O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), que representa as instituições privadas do ensino básico, emitiu uma nota pública, nesta sexta-feira (4), alegando que o Governo do Estado adotou uma postura distinta da que foi comunicada em reunião com a categoria sobre a volta às aulas presenciais. As atividades presenciais estão suspensas em virtude da pandemia da Covid-19.
Nessa quinta-feira (3), representantes do Sinepe realizaram um ato em frente ao Palácio do Campo das Princesas, no Recife, e em seguida tiveram uma reunião com representantes do governo estadual para apresentar a demanda de retorno imediato às aulas presenciais. Na visão do sindicato, as escolas estão preparadas para promover um retorno seguro.
##RECOMENDA##Após a reunião, a expectativa do Sinepe era de que a suspensão das aulas não sofresse nova prorrogação, e de que existiria a possibilidade de retorno presencial às escolas ainda em setembro. No entanto, ainda nessa quinta, o governador Paulo Câmara (PSB) veio a público anunciar que ainda não é hora de retomar as aulas, pois reabrir as escolas “significa colocar de volta em circulação e em convivência direta mais de dois milhões de estudantes no Estado”.
Em resposta, o Sinepe encaminhou à imprensa nesta sexta-feira uma nota elaborada ainda na quinta-feira, em que aponta distinções entre as respostas recebidas durante a reunião com o Governo e o pronunciamento de Câmara. Em um trecho do documento, o sindicato alega que entre os compromissos assumidos pela gestão do Estado estava “envidar esforços efetivos para, na próxima quinta-feira, dia 10/09, na coletiva do comitê governamental, divulgar o calendário de reabertura gradual das escolas para aulas presenciais”.
É dito também que, diante do compromisso assumido, “ficou claro e dito que a prorrogação do decreto de suspensão das aulas, que vence em 15/09/2020, estaria, por óbvio, superada também". "Esse é o fato, testemunhado pelos integrantes da nossa Comissão que foi recebida em Palácio e o que foi comunicado aos presentes ao ato, diante do Palácio, nessa última quinta-feira”, acrescenta o Sinepe.
Diante do pronunciamento do governador, o Sinepe alega que “houve descompasso entre o que ouvimos por ocasião do encontro em Palácio pela manhã e a fala mais tarde de Sua Excelência, o Governador do Estado” e irá se debruçar “por ser objetivo e ter registro, sobre o pronunciamento oficial do Senhor Governante”. Confira a nota na íntegra clicando aqui.
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