainda esperar que a próxima reunião da cúpula do G-20 fortaleça o grupo como motor da retomada do crescimento econômico mundial.

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No último domingo (14), o secretario de Estado americano, John Kerry se reuniu com Fumio Kishida, ministro das relações exteriores do Japão, e conversou a respeito da situação da Coreia do Norte. Segundo Kerry, os EUA permanece na posição de proteção a seus aliados, frente a ameaça nuclear por parte dos norte-coreanos.

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O Japão foi a terceira e última parada da visita asiática, que também atingiu a Coreia do Sul e a China. Durante a coletiva, Kerry assinalou que ainda há a possibilidade de diálogo com o governo de Pyongyang: "Podemos encontrar uma maneira de resolver essas diferenças em uma mesa de negociação", afirmou Kerry.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse neste domingo que espera reunir-se com os líderes da China e Coreia do Sul em breve para melhorar as relações com os países. Mas também neste domingo, seu partido pediu por mudanças na constituição pacifistas do Japão, um movimento que deve provocar mal-estar em ambos os países vizinhos, que estão entre as vítimas do militarismo de Tóquio do século 20.

"Eu sou da mesma geração que os dois novos líderes", disse Abe na convenção anual do seu Partido Liberal Democrata, em referência ao presidente da China, Xi Jinping, de 59 anos, e o presidente sul-coreano, Park Geun-Hye, de 61 anos.

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Abe, que tem 58 anos, se tornou primeiro-ministro do Japão em dezembro, pela segunda vez, graças à vitória do seu partido conservador nas eleições. "Pela prosperidade e estabilidade da região, é necessário que nós três construamos um entendimento mútuo", afirmou. "Eu quero dizer que a porta está sempre aberta para a China", completou Abe, que foi premiê antes de 2006-2007.

Porém, mais cedo neste domingo, o premiê pediu aos graduados da Academia de Defesa Nacional que guardem o país contras as "provocações", em uma aparente referência às disputas com Pequim pela soberania da cadeia de ilhas controlada por Tóquio.

Os navios chineses rotineiramente têm circulado as ilhas Senkaku, chamadas de Diaoyu pelos chineses, desde que Tóquio decidiu nacionalizar três das oito ilhotas do arquipélago inabitado, mas rica região de pesca, que fica a 200 quilômetros a nordeste de Taiwan e 400 quilômetros a oeste de Okinawa, no sul do Japão. As informações são da Dow Jones.

Candidatos fizeram neste sábado (15) os últimos apelos aos eleitores no Japão, um dia antes das eleições parlamentares, que devem dar o poder de volta ao opositor Partido Liberal Democrata (PLD). Embora muitos eleitores permaneçam indecisos, o que reflete uma desilusão com qualquer legenda, as pesquisas sugerem que as urnas vão revelar uma derrota ao Partido Democrático do Japão (PDJ), do primeiro-ministro Yoshihiko Noda, três anos após a sigla conquistar o poder em meio a esperanças de mudanças.

A inabilidade do PDJ de cumprir uma série de promessas e a pressão de Noda para dobrar os impostos sobre vendas desapontou os eleitores, que parecem estar se voltando ao PLD - o partido governou o Japão quase sem interrupções de 1955 a 2009, quando perdeu de maneira expressiva para o PDJ.

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Se o PLD vencer neste domingo, o nacionalista Shinzo Abe, que foi primeiro-ministro de 2006 a 2007, deve assumir o cargo de novo. Os pontos de vista belicosos dele levantam questões sobre como sua vitória pode afetar as relações com a rival China, em meio a uma disputa territorial sobre um conjunto de pequenas ilhas reivindicadas pelos dois países.

"Queremos restaurar um Japão onde as crianças sejam orgulhosas por terem nascido aqui", disse Abe, que pode se tornar o sétimo primeiro-ministro do país em seis anos e meio, em um evento de campanha na cidade de Wako.

Do outro lado, Noda buscou mostrar a eleição como uma escolha entre continuar avançando ou voltar às velhas políticas do PLD. As informações são da Associated Press.

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