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A cozinha gourmet do sítio de Atibaia - cuja propriedade é atribuída ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, custou R$ 252 mil, informa laudo da Polícia Federal anexado aos autos da Operação Lava Jato. Os equipamentos foram instalados em 2014. A execução da obra, diz o documento, "foi acompanhada por arquiteto da empreiteira OAS, sr. Paulo Gordilho, e, segundo suas comunicações, com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa".

No capítulo 'conclusões' o laudo informa que em agosto de 2010, mediante contrato particular de compra e venda, o sítio Santa Bárbara foi vendido a Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho "para uso da família do sr. Luiz Inácio Lula da Silva".

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Fernando é filho do sindicalista Jacob Bittar, amigo de Lula. O outro comprador do sítio, Jonas Suassuna, é amigo do filho mais velho do ex-presidente. O laudo diz que Fernando Bittar não teria rendimentos suficientes para bancar os custos da compra e reforma do Santa Bárbara, no total de R$ 1,7 milhão.

Resposta - Em nota postada em suas redes sociais, o ex-presidente reafirmou que não é o proprietário do sítio em Atibaia, que é, "conforme está na escritura, de Fernando Bittar". O ex-presidente afirma que sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois da presidência da República.

A Polícia Civil procura mais dois suspeitos de terem participado do furto ao sítio frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família, em Atibaia, interior de São Paulo. O furto aconteceu na tarde de quinta-feira, 7, num momento em que não havia ninguém na propriedade, investigada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. De acordo com a Delegacia Seccional de Bragança Paulista, que passou a responder pelas investigações, os dois suspeitos já presos - dois homens de 44 e 33 anos respectivamente - contaram que outros dois cúmplices participaram da ação, um deles, menor de idade.

Policiais civis fizeram buscas num bairro de Atibaia, onde estaria escondido um dos suspeitos, mas não o localizou. De acordo com o delegado seccional de Bragança, José Henrique Ventura, os homens presos são da região e sabiam que o ex-presidente frequentava o sítio. Eles esperavam encontrar objetos de valor no local e acabaram levando, além de um televisor e um aparelho de DVD, uma caixa de charutos cubanos de edição limitada, em homenagem aos 30 anos da morte de Ernesto Che Guevara e algumas garrafas de vinho. Os ladrões também se apossaram de cremes de rosto com o nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia gravado no rótulo.

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Segundo o delegado, um dos envolvidos já tinha passagem por furto. Os dois suspeitos foram levados para a Cadeia Pública de Piracaia e vão responder por crime de furto qualificado, já que houve arrombamento. A polícia descartou hipótese de ligação do crime com a política. No início de março, o sítio foi alvo de uma varredura da PF em busca de provas de que o verdadeiro dono seria o ex-presidente, o que Lula sempre negou. A suspeita é que as empresas OAS e Odebrecht, e o amigo de Lula, empresário José Carlos Bumlai, tenham custeado as reformas na propriedade.

O sítio frequentado pela família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e investigado na Operação Lava Jato, em Atibaia, no interior de São Paulo, foi alvo de ladrões nesta quinta-feira, 7. De acordo com a Polícia Civil, os criminosos entraram no local através de arrombamento e furtaram objetos.

Policiais militares foram ao local por volta das 16 horas e fizeram buscas pela região. Dois suspeitos teriam sido detidos e, com eles, os policiais encontraram garrafas de vinho importado e charutos, que teriam sido furtados do sítio. Um terceiro suspeito estava sendo procurado.

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Por volta das 17h30, uma equipe liderada pelo delegado Elton Costa seguiu para o sítio. Até as 19 horas era feita uma perícia na propriedade na tentativa de checar se outros objetos teriam sido levados pelos ladrões.

O sítio foi alvo de uma varredura da Polícia Federal no início de março, durante a 24ª fase da Operação Lava Jato. A PF e o Ministério Público Federal suspeitam que o ex-presidente Lula seja dono da propriedade. A casa principal teria sido reformada com recursos da empresa Odebrecht, também investigada na Operação.

Telefonemas grampeados pela Polícia Federal mostram que Luiz Inácio Lula da Silva e seu entorno agem como proprietários do sítio Santa Bárbara, em Atibaia. O imóvel está em nome de dois amigos do petista, entre eles o empresário Fernando Bittar. Mas, para levar convidados a um churrasco no local, Kalil Bittar, irmão do "dono" oficial, precisou de autorização de um dos filhos de Lula. Numa das conversas, ele soltou: "Estou na casa daquela acumuladora chamada Marisa Letícia".

Os diálogos sobre o sítio - que Lula admite usar, mas nega ser seu - foram interceptados entre 20 e 27 de fevereiro. Num deles, cujo teor foi resumido pela PF, o próprio Lula avisa um de seus auxiliares que precisa das chaves, pois vai chegar tarde. "Tais indícios sugerem que o sítio, de fato, seja da família de LILS (Luiz Inácio Lula da Silva), pois a chave do mesmo não fica com Fernando Bittar e Jonas Suassuna (outro proprietário), mas com LILS e seus filhos", registra relatório da PF.

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Em outra conversa, Kalil questiona Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente: "Vou ver se convenço o Fabiano a vir para cá. Tenho sua autorização para isso?" "Você tem autorização para tudo, meu amor", assentiu Fábio.

Os dois discutem detalhes, como os cortes de carne para passar o dia na piscina. Ao chegar em Atibaia, Kalil liga novamente para Fábio Luís e diz que está com dificuldades para contatar o caseiro Maradona, que estava lavando os pedalinhos dos netos de Lula. O filho de Lula, então, avisa o funcionário: "O irmão do Fernando, o Kalil, tá indo praí".

Em relatório sobre as ligações, a PF diz causar "estranheza" um irmão do proprietário oficial do sítio pedir permissão para usar as dependências. Durante a estadia, Kalil liga para a mulher de Fábio Luís e faz vários comentários sobre a casa da "acumuladora chamada Marisa Letícia". Conta ter feito uma "limpa" na geladeira, repleta de comida vencida, a exemplo de um "hamburguesinho" fabricado "antes da eleição" da presidente Dilma Rousseff.

"Estou com a equipe de segurança, eu, Maradona, umas três galinhas que acho que não venceram. Acho que eu fiz uma merda: abri um vinho que tem número de série", confessou. O "hóspede" diz ter espiado o quarto da família, descobrindo que a "arma" que o presidente tem "é uma lanterna". "Se você olhar para cima do guarda-roupa, só tem roupão… Estou muito seguro com os equipamentos de segurança do presidente, uma lanterna", ironizou.

"Traz ovos, rúcula e vem aqui para São Bernardo", disse Renata.

O sítio está no centro das investigações da Operação Lava Jato. A suspeita é de que o ex-presidente oculte ser o verdadeiro dono na propriedade, reformada por empreiteiras acusadas de desviar recursos da Petrobrás. O petista diz que frequenta o Santa Bárbara, mas sustenta não ser o dono.

Os agentes da Operação Lava Jato acharam a minuta de um contrato de compra e venda em que Fernando Bittar - sócio de um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e proprietário do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior de São Paulo - passaria a propriedade para o ex-chefe do Executivo e a ex-primeira-dama Letícia Marisa Lula da Silva, diz a página da revista Veja na internet.

Lula vai com frequência ao sítio, que recebeu melhorias de empresas do "petrolão", o escândalo da Petrobras. De acordo com a Veja, na minuta, em que não há assinatura, Bittar transfere o Santa Bárbara para o ex-presidente e Marisa pela importância de R$ 800 mil. O papel foi encontrado pela Polícia Federal (PF) nas buscas no apartamento de Lula em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (SP), afirmou o portal da revista.

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A Polícia Federal fez, na manhã de nesta sexta-feira (4), ações de busca e apreensão na casa de Fernando Bittar, no âmbito da Operação Aletheia – a 24ª etapa da Lava Jato. Bittar é um dos donos de um sítio em Atibaia, no interior paulista, frequentado pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. A propriedade está registrada também em nome de Jonas Suassuna.

Fernando Bittar e Jonas Suassuna são sócios de um dos filhos do ex-presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva, na empresa Gamecorp.

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O advogado de Bittar, Roberto Toronto, chegou a comparecer à superintendência da PF em São Paulo, mas foi informado de que seu cliente estava em casa.

Ao deixar a PF, Toronto classificou as ações de condução coercitva no âmbito da Lava Jato de "gesto de truculência" e lembrou que esse tipo de medida só se justifica, caso o citado se negue a falar. Ele contou que Bittar tem depoimento agendado para próxima segunda-feira (7), no Ministério Público Federal do Paraná.

Luiz Inácio Lula da Silva admitiu em ação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (26), que foi seu amigo José Carlos Bumlai - preso pela Operação Lava Jato - que realizou as obras no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), investigado pelo Ministério Público por ser possível propriedade oculta do ex-presidente. Segundo ele, o imóvel foi comprado pelo amigo e ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT), em 2010, para que as duas famílias pudesse "conviver" e para que ele pudesse "acomodar objetos" recebidos do "povo brasileiro" durante seus dois mandatos.

"O ‘Sítio Santa Bárbara’ foi prospectado pelo Sr. Jacó Bittar (amigo do Autor e de sua família mais de 40 anos) no ano de 2010, quando ele tinha o interesse de adquirir um local que pudesse servir para que sua família pudesse conviver com a família do Autor - após este deixar a Presidência dar República - além de outros amigos", informa a ação cível ordinária, protocolada ontem, 26, no STF.

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"Havia, ainda, a preocupação de Jacó Bittar de oferecer à família do autor um local onde pudesse acomodar objetos que o Autor havia recebido o povo brasileiro durante os dois mandatos de Presidente da República."

A peça é assinada pelos advogados dos escritórios Teixeira, Martins & Advogados - do compadre de Lula Roberto Teixeira - e Nilo Batista e Advogados Associados, defensores do ex-presidente.

"A compra das propriedades imobiliárias em questão envolve apenas particulares. Da mesma forma, eventuais reformas que tenham sido realizadas nessa propriedades também envolveram apenas particulares."

A Lava Jato e o Ministério Público paulista investigam a compra do sítio em 2010, pelo valor declarado de R$ 1,5 milhão, e a reforma realizada no local, em 2011. Há a suspeita de que duas empreiteiras envolvidas no esquema de cartel e corrupção na Petrobras - Odebrecht e OAS - tenham participado da obra, como compensação por contratos na estatal. O pecuarista e amigo de Lula, José Carlos Bumlai, também é investigado.

O imóvel está registrado em nome de Fernando Bittar, filho de Jacó, e Jonas Suassuna - ambos são sócios de um dos filhos de Lula.

No documento encaminhado ontem (26) ao STF, a defesa de Lula admite que Bumlai realizou as obras, mas negou participação das empreiteiras e relação com a Petrobras.

"Jacó Bittar, em virtude de doença, transferiu ao filho Fernando Bittar os recursos de suas aplicações pessoais para adquirir a propriedade. Como o valor não era suficiente para a compra integral do sítio (duas matrículas), Fernando celebrou um contrato particular de compra e venda com o antigo proprietário e tentou, no interregno até a escritura definitiva, vender uma outra propriedade, no município de Manduri (SP)."

Segundo a defesa, como a venda não foi realizada, "Fernando convidou o seu sócio, Jonas Suassuna, a participar da compra, o que foi aceito por este último."

Conhecimento

"O Autor somente soube que Fernando Bittar e Suassuna haviam adquirido o "Sítio Santa Bárbara" em 13 de janeiro de 2011, após ter deixado o cargo de presidente da República", informa a defesa de Lula.

O ex-presidente, que admitiu frequentar o local, disse que a primeira vez que esteve no local foi no dia 15 de janeiro de 2011.

"Todos os recursos utilizados na compra da propriedade são da titularidade da família Bittar e de Jonas Suassuna e foram pagos em cheques administrativos.

Reforma

Conta a defesa que quando foi adquirido por Fernando Bittar e Jonas Suassuna, o sítio tinha apenas dois quartos e instalações com alguma precariedade.

"Foram realizadas reformas com o objetivo de permitir que os proprietários e a família do Autor pudessem conviver no local e, ainda, que fosse possível acomodar, como já dito, os objetos que o Autor ganhou do povo brasileiro durante a Presidência da República."

Lula informou à Justiça que "tomou conhecimento de que a reforma foi oferecida pelo Sr. José Carlos Bumlai, amigo da família, enquanto Fernando Bittar comentava sobre a necessidade de algumas adaptações no local". "Depois, diante de algumas dificuldades técnicas, a obra foi concluída por uma empresa cerca de 50 km do "Sítio Santa Bárbara"."

Para a defesa, como se vê, não há qualquer ato ilícito

"O Autor e sua família não são proprietários de fato ou de direito de qualquer dos bens imóveis acima referidos."

Em nota, o Instituo Lula negou neste sábado, 27, que a defesa tenha pedido para que as investigações fossem suspensas. "Os advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ingressaram ontem (26/02), perante o Supremo Tribunal Federal, com ação originária que tem por objetivo que a Corte defina se as investigações a respeito do ‘Sítio Santa Bárbara’, em Atibaia, e do apartamento 164-A, no Edifício Solaris, no Guarujá, ambos no Estado de São Paulo (SP), devem ser conduzidas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo ou pelo Ministério Público Federal, através da "Força Tarefa Lava Jato", lotada em Curitiba (PR)", informa a notícia publicada no site do Instituto Lula.

O Instituto Lula negou que o ex-presidente tenha pedido "a paralisação das investigações, mas apenas para que a Corte defina qual Ministério Público deve conduzi-las, a fim de evitar a permanência do que a lei chama de ‘conflito de atribuições’.

A empreiteira Odebrecht confirmou na quinta-feira, 25, por meio de nota que participou das obras do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a família dele, conforme reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo.

A reforma foi realizada na propriedade no ano de 2010, quando Lula exercia seu segundo mandato na Presidência.

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No texto, a construtora afirma ter descoberto, após realizar uma apuração interna, que o engenheiro da Odebrecht Frederico Barbosa trabalhou no sítio atendendo a um pedido feito por um superior da empresa. A empreiteira, no entanto, não revelou o nome de quem teria dado essa ordem a Barbosa. O Estado voltou a questionar a Odebrecht sobre quem era o "superior" citado pela empresa, mas não obteve resposta.

De acordo com a Odebrecht, o engenheiro realizou "acompanhamento técnico de obras no sítio" e "apoiou a mobilização de pessoas envolvidas na execução dos serviços, que foram remuneradas pelo responsável pela obra" na propriedade.

Ainda de acordo com a companhia, o engenheiro Frederico Barbosa trabalhou no imóvel por aproximadamente um mês - o texto fala da segunda quinzena de dezembro de 2010 até a meados de janeiro de 2011.

Na nota, a empreiteira ainda diz que não recebeu qualquer pagamento pelos serviços prestados no sítio de Atibaia. "A Construtora Norberto Odebrecht não recebeu qualquer pagamento por esses serviços, nem custeou de qualquer modo insumos ou materiais utilizados", diz o texto da construtora.

A reportagem também questionou novamente a empresa sobre os motivos que a levaram a trabalhar na obra da propriedade frequentada por Lula sem receber remuneração, mas não teve respostas da empreiteira até a conclusão desta edição.

Procuradores que investigam o sítio suspeitam que o imóvel, que tem 173 metros quadrados, pertença a Lula.

A propriedade, no entanto, está registrada em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho, que são sócios do filho mais velho do ex-presidente, o Lulinha. Por meio de sua assessoria, Lula nega ser dono do sítio e afirma frequentar a propriedade aos fins de semana.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O engenheiro Frederico Barbosa prestou depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato sobre as reformas feitas no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus familiares. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o engenheiro afirmou às autoridades ter atuado em obras na propriedade, ainda em 2010, a pedido de um de seus superiores na empreiteira Odebrecht.

Conforme trechos do depoimento aos quais o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, ele disse que "foi até a propriedade a fim de fazer uma avaliação do que seria necessário para apressar a execução e a conclusão da referida obra" e "que informou aos superiores que seria necessária a contratação de uma empresa". O engenheiro disse ter indicado uma empresa da região de Atibaia.

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As obras teriam ocorrido entre outubro de 2010, período em que Lula ainda estava na Presidência, e o início de 2011. Segundo Barbosa, ele "não tinha conhecimento à época de que a propriedade era utilizada pelo ex-presidente e seus familiares". O engenheiro também confirmou ter atendido à "solicitação para avaliar os trabalhos na propriedade rural" porque eles "estavam atrasados".

Barbosa também trabalhou no estádio Arena Corinthians, construído pela Odebrecht na zona leste de São Paulo para o clube paulistano.

A Odebrecht e o ex-presidente não quiseram se manifestar sobre o depoimento.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A defesa do empresário Fernando Bittar, um dos donos do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pediu ao juiz federal Sérgio Moro acesso ao inquérito da Polícia Federal que investiga a compra da propriedade, em 2010, e as obras realizadas no local supostamente feitas pela OAS e Odebrecht, com a atuação do pecuarista José Carlos Bumlai - amigo do petista.

Bittar é sócio de um dos filhos de Lula e filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT), com quem o ex-presidente tem relações próximas desde a década de 1980. Ele é um dos investigados pela força-tarefa do Ministério Público Federal, em procedimento aberto especificamente para apurar as relações de Lula com o Sítio Santa Bárbara.

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"O Peticionário foi intimado para prestar esclarecimentos nos autos do PIC (Procedimento de Investigação Criminal) número 1.25.000.003350/2015-98, perante a denominada "Força Tarefa Lava Jato", do MPF de Curitiba", informa o criminalista Alberto Zacharias Toron, defensor de Bittar. "Referido procedimento tem por escopo, no que diz com Fernando Bittar, a apuração da aquisição da ‘Chácara Santa Bárbara’, localizada no Município de Atibaia/SP."

Bittar e Fernando Suassuna, o outro dono do sítio e também sócio de Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, devem ser ouvidos pela força-tarefa da Lava Jato na próxima semana.

O criminalista, defensor de Bittar, informa no pedido que, desde que seu cliente foi intimado, "inúmeras" reportagens têm sido publicadas a cerca do assunto, entre elas, notícias sobre o suposto envolvimento das empreiteiras investigadas por corrupção na Petrobras e sobre a abertura de um inquérito específico sobre o imóvel rural.

"Considerando o inegável interesse do Peticionário no objeto do IPL (inquérito policial) que veio a ser instaurado para apuração de aquisição de sítio de sua propriedade e da inconteste inter-relação entre o referido IPL e o PIC no 1.25.000.003350/2015-98, requer-se vista e cópia do procedimento investigatório policial instaurado", solicita Toron, em petição do dia 17.

O pedido foi apresentado a Moro dentro do inquérito que apura executivos da OAS. Foi nesse procedimento que iniciaram-se as apurações sobre irregularidades na aquisição e nas benfeitorias do Sítio Santa Bárbara.

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, divulgaram nessa quinta-feira (18) nota, na qual afirmam ser "natural" que o caseiro do sítio em Atibaia frequentado pelo petista tenha um telefone de contato do escritório Teixeira, Martins & Advogados. De acordo com reportagem do jornal O Globo, Elcio Pereira Vieira, conhecido como Maradona, forneceu o número de celular de Zanin à Polícia Ambiental de São Paulo, que fiscalizou o local ontem, como contato do proprietário do imóvel.

Para os advogados, "nada mais natural que o caseiro disponha de um número de contato do escritório, especialmente considerando a pressão diária da mídia sobre seus então clientes". Teixeira, que é padrinho de um dos filhos de Lula, e Zanin, além de atenderem Lula, prestam assessoria jurídica aos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, proprietários do sítio. De acordo com a nota, "o número celular supostamente indicado aos agentes não é privado do referido sócio, mas, sim, de uso do escritório Teixeira, Martins & Advogados, tratando-se de linha corporativa".

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"Igualmente na condição de advogados do sr. Lula da Silva, não haveria qualquer óbice de constar um número de celular do Teixeira, Martins & Advogados na portaria do mencionado sítio, pois o ex-Presidente também já reconheceu frequentar o local em dias de descanso", diz ainda o texto. "O fato de haver a indicação de um número vinculado a um escritório de advocacia não tem o condão de transferir a propriedade de um imóvel a quem não é dono."

Segundo a reportagem, acompanhados de Maradona, policiais militares inspecionaram a área no sítio em que foi construído um anexo com quatro suítes, no final de 2010, e o lago, que passou por reforma nos anos seguintes. O pelotão de Atibaia que fez a fiscalização informou que foi ao local "para verificar uma suspeita de desmatamento indicada pelo monitoramento de imagens aéreas realizado rotineiramente". Nenhuma atuação foi registrada pela Polícia Ambiental, no entanto, porque, segundo a Secretaria de Segurança Pública, é preciso, antes, localizar os donos.

A Operação Lava Jato e o Ministério Público de São Paulo investigam se obras executadas no local foram feitas por empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobrás como um agrado a Lula.

O jornal O Estado de S.Paulo esteve no sítio em Atibaia nessa quinta, 18, mas não conseguiu contato com o caseiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois outros executivos que foram ligados à operadora de telefonia OI estão entre os investigados da Operação Lava Jato, no inquérito que tem como alvo a atuação de José Zunga Alves de Lima, ex-sindicalista do PT, como suposto elo da empreiteira Andrade Gutierrez com o governo federal. A OI colocou uma antena para celulares na zona rural de Atibaia, ao lado do Sítio Santa Bárbara, usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2011 - um ano após a compra do imóvel.

A força-tarefa da Lava Jato suspeita que a antena instalada ao lado da propriedade rural tenha sido "um favor" para Lula. A torre de retransmissão de sinal foi erguida em 2011, mesmo ano em que OAS e Odebrecht são investigadas por terem feito suposta reforma no sítio como compensação por contratos no governo. O imóvel foi comprado em 2010 e registrado em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar - filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT) -, ambos sócios do filho mais velho do ex-presidente.

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Zunga é amigo de Lula e atuou com a Gamecorp, empresa do filho mais velho do ex-presidente Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. Em 2005 a Andrade Gutierrez - uma das controladoras da Oi até o ano passado - investiu R$ 5 milhões na Gamecorp.

Em outubro de 2015, a Polícia Federal chegou a pedir a prisão temporária de Zunga, mas a medida cautelar foi negada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, em primeiro grau.

Tanto Zunga como os dois executivos da Oi sob investigação são contatos da Andrade Gutierrez com o governo federal no setor de telefonia e outras áreas. Os executivos são José Luiz Neffa Simão, que foi diretor de Relações Comerciais da OI, e João de Deus Pinheiro Macedo, diretor de Planejamento do Oi, segundo a PF. Simão prestava serviços por meio de sua empresa e Macedo está aposentado.

Ambos surgiram nessa nova linha de investigação da Lava Jato após análise dos telefones apreendidos na casa de Otávio Marques Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez e responsável pelo setor de telefonia do grupo. Ele foi preso em 19 de junho de 2015, alvo da Operação Erga Omnes, e liberado para cumprir prisão domiciliar no início do mês, após fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

No telefone de Otávio Azevedo, um dos interlocutores é "José Luiz Simão", provável José Luiz Neffa Simão, diretor de Relações Governamentais da Oi, informa a PF.

Em uma das conversas eles citam "Vaccari", possível menção ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso desde abril de 2015, em Curitiba, acusado de ser operador de propinas do partido no esquema de corrupção na Petrobrás.

Na representação em que pediu a prisão de Zunga, a PF escreveu que na conversa citada "há menção de que uma certa 'remessa' destinada a 'Vacari' (João Vaccari Neto) estaria sendo questionada e por conta disso não estaria ocorrendo um 'repasse'".

O outro executivo que aparece no relatório com conversas destacadas com Otávio Marques é o ex-diretor de Planejamento Executivo da Oi, João de Deus. Seu nome aparece no aparelho do presidente afastado da Andrade Gutierrez como "JDeus", onde também estão registradas conversas.

Citados

A empresa Oi informou, via assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre o caso. José Luiz Simão e João de Deus Macedo não foram localizados para comentar o assunto. José Zunga Alves de Lima, procurado pela reportagem, não atendeu às ligações. O Instituto Lula tem reiterado, via assessoria de imprensa, que o ex-presidente não é dono do Sítio Santa Bárbara, mas confirma que o petista frequenta a propriedade rural.

Procuradores da República da força-tarefa da Operação Lava Jato investigam a instalação de uma antena de telefonia móvel da operadora Oi construída a cerca de 300 metros da entrada do sítio Santa Bárbara, frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família desde 2011.

Os procuradores fizeram na quarta-feira (17) uma solicitação informal por e-mail ao Cartório de Registro de Imóveis de Atibaia para descobrirem quem é o dono das terras onde foi instalada a antena, em 2011. No e-mail, foi anexada uma cópia da lista de Estações por Endereço da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com as coordenadas de onde se encontra a antena. No registro, há o endereço Travessa da Estrada Parque das Cascatas, sem número.

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O cartório informou que a falta do número dificulta a localização dos registros do dono. Funcionários ressaltaram que a identificação fica ainda mais complexa em razão das marcações de terras da região não estarem detalhadas e completamente atualizadas.

Trabalhadores do cartório alegaram que é incomum órgãos públicos pedirem documentos e matrículas sem a expedição de ofícios e entenderam o pedido como uma maneira de agilizar as investigações até receberem algum ofício.

A Polícia Federal pediu em outubro de 2015 a prisão temporária e a quebra dos sigilos telefônico, bancário e fiscal de José Zunga Alves de Lima, ex-sindicalista ligado ao PT e atual funcionário da Oi. Amigo de Lula, Zunga é suspeito de ser um dos contatos no governo federal das empresas Andrade Gutierrez e Odebrecht, líderes do cartel alvo da Lava Jato.

O juiz Sérgio Moro - que conduz os processos da Lava Jato na primeira instância - negou no fim do ano passado o pedido de prisão de Zunga e de outras pessoas ligadas ao setor de telecomunicações da Andrade Gutierrez. A construtora foi uma das controladoras da Oi, antiga Telemar, desde a privatização do sistema Telebras, em 1998. Ela saiu do grupo controlador em setembro de 2015, permanecendo como acionista da operadora. As investigações, no entanto, prosseguem sob sigilo.

Reportagem do jornal Valor Econômico revelou na terça-feira, 16, que em 2011, mesmo ano em que o sítio em Atibaia foi reformado de maneira suspeita, a Oi instalou próximo da propriedade uma antena tratada por moradores como "a torre do Lula". Na quarta-feira, o jornal Folha de S.Paulo informou que Zunga fez gestões internas na empresa para que a antena fosse instalada ao lado do sítio em Atibaia.

Zunga foi procurado, mas não se manifestou. A Oi afirmou que não vai comentar o caso.

O imóvel foi comprado em 2010 e está registrado em nome de Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios de Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. A compra do sítio foi formalizada no escritório do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. A Lava Jato abriu um inquérito específico para investigar o negócio e a reforma realizada na propriedade em 2011, que teria envolvido as empreiteiras OAS e Odebrecht, além do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.

O Instituto Lula tem reiterado, via assessoria de imprensa, que o ex-presidente não é dono do sítio Santa Bárbara, mas confirma que o petista frequenta o local.

Moradores. O porteiro do condomínio Clube da Montanha, localizado a 400 metros da antena, Josafá Queiroz, comprou um número da Oi há um ano, para ter condições de trabalhar no local. "Quando comecei a trabalhar aqui todo mundo falava que só pegava Oi. Por isso comprei um chip da operadora de um funcionário do condomínio. Senão, ia ficar 12 horas por dia isolado do mundo durante o horário de trabalho", disse Queiroz, que reclama da baixa qualidade do sinal.

Uma moradora do local, que pediu para não ser identificada, contou que no percurso de 7 km das linhas de ônibus coletivo entre a antena o bairro Portão, que dá acesso a Atibaia, o sinal é inexistente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal pediu em outubro de 2015 a prisão temporária e as quebras dos sigilos telefônico, bancário e fiscal de José Zunga Alves de Lima, ex-sindicalista ligado ao PT e atual funcionário da empresa de telefonia Oi, que instalou uma antena de celular ao lado do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alvo de investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Amigo de Lula, Zunga teve pedido de prisão feito em outubro de 2015 por suspeita de ser um dos contatos no governo federal das empresas Andrade Gutierrez e Odebrecht - líderes do cartel alvo da Lava Jato.

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"Otávio Marques conversa com a pessoa de 'Zunga', identificado como sendo José Zunga Alves de Lima, sindicalista e funcionário da OI, o qual parece ser um contato com trânsito no alto escalão do Governo Federal", informa representação da PF em que foi pedida a prisão do amigo de Lula.

Reportagem do jornal Valor Econômico revelou na segunda-feira que, em 2011, mesmo ano em que o sítio em Atibaia foi reformado de maneira suspeita a Oi instalou a menos de 150 metros da propriedade uma antena tratada por moradores como a "a torre do Lula".

O nome de Zunga caiu no radar da Lava Jato no final de 2015, após análise do material apreendido com os ex-presidentes da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, e Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht.

A Andrade Gutierrez era uma das controladoras da Oi até o ano passado.

Responsável pelo setor de telecomunicações do grupo, o ex-presidente Otávio Marques é o mais novo delator da Lava Jato. Ele foi liberado da prisão no início do mês, para cumprir detenção domiciliar, após sete meses de cadeia, em Curitiba. Para a PF, os indícios apontam que Zunga é um dos contatos de Otávio Marques no governo federal.

Moro negou no final do ano passado o pedido de prisão de Zunga e de outras pessoas ligadas ao setor de telecomunicações da Andrade Gutierrez. As investigações, no entanto, prosseguem sob sigilo.

Elos

No relatório da PF de 8 de outubro de 2015, o juiz Sérgio Moro - que conduz os processos da Lava Jato - foi informado que Zunga "teria sido indicado para compor o conselho da Anatel como 'representante da sociedade civil' pelo então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano de 2008, em que pese o impedimento decorrente da sua atuação junto a empresa do ramo de telecomunicações, tanto por participar da Oi Telecom como pela assessoria prestada a Gamecorp, empresa do filho do ex-presidente". "Apurada a irregularidade, Zunga fora afastado da função em novembro de 2010."

A Oi, quando ainda era chamada de Telemar, investiu R$ 5 milhões, em 2005, na Gamecorp. A Andrade Gutierrez foi uma das controladoras da Oi, antiga Telemar, desde a privatização do sistema Telebrás, em 1998. Ela saiu do grupo controlador em setembro de 2015, permanecendo como acionista da operadora.

Zunga vem da Brasil Telecom (BrT), fundida em 2008 com a Oi. Zunga fez carreira no sindicalismo no setor de telefonia, foi dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Distrito Federal.

Antena

Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta quarta-feira, 17, informa que Zunga fez gestões internas na empresa para que a antena fosse instalada ao lado do sítio em Atibaia. O imóvel foi comprado em 2010 e está registrado em nome de Jonas Suassuna e Fernando Bittar - filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT) -, sócios de Fabio Luiz Lula da Silva, o Lulinha.

O negócio foi formalizado no escritório do advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. A Lava Jato abriu um inquérito específico para investigar a compra do Sítio Santa Bárbara e a reforma realizada em 2011, que teria envolvido as empreiteiras OAS e Odebrecht, além do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.

Defesa

José Zunga foi procurado, na ocasião, mas não se manifestou. O Instituto Lula tem reiterado, via assessoria de imprensa, que o ex-presidente não é dono do Sítio Santa Bárbara, mas confirma que o petista frequenta a propriedade rural.

O PT e o Palácio do Planalto aguardam uma resposta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o sítio usado por ele em Atibaia, no interior paulista, alvo de inquérito da Operação Lava Jato, para traçarem uma estratégia de defesa do petista.

O Conselho do Instituto Lula, formado por 36 integrantes, se reúne nesta sexta-feira (12) em São Paulo. O objetivo da reunião, marcada desde o ano passado, é decidir o planejamento para 2016, mas existe a expectativa de que Lula finalmente fale sobre o assunto.

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A Lava Jato investiga se empreiteiras que participaram do esquema de desvios de verbas da Petrobras bancaram a reforma do imóvel em Atibaia.

Lula espera que a presidente Dilma Rousseff o defenda de forma explícita. De acordo com integrantes do governo, ela tem dito que está disposta a ajudar, mas alega que não poderia fazer muita coisa além de manifestar solidariedade ao seu antecessor enquanto ele próprio não apresentar uma explicação definitiva para o caso.

Na direção do PT existe consenso de que proteger Lula é proteger o PT. O presidente Rui Falcão gravou um vídeo e publicou um texto em sua defesa, um ato de solidariedade foi marcado para a comemoração de 36 anos da legenda, dia 26, no Rio, e dirigentes têm tomado iniciativas pessoais em favor do ex-presidente. Mas até agora Lula não deu uma posição ao partido sobre as suspeitas.

O partido franqueou ao ex-presidente espaço no programa nacional de TV que vai ao ar no dia 23, mas até agora a direção não recebeu orientação sobre o que dizer em defesa do maior líder do partido.

Estratégia

Isso tem causado inquietação entre petistas. Alguns integrantes do partido passaram a lembrar que o próprio Lula não defendeu de forma explícita companheiros condenados no caso do mensalão e que o sítio em Atibaia é uma questão pessoal, não partidária. As avaliações de que Lula e seu entorno subestimaram as suspeitas são cada vez mais comuns.

Advogados com trânsito na cúpula petista reclamam que a defesa do ex-presidente Lula está sendo muito "reativa", "amadora", "emocional", e que as respostas demoram, o que acaba desgastando a legenda.

Setores do PT defendem a entrada de advogados renomados que tenham prestígio para "constranger" os setores do judiciário que estariam promovendo uma "gincana" por evidências com potencial de prejudicar Lula.

A contratação do advogado Nilo Batista foi feita por pressão do PT. O criminalista, porém, adotou a estratégia oposta à esperada por advogados ligados a sigla: deu declarações "desastrosas" e acabou ampliando o desgaste político do petista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O advogado Alberto Zacharias Toron, que na Operação Lava Jato já defendeu o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, assumiu a defesa do empresário Fernando Bittar, um dos sócios do sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família.

O sítio Santa Bárbara, de 173 mil metros quadrados, é alvo de investigação da Lava Jato. A suspeita é que o imóvel tenha sido reformado e mobiliado pelas empreiteiras OAS e Odebrecht.

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Fernando Bittar é filho de Jacó Bittar, ex-prefeito de Campinas e amigo pessoal de Lula. Ele é dono do sítio em sociedade com Jonas Suassuna Filho.

Em discussões internas, o nome de Toron chegou a ser sugerido por dirigentes do PT para a defesa do próprio Lula. Parte da cúpula do partido avalia que a defesa do ex-presidente ainda carece de um "nome de peso" no meio jurídico.

"Estou trabalhando na defesa do Fernando Bittar. Acho que isso não tem maior significado no ponto de vista do ex-presidente Lula", disse Toron à reportagem. "Não me inteirei do caso ainda. Segunda-feira vou para Curitiba examinar os autos."

O criminalista foi o autor do habeas corpus que tirou da cadeia e levou para prisão domiciliar empreiteiros e executivos de empresas - entre eles Pessoa e José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, da OAS - acolhido em abril do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal. Essa foi considerada a primeira grande vitória das defesas sobre as decisões do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.

Visita

Na segunda-feira, 8, Lula esteve na Baixada Santista, litoral paulista, para uma visita a Jacó Bittar. Conforme vizinhos, o ex-presidente chegou ao edifício localizado no bairro Ilha Porchat, por volta de 13h. A informação é que ele teria seguido para o sétimo andar e passado o dia no local, deixando São Vicente no final da noite. Durante a visita, um carro com seguranças permaneceu fazendo a escolta do petista no estacionamento.

A reportagem esteve na portaria dos edifícios Sanvi Porchat e Guarú Porchat ontem. Aos serem questionados, os porteiros informaram que desconheciam a visita de Lula e também não sabiam dizer se Jacó Bittar residia conjunto. Uma moradora, no entanto, confirmou que o ex-prefeito de Campinas reside no prédio. Segundo ela, Jacó sofre do Mal de Parkinson.

Procurado ontem, o Instituto Lula, presidido por Paulo Okamotto, não respondeu aos contatos da reportagem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em 1º grau, autorizou nessa terça-feira (9) a abertura de inquérito específico para que a Polícia Federal investigue o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A força-tarefa do Ministério Público Federal suspeita que empreiteiras - como OAS e Odebrecht - tenham realizado obras na propriedade como compensação por contratos com o governo.

O pecuarista José Carlos Bumlai - já investigado na Lava Jato - também pode ser alvo do inquérito por ter, conforme as apurações, emprestado um arquiteto para a obra.

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Até então, as suspeitas eram investigadas em um inquérito que tem como alvo apenas executivos da OAS. Estavam sendo apuradas inicialmente suspeitas de crimes de peculato (apropriação de bem por agente público e seus cúmplices) e lavagem de dinheiro.

"Considerando-se que o IPL (inquérito policial) 0594/14 (já relatado e que aguarda perícia em andamento) diz respeito especificamente à empresa OAS, entendemos ser necessário o desmembramento dos documentos produzidos no bojo deste IPL que digam respeito à investigação da suposta relação do imóvel localizado em Atibaia/SP, com a empresa OAS e outras empresas e pessoas físicas investigadas na Operação Lava Jato, reunindo-se o material produzido em novo IPL a ser instaurado, após a autorização judicial, em dependência ao IPL 1041/13", diz o pedido da PF.

Sigilo

Com a decisão, um novo inquérito - sigiloso - foi aberto. "Além da extensão da investigação para além do âmbito da empresa OAS, entendemos que as diligências em curso demandam necessário sigilo, já que o fato ainda está em investigação", informa a PF na representação a Moro.

Além das obras supostamente realizadas por empreiteiras acusadas de fatiar obras na Petrobrás mediante o pagamento de propinas, a força-tarefa da Lava Jato investiga quem são os donos do sítio e quais as relações do advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Lula, com a compra e a reforma do Sítio Santa Bárbara.

A propriedade está em nome de Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT), e do empresário Jonas Suassuna - sócio de um dos filhos de Lula. O negócio foi formalizado em 29 de outubro de 2010 no escritório de Teixeira, padrinho do filho caçula do ex-presidente, Luis Claúdio. A família de Lula usa frequentemente o sítio, que foi reformado em 2011, após sua compra.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O advogado e empresário Roberto Teixeira divulgou nota nesta sexta-feira, 5, na qual afirma que a totalidade do sítio usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Atibaia (SP) foi paga com cheques.

O sítio é investigado pela Operação Lava Jato por suspeita de que empreiteiras envolvidas no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras tenham financiado sua reforma.

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A escritura de compra e venda do imóvel diz que R$ 100 mil foram pagos em "boa e corrente moeda nacional". Teixeira, na condição de advogado dos compradores Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios de Luís Cláudio Lula da Silva, o Lulinha, acompanhou a lavra da escritura.

Segundo o documento, o negócio foi formalizado no escritório de Roberto Teixeira, que é compadre de Lula, no bairro dos Jardins, no dia 29 de novembro de 2010, dois dias antes da eleição da presidente Dilma Rousseff.

Ainda segundo a escritura, o negócio havia sido fechado no dia 5 de agosto do mesmo ano, por meio de um Instrumento Particular de Compra e Venda. Nesta sexta, Teixeira divulgou trecho do documento mostrando que os R$ 100 mil foram pagos por meio de um cheque administrativo do Banco do Brasil.

Questionado na quarta, 3, sobre a diferença entre o Instrumento Particular e a escritura, Teixeira não se pronunciou.

O Ministério Público Federal requereu à empresa Granero Transportes documentos sobre a mudança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua família do Palácio da Alvorada para São Paulo ao deixar o governo, no fim de seu segundo mandato. O objetivo é confirmar se a empresa levou parte dos objetos pessoais do petista para um sítio em Atibaia (SP).

Esse seria mais um indício de que a propriedade pertence ao ex-presidente - embora esteja em nome de empresários amigos de sua família e sócios de um de seus filhos.

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A primeira informação sobre o envio da carga para Atibaia foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo em 2011. Um prestador de serviços da transportadora, ouvido pelo jornal nos últimos dias, confirmou que o refúgio no interior paulista foi um dos destinos.

O sítio é investigado na Operação Lava Jato por suspeita de que as empreiteiras OAS e Odebrecht pagaram por reformas no local, o que seria uma compensação por contratos obtidos em órgãos públicos. Há indícios, segundo os investigadores, de que o ex-presidente ocultou patrimônio.

Imagens

Fotógrafo que trabalhou para a Granero em 2011 registrando imagens da mudança, Orípedes Antônio Ribeiro afirmou, em duas entrevistas, que alguns caminhões levaram objetos do Alvorada para Atibaia.

Ele explicou que fez imagens da chegada dos caminhões apenas em São Bernardo do Campo (SP), onde o ex-presidente mantém um apartamento, mas que um dos dirigentes da empresa lhe relatou, na ocasião, que outros veículos foram para o sítio no interior paulista.

"Não fiz o sítio, mas sabia que para lá foram presentes que ele (Lula) ganhava de outros governos. Obra de arte era em Atibaia", disse. Orípedes afirmou que seguiam para o sítio obras de arte e vinhos e que, na época, perguntou para um dos responsáveis pela empresa para onde iriam os 11 caminhões.

"Estava na época com o Emerson (Granero, diretor executivo da transportadora) fazendo as fotos (em São Bernardo). Perguntei e me disseram que tinha ido para Atibaia", acrescentou.

A Granero foi contratada para fazer a mudança pelo governo. A reportagem questiona a transportadora há oito dias sobre os locais da entrega. A empresa alega que os dados estão em seu arquivo morto e que os entregará ao Ministério Público.

O Instituto Lula não respondeu aos questionamentos sobre a mudança. O ex-presidente já confirmou que frequenta o sítio em dias de descanso. Uma parte da área está registrada em nome de Fernando Bittar e a outra, de Jonas Suassuna. Ambos são sócios de Fábio Luís Lula da Silva, um dos filho do petista. As duas frações, contíguas, não são divididas por cerca ou muro.

A Polícia Federal investiga as obras em um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e família. As suspeitas são que a empreiteira OAS - uma das líderes do cartel que fatiava obras na Petrobras - tenha realizado a reforma, em 2011, como compensação por contratos no governo.

A Operação Lava Jato identificou um dos responsáveis técnicos pelo estudo que antecedeu o projeto de reforma do Sítio Santa Bárbara, no bairro Portão, zona rural de Atibaia, o técnico de agrimensura Claudio Benatti. Os investigadores também identificaram o contratante dos serviços técnicos, o empresário Jonas Leite Suassuna Filho - que é dono oficial do sítio, desde outubro de 2010. Dono do Grupo Gol de editoras, Suassuna foi sócio de um dos filhos do ex-presidente e também proprietário do imóvel onde ele mora, em São Paulo.

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Nesta terça-feira, 12, o delegado Cesar de Freitas Xavier, da equipe da Lava Jato, em Curitiba, determinou que Benatti, que é de Monte Alegre do Sul (SP), seja ouvido por carta precatória. O nome do técnico foi apresentado aos investigadores da PF pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de São Paulo, no início do mês, após o órgão ser intimado a prestar esclarecimentos sobre registros de obras realizadas na propriedade.

Benatti foi responsável pelo levantamento planialtimétrico da área onde foi executada a reforma. O CREA informou à PF, em ofício no dia 4 de janeiro, que além de Benatti, assina a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) o empresário Jonas Suassuna, como contratante dos serviços de Benatti.

"Em relação ao Sítio Santa Bárbara, localizamos em nosso banco de dados a ART nº 92221220110091610 do Técnico em Agrimensura Claudio Benatti, sendo o contratante Jonas Leite Suassuna Filho", informa o Ofício 9642/2015, assinado pelo secretário-geral do CREA-SP Nivaldo Bósio.

O CREA encaminhou à PF cópia da ART em nome de Benatti, tendo como contratante o empresário ligado à família de Lula. Pelo documento, o contrato é de 18 de dezembro de 2010, com início de vigência dos serviços em 20 de janeiro de 2011.

No despacho desta terça-feira, 12, o delegado Cesar Xavier intimou que o CREA forneça mais dados sobre ARTs emitidas pelo órgão, tendo como contratante o empresário Jonas Suassuna. E solicitou ainda ao Cartório de Registro de Imóveis de Atibaia a matrícula do "Sítio Santa Bárbara" ou "Sítio Santa Denise" que teria pertencido a Adalton e Neusa Santarelli.

Santa Bárbara

No pedido de informações ao CREA apresentado pela Lava Jato no final de 2015, o delegado Eduardo Mauat da Silva solicitou dados sobre o "Sítio Santa Denise", em Atibaia, em nome da família Santarelli.

Na resposta do CREA, o órgão informou não ter registros da ART em tais nomes. "Ressaltamos que realizamos pesquisas no site de busca ‘Google’ para obtenção de informações a respeito do Sitio Santa Denise em Atibaia - SP e o referido site automaticamente apresenta informações do Sitio Santa Bárbara em Atibaia - SP."

O sítio Santa Bárbara pertencia à família Santarelli e está registrado atualmente em nome de Jonas Suassuna. Em abril do ano passado, a Revista Veja publicou reportagem em que apontou que a reforma do sítio foi executada pela OAS, em 2011, a pedido do ex-presidente Lula - que costuma frequentar o imóvel rural para pescar. O responsável pelo serviço teria sido o ex-presidente da empreiteira José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro - preso pela Lava Jato em novembro de 2014 e depois solto em abril de 2015.

A OAS, procurada via assessoria de imprensa, informou que "a empresa não tem nada a declarar sobre esses temas".

O empresário Jonas Suassuna não foi localizado para comentar o caso.

O ex-presidente Lula foi procurado via assessoria de imprensa, mas não havia respondido aos questionamentos até o fechamento desta reportagem.

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