Tópicos | Simone Biles

A atleta norte-americana Simone Biles, quatro vezes medalhista de ouro em olimpíadas, acabou virando símbolo da luta sobre saúde mental no mundo e no esporte. Favorita à conquista na decisão individual da ginástica artística, ela abandonou a competição com a justificativa que precisava se cuidar.

Nesta quarta-feira (28), ela recebeu o carinho do carismático Adriano Imperador. "Didico", além da qualidade no campo, também é conhecido por problemas de saúde mental que ele mesmo admitiu ter sofrido ao longo da carreira, que acabou terminando precocemente. O jogador simpatizou com a situação da atleta e enviou uma mensagem.

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"Simone Biles… sei exatamente o que está passando e não deixe as pessoas te crucificarem. Seja feliz e cuide da cabeça!Passei por isso e até hoje sou questionado. Que Deus perdoe essas pessoas ruins", disse Adriano.

Por muito tempo, os atletas de alto nível guardaram suas tempestades para si mesmos, para revelá-las quando suas carreiras terminassem. Mas, seguindo o exemplo da tenista Naomi Osaka, a superestrela da ginástica Simone Biles revelou os "demônios em sua cabeça" na terça-feira (27).

Com sua impressionante coleção de recordes e títulos, Michael Phelps é uma lenda da natação e dos esportes, quase um alienígena. Até que o americano das 28 medalhas olímpicas, 23 de ouro, humanizou-se em 2018, dois anos após sua aposentadoria definitiva das piscinas, revelando que havia sofrido de depressão durante a carreira e abusado do álcool para tentar escapar da ansiedade.

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"Eu simplesmente não confio tanto em mim quanto antes. Tenho a impressão de que não me divirto tanto quanto antes. Tenho que fazer o que é bom para mim e me concentrar na minha saúde mental", explicou Biles na terça-feira, entre lágrimas e sorrisos.

As imagens de Biles "partiram o coração" de Phelps, disse esta outra lenda do esporte, à rede de televisão americana NBC.

"Os Jogos são algo que pode sobrecarregar você, há muita emoção em jogo, eu poderia falar sobre isso por horas", afirmou o ex-nadador, que virou comentarista de televisão.

E, mesmo que tente há anos sensibilizar autoridades e atletas sobre a importância do acompanhamento psicológico, Phelps sabe que ainda há muito a melhorar. Para os atletas, em primeiro lugar, no que diz respeito a reconhecer suas fraquezas e fragilidades, sem que isso comprometa sua reputação, ou seu desempenho futuro.

"Você tem que poder pedir ajuda, quando está passando por períodos difíceis. É algo que tive dificuldade em fazer durante a minha carreira", aconselhou Phelps.

"Espero que o que acontece (com a Simone) permita que as pessoas abram os olhos. Ninguém é perfeito. Às vezes é bom não se sentir bem", acrescentou o atleta com mais ouros e medalhas da história olímpica.

Antes de Biles, foi a tenista Naomi Osaka que reconheceu ter sofrido períodos de depressão.

Em maio, a japonesa chocou em Roland Garros, recusando-se a participar de coletivas de imprensa antes de se retirar após a primeira rodada.

Ela então explicou que vinha passando por "longos períodos de depressão" desde que venceu o US Open 2018, o primeiro de seus quatro títulos de Grand Slam.

De acordo com Julie-Ann Tullberg, uma psicóloga esportiva da Monash University, na Austrália, "a questão da saúde mental há muito tempo tem sido subestimada como causa do mau desempenho em um ambiente esportivo tão intenso quanto as Olimpíadas".

"Agora, os atletas querem falar sobre essa pressão de forma aberta e livremente", acrescentou, em entrevista à AFP.

Em um contexto específico, devido à pandemia de Covid-19, os atletas se sentem mais vulneráveis: primeiro, ficaram sem competir, ou treinar, e depois, ainda tiveram de fazer isso sozinhos.

Seus parentes não estão nesses Jogos, porque as autoridades japonesas decidiram limitar o número de visitantes ao máximo para evitar a disseminação do coronavírus.

Encontram-se instalados em uma Vila Olímpica em "modo pandêmico", com máscaras obrigatórias e interações muito limitadas, sem poderem sair do circuito dos Jogos, o qual se retringe às competições e à hospedagem.

"A bolha da Vila Olímpica tem um grande impacto nos atletas. Eles estão acostumados a sair e em Tóquio não podem", explica Julie-Ann Tullberg.

Longe de sua família, Biles parece ter perdido todo apoio que fez dela uma lenda. Sua recuperação nos próximos dias definirá sua continuidade em Tóquio-2020.

Um dia depois de seu surpreendente abandono da competição por equipes, a superestrela americana da ginástica artística Simone Biles anunciou que não vai disputar a final do individual geral na quinta-feira (28), o que deixa em dúvida sua continuidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em que ela parecia destinada a reinar.

"Após uma avaliação médica adicional, Simone Biles se retirou da final do individual geral nos Jogos Olímpicos de Tóquio, com o objetivo de se concentrar em sua saúde mental", afirmou a Federação Americana de Ginástica no Twitter a respeito da disputa programada para quinta-feira.

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A americana também está classificada para as quatro finais de aparelhos.

A campeã, um ícone que vai além do esporte, desistiu da final por equipes na terça-feira (27) para não comprometer sua saúde mental. Ela citou "demônios na cabeça" e muita pressão para administrar pelas expectativas criadas a respeito de sua participação nos Jogos.

"Assim que eu piso no tablado, sou só eu e a minha cabeça, lidando com demônios em minha cabeça. Tenho que fazer o que é certo para mim e concentrar na minha saúde mental, e não prejudicar minha saúde e meu bem-estar, explicou a americana à imprensa na terça-feira.

Pouco antes, a ginasta de 24 anos desistiu de competir na final por equipe após passar pelo primeiro aparelho, a trave, onde ficou abaixo de seus padrões habituais, com nota de 13,766 pontos.

Biles deixou por alguns minutos o local de competição, antes de retornar com status de reserva para acompanhar o final da disputa por equipes, na qual a Rússia, que compete sob bandeira neutra devido à suspensão do país devido aos escândalos de doping que envolveram o Estado, conquistou o ouro, superando Estados Unidos (prata) e Grã-Bretanha (bronze).

Biles, capaz de movimentos extraordinários, incluindo quatro que levam seu nome, é considerada a melhor ginasta de todos os tempos.

A atleta de Ohio ainda pode participar nas quatro finais por aparelhos (salto, solo, trave e barras assimétricas) de 1 a 3 de agosto.

- 'Dar um passo atrás' -

Vencedora de cinco medalhas na Rio-2016, quatro de ouro, Biles explicou na terça-feira à imprensa que sua participação nas demais finais seria decidida dia a dia.

"Ela será examinada diariamente para determinar se disputará as provas individuais da próxima semana", confirmou a federação.

Desde que abandonou a prova por equipes na terça-feira, Biles recebeu várias mensagens de apoio, que vão além do mundo do esporte, incluindo da ex-primeira-dama Michelle Obama e da porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

"Apenas uma pequena recordação: os atletas olímpicos são humanos e estão fazendo o melhor que podem. É muito difícil estar no auge no momento certo e fazer a rotina de sua vida sob tanta pressão. É realmente muito difícil", escreveu no Twitter Aly Raisman, que integrou a equipe olímpica ao lado de Biles na Rio-2016.

Depois dos Jogos no Rio de Janeiro, Biles tirou um ano sabático. Ela revelou que estava entre as vítimas de agressão sexual do médico da equipe americana de ginástica Larry Nassar, atualmente preso, e se identifica como "uma sobrevivente".

Ela também denunciou publicamente a passividade das autoridades esportivas americanas. "Depois de tudo o que enfrentei com a federação, reencontrar o amor ao esporte e ser simplesmente Simone tem sido um longo caminho", afirmou recentemente.

Na terça-feira, entre momentos de lágrimas e sorrisos ao lado das colegas de equipe, ela declarou: "As coisas aconteceram assim. As meninas fizeram o que tinham que fazer. Tenho todo o apoio que precisava. No fim, você sabe o que é bom para você e, por isso, decidi dar um passo atrás".

A ginasta Simone Biles ficou fora da final por equipes do time dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta terça-feira, dia 27 (no horário do Brasil). Sem ela, o time americano perdeu o ouro para as rivais russas e não confirmou o tricampeonato olímpico da disputa. Restou a medalha de prata, e a Grã-Bretanha completou o pódio. A maior estrela dos Jogos de Tóquio vive um drama emocional. Ela se sente pressionada por grandes resultados. Sua participação nas cinco provas individuais, na quinta-feira, não está confirmada. A brasileira Rebeca Andrade está entre as finalistas.

No Centro de Ginástica Ariakea, a americana de 24 anos cometeu uma falha no salto, a primeira prova por equipes, e foi retirada da disputa dos outros aparelhos. Além de problemas no tornozelo direito, a dona de quatro medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 não estaria suportando a pressão emocional e a cobrança por repetir o feito e se tornar uma das maiores ginastas de todos os tempos.

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Na entrevista coletiva após a conquista da medalha de prata, a ginasta confirmou a decisão de deixar a prova. "Eu senti que seria melhor que eu me afastasse... Eu não queria arriscar uma medalha do time, porque elas trabalharam duro demais para eu estragar tudo". Os Estados Unidos não perdiam uma grande competição (Olimpíadas e Mundiais) desde o Mundial de Roterdã, em 2010, quando as russas foram campeãs.

Simone Biles negou problemas físicos. Depois da desistência, ele continuou no ginásio apoiando as companheiras. A USA Gymnastics (Federação de Ginástica dos Estados Unidos) chegou a afirmar que Simone Biles havia sido retirada da decisão por motivos médicos. A ginasta confirmou que se sente pressionada.

"A saúde mental vem em primeiro lugar porque se você não se diverte no seu esporte, você não consegue fazer as coisas que você gostaria. Preciso me concentrar no meu bem-estar, há vida além da ginástica. Infelizmente aconteceu nesse palco. Esses Jogos Olímpicos têm sido muito estressantes. Tivemos um longo ano em uma preparação olímpica também longa. Não temos público. Estamos todos muito estressados. Nós deveríamos estar nos divertindo, mas não é o caso", afirmou a ginasta que, mesmo cometendo falhas nas fases classificatórias, conseguiu avançar para cinco finais.

O drama de Biles já vinha sendo noticiado pela imprensa americana. De acordo com o jornal The New York Times, a estrela da ginástica vive profundo estresse emocional por causa das cobranças por grandes resultados. Ela luta contra o estresse de ser a maior ginasta da história e que estava com dificuldades para administrar as cobranças. Por isso, a ginasta teria colocado em dúvida sua participação nas próximas provas.

As dificuldades fizeram Biles mudar até o planejamento de suas apresentações. Ela havia planejado fazer um salto em Yurchenko com duas voltas e meia na saída, mas mudou de ideia e executou o movimento com apenas uma volta e meia sobre o corpo. Para uma ginasta do nível dela, a falha foi grave. O salto errado foi um golpe enorme também para a equipe americana. O salto recebeu 5,0 pela dificuldade. Sua pontuação total foi de 13,766, uma nota baixa para sua habilidade na ginástica.

Nos últimos dias, Biles já havia dado indícios dos problemas que estava sofrendo. Na segunda-feira, depois de se classificar às finais mesmo cometendo falhas, ela publicou que estava sentindo um "peso nos ombros". "Não foi um dia fácil ou o meu melhor, mas consegui superá-lo. Eu realmente sinto que às vezes tenho o peso do mundo sobre meus ombros. Eu sei que ignoro e faço parecer que a pressão não me afeta, mas às vezes é difícil hahaha! As Olimpíadas não são brincadeira! MAS estou feliz que minha família foi capaz de estar comigo virtualmente? Eles significam o mundo para mim!" postou em suas redes sociais.

De qualquer forma, ela tem mais dois dias para se colocar em pé novamente. Se não tiver condições, possivelmente chegará a notícia de sua desistência. Se a contusão tiver dor suportável para ela, Simone poderá pedir para competir. Nenhuma outra atleta é chamada em seu lugar para as decisões.

A superestrela da ginástica, a americana Simone Biles, declarou que preocupações com sua "saúde mental" levaram-na a abandonar a final por equipes nas Olimpíadas de Tóquio, nesta terça-feira (27).

"Assim que eu piso no tatame, sou só eu e a minha cabeça... lidando com demônios (...) Tenho que fazer o que é certo para mim e me concentrar na minha saúde mental, e não prejudicar minha saúde e meu bem-estar", explicou a americana depois que sua equipe foi derrotada pelo quarteto russo em sua ausência.

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Biles saiu da final no Centro de Ginástica Ariake, depois de um salto de abertura sem brilho, e deixou a área de competição antes de retornar pouco depois.

A seleção americana então retirou a atleta do restante da final.

Depois que ela se juntou a suas companheiras para receber a medalha de prata, a quatro vezes campeã olímpica confirmou que não havia se machucado.

"Só não confio tanto em mim mesma como antes e não sei se é a idade. Fico um pouco mais nervosa", desabafou.

"Sinto que também não estou me divertindo tanto e sei que esses Jogos Olímpicos... Eu queria que fossem para mim", disse ela, começando a chorar.

"É uma droga que isso aconteça aqui nos Jogos Olímpicos... mas, com o ano que tem sido, eu realmente não estou surpresa com a forma como aconteceu", completou.

A participação de Simone Biles no restante dos Jogos Olímpicos de Tóquio virou uma incerteza nesta terça-feira (27), depois que ela foi retirada de maneira inesperada da final por equipes da ginástica artística por um "problema médico".

A superestrela da ginástica americana saiu da final por equipes após um resultado no salto que ficou abaixo de seu padrão habitual (nota 13.766). Ela deixou a área de competição por alguns minutos, antes de retornar para ficar ao lado das companheiras de time.

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A equipe dos Estados Unidos a substituiu nos três aparelhos seguintes, barras assimétricas, trave e solo.

Um comunicado da USA Gymnastics afirma que Biles está sofrendo um "problema médico" não especificado e passará por avaliações diárias para determinar se pode continuar sua campanha olímpica.

"Simone saiu da final por equipes devido a um problema médico. Ela será avaliada diariamente para determinar a liberação médica para competições futuras", afirma um comunicado.

A ginasta americana não pareceu machucada após a realização do salto e conversou muito com seus treinadores.

Biles vestiu sua roupa esportiva com a sigla USA nas costas. Chegando perto da trave de equilíbrio, uma jornalista americana da NBC Sports se dirigiu a ela: "Eu te amo, Simone!". Biles cumprimentou a apresentadora.

Ela não parecia com dores ou machucada e fez alongamentos, incentivando as companheiras, antes de conversar com Cécile Landi, sua treinadora francesa. Inclusive ensaiou uns passos de dança ao som da música ao fundo.

A Federação Internacional de Ginástica (FIG) confirmou posteriormente que ela seria suplente para o resto da competição por equipes, que foi vencida pelas russas, que competem sob bandeira neutra devido às sanções que pesam sobre o país pelos escândalos de doping do passado.

As americanas ficaram com a prata e a Grã-Bretanha com o bronze.

- Erros nas classificatórias -

Vencedora de quatro medalhas de ouro nos Jogos Rio-2016, a americana conseguiu se classificar para as seis finais de Tóquio-2020, mas seu desempenho nas classificatórias de domingo passado foi repleto de erros atípicos.

Em um post no Instagram na segunda-feira, a atleta de 24 anos afirmou que às vezes sente "o peso do mundo" em seus ombros.

"Eu sei que tenho que desligar e fingir que a pressão não me afeta, mas às vezes é difícil... as Olimpíadas não são uma piada".

Se Biles não puder continuar em Tóquio, seria um golpe para um evento em que ela é, para muitos, a grande estrela.

Ela era cotada como a primeira mulher em mais de meio século a ganhar todos os títulos da ginástica e parecia ter uma chance real de superar a ginasta soviética Larisa Latynina, que conquistou nove ouros em Jogos Olímpicos.

Antes das Olimpíadas, Biles revelou que lutou contra a depressão ao apontar que é uma das centenas de ginastas que sofreram abusos sexuais do ex-médico da equipe olímpica Larry Nassar, condenado à prisão perpétua por esses crimes.

Em uma série de posts no Facebook, Biles também revelou que sofreu de problemas no tornozelo este ano, após um exercício de treinamento em maio.

"Agora temos que enfrentar isso", observou Biles.

"Não há nada que possamos fazer a esse respeito. Não temos tempo para descansar", acrescentou.

Biles tem seis medalhas olímpicas e 25 em Mundiais. Ela não perde uma competição individual geral desde 2013.

Se nas últimas edições dos Jogos Olímpicos o protagonismo do evento ficou com dois homens, Michael Phelps e Usain Bolt, desta vez o bastão deve ir para duas mulheres: Katie Ledecky, da natação, e Simone Biles, da ginástica artística. Ambas devem ampliar suas coleções de medalhas olímpicas e sair de Tóquio como as maiores atletas da Olimpíada. Além disso, a tenista japonesa Naomi Osaka é a maior estrela da delegação dos anfitriões dos Jogos. Essa troca de reinado se dá em um momento favorável às mulheres no esporte.

No Japão, a participação feminina será recorde na quantidade e proporção de atletas e mostra um caminho sem volta para a igualdade de gêneros no esporte. E isso só foi possível porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu diminuir as vagas masculinas e ampliar a oferta de modalidades para as mulheres.

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Do contingente de quase 11 mil atletas, 48,8% do total são mulheres, enquanto os homens representam 51,2%. A previsão é que na próxima edição dos Jogos, em Paris, em 2024, as vagas sejam divididas pela metade, levando a uma participação recorde das mulheres nos Jogos. E até por isso o fato de as grandes estrelas em Tóquio serem mulheres aumenta essa expectativa pela igualdade.

"Isso é incrível e acho que podemos crescer ainda mais. Eu sou de uma modalidade que quase não é praticada por mulheres no Brasil e meu objetivo é inspirar outras garotas. Quero poder olhar para trás e ver que ajudei outras atletas a chegarem longe", comenta Ana Sátila, atleta brasileira da canoagem slalom. "As mulheres podem fazer muita história nesta edição", continua.

Se nos Jogos do Rio-2016 a ginasta Simone Biles, dos Estados Unidos, já chocou o mundo ao ganhar quatro medalhas de ouro e uma de bronze, em Tóquio ela tem tudo para superar esse feito e sair da Olimpíada como o grande nome do evento. A expectativa em torno dela é tão grande que a ginástica artística foi incluída como evento de alta demanda, como a cerimônia de abertura ou final masculina do basquete, por exemplo.

Quem também deve sair gigante dos Jogos é a nadadora Katie Ledecky, dos Estados Unidos. No Rio, em 2016, ela subiu cinco vezes ao pódio, sendo quatro vezes no lugar mais alto. Agora no Japão, ela tem tudo para no mínimo igualar sua marca e aumentar a quantidade de conquistas na sua carreira. Será a grande estrela na piscina do Centro Aquático.

Já Naomi Osaka é vista no Japão como um fenômeno do esporte ao se tornar a primeira atleta do país a ganhar um torneio Grand Slam de simples, quando faturou o US Open de 2018 - feito que repetiria em 2020. Dona também dos títulos do Aberto da Austrália (2019 e 2021), ela faz tanto sucesso no Japão que tem até a sua própria linha de bonecas Barbie. Para os Jogos Olímpicos, é forte candidato ao ouro.

Esse protagonismo feminino nos Jogos está motivando campanhas nas redes sociais para ampliar as notícias sobre mulheres no esporte. A Vivo, empresa de telefonia, criou o projeto "4%", numa referência a dados na Unesco que apontam que apenas 4% das notícias esportivas no mundo são sobre mulheres. Para ampliar essa visibilidade, a companhia criou um bot no Twitter, o @4porcento_bot. "Quando marcado por um usuário ao ver tweets sobre o universo esportivo masculino, responderá à publicação com uma sugestão de matéria sobre o esporte feminino produzida por perfis especializados", diz.

O movimento "JogueComElas" está tentando reverter essa situação e a partir disso inspirar novas atletas a seguirem os passos de Biles e Ledecky, por exemplo. Na delegação brasileira, o número de mulheres também é recorde para uma edição realizada fora do País. Algo bem diferente do que ocorreu décadas atrás, nos Jogos de 1964, também disputados em Tóquio.

Na ocasião, Aida dos Santos era a única mulher na delegação brasileira junto com outros 67 homens. Para piorar, sua situação era inferior a de todos os outros. "Tenho lembranças boas por participar de uma Olimpíada, mas tristes porque estava sozinha na delegação em Tóquio, sem técnico, sem ninguém da minha modalidade, sem material para competir. Chorei muito", contou ao Estadão em entrevista no final do ano.

Na disputa, Aida se machucou e contou com a ajuda de uma atleta de Cuba, que lhe ajudou com um médico de sua delegação. Recuperada, ela ficou na quarta colocação no salto em altura, melhor resultado do Brasil na modalidade por mais de 30 anos. Se ela tivesse tido o mínimo apoio, talvez tivesse conquistado a medalha. A história de superação da atleta virou documentário e ela até ganhou este ano da Centauro o "uniforme que nunca existiu", confeccionado especialmente para ela.

Bruna Takahashi, atleta do tênis de mesa do Brasil, vê a história de Aida como inspiração. "A gente sempre teve potencial, mas não enxergavam isso. A gente pode e tem sim força. A Simone Biles mostrou isso, agora só se fala das medalhas que ela ganhou. Na época da Aida as coisas não eram fáceis, imagina se ela tivesse tido a oportunidade que nós temos hoje", diz.

A trajetória de Aida dos Santos serve de inspiração hoje para as 142 mulheres do Time Brasil que representarão o País em Tóquio. E também mostra que as novas estrelas femininas dos Jogos chegaram até aqui pelas portas que foram abertas pelas gerações passadas, geralmente tendo de passar por cima de preconceitos e machismos. Agora, é hora delas ocuparem o Olimpo das estrelas e brilharem.

A ginasta americana Simone Biles é a primeira atleta a ter o próprio emoji no Twitter, anunciou nesta quinta-feira (22) a rede social.

O emoji representa uma cabra com uniforme de ginástica artística e uma medalha de ouro no pescoço, uma referência ao título de melhor ginasta da história (Greatest Of All Time, GOAT, palavra que significa cabra em inglês).

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Biles inclusive começou a usar nas competições trajes com o desenho de uma cabra com lantejoulas, com o objetivo, afirma de estimular os jovens.

"Espero que as crianças que vejam não tenham vergonha de ser boas em qualquer área", explicou recentemente em uma entrevista.

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Joe Biden foi confirmado neste sábado como o próximo presidente dos Estados Unidos por diversos veículos de mídia do país, após os votos da Pensilvânia tornarem cada vez mais difícil para Donald Trump vencer no estado. Diversos atletas norte-americanos comemoraram o triunfo do democrata sobre o republicano como LeBron James, Megan Rapinoe e Simone Biles.

LeBron James, que já vinha se manifestando contra Trump desde 2016 e criou uma iniciativa para evitar que a pandemia do novo coronavírus impedisse as pessoas de cor de votar, ironizou Trump. Publicou uma montagem na qual Biden aparece dando o toco que ele deu em Iguodala na final da NBA de 2016. Também disse um "você está demitido", frase que Trump dizia quando apresentava o reality show O Aprendiz.

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A ginasta Simone Biles, dona de quatro medalhas de ouro olímpicas, celebrou a vitória de Biden como presidente e a de Kamala Harris como a primeira mulher negra vice-presidente.

Rapinoe, jogadora de futebol bicampeã do Mundial Feminino e eleita a melhor do mundo em 2019, que também se manifestou contra Trump por diversas vezes, afirmou que "as pessoas não fazem ideia do quanto isso significa para tantas pessoas". "Para as mulheres, para os LGBT+, para pessoas de cor, para muçulmanos, para nativos americanos. E, francamente, para todos nós porque Joe e Kamala vão cuidar de vocês", escreveu.

Embora seja britânico e não vote nas eleições norte-americanas, o hexacampeão mundial de Fórmula 1 Lewis Hamilton também manifestou alegria.

A norte-americana Simone Biles quebrou o recorde de maior número de medalhas de todos os tempos obtido por qualquer ginasta no Mundial de Ginástica Artística. Ela garantiu mais dois ouros neste domingo (13), um no solo e outro na trave, na atual edição do evento que está sendo realizada em Stuttgart, na Alemanha. Nos mesmos eventos, a brasileira Flávia Saraiva ficou em quarto e sétimo lugar, respectivamente.

Com mais essas duas láureas, Biles soma 25 medalhas na competição. A melhor marca anterior era do ginasta bielo-russo Vitaly Scherbo, com 23 conquistas. Ela já havia conquistado o ouro por equipes na última terça-feira; no individual geral, na quinta-feira, e no salto neste sábado. Das 25 medalhas, 19 são ouro, contra 12 de Scherbo.

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No domingo, a ginasta de 22 anos conseguiu uma nota 15,066 na trave após uma rotina quase perfeita, optando por uma desmontagem mais simples do que o duplo-duplo - um giro duplo dentro de um backflip duplo - realizado no início do campeonato. Já tanto a prata como o bronze ficaram com a China: Liu Tingting fez 14,433 e Li Shijia, com um somatório de 14,300.

E o desempenho da americana poderia ser ainda mais espetacular não fosse o quinto lugar nas barras assimétricas, no sábado, que acabou com as chances de Biles ganhar uma medalha em todos os seis eventos dos quais participou, O feito já havia sido alcançado por ela no ano passado, em seu retorno ao Mundial depois de optar por um ano sabático em 2017.

A representante do Brasil nas duas provas foi Flávia Saraiva. A atleta carioca ficou muito perto de um pódio no solo ao obter uma nota 13,966 em sua apresentação e ficou a míseros 0,100 de faturar uma medalha de bronze.

"Cada atleta tem seu potencial. Dei o meu melhor. Competição é competição. Agora é voltar para casa e trabalhar cada décimo para melhorar. Sempre têm passadas melhores, mais difíceis para se fazer - comentou Flávia, em entrevista ao canal SporTV.

Na disputa da trave, Flávia, de 20 anos, caiu logo na primeira tentativa de acrobacia, mas ficou com a sexta colocação após uma bela apresentação na última série, fechando seu somatório em 13,400.

A ginasta norte-americana Simone Biles, um dos destaques dos Jogos Olímpicos Rio 2016, denunciou nesta segunda-feira (15) que foi vítima de abuso sexual por parte de Larry Nassar, ex-médico da seleção dos Estados Unidos de ginástica.

Em um texto publicado no Twitter, Biles, 20 anos, contou que estava relutante em compartilhar sua história, mas que agora reconhece que a culpa não foi sua. "Sou uma das tantas sobreviventes que foram abusadas sexualmente por Larry Nassar. Por favor, acreditem em mim quando digo que foi muito mais difícil falar primeiro essas palavras em voz alta do que é agora, ao colocá-las no papel", diz.

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Sem entrar em detalhes, a ginasta acusa Nassar de comportamentos "nojentos e abusivos" e afirma que não carregará a culpa que pertence ao médico e à federação norte-americana de ginástica (Usag).

"Por muito tempo me questionei: 'Fui muito ingênua? Foi minha culpa?'. Agora eu sei as respostas para essas perguntas. Não, não foi minha culpa. É incrivelmente difícil reviver essas experiências, e parte meu coração ainda mais pensar que, enquanto trabalho para competir em Tóquio 2020, terei de voltar repetidamente ao mesmo local de treinamento onde fui abusada", acrescenta.

Em seguida, Biles diz saber que essa experiência não a define e que prometeu a si mesma que continuará competindo com todo o seu "coração". "Não deixarei que um homem e aqueles que o habilitaram roubem meu amor e minha alegria", escreve, antes de pedir que todos respeitem sua "privacidade".

A ginasta conquistou quatro medalhas de ouro e uma de bronze no Rio de Janeiro, após uma trajetória de superação, na qual teve de enfrentar seu abandono pela mãe, usuária de drogas. Ao todo, cerca de 140 mulheres já acusaram Nassar, e uma sentença contra ele, referente a sete casos, é prevista para esta semana.

Se condenado, o ex-médico, já sentenciado anteriormente por posse de material de pornografia infantil, pode pegar prisão perpétua.

Da Ansa

Os atletas mais mencionados no Twitter no mundo todo durante toda a terça-feira (16) foram a ginasta Simone Biles, o corredor Usain Bolt, a atleta americana Sydney McLaughlin, a atacante Marta e o velejador Santiago Lange - que levou a medalha de ouro na prova de na vela olímpica.

O maior pico de conversas no Twitter foi às 15h50, quando Lisa Dahlkvist defendeu o pênalti decisivo no jogo entre Brasil e Suécia, garantindo uma vaga para o time europeu na final de futebol feminino. A rede social também ficou em polvorosa quando a atacante Marta marcou o primeiro gol na decisão por penalidade máxima da mesma partida.

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Mais tarde, às 19h37, a rede social registrou o terceiro maior pico de conversas, quando Robson Conceição conquistou medalha de ouro no boxe e se tornou o primeiro brasileiro campeão olímpico na modalidade. Outro momento de destaque foi quando o ator Zac Efron compartilhou no Twitter sua foto com a ginasta Simone Biles, gerando mais 48 mil retuites e 157 mil curtidas.

Nadia Comaneci, a lenda da ginástica artística, declarou nesta quinta-feira que só o tempo dirá se Simone Biles é a melhor ginasta da história esportiva, no dia seguinte em que a americana ganhou sua segunda medalha olímpica nos Jogos do Rio-2016.

"Simone é uma campeã olímpica incrível e sou fã dela", afirmou a romena ao jornal americano USA Today. "No entanto, só o tempo dirá se será a melhor de todos os tempos".

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No Rio, Biles venceu por hora a apresentação individual e por equipe. A ginasta de 19 anos aspira ganhar outros três ouros nas finais por aparelho: salto no domingo, barra fixa na segunda e solo na terça.

Se conseguir seu objetivo de cinco medalhas de ouro, a texana conseguirá um fato inédito da história da ginástica.

Até agora, o recorde olímpico é da soviética Larisa Latynina (1956), da tchecoslovaca Vera Caslavska (1968) e da romena Ecaterina Szabo (1984), todas com quatro ouros em uma única edição dos Jogos.

Comaneci ganhou cinco medalhas de ouro olímpicas, mas em dois Jogos Olímpicos: três em Montreal-1976 e duas a mais em Moscou-1980.

Mas entrou para a história como a primeira atleta que conseguiu o primeiro "10" ou pontuação perfeita em 1976. O sistema de pontuação mudou em 2006.

Comaneci, que assiste às provas de ginástica na Arena Olímpica do Rio, reagiu às medalhas do concurso individual com dois tuítes: "Felicidades a Simone Biles e Aly Raisman. Que grande conquista!", e "Felicidades a Alya Mustafina pela medalha de bronze. Bem merecida!"

As americanas conquistaram nesta terça-feira a medalha de ouro na ginástica artística feminina por equipes nos Jogos Rio-2016, lideradas pela estrela Simone Biles, que começa a fazer história nesta edição.

A medalha de ouro foi a confirmação do título conquistado pelas americanas em Londres-2012 e o terceiro por equipes dos Estados Unidos na ginástica artística feminina.

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A Rússia conquistou a medalha de prata, oito pontos atrás das americanas, enquanto a China levou a medalha de bronze.

Este é o primeiro título olímpico do já impressionante currículo da melhor ginasta do mundo, que aspira conquistar no Rio o recorde de cinco ouros em sua estreia nos Jogos.

O dia foi marcado pelo fim do jejum de medalhas de ouro da França, que conquistou um título no torneio de Hipismo e outro na Canoagem.

Os cavaleiros franceses levaram a primeira medalha de ouro para seu país no Rio ao vencer o concurso completo por equipes no centro de hipismo de Deodoro.

Os franceses somaram 169 pontos para conquistar seu segundo título neste concurso, após o alcançado em Atenas-2004. A Alemanha, campeã olímpica em Londres-2012, ficou com a medalha de prata, após somar 172,80 pontos, enquanto os australianos, que lideravam a classificação após o adestramento e o 'cross country', terminaram com o bronze com 175,30 pontos.

Na prova individual do concurso completo, o alemão Michael Jung também conquistou o primeiro ouro de seu país no Rio, revalidando o título de Londres-2012.

A medalha de prata ficou com o francês Astier Nicolas, e o americano Phillip Dutton levou o bronze.

Na Canoagem, o francês Denis Gargaud obteve o título no C1 slalom, sucedendo seu compatriota Tony Estanguet, três vezes campeão olímpico, inclusive há quatro anos em Londres.

Gargaud superou no pódio o eslovaco Matej Benus, prata, e o japonês Haneda Takuya, bronze.

A atiradora Anna Korakaki deu à Grécia sua primeira medalha de ouro no Rio, na prova de tiro esportivo da pistola a 25 metros.

A grega de 20 anos derrotou a alemã Monika Karsh, prata, por 8-6 no duelo pelo título. A suíça Heidi Diethelm Gerber ficou com o bronze.

No judô, Tina Trstenjak também deu à Eslovênia sua primeira medalha de ouro, com a vitória sobre a francesa Clarisse Agbegnenou na categoria até 63 quilos. A holandesa Anicka Van Emden e a israelense Yarden Gerbi ficaram com o bronze.

Na categoria até 81 quilos, o russo Khasan Khalmurzaev obteve o ouro ao derrotar o americano Travis Stevens. As medalhas de bronze ficaram com o japonês Takanori Nagase e o árabe emirense Sergiu Toma.

As chinesas Chen Ruolin e Liu Huixia conquistaram a medalha de ouro na disputa da plataforma de 10 metros sincronizada dos saltos ornamentais.

Esta é a quinta medalha de ouro olímpica de Chen, igualando a marca estabelecida no domingo pela colega de equipe Wu Minxia.

A prata foi conquistada por Pandelela Rinong e Cheong Jun Hoong, da Malásia, enquanto as canadenses Meaghan Benfeito e Roseline Filion ficaram com o bronze.

No levantamento de peso, a chinesa Deng Wei ganhou o ouro na categoria de 63kg com um recorde mundial, com um total combinado de 262 kg.

A norte-coreana Choe Hyo-Sim conseguiu a medalha de prata (248 kg), enquanto a cazaque Karina Goricheva foi bronze (243 kg).

Deng Wei levantou 115 kg no arranque e 147 kg no arremesso, quebrando em um quilo o recorde de 261 kg da taiwanesa Lin Tzu-chi, que conseguiu essa marca quando conquistou o ouro nos Jogos Asiáticos de Incheon.

O chinês Shi Zhiyong conquistou o ouro na categoria até 69 kg, ao levantar o total de 352 quilos.

O turco Daniyar Ismayilov (351 kg) levou a medalha de bronze e Izzat Artykov (339 kg), do Quirguistão, o bronze.

No torneio de esgrima, o sul-coreano Park Sang-young obteve seu primeiro título de campeão olímpico ao ganhar a final de espada individual por 15-14 diante do húngaro Geza Imre.

A medalha de bronze ficou com o francês Gauthier Grumier.

Violência no Rio

Enquanto nas arenas o esporte segue sem maiores incidentes, nas ruas do Rio os criminosos não se intimidam com o enorme aparato de segurança montado na cidade.

Um ônibus para o transporte de jornalistas credenciados foi atacado na noite de terça-feira perto da Cidade de Deus, mas não ficou claro se foram tiros ou pedras.

"Escutamos dois impactos no lado direito do ônibus, duas janelas se quebraram. Uma pessoa ficou ferida, um repórter de Belarus, na mão, no dedo. A confusão era se eram balas ou pedras", disse à AFP Gastón Sainz, do jornal argentino La Nación.

"Nós nos jogamos no chão e em dois minutos chegou a polícia, parou o ônibus e nos escoltou até o MPC (Centro Principal de Imprensa) com os vidros quebrados".

O incidente aconteceu pouco depois das 20h00 na altura de Curicica, perto da Cidade de Deus.

Na praia de Copacabana, o belga Dirk Van Tichelt, medalha de bronze de judô na categoria até 73 kg, foi agredido na segunda à noite, segundo o Comitê Olímpico Belga.

"O celular de seu parceiro de treino tinha acabado de ser roubado e, quando corria para tentar pegar o ladrão, foi agredido no rosto por outro", contou o diretor de Comunicações do COB, Luc Rampaer.

"Como a polícia estava do lado, ele prestou queixa, antes de ir para um hospital para ser examinado, por precaução, mesmo que não tenho sido nada grave", acrescentou.

Desde os início dos Jogos Olímpicos Rio-2016, várias delegações estrangeiras foram vítimas de roubos e agressões. No último sábado, o ministro português da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi atacado e roubado em Ipanema.

As americanas conquistaram nesta terça-feira (9) a medalha de ouro na ginástica artística feminina por equipes nos Jogos Rio-2016, lideradas pela estrela Simone Biles, que deseja fazer história na Cidade Maravilhosa.

A medalha de ouro foi a confirmação do título conquistado pelas americanas em Londres-2012 e o terceiro por equipes dos Estados Unidos na ginástica artística feminina. A Rússia conquistou a medalha de prata, oito pontos atrás das americanas, enquanto a China levou a medalha de bronze.

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Este é o primeiro título olímpico do já impressionante currículo da melhor ginasta do mundo, que aspira conquistar no Rio o recorde de cinco ouros em sua estreia nos Jogos. Dona de 10 títulos mundiais, três deles na competição do individual geral, Biles já havia deixado claro nas classificatórias de domingo que veio ao Brasil para fazer história, ao ficar em primeiro em três dos quatro aparelhos.

E ela não falhou na hora H. Com uma forte equipe ao seu lado, as americanas conquistaram o primeiro lugar nos quatro aparelhos, com uma grande vantagem sobre as demais equipes, que se conformaram a brigar pelos outros lugares do pódio.

Sublime no cavalo, onde conseguiu a melhor nota da tarde, e quase perfeita no solo, seu exercício predileto, a explosiva ginasta que vive sorridente foi a única americana a se apresentar nos quatro aparelhos.

Como acontece com as grandes estrelas, ela foi a responsável por fechar a competição no solo. Quis o destino que, com o título americano já definido e suas companheiras se abraçando, ela se apresentasse no solo com todo o público voltado apenas para ela e sua espetacular rotina.

E Biles se divertiu mais do que nunca. A jovem de 1,45 metro, de puro músculo, que parece em estado de graça permanente. Ela passou a chamar a atenção há apenas três anos e algumas pessoas já a consideram a melhor ginasta da história.

Em sua meta de cinco medalhas douradas no Rio, ela conquistou a primeira. A segunda pode vir na quinta-feira, durante a final do individual geral, em que não estará presente a atual campeã olímpica da prova, a americana Gabrielle Douglas.

Aos 20 anos, a primeira ginasta negra a conquistar o ouro olímpico no 'all-around' ficou de fora da final por conta da regra que impede mais de duas atletas do mesmo país na disputa de medalhas. A segunda representante americana na final será Alexandra Raisman. Ela e Gabby Douglas são as únicas sobreviventes da equipe campeã em 2012.

Brasil

A Rússia ficou com a prata, assim como nas Olimpíadas anteriores, no último momento graças a Aliya Mustafina - ginasta que mais conquistou medalhas nos Jogos recentes. A China levou o bronze e retornou ao pódio depois do fracasso em Londres-2012.

Na final por equipes também estavam Japão, Grã-Bretanha, Alemanha, Holanda e Brasil, que terminou em oitavo e último lugar. As brasileiras chegaram à final por equipes com a quinta melhor pontuação das classificatórias.

Esta foi a segunda final da história da ginástica artística feminina brasileira. Mas as meninas, Flávia Saraiva, Rebeca Andrade, Daniele Hypolito, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira, não deram conta do nervosismo e cometeram muito mais erros do que no dia da estreia.

O caso da estreante Rebeca Andrade chamou a atenção, especialmente depois que ela surpreendeu ao se classificar para a final do individual geral com a quarta melhor pontuação, atrás apenas do trio americano.

Mas ela tirou a pior nota da equipe ao sofrer uma queda no exercício do solo, no qual se apresenta ao som de Beyoncé. Mesmo com as falhas, a torcida na Arena Olímpica não desanimou, e continuou animando suas atletas até o último aparelho.

Mas admirados com a excelência de Biles, aplaudiram de pé a apresentação do solo da americana, que voltou a voar em ritmo de samba, mostrando que sua ginástica é de outro mundo.

O mito americano Michael Phelps, sua compatriota Katie Ledecky, a húngara Katinka Hosszu e a equipe dos Estados Unidos de ginástica artística, liderada pela estrela Simone Biles, roubaram a cena nesta terça-feira (9), no quatro dia dos Jogos Olímpicos do Rio.

Phelps conquistou a 21ª medalha de ouro da sua carreira olímpica ao fechar o revezamento 4x200 m livre, apenas uma hora e vinte minutos depois de ter vencido a prova individual dos 200 m borboleta.

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Junto com Conor Dwyer, Townley Haas e Ryan Lochte, Phelps terminou a prova em 7:00.66, na frente da Grã-Bretanha, que ficou com a prata (7:03.13). O Japão completou o pódio, em 7:03.50. No total, Phelps soma 25 medalhas olímpicas, recorde absoluto, sendo que três delas foram conquistadas no Rio.

Nos 200 metros borboleta, o nadador de 31 anos obteve o ouro com o tempo de 1:53.36, apenas 4 centésimos mais rápido que o japonês Masato Sakay (1:53.40). O húngaro Tamas Kenderesi levou o bronze (1:53.62).

A jovem prodígio Katie Ledecky conquistou sua segunda medalha de ouro no Rio ao vencer a prova dos 200 metros livre, depois de levar a melhor nos 400 m no sábado. A nadadora de 19 anos completou a distância em 1:53.73, superando a sueca Sarah Sjostrom, prata, que terminou a prova em 1:54.08. A australiana Emma McKeon (1:54.92) conquistou o bronze.

A húngara Katinka Hosszu fez novamente jus ao apelido de 'Dama de ferro' ao conquistar sua terceira medalha de ouro em quatro dias nos Jogos, com vitória nos 200 m medley. Hosszu completou a distância em 2 minutos, seis segundos e 58 centésimos, superando por trinta centésimos a britânica Siobhan-Marie O´Connor, que ficou com a prata (2:06.88). A americana Maya Dirado completou o pódio, em 2:08:79.

O show de Simone Biles

Na ginástica artística, as americanas conquistaram o ouro por equipes, lideradas por Simone Biles, que começa a fazer história na Cidade Maravilhosa. A Rússia obteve a medalha de prata, oito pontos atrás das americanas, enquanto a China levou a medalha de bronze.

Este é o primeiro título olímpico do já impressionante currículo da melhor ginasta do mundo, que aspira conquistar no Rio o recorde de cinco ouros em sua estreia nos Jogos.

No tênis, a americana Serena Williams, líder do ranking mundial e considerada a grande favorita ao ouro na Rio-2016, foi eliminada na terceira rodada do torneio olímpico pela ucraniana Elina Svitolina por 2-0, com parciais de 6-4 e 6-3.

Serena, de 34 anos, que desejava repetir o ouro de Londres-2012 e se tornar a primeira tenista a conquistar dois títulos olímpicos de simples, também foi eliminada de forma prematura do torneio de duplas, no qual buscava o quarto ouro olímpico ao lado da irmã Venus.

O dia foi marcado pelo fim do jejum de medalhas de ouro da França, que conquistou um título no torneio de Hipismo e outro na Canoagem.

Os cavaleiros franceses levaram a primeira medalha de ouro para seu país no Rio ao vencer o concurso completo por equipes no centro de hipismo de Deodoro.

Os franceses somaram 169 pontos para conquistar seu segundo título neste concurso, após o alcançado em Atenas-2004. A Alemanha, campeã olímpica em Londres-2012, ficou com a medalha de prata, após somar 172,80 pontos, enquanto os australianos, que lideravam a classificação após o adestramento e o 'cross country', terminaram com o bronze com 175,30 pontos.

Na prova individual do concurso completo, o alemão Michael Jung também conquistou o primeiro ouro de seu país no Rio, revalidando o título de Londres-2012.

A medalha de prata ficou com o francês Astier Nicolas, e o americano Phillip Dutton levou o bronze.

Na Canoagem, o francês Denis Gargaud obteve o título no C1 slalom, sucedendo seu compatriota Tony Estanguet, três vezes campeão olímpico, inclusive há quatro anos em Londres.

Gargaud superou no pódio o eslovaco Matej Benus, prata, e o japonês Haneda Takuya, bronze.

A atiradora Anna Korakaki deu à Grécia sua primeira medalha de ouro no Rio, na prova de tiro esportivo da pistola a 25 metros.

A grega de 20 anos derrotou a alemã Monika Karsh, prata, por 8-6 no duelo pelo título. A suíça Heidi Diethelm Gerber ficou com o bronze.

No judô, Tina Trstenjak também deu à Eslovênia sua primeira medalha de ouro, com a vitória sobre a francesa Clarisse Agbegnenou na categoria até 63 quilos. A holandesa Anicka Van Emden e a israelense Yarden Gerbi ficaram com o bronze.

Na categoria até 81 quilos, o russo Khasan Khalmurzaev obteve o ouro ao derrotar o americano Travis Stevens. As medalhas de bronze ficaram com o japonês Takanori Nagase e o árabe emirense Sergiu Toma.

As chinesas Chen Ruolin e Liu Huixia conquistaram a medalha de ouro na disputa da plataforma de 10 metros sincronizada dos saltos ornamentais.

Esta é a quinta medalha de ouro olímpica de Chen, igualando a marca estabelecida no domingo pela colega de equipe Wu Minxia.

A prata foi conquistada por Pandelela Rinong e Cheong Jun Hoong, da Malásia, enquanto as canadenses Meaghan Benfeito e Roseline Filion ficaram com o bronze.

No levantamento de peso, a chinesa Deng Wei ganhou o ouro na categoria de 63kg com um recorde mundial, com um total combinado de 262 kg.

A norte-coreana Choe Hyo-Sim conseguiu a medalha de prata (248 kg), enquanto a cazaque Karina Goricheva foi bronze (243 kg).

Deng Wei levantou 115 kg no arranque e 147 kg no arremesso, quebrando em um quilo o recorde de 261 kg da taiwanesa Lin Tzu-chi, que conseguiu essa marca quando conquistou o ouro nos Jogos Asiáticos de Incheon.

O chinês Shi Zhiyong conquistou o ouro na categoria até 69 kg, ao levantar o total de 352 quilos.

O turco Daniyar Ismayilov (351 kg) levou a medalha de bronze e Izzat Artykov (339 kg), do Quirguistão, o bronze.

No torneio de esgrima, o sul-coreano Park Sang-young obteve seu primeiro título de campeão olímpico ao ganhar a final de espada individual por 15-14 diante do húngaro Geza Imre.

A medalha de bronze ficou com o francês Gauthier Grumier.

Violência no Rio

Enquanto nas arenas o esporte segue sem maiores incidentes, nas ruas do Rio os criminosos não se intimidam com o enorme aparato de segurança montado na cidade. Um ônibus para o transporte de jornalistas credenciados foi atacado na noite de terça-feira perto da Cidade de Deus, mas não ficou claro se foram tiros ou pedras.

"Escutamos dois impactos no lado direito do ônibus, duas janelas se quebraram. Uma pessoa ficou ferida, um repórter de Belarus, na mão, no dedo. A confusão era se eram balas ou pedras", disse à AFP Gastón Sainz, do jornal argentino La Nación.

"Nós nos jogamos no chão e em dois minutos chegou a polícia, parou o ônibus e nos escoltou até o MPC (Centro Principal de Imprensa) com os vidros quebrados".

O incidente aconteceu pouco depois das 20h00 na altura de Curicica, perto da Cidade de Deus.

Na praia de Copacabana, o belga Dirk Van Tichelt, medalha de bronze de judô na categoria até 73 kg, foi agredido na segunda à noite, segundo o Comitê Olímpico Belga.

"O celular de seu parceiro de treino tinha acabado de ser roubado e, quando corria para tentar pegar o ladrão, foi agredido no rosto por outro", contou o diretor de Comunicações do COB, Luc Rampaer.

"Como a polícia estava do lado, ele prestou queixa, antes de ir para um hospital para ser examinado, por precaução, mesmo que não tenho sido nada grave", acrescentou.

Desde os início dos Jogos Olímpicos Rio-2016, várias delegações estrangeiras foram vítimas de roubos e agressões. No último sábado, o ministro português da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi atacado e roubado em Ipanema.

A equipe feminina de ginástica artística dos Estados Unidos vive um momento tão especial que já está sendo chamada, pela mídia norte-americana, de "Dream Team". O time dos sonhos foi convocado no domingo à noite, com Simone Biles, Gabby Douglas, Aly Raisman, Madison Kocian e Laurie Hernandez.

Biles é candidata a ser o maior nome dos Jogos Olímpicos do Rio. Aos 19 anos, ela já tem 14 medalhas em Mundiais, sendo 10 de ouro. Isso porque só foi a três edições do torneio. No ano passado, ganhou o individual geral, por equipes, e em dois aparelhos: trave e solo. No salto, foi bronze.

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No Rio-2016, ela promete brigar por todas as seis medalhas possíveis. No salto, por exemplo, recebeu nota 9,9 de execução na seletiva. Ainda que haja uma supervalorização dos árbitros, caseiros, especialistas apontam que a apresentação dela, de 16,2 pontos, foi mesmo quase perfeita.

Para brigar pelo ouro por equipes, os EUA ainda contam com Gabby Douglas, campeã do individual geral em Londres. Na seletiva americana, ela caiu duas vezes da trave, ficou só em sétimo no individual geral, mas mesmo assim foi convocada. A comissão técnica alegou que confia nela.

O time ainda tem Aly Raisman, campeã olímpica no solo em 2012 e bronze na trave, além das estreantes Madison Kocian e Laurie Hernandez. Esta última, de apenas 16 anos, ficou em segundo no individual geral e tem tudo para ser rival de Flávia Saraiva na briga por pódio na trave.

Simone Biles voltou a mostrar, neste domingo, por que disparada a melhor ginasta do mundo. Campeã por equipes e tri no individual geral, a norte-americana fechou o Mundial de Ginástica Artística de Glasgow, na Escócia, com mais duas medalhas de ouro, no solo e na trave. Assim, chegou a quatro conquistas douradas. No sábado, ela também levou um bronze, no salto.

Com a campanha, Biles praticamente iguala o seu desempenho do Mundial de 2014, em Nanning, na China, quando também ganhou essas quatro medalhas de ouro. A diferença é que, naquela ocasião, subiu ao pódio com prata no salto. Em 2013, na Antuérpia (Bélgica), quando venceu o individual geral pela primeira vez, ganhou ouro no solo, prata no solo e bronze na trave. Naquela edição não houve disputa por equipes.

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No solo, Biles sobra, com uma explosão incrível, que faz ela alcançar grandes alturas nos seus altos. Na final deste domingo, recebeu nota 15,800. Uma larga margem sobre a medalhista de prata, a russa Kseniia Afanaseva (15,100), e a de bronze, Margaret Nichols (15,100), dos EUA.

Na trave, o ouro com ainda mais folga. A norte-americana somou 15,358 pontos, contra 14,333 da holandesa Sanne Wevers. A alemã Pauline Schaefer ficou com o bronze após receber 14,133 na sua apresentação. Como comparação, Flávia Saraiva ganhou a etapa de São Paulo da Copa do Mundo, esse ano, com 15,100. No Mundial, a menina não brilhou.

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