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A estudante de Medicina Michelle Giannini Teixeira do Valle, de 24 anos, morreu na terça-feira (23) após ter sido picada por uma formiga na casa onde ela morava, em Salvador.

A jovem foi internada por volta das 14h da segunda-feira (22), no Hospital da Bahia (HBA). Segundo a unidade de saúde, Michelle foi levada ao local em estado extremamente grave por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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De acordo com informações dos agentes do Samu, a estudante foi vítima de uma picada de inseto, que evoluiu para grave síncope com choque circulatório e parada cardiorrespiratória (PCR).

O HBA informou ainda que os médicos do Samu tentaram por cerca de 40 minutos reanimar a jovem antes de encaminhá-la ao hospital, onde chegou em coma profundo (Glasgow 3), sem reflexos de tronco. Na unidade de saúde, foram solicitados todos os exames e testes toxicológicos.

"A paciente teve o protocolo de morte encefálica fechado nesta terça-feira (23), às 16 horas, e a família assinou o termo permitindo a doação de órgãos", afirmou o HBA, em nota.

Michelle é filha do ex-vereador de Pilão Arcado, no norte da Bahia, Márcio Ribeiro do Valle e neta do ex-prefeito da cidade João Ribeiro do Valle.

Nas rede sociais, amigos e parentes lamentaram a morte da estudante. "Essa menina querida se foi, partiu para sempre e, junto com a saudade que deixou no coração daqueles que a amam, ficaram a sensação de impotência e um luto carregado de saudade e confusão", escreveu uma internauta.

"A ficha ainda não caiu... Meu coração está despedaçado", publicou um amigo. "Te guardarei para sempre em meus pensamentos. Descanse em paz, minha querida. Você é luz. Vá, brilhe e olhe por todos nós."

O corpo de Michelle foi levado nesta quarta para Pilão Arcado, onde será enterrado.

A análise do cenário político estabelecida no texto é de responsabilidade de seu autor, o economista Maurício Costa Romão

 

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Os principais institutos de pesquisas de intenção de votos conseguem prognosticar acertadamente, dentro da margem de erro, cerca de 95% dos resultados nas eleições majoritárias do país. Este ano não foi diferente.

Entretanto, algumas estimativas incorretas no primeiro turno desta eleição, principalmente em Salvador, Teresina, Manaus e Curitiba, empanaram o brilho do desempenho global, arranhando ainda mais a já negativa imagem que se tem das pesquisas. 

O Ibope e o Datafolha tributam essa ausência de acuracidade nesses casos atípicos a um fenômeno que se tem detectado recentemente nas eleições brasileiras: uma paulatina mudança de comportamento do eleitorado, que cada vez mais posterga sua decisão de voto para a reta final das eleições. 

No pleito de São Paulo este ano o Datafolha detectou que 23% dos eleitores deixaram para definir seus votos nos dois últimos dias. Em Salvador, na pesquisa de véspera do Ibope, 34% não tinham candidato declarado na pergunta espontânea.

No Recife, o Datafolha identificou nos dias 2 e 3 de outubro (segunda e terça-feira) que na pergunta espontânea 30% dos eleitores ainda não tinham candidato definido e no sábado, dia 6, quase um quarto (23%) ainda não sabia em quem ia votar.

Segundo Márcia Cavallari, do Ibope, ”neste ano, em metade das capitais, a quantidade de eleitores que não citam candidatos na pergunta espontânea (se declaram indecisos ou que votarão em branco ou nulo) é 34% maior do que nas eleições de 2008”. 

Isso significa que uma grande parte dos eleitores brasileiros perpassa toda a campanha apenas observando a movimentação político-eleitoral, coletando informações, analisando desempenhos, mas guardando sua decisão de voto para os últimos dias. Se por acaso, em determinado momento, alguns eleitores desse conjunto declararam voto nas pesquisas, o fizeram para não parecerem desinformados, alienados, porém esses votos podem mudar na cabine de votação. 

Qual a implicação desse fenômeno para a pesquisa eleitoral? 

Bem, a pesquisa eleitoral continuará sendo o que é próprio delas: importante ferramenta estatística de predição, que aponta tendências a partir de levantamentos sucessivos. Mas, agora, enfrentando um desafio adicional: o aumento do já elevado grau de volatilidade do eleitorado ou, simplificadamente, “a volatilidade do voto”.  

De fato, como lidar com uma situação em que, por exemplo, 20% dos eleitores não declararam candidato na pesquisa de antevéspera ou de véspera do pleito? Só se vai saber a destinação desses 20% de votos depois dos eleitores pressionarem a tecla “confirma”. Antes disso, mistério total.

Aí pode acontecer como no primeiro turno deste ano em Teresina. Na antevéspera da votação, o Ibope apontou o candidato à reeleição, prefeito Elmano Férrer (PTB), oito pontos de percentagem à frente do segundo colocado, ex-prefeito Firmino Filho (PSDB). Abertas as urnas, o tucano é quem ficou cinco pontos acima do oponente petebista.

Este exemplo é paradigmático porque mostra que a volatilidade do voto pode levar a um tríplice erro das pesquisas: errar o nome do vencedor, errar a ordem de colocação dos candidatos e fazer estimativas fora da margem de erro. O primeiro erro, “pecado mortal” em pesquisa, é muito raro de acontecer ou, pelo menos, era, antes do advento da volatilidade.

O corolário dessa nova dinâmica eleitoral é que os institutos de pesquisa, que hoje não possuem ferramentas nem velocidade para lidar com esse grau de imprevisibilidade, terão que se adequar minimamente à nova configuração comportamental do eleitor, sob pena de não o fazendo, ver diminuir sua capacidade preditiva e, por via de consequência, sua importância para decisões estratégicas.

Por fim, face ao novo modus agendi do eleitor, urge que os cientistas sociais e políticos se debrucem sobre as causas que o têm motivado a postergar sua decisão de voto para os estertores do pleito. 

 

 

Há quem diga que os frequentadores da Concha Acústica são tão fãs dos artistas que vão contemplar, quanto do espaço dos shows. O formato de semi arena, o ambiente a céu aberto, a possibilidade de estar em pé ou sentado, fazem da Concha uma das casas de show mais queridas pelo público de MPB e da música alternativa em Salvador. Com mais de 50 anos de história, a velha Concha passará por reforma ainda este ano, para atender melhor o público.

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O espaço faz parte do “Conjunto Teatro Castro Alves” o maior Teatro da Bahia, que além da Concha, que tem capacidade para cinco mil pessoas, ainda conta com a sala do Coro e com a Sala Principal. Todos os espaços passarão por reforma.

Dentre tantos nomes na música popular brasileira que já passaram por lá, alguns já não cantam no reino dos mortais como Luiz Gonzaga, Cássia Eller, e Raul Seixas, outros grupos se desfizeram como A Cor do Som, Novos Baianos, Doces Bárbaros, ainda tem os diversos artistas internacionais como Manu Chao, o Bluesman J.J. Jackson e a banda Placebo. Nestas cinco décadas, foram mais de 800 espetáculos e cerca de 3 milhões de espectadores passaram pela concha.

A estudante Raiane Souza, 22 anos, conta que o primeiro show que assistiu no local foi da banda mineira Pato Fu, no antigo Projeto Sua Nota é um Show. “A Concha é de longe a melhor casa de show da Bahia. Pelo menos uma vez no mês vou assistir alguma coisa lá, o último show que fui foi o de Los Hermanos, dia 8 (de maio), domingo agora, irei curti Otto lá”, conta Raiane, que frequenta o espaço desde 2003.

A reforma pretende melhorar os camarins e o backstage, abrir novas bilheterias, além de obras nos sanitários, bares,equipamentos cênicos e de controle de luz, dentre outras mudanças para trazer mais conforto ao público e aos artistas.

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