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As forças da coalizão lideradas pelos Estados Unidos e seus aliados curdos, chamadas Forças Democráticas da Síria (SDS), mataram nesta semana dois líderes regionais do grupo extremista Estado Islâmico (EI), durante um ataque no leste da Síria, anunciou nesta sexta-feira o Comando Central Americano.

Ahmad 'Isa Ismail al Zawi e Ahmad' Abd Muhamad Hasan al-Jughayfi foram mortos em um ataque conjunto em 17 de maio, em uma área ocupada pelo EI na província de Deir Ezzor, segundo comunicado da entidade americana.

Al Zawi, também conhecido como Abu Ali al Baghdadi, era o líder regional do EI no norte de Bagdá e "responsável por disseminar as orientações terroristas dos principais líderes do Estado Islâmico para os agentes" naquela área, informou o comando.

Al-jughayfi, também conhecido como Abu Ammar, era um oficial sênior de logística e suprimento do EI "responsável por dirigir a aquisição e o transporte de armas, dispositivos explosivos improvisados e pessoal no Iraque e na Síria".

Desde sua derrota territorial na Síria, em março de 2019, os ataques do EI foram limitados aos vastos desertos que se estendem de Deir Ezzor a Homs, no centro do país.

Abu Bakr al Baghdadi, que liderava o grupo jihadista desde 2014, foi morto em um ataque das forças especiais americanas na província de Idlib, nordeste da Síria, em outubro de 2019.

O papa Francisco doou 10 ventiladores pulmonares para hospitais na Síria, em parceria com a Fundação AVSI, para ajudar na recuperação de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), informou o Vaticano neste sábado (18).
    Os aparelhos serão distribuídos nas três unidades do projeto "Hospitais Abertos" da entidade no país. Também foram enviados três respiradores para o hospital São José, de Jerusalém.

O Pontífice enviou ainda uma série de kits de testes de diagnóstico da Covid-19 para organizações médicas que atuam na Faixa de Gaza e uma contribuição financeira - que não teve o valor divulgado - para as atividades do Hospital Sagrada Família de Belém.

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Essas foram as primeiras doações do líder da Igreja Católica para o recém-criado Fundo de Emergência para as Igrejas Orientais, criado pelo Vaticano. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Papa fez uma série de doações de equipamentos e de dinheiro para hospitais e para a Caritas da Itália. Entre elas, está uma doação de 100 mil euros para a ONG religiosa, 60 mil euros para um hospital de Bergamo, que fica em uma das províncias mais afetadas pela pandemia, e de 30 respiradores para diversos hospitais italianos.

Da Ansa

Ao menos 384.000 pessoas morreram na Síria, incluindo mais de 116.000 civis, desde o início da guerra no país em março de 2011, de acordo com um balanço atualizado publicado neste sábado pela ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

O conflito começou com a dura repressão por parte do governo de manifestações pacíficas pró-democracia. Com o passar dos anos se transformou em uma guerra complexa, com a presença de grupos rebeldes e jihadistas, assim como de forças estrangeiras.

Atualmente, o regime de Bashar al-Assad controla mais de 70% do território do país graças ao apoio da Rússia, do Irã e do grupo Hezbollah libanês.

O conflito é "a pior catástrofe provocada pelo homem desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU) em 2017. A guerra destruiu a economia síria e provocou a fuga de 11 milhões de pessoas.

De acordo com o balanço mais recente do OSDH, que tem como base sua ampla rede de fontes em todo o país, do total de vítimas 116.000 são civis, incluindo 22.000 menores de idade.

Além disso, 129.476 soldados do exército sírio morreram, assim como sírios e estrangeiros que integram as milícias e as forças aliadas. Entre eles estariam 1.697 combatentes do movimento libanês Hezbollah.

Nas últimas semanas, o avanço do regime foi interrompido na região de Idlib, noroeste do país, último reduto rebelde e jihadista.

Uma ofensiva de Damasco contra esta região provocou desde dezembro a fuga de quase um milhão de pessoas, segundo a ONU. No início de março, a Turquia negociou com a Rússia a interrupção dos ataques.

As ONGs denunciam sem descanso os abusos e violações dos direitos humanos cometidos pelo governo de Assad. Elas acusam o regime por ataques químicos, torturas e detenções ilegais. Neste contexto, dezenas de milhares de pessoas desapareceram, de acordo com ativistas.

A guerra também provocou a destruição de infraestruturas e reduziu ao mínimo setores fundamentais para a economia síria, como o do petróleo.

Pelo menos 26 combatentes das Unidades de Mobilização Popular (Al Hashd Al Sha'abi), uma força paramilitar iraquiana pró-Irã, foram mortos em ataques aéreos no leste da Síria. O balanço feito nesta quinta-feira (12) é do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Os ataques ocorreram na região de Bukamal, na fronteira da Síria com o Iraque, e são uma resposta à morte de dois soldados americanos e um britânico em uma base militar da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos no Iraque.

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Na quarta-feira, 11, um primeiro balanço do OSDH relatou a morte de 18 combatentes das Unidades de Mobilização Popular (UMP), criadas durante a luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico.

Ataque no Iraque

Ao menos dezoito foguetes atingiram Camp Taji, uma base do exército iraquiano que abriga tropas americanas nesta quarta-feira, no 22º ataque contra alvos americanos no país desde o final de outubro, informaram fontes oficiais.

Embora inicialmente o Exército iraquiano tenha afirmado que o ataque não havia causado vítimas ou danos, um oficial americano afirmou que ao menos três pessoas, dois americanos e um britânico, morreram, e pelo menos dez ficaram feridas.

O Camp Taji, localizado ao norte de Bagdá, tem sido usado como base de treinamento por vários anos. Existem cerca de 6 mil soldados norte-americanos no Iraque, treinando e assessorando forças iraquianas e realizando missões contra terroristas. (Com agências internacionais).

A Turquia confirmou, neste domingo (1º), o lançamento de uma grande ofensiva militar contra o regime sírio, que teve dois de seus aviões abatidos, enquanto mantém a pressão sobre a Europa, deixando milhares de migrantes passarem para a Grécia.

Após semanas de escalada na região de Idlib, no noroeste da Síria, Ancara anunciou a operação "Escudo da Primavera" contra o regime de Bashar al-Assad, que sofreu pesadas perdas nos ataques turcos nos últimos dias.

Sinal da intensificação dos combates, dois aviões de regime sírio e um drone turco foram abatidos em Idlib neste domingo, informaram Ancara e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Em busca de apoio ocidental, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan abriu as portas da Europa aos migrantes que, aos milhares, continuavam a se dirigir à fronteira grega. À medida que a situação na Síria se complica, o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, enfatizou que Ancara não busca um confronto com Moscou, poderoso aliado do regime sírio.

O objetivo da ofensiva turca, segundo ele, é "acabar com os massacres do regime e impedir uma onda migratória". A Turquia multiplicou desde sábado os ataques com drones contra posições do regime sírio, mas é a primeira vez que anuncia oficialmente uma operação mais ampla.

- Tensões russo-turcas -

A operação foi lançada na quinta-feira após a morte de 33 soldados turcos em ataques aéreos atribuídos ao regime, as maiores perdas sofridas por Ancara desde o início de sua intervenção na Síria em 2016.

Na sexta e no sábado, quase 90 soldados e combatentes de grupos aliados a Damasco foram mortos em ataques turcos, segundo o OSDH. Nesse clima volátil, o exército sírio alertou neste domingo que abateria qualquer aeronave "inimiga" na região de Idlib.

Com o apoio da força aérea russa, o regime sírio conduz desde dezembro uma ofensiva para retomar a região, a última fortaleza rebelde e jihadista na Síria.

Essa ofensiva causou atrito entre Ancara e Moscou. Embora a Turquia apoie certos grupos rebeldes e a Rússia apoie o regime, os dois países vêm fortalecendo sua cooperação nos últimos anos.

No sábado, o presidente Erdogan pediu ao russo Vladimir Putin que "saia do caminho" da Turquia na Síria e garantiu que o regime de Damasco "pagará o preço" por seus ataques. Segundo a imprensa turca, os dois chefes de Estado devem se reunir em Moscou na quinta-feira para discutir a situação em Idlib.

Nesse contexto de tensões, o editor e três colaboradores na Turquia do veículo de comunicação russo Sputnik, financiado pelo Kremlin, foram presos pelas autoridades turcas. Moscou apelou a Ancara para "intervir e garantir a segurança dos jornalistas". A escalada em Idlib suscita temores da comunidade internacional, em vista de uma situação humanitária catastrófica.

Desde dezembro, quase um milhão de pessoas foram deslocadas nessa região, um êxodo de escala sem precedentes em tão pouco tempo desde o início, em 2011, da guerra que já matou mais de 380.000 pessoas.

O governo turco admitiu nesta quinta-feira (27) que 29 soldados morreram em um ataque de forças sírias na Província de Idlib. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), ONG que monitora o conflito, disse que foram 34 mortos. As baixas marcam uma escalada na violência entre rebeldes sírios, apoiados pela Turquia, e o Exército de Bashar Assad, que tem ajuda da Rússia.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, convocou imediatamente uma reunião de emergência de seu gabinete. Uma das decisões possíveis seria a abertura da fronteira com a União Europeia (UE) para a passagem de imigrantes sírios que vinham sendo mantidos na Turquia.

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O chanceler turco, Mevlüt Cavusoglu, falou nesta quinta ao telefone com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, e o porta-voz de Erdogan, Ibrahim Kalin, conversou com Robert O'Brien, assessor de Segurança Nacional dos EUA. Segundo Fahrettin Altun, secretário de comunicação da presidência da Turquia, "todos os alvos sírios conhecidos" seriam atacados em retaliação às mortes de ontem.

Avanço sírio

Nesta quinta, o dia começou com os rebeldes sírios, que tentam derrubar Assad, anunciando a retomada de Saraqib, uma importante cidade da Província de Idlib. Apesar do avanço dos opositores, o Exército da Síria capturou mais de 20 vilas, dominando o sul da província e comprometendo as posições turcas e rebeldes na região.

A morte de soldados turcos pode colocar Erdogan em uma posição delicada. Muitos partidos de oposição já questionam a decisão de invadir a Síria sem o apoio aéreo dos EUA. Até então, a Turquia havia perdido 13 soldados no conflito. Após os ataques de ontem, cerca de 50 turcos morreram desde o início da ofensiva, no início de fevereiro.

Outra questão grave é o risco de os turcos se envolverem em uma guerra, mesmo que indireta, contra a Rússia. Não está claro, para muitos analistas, qual seria a implicação de um conflito, já que a Turquia é membro da Otan. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um voo civil com ministros sírios e jornalistas a bordo pousou nesta quarta-feira (19) no aeroporto de Aleppo, procedente de Damasco, o primeiro em oito anos de conflito.

O voo aconteceu alguns dias após a reconquista pelas forças governamentais dos setores ao redor de Aleppo, garantindo a segurança da segunda maior cidade do país após a expulsão de jihadistas e rebeldes que lançaram foguetes na grande metrópole do norte.

A reabertura do aeroporto de Aleppo, assim como a recente conquista da autoestrada M5 que liga a cidade à capital Damasco, representam uma vitória simbólica e econômica para o governo de Bashar al Assad.

Os ministros dos Transportes e do Turismo viajaram no Airbus A320 da empresa nacional Syrian Air, que decolou da capital com um grupo de jornalistas convidados pelo ministério da Informação.

Após um voo de 40 minutos, o avião pousou às 11h22 (6h22 de Brasília) em Aleppo, onde autoridades e funcionários se reuniram em um ambiente festivo para receber passageiros.

“É uma vitória significativa realizada graças aos sacrifícios heroicos do exército sírio e à determinação do povo sírio”, afirmou o ministro dos Transportes, Ali Hamud, citado pela agência oficial Sana.

O aeroporto de Aleppo suspendeu todos os voos comerciais em 2012, quando grupos rebeldes assumiram o controle desse setor da cidade.

Capital da província de mesmo nome, Aleppo foi completamente reconquistada no final de 2016 pelo regime de Bashar al Assad.

Os primeiros testes de voo foram realizados em 2017.

A reconquista da região de Aleppo ocorre no âmbito de uma ofensiva lançada em dezembro, com o apoio da Rússia, contra a última grande fortaleza jihadista e rebelde no noroeste da Síria, região de Idlib e arredores.

Os jihadistas do grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS, ex-braço sírio da Al-Qaeda) ainda dominam mais da metade da província de Idlib e setores dos arredores de Aleppo, Hama e Lataquia.

Segundo a ONU, desde dezembro mais de 900.000 pessoas fugiram da violência. Desde o início da guerra, em março de 2011, mais de 380.000 pessoas morreram no país.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o colega americano, Donald Trump, discutiram neste sábado uma forma de encerrar a crise em Idlib, último reduto rebelde na Síria, e condenaram os ataques do governo sírio àquela região, informou a presidência turca.

"Os presidentes classificaram como inaceitáveis os ataques recentes do regime síro e trocaram opiniões sobre uma forma de encerrar a crise em Idlib o quanto antes", indica o comunicado da presidência, após uma conversa telefônica entre os dois líderes. "Os Estados Unidos proclamaram a eliminação do grupo Estado Islâmico (EI), mas a hidra está de volta", assinala o texto.

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A tensão na Síria aumentou depois que o presidente Bashar al-Asad intensificou sua ação em Idlib, apoiado pela aviação russa. Centenas de civis morreram e 800 mil foram deslocados pela ofensiva desde dezembro, segundo a ONU.

A relação entre Turquia e Estados Unidos foi abalada por vários assuntos, mas parece que os americanos tentam se beneficiar da tensão em Idlib entre Rússia e Turquia. O enviado especial americano para a Síria, James Jeffrey, viajou a Ancara no começo da semana e expressou o apoio de Washington aos interesses da Turquia na região de Idlib e no restante da Síria.

Um helicóptero do Exército sírio foi abatido e seus tripulantes morreram nesta sexta-feira no noroeste do país, o segundo incidente ocorrido nesta semana no contexto das tensões entre a Turquia e a Síria, que, por sua vez, sofreu um ataque israelense fatal.

Bashar al-Assad, apoiado por seu aliado russo, retomou em dezembro sua ofensiva no noroeste da Síria contra o último grande bastião de jihadistas e rebeldes, apesar das advertências da vizinha Turquia.

Na sexta-feira, segundo o Observatório de Direitos Humanos da Síria (OSDH), oito civis, incluindo três crianças, morreram nos atentados, dos quais cinco em ataques russos no povoado de Maarata, perto da cidade de Atareb, na província de Aleppo.

A Turquia, que apoia grupos rebeldes, mantém tropas no noroeste da Síria, para onde enviou reforços nos últimos dias para impedir o avanço das forças sírias.

Um helicóptero do exército foi atingido na sexta-feira "por um míssil inimigo perto de Orum al Kobra", um setor "onde grupos terroristas armados apoiados pela Turquia são mobilizados", segundo uma fonte militar citada pela agência oficial síria Sana.

O disparo que causou a derrubada foi reivindicado por uma aliança de grupos rebeldes pró-Ancara, a Frente de Libertação Nacional (FNL).

A fonte da agência Sana indicou apenas que a tripulação do helicóptero havia morrido, sem fornecer dados precisos. O OSDH, por sua vez, relatou a morte de dois pilotos e atribuiu a queda a um míssil turco.

As autoridades turcas não se manifestaram até o momento. Além das tensões no noroeste, o regime sírio sofreu um ataque perto de Damasco.

Mísseis lançados de Israel atingiram alvos militares, matando sete combatentes sírios e iranianos, informou o OSDH na sexta-feira.

Desde o início da guerra síria em 2011, Israel realizou centenas de ataques contra posições militares do governo de Bashar al-Assad, mas também contra seus aliados, o Irã e o Hezbollah libanês, declarados inimigos do Estado israelense, com o objetivo de impedir a Síria de se tornar um posto avançado de Teerã.

- Base militar reconquistada -

Confrontos de violência sem precedentes opuseram os soldados turcos e às forças sírias no noroeste no início de fevereiro.

Damasco insiste em sua intenção de reconquistar toda a província de Idlib, sua última grande batalha estratégica agora que controla mais de 70% do país.

Os jihadistas doHayat Tahrir al Sham (HTS, ex-Al Qaeda da Síria) dominam mais da metade da província, além de setores adjacentes de Aleppo, Hama e Lataquia.

As forças do regime continuaram seu avanço na sexta-feira, após reconquistar a base 46, localizada a 12 quilômetros a oeste da cidade de Aleppo, no final de "violentos combates" contra jihadistas e rebeldes, segundo o OSDH.

As forças turcas estavam nesta base, mas se retiraram na quinta-feira, de acordo com a mesma fonte.

Antes de cair nas mãos dos rebeldes em 2012, a base era uma das últimas fortalezas do regime no noroeste.

Em uma declaração conjunta, França, Bélgica, Alemanha e Estônia, membros do Conselho de Segurança da ONU, exigiram nessa sexta-feira a cessação imediata da ofensiva militar síria.

Um ataque com mísseis executado a partir de Israel contra alvos militares perto de Damasco matou sete combatentes, sírios e iranianos, informou nesta sexta-feira a ONG Observatório Sírio dos Direito Humanos (OSDH), na mais recente de uma série de operações israelenses contra a presença militar do Irã na Síria.

A ONG afirmou que os "ataques aéreos" na região do aeroporto de Damasco mataram pelo menos três soldados sírios e quatro membros da Guarda Revolucionária do Irã (o exército ideológico do país).

Uma fonte do exército sírio, citada pela agência estatal SANA, afirmou que o ataque aconteceu às 23h45 locais de quinta-feira (18h45 de Brasília).

"Nossas defesas aéreas interceptaram objetos hostis sobre o céu de Damasco", afirmou a SANA. Israel não fez comentários sobre os ataques.

Desde o início do conflito sírio em 2011, Israel executou centenas de ataques contra posições militares do governo de Bashar Al Assad, mas também contra seus aliados, Irã e o Hezbollah libanês, inimigos declarados do Estado hebreu.

De acordo com o OSDH, que tem uma ampla rede de fontes na Síria, os bombardeios apontaram contra um "veículo" que estava na rodovia que vai do aeroporto ao subúrbio de Sayeda Zeinab, ao sul de Damasco, e contra um "carregamento de armas" pouco depois de sua chegada em um avião.

A imprensa estatal síria não informou sobre vítimas. A fonte militar citada pela SANA mencionou disparos de "mísseis procedentes do Golã sírio ocupado" por Israel.

Em várias oportunidades, as autoridades israelenses mencionaram em público sua campanha na Síria, insistindo que Israel não permitiria que este país em guerra se transformasse em um posto avançado de Teerã.

Em 6 de fevereiro, 23 soldados sírios e combatentes estrangeiros morreram em ataques israelenses na Síria contra alvos militares na região de Damasco e no sul do país.

Em novembro do ano passado, o exército israelense reivindicou ataques aéreos contra bases militares das forças governamentais e das forças Qods, da Guarda Revolucionária, que mataram 23 combatentes, incluindo 16 estrangeiros.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que a força Qods, responsável pelas operações no exterior da República Islâmica do Irã, estava entre os alvos.

Iniciada em março de 2011 com a repressão de manifestações contra o governo, a guerra da Síria se transformou em um conflito complexo e provocou mais de 380.000 mortes.

Além disso, milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.

A principal frente de guerra atualmente é o noroeste do país, onde as forças governamentais apoiadas pela Rússia tentam recuperar regiões controladas por jihadistas e rebeldes.

O exército sírio arrebatou jihadistas e rebeldes no sábado da principal cidade de Saraqib, na província de Idlib, mais uma vitória do regime, imersa em uma ofensiva para reconquistar o noroeste da Síria.

Damasco continua avançando em um eixo estratégico, apesar das advertências da Turquia, que apoia grupos rebeldes sírios e que neste sábado ameaçou com represálias caso seus postos avançados na região sejam atacados.

Apoiado pela força aérea russa, o regime de Bashar Al Asad lançou uma nova ofensiva em dezembro contra o último grande bastião de jihadistas e rebeldes, matando mais de 300 civis, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que levou mais de meio milhão de civis a deixar suas casas, segundo a ONU.

"As unidades do exército agora controlam toda a cidade de Saraqib", localizada no cruzamento de duas rodovias estratégicas na província de Idlib, disse a rede de televisão estatal, que transmitia imagens ao vivo de bairros desertos da cidade.

A agência de imprensa oficial Sana anunciou o fim das operações de "limpeza" da cidade.

Saraqib fica na junção de duas rodovias estratégicas, a M5 e a M4, que o regime deseja reconquistar para favorecer a economia, destruída após nove anos de guerra.

A M5 une Aleppo, a segunda maior cidade do país e antigo centro econômico da Síria, com Damasco, a capital, enquanto a M4 conecta Aleppo à cidade de Latakia, o reduto do regime.

Segundo o OSDH, o regime já controla cerca de metade da província de Idlib e praticamente todo a M5, exceto por um trecho de cerca de 30 km localizado no sudoeste de Aleppo.

No final de janeiro, as forças do regime, com a ajuda da Rússia, reconquistaram a principal cidade de Maaret al Numan (a segunda maior da província de Idlib), que também passa pela M5, a estrada mais longa do país.

Neste sábado, a força aérea russa bombardeou vários setores da região, segundo o OSDH, especialmente no oeste da província de Aleppo, palco de grandes ataques há semanas.

Mesmo assim, mais da metade da província de Idlib e setores próximos às províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Latakia permanecem nas mãos dos jihadistas do Hayat Tahrir al Sham (HTS, ex-al-Qaeda da Síria).

Na região, de três milhões de pessoas, outros grupos jihadistas e grupos rebeldes enfraquecidos também estão presentes.

Diante do avanço das forças pró-governo, a Turquia, que apoia alguns grupos rebeldes, reiterou suas advertências, tendo enviado reforços militares para suas posições em Idlib.

Desde a sexta-feira, 350 veículos cruzaram a fronteira sírio-turca para Idlib, segundo a agência estatal turca Anadolu.

Por um acordo com a Rússia, a Turquia tem 12 postos de observação em Idlib, três dos quais cercados pelas tropas de Bashar al-Assad, no sudeste de Idlib.

Pelo menos nove civis morreram neste domingo (2) na Síria em bombardeios sírios ou russos no noroeste do país, região sob controle jihadista, informoi a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). Entre as vítimas estão sete membros de uma mesma família de Sarmin, na província de Idlib, indicou o OSDH.

Os corpos de duas crianças, uma menina de nove anos e um adolescente de 13, foram retirados dos escombros da casa de dois andares diante do olhar de seu pai, Abu Fida, que chorava.

A família fugiu recentemente de Sarmin por causa da violência dos bombardeios, mas voltou brevemente para recuperar os pertences, afirmou Abu Fida, que também perdeu a esposa.

A região de Idlib e territórios adjacentes nas províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Latakia estão dominados pelos jihadistas do grupo Hayat Tahrir al Sham, antigo braço sírio da Al Qaeda.

O conflito na Síria, iniciado em março de 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, provocou 380.000 mortes e deixou milhões de deslocados e refugiados.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou a Rússia de não respeitar o que foi acordado com a Turquia em relação à província de Idlib, na Síria, onde as aviações síria e russa multiplicaram os bombardeios, e o Exército sírio lançou uma grande ofensiva.

"Com a Rússia, concluímos acordos (...) Se a Rússia respeitar esses acordos, faremos o mesmo. Infelizmente, a Rússia atualmente não respeita esses acordos", disse Erdogan, citado pela agência estatal Anadolu.

Essa rara crítica de Erdogan à Rússia ocorre após a tomada pelo regime de Bashar Al-Assad da cidade de Maaret al Numane, após semanas de bombardeios. Esta localidade fica na última província rebelde da Síria, Idlib.

A escalada da violência levou dezenas de milhares de sírios a se dirigirem para a fronteira com a Turquia, e Ancara teme um novo influxo de refugiados em seu território.

"Nossas autoridades competentes se reúnem com seus colegas russos. Dizemos a eles: 'Parem esses bombardeios em Idlib. Se o fizerem, será muito melhor. Caso contrário, nossa paciência se esgotará. A partir de agora, faremos o que for necessário'", disse Erdogan.

As Forças Armadas da Síria estão prestes a tomar o controle da cidade estratégica de Maaret al-Numan na Província de Idlib, o último bastião jihadista no país. A ofensiva das últimas semanas, com intensos bombardeios, esvaziou a cidade.

As tropas do governo, apoiadas pela aviação russa, conseguiram recuperar a rodovia estratégica M5, que liga Damasco a Alepo, as duas principais cidades da Síria. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos cinco civis morreram neste sábado (18), em um ataque aéreo russo em uma localidade do noroeste da Síria - informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Um avião russo lançou um ataque à meia-noite passada na localidade de Bala, situada no oeste da província de Aleppo, matando cinco civis, entre eles três crianças", relatou o OSDH.

"Um homem, sua mulher e suas duas filhas estão entre as vítimas", disse à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Ajudadas pela aviação russa, as forças do governo Bashar al-Assad retomaram nos últimos dias os bombardeios na região de Idlib e em setores das províncias vizinhas de Aleppo e Lataquia. Ambas são controladas pelos extremistas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS, ex-filial síria da Al-Qaeda). Nestas áreas também estão presentes outros grupos rebeldes.

Estes ataques acontecem apesar da trégua patrocinada pela Rússia, aliada de Damasco, e pela Turquia, que apoia alguns rebeldes. Em Bala, ficou um grande buraco perto de uma casa de dois andares.

Segundo o OSDH, a Força Aérea russa lançou bombardeios na madrugada de sábado contra vários povoados do oeste de Aleppo e da província de Idlib.

O Observatório informou que 28 civis, entre eles oito crianças, morreram nos bombardeios desde quarta-feira, assim como 58 combatentes pró-governo e 67 extremistas.

Em paralelo, nove civis morreram, e 30 ficaram feridos por foguetes lançados por jihadistas sobre bairros da cidade de Aleppo sob controle do governo.

Intensos combates entre as forças do regime sírio e combatentes jihadistas e rebeldes na província de Idlib, no noroeste do país, deixaram 39 mortos entre a noite de quarta e a madrugada desta quinta-feira (16), de acordo com uma ONG, o que parece encerrar uma trégua anunciada por Moscou.

Marcados por ataques aéreos, tiros de artilharia e combates terrestres, esses confrontos acontecem no dia seguinte à morte de 18 civis em bombardeios lançados pela aviação do regime na cidade de Idlib.

Eles violam a trégua anunciada em 9 de janeiro por Moscou, grande aliado do governo Bashar al-Assad, uma iniciativa confirmada pela Turquia - patrocinadora de certos grupos rebeldes - e que deveria ter começado no domingo.

"Os combates começaram por volta da meia-noite de quarta-feira ao sul da cidade de Maaret al-Nooman, junto com bombardeios, apesar da trégua russo-turca", disse à AFP o diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.

O governo e seus aliados assumiram o controle de dois vilarejos no caminho de Maaret al-Nooman e agora estão a sete quilômetros desta cidade estratégica, completou o OSDH.

Dos 39 mortos, 22 combatiam nas fileiras de grupos jihadistas e rebeldes que se opõem ao regime sírio. A maioria deles fazia parte do Hayat Tahrir al-Sham (HTS, antiga facção síria da Al-Qaeda), de acordo com o OSDH.

Os outros 17 combatentes eram membros do Exército do regime e de milícias aliadas, disse Rahman.

- "Sem lugar para ir" -

Os ataques aéreos do regime mataram 18 civis na quarta-feira na cidade de Idlib, cuja província ainda foge ao controle de Damasco, segundo balanço do OSDH.

Jornalistas da AFP no local viram cenas de caos após os ataques, que destruíram vários edifícios em uma área industrial. Em meio aos escombros, sírios tentavam encontrar possíveis vítimas.

Os bombardeios pulverizaram várias oficinas, incluindo mecânicas, e entre as vítimas havia motoristas, presos em seus veículos.

À frente de uma dessas oficinas, Mustapha sobreviveu, mas seu negócio foi reduzido a pó. Quatro de seus funcionários morreram. "Este não é o bairro que deixei há apenas dois minutos", lamentou, com o rosto banhado em lágrimas.

Os ataques e os combates à noite parecem enterrar o cessar-fogo.

"Vivemos aqui sem saber se a trégua é real, ou se existe apenas na mídia. No terreno, não há trégua. As pessoas têm medo, os mercados estão desertos", resumiu, em conversa com a AFP, Sari Bitar, um engenheiro de 32 anos que vive em Idlib.

"Como todo o mundo aqui, não posso ficar em uma área onde o regime, as forças russas e as milícias iranianas vão avançar", confidenciou. "A única preocupação é que não temos para onde ir", completou.

Composta em grande parte pela província de mesmo nome e de segmentos das províncias vizinhas de Aleppo e Latakia, a região de Idlib já foi palco de uma grande ofensiva entre abril e agosto. Nela, milhares de pessoas morreram, e mais de 400.000 tiveram de fugir.

O regime, que agora controla mais de 70% do território, afirma que está determinado a reconquistar essa província, dominada pelos extremistas do HTS.

Outros grupos jihadistas e rebeldes estão presentes na região, que abriga cerca de três milhões de pessoas. Metade foi deslocada de outras regiões recuperadas por Damasco.

Deflagrado pela repressão a protestos pró-democracia por Damasco, o conflito na Síria deixou mais de 380.000 mortos, incluindo mais de 115.000 civis e milhões de deslocados e refugiados.

O Crescente Vermelho Curdo disse na terça-feira que mais de 500 pessoas, principalmente crianças, morreram na Síria em 2019 no campo de Al-Hol. Nesse local, vivem milhares de pessoas deslocadas.

Pelo menos 18 civis morreram neste sábado nos atentados do regime sírio na província de Idlib (noroeste), na véspera da entrada em vigor de um cessar-fogo anunciado por Moscou, um aliado de Damasco.

Segundo o Observatório de Direitos Humanos da Síria (OSDH), sete civis perderam a vida na cidade de Idlib e os demais em pequenas cidades próximas.

Entre os civis, três crianças morreram em Benniche, duas em Al Nayrab e uma em Idlib, segundo o OSDH, que possui uma grande rede de informantes no país.

Na cidade de Idlib, os bombardeios foram dirigidos contra um bairro onde há uma universidade e um centro cultural, segundo o OSDH. Um correspondente da AFP no local viu dezenas de estudantes, muitos deles chorando, fugindo da área.

Apesar de uma trégua anunciada no final de agosto, Damasco e Moscou multiplicaram os bombardeio mortais contra Idlib nas últimas semanas, antes da Rússia anunciar um novo cessar-fogo, que deveria entrar em vigor no domingo.

A região já foi palco de uma grande ofensiva entre abril e agosto, que causou a fuga de mais de 400 mil pessoas, segundo as Nações Unidas.

A guerra na Síria, desencadeada em 2011 com a repressão do regime contra manifestações de pró-democracia, já matou mais de 380 mil pessoas e forçou a saída de mais da metade da população.

O presidente russo, Vladimir Putin, encontrou-se nesta terça-feira (7) com seu colega sírio, Bashar Al-Assad, durante uma visita surpresa a Damasco, a primeira à capital desde o início da guerra no país, em 2011 - anunciou a Presidência síria.

"O presidente russo, Vladimir Putin, fez uma visita a Damasco, durante a qual se encontrou com o presidente Assad" em um centro de forças russas na capital síria, relatou a Presidência.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, confirmou a visita e contou que, durante o encontro, Putin elogiou o "imenso" progresso em direção à "restauração do Estado sírio e de sua integridade territorial".

"Durante seu encontro com Assad, Putin disse que hoje podemos constatar o imenso caminho que foi percorrido em direção à restauração do Estado sírio e de sua integridade territorial", declarou Peskov, citado por agências russas.

"Putin também enfatizou que está claro que a paz está retornando às ruas de Damasco", acrescentou o porta-voz.

Os dois líderes assistiram a uma apresentação do comandante das forças russas que estão posicionadas na Síria, de acordo com a Presidência, que publicou fotos do aperto de mãos entre os dois líderes.

Nos últimos anos, Putin visitou em várias oportunidades a base militar de Hmeimim (noroeste), a maior base russa na Síria.

Já Assad agradeceu ao presidente russo pela ajuda de seu país e de seus soldados na "luta contra o terrorismo e pelo retorno da paz à Síria".

Apoiado pela Rússia e pelo Irã, Assad tem acumulado vitórias contra os rebeldes e os extremistas no país e recuperou o controle de dois terços do território nacional.

O conflito na Síria, que eclodiu em março de 2011 com a repressão do regime de manifestações pró-democracia, tornou-se uma guerra complexa e sangrenta, envolvendo grupos jihadistas e potências estrangeiras.

Até o momento, o conflito deixou cerca de 380.000 mortos e milhões de refugiados e deslocados.

Mais de 380.000 pessoas perderam a vida, incluindo mais de 115.000 civis, em quase nove anos de guerra civil na Síria, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Esta instituição, que possui uma rede de fontes em todo o país, disse que entre as vítimas, existem cerca de 22.000 crianças e mais de 13.000 mulheres.

O conflito eclodiu após protestos contra o regime sem precedentes na cidade de Derá, no sul, em 15 de março de 2011. As manifestações se espalharam por toda a Síria e foram brutalmente reprimidas pelo regime, desencadeando um conflito armado em várias frentes, o que atraiu jihadistas e potências estrangeiras.

O conflito deslocou ou exilou cerca de 13 milhões de sírios, causando bilhões de dólares em destruição.

O último balanço de vítimas do conflito sírio, fornecido em março do ano passado pelo Observatório, apontava mais de 370.000 mortos. Entre eles, 128.000 combatentes sírios e não-sírios a favor do regime. Mais da metade desses soldados eram sírios, enquanto 1.682 pertenciam ao grupo xiita libanês Hezbollah, cujos membros lutam na Síria desde 2013.

A guerra também custou a vida a mais de 69.000 combatentes da oposição, islamitas e curdos. Mais de 67.000 jihadistas também morreram, principalmente do Estado Islâmico e do Hayat Tahrir al Sham (HTS), um grupo dominado pela antiga facção na Síria na Al-Qaeda.

O número total de mortos não inclui as cerca de 88.000 pessoas que morreram como resultado de tortura nas prisões do regime, nem as milhares de pessoas desaparecidas depois de terem sido seqüestradas por todas as partes no conflito.

Com o apoio de poderosos aliados como Rússia e Irã, o presidente sírio Bashar al-Assad conseguiu recuperar o controle de quase dois terços do país nos últimos anos.

Pelo menos nove civis - entre eles duas mulheres e cinco crianças - morreram na Síria ontem após um ataque com mísseis do regime de Bashar Assad que atingiu uma escola em Idlib, província controlada por extremistas no noroeste do país, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Outras 16 pessoas ficaram feridas. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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